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UCRÂNIA - A Ucrânia pressionou os países da Otan, na terça-feira (29), para que agilizem o envio de armas e de recursos para recuperar a rede elétrica, devastada por bombardeios russos, como parte de um esforço para ajudar os ucranianos a enfrentar o inverno, que se aproxima no hemisfério norte.

Durante uma reunião ministerial da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na Romênia, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu que as entregas, especialmente para a defesa aérea, cheguem "mais rápido, mais rápido, mais rápido".

Um intenso bombardeio com mísseis russos abalou drasticamente a infraestrutura de energia da Ucrânia e deixou milhões de pessoas sem eletricidade.

Kuleba afirmou que, "quando tivermos transformadores e geradores, poderemos restaurar nosso sistema (...) Quando tivermos sistemas de defesa aérea, poderemos proteger a infraestrutura da próxima salva de mísseis russos".

Segundo o chefe da diplomacia ucraniana, o país precisa urgentemente de mísseis "Patriot e transformadores".

Este apelo dramático por mais ajuda veio logo depois de o chefe da Otan, Jens Stoltenberg, alertar que a Rússia tenta usar o inverno como uma "arma de guerra" contra a Ucrânia.

Ao iniciar a reunião em Bucareste, Stoltenberg afirmou que "a mensagem de todos nós será que devemos fazer mais" para ajudar a Ucrânia a consertar sua infraestrutura de gás e eletricidade, bem como fornecer defesa aérea para ajudar a Ucrânia a se proteger melhor.

"A Otan não participa da guerra, mas continuará apoiando a Ucrânia pelo tempo que for necessário", afirmou Stoltenberg.

O chefe da Otan disse acreditar que a Rússia fará mais ataques à rede elétrica da Ucrânia e alertou que a Europa deve "estar pronta para mais refugiados".

"A Rússia, na verdade, está falhando no campo de batalha. Em resposta a isso, agora ataca alvos civis (...) porque não pode ganhar território", disse Stoltenberg na abertura da reunião da aliança transatlântica.

Os ataques às infraestruturas civil e energética "obviamente foram planejados para tentar congelar os ucranianos até que se rendam", disse o ministro das Relações Exteriores britânico, James Cleverly, acrescentando: "Não acho que eles terão sucesso".

 

- 'Mantenham a calma e enviem tanques' -

Os membros da Otan já enviaram bilhões de dólares em armas e equipamentos – médicos, ou de telecomunicações – para a Ucrânia, mas o país pede mais recursos de defesa aérea, tanques e mísseis de longo alcance para repelir as forças russas.

Está evidente a crescente preocupação com o declínio acentuado e o quase esgotamento dos estoques estratégicos, especialmente de munições, em vários países da Otan após os envios para a Ucrânia.

O ministro das Relações Exteriores da Lituânia, Gabrielius Landsbergis, disse que as exigências aos ministros da Otan eram simples, resumidas no slogan "Mantenham a calma e enviem tanques".

O governo alemão anunciou o envio de "mais de 350 geradores" elétricos à Ucrânia.

A França irá disponibilizar 100 milhões de euros em ajuda financeira, para além dos 300 milhões de euros anteriormente concedidos à Ucrânia, que atravessa uma situação econômica frágil.

Fontes da Otan insistem em que a reunião em Bucareste mostrará a unidade da aliança transatlântica em seu apoio à Ucrânia. A aliança não deve, contudo, avançar com o pedido de adesão da Ucrânia ao bloco.

Stoltenberg afirmou que a "porta está aberta" para novos membros, mas acrescentou que o foco por enquanto é ajudar a Ucrânia frente à ofensiva russa.

Para além da guerra na Ucrânia, os ministros da Otan devem fazer um balanço dos progressos nas adesões da Finlândia e da Suécia. Já foram ratificadas por 28 dos 30 países-membros, mas seguem suspensas enquanto se espera o sinal verde da Turquia.

Os ministros das Relações Exteriores de Suécia, Finlândia e Turquia se reuniram em paralelo, mas o governo turco minimizou as esperanças de um avanço rápido.

 

 

AFP

UCRÂNIA - O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, criticou, esta quinta-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, por ter afirmado que a Ucrânia poderia “pôr fim ao sofrimento” da sua população se respondesse às exigências da Rússia para acabar com o conflito armado.

Em causa está o facto de o Kremlin ter negado atacar a rede elétrica da Ucrânia para prejudicar a população civil e afirmado que a Ucrânia poderia "pôr fim ao sofrimento" da sua população.

“Não houve bombardeamentos a alvos 'sociais' - é dada especial atenção a isso”, afirmou Peskov, ressalvando, no entanto, que “quanto aos alvos que estão direta ou indiretamente relacionados com o potencial militar, estão consequentemente sujeitos a ataques”.

“A liderança da Ucrânia tem todas as oportunidades para normalizar a situação, tem todas as oportunidades para resolver a situação de modo a satisfazer os requisitos do lado russo e, consequentemente, pôr fim a todo o sofrimento possível entre a população”, disse ainda.

Na rede social Twitter, o conselheiro do presidente Volodymyr Zelensky fez questão de lembrar Peskov que “a Rússia invadiu a Ucrânia” e “pode parar a guerra a qualquer momento, sem mais mísseis e sem retirada de tropas”.

“Apelo à paz durante o lançamento de mísseis em cidades pacíficas - o mais alto grau de desordem de personalidade. Um lembrete para Peskov: A Rússia invadiu a Ucrânia. E a Rússia pode parar a guerra a qualquer momento, sem mais mísseis e sem retirada de tropas. Não é suficientemente inteligente para construir uma relação causa-efeito?”, criticou Podolyak.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que cerca de seis mil civis morreram e mais de dez mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

 

 

por Márcia Guímaro Rodrigues / NOTICIAS AO MINUTO

UCRÂNIA - O comissário dos direitos humanos do parlamento ucraniano, Dmytro Lubinets, manifestou-se hoje chocado com a "dimensão da tortura" durante a ocupação russa na região de Kherson, que agora se revela.

Numa declaração emitida na televisão, Lubinets disse que as descobertas feitas pelas forças ucranianas após terem retomado parte da região são diferentes das encontradas nas regiões de Kiev ou Kharkov, onde foram descobertas numerosas valas comuns.

"Nunca vi uma tal escala e visitei pessoalmente todos os centros de tortura nas diferentes regiões da Ucrânia. A dimensão é simplesmente terrível", sublinhou.

Segundo Lubinets, as investigações demonstraram que as forças russas torturaram prisioneiros ucranianos com choques elétricos, espancaram-nos com barras de ferro, partiram ossos e, por vezes, executaram-nos.

O Ministro do Interior ucraniano, Denys Monastyrskyi, anunciou hoje que já foram exumados nas áreas recuperadas de Kherson os corpos de 63 pessoas com sinais de tortura.

"É necessário ter em conta que a procura só agora começou", acrescentou o ministro, citado pela agência noticiosa Interfax, sublinhando ser provável que muitos mais locais de tortura e valas sejam encontrados.

Monastyrskyi acentuou que 11 centros de detenção operados pelos russos durante o período em que controlavam a parte de Kherson agora recuperada foram descobertos e que quatro deles mostram vestígios de tortura de prisioneiros, incluindo civis.

A parte ocidental da província de Kherson, a oeste do rio Dnipro, ocupada em março pelas tropas russas, foi recuperada pelas forças ucranianas em 11 de novembro.

 

 

Lusa

Notícias ao Minuto

POLÔNIA - Ao menos duas pessoas morreram na terça-feira (15) em uma explosão na pequena cidade de Przewodow, no leste da Polônia, a oito quilômetros da fronteira com a Ucrânia. A hipótese de um ataque da Rússia contra o país que é membro da Otan, fez aumentar a tensão e a possibilidade de desdobramentos mais graves no conflito que se desenrola no Leste Europeu há mais de oito meses.

A rádio polonesa ZET inicialmente reportou que dois mísseis teriam atingido a cidade, sem dar mais detalhes. Ao jornal britânico The Guardian e à agência Associated Press autoridades da inteligência americana disseram sob condição de anonimato que os artefatos seriam russos —o que, por ora, não é corroborado nem negado pelo Pentágono.

O Ministério de Defesa da Rússia negou envolvimento na ação e definiu esses relatos como uma provocação para escalar as tensões. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, se limitou a dizer que não tinha informações sobre o caso.

Declarações posteriores à explosão deram um indicativo do risco de escalada. A Polônia faz parte da Otan, aliança que tem como princípio a defesa coletiva —ou seja, a garantia de proteção militar a qualquer membro do bloco; na prática, um ataque a um Estado da organização pode ser considerado uma ofensiva contra todos os demais.

Varsóvia tem ainda alguns dos líderes mais vocais contra a ação de Vladimir Putin na Ucrânia. Em junho, o presidente Andrzej Duda chegou a comparar o líder russo ao ditador nazista Adolf Hitler (1889-1945).

Segundo o governo polonês, o país avalia acionar o artigo 4 da Otan, que prevê que membros da aliança faça, consultas internas sempre que, na opinião de qualquer um deles, "a integridade territorial, a independência política ou a segurança de qualquer uma das partes estiver ameaçada". O porta-voz Piotr Müller disse também que a Polônia está aumentando a prontidão de algumas unidades militares.

O primeiro-ministro Mateusz Morawiecki disse que convocou uma reunião de emergência com um grupo de segurança nacional e defesa —segundo Müller, devido ao que chamou de "situação de crise".

Entre os líderes que falaram com Duda estão o americano Joe Biden, que reforçou o compromisso dos EUA com a defesa da Otan, e o secretário-geral da coalizão, Jens Stoltenberg. O norueguês disse que manifestou pesar pelas vítimas e afirmou que a entidade monitora o caso de perto, cobrando o esclarecimento de todos os fatos.

Representantes da aliança devem fazer uma reunião de emergência nesta quarta (16) para tratar do assunto. O Departamento de Defesa dos Estados Unidos informou que está investigando o caso, e um porta-voz do Departamento de Estado disse que os relatos são "incrivelmente preocupantes".

Mais cedo, o Kremlin promoveu uma série de ataques contra o país vizinho, incluindo na capital Kiev e na cidade de Lviv, próxima à fronteira com a Polônia, deixando milhares de pessoas sem energia.

O ucraniano Volodimir Zelenski classificou a explosão no país vizinho de "escalada significativa do conflito", convocando outros países a agir contra Moscou. "Quanto mais a Rússia sentir impunidade, mais ameaças haverá para qualquer um ao alcance dos mísseis russos. Disparar mísseis contra o território da Otan é um ataque contra a segurança coletiva. Devemos agir."

Líderes de outros países europeus manifestaram solidariedade à Polônia. O vice-primeiro-ministro da Letônia, Artis Pabriks, disse apoiar Varsóvia e subiu o tom contra a Rússia. "O regime criminoso russo disparou mísseis que atingiram não apenas civis ucranianos, mas também o território da Otan na Polônia", escreveu nas redes sociais. "A Letônia apoia totalmente os amigos poloneses e condena este crime."

O presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, afirmou que "cada pedaço do território da Otan deve ser defendido". O premiê da República Tcheca, Petr Fiala, expressou preocupação e disse que, se a Polônia confirmar que foi atingida por mísseis russos, o episódio evidenciará uma escalada militar iniciada por Moscou. "Apoiamos firmemente nosso aliado". A Hungria convocou reunião de seu Conselho de Defesa após as explosões.

Autoridades de Alemanha, Bélgica e França também manifestaram solidariedade às vítimas e apoio à Polônia.

A episódio se deu horas depois do primeiro dia de reuniões de líderes mundiais na cúpula do G20, o grupo das economias mais desenvolvidas do mundo, na Indonésia. Convidado para discursar no evento em videoconferência, Zelenski afirmou em sua fala que esse era o momento para acabar com a "guerra destrutiva" iniciada pela Rússia.

Em resposta, o Kremlin declarou, por meio de porta-voz, que as declarações do líder ucraniano demonstram que o país não está interessado em estabelecer negociações de paz com Moscou.

Na véspera, Zelenski se juntara às comemorações pela retomada da cidade de Kherson após oito meses de ocupação russa. O local havia sido tomado pelo Exército inimigo ainda no início da guerra, e é capital de uma das quatro regiões recentemente anexadas por Putin por meio de referendos considerados ilegais pelo Ocidente.

A retirada das tropas russas da região é considerada uma das mais simbólicas derrotas de Moscou em seus quase nove meses de campanha militar contra o vizinho.

 

 

FOLHA de S.PAULO

UCRÂNIA - A Ucrânia diz ter recapturado das tropas russas mais de 40 cidades e vilarejos no sul do país. O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, anunciou que 41 assentamentos foram "libertados" dos ocupantes russos.

A Rússia, enquanto isso, diz ter concluído na sexta-feira (11/11) a retirada de suas tropas da cidade de Kherson, no sul da Ucrânia.

"O número de bandeiras ucranianas retornando ao seu devido lugar como parte das operações de defesa em andamento já está na casa das dezenas", disse Zelenski. Ele falou de "boas notícias do sul".

Em Kherson, unidades russas recuaram "para posições preparadas na margem esquerda do rio Dnipro", segundo o Ministério da Defesa russo.

O exército russo anunciou ter completado sua retirada do norte daquela região ucraniana, afirmando que "a transferência de soldados russos para a margem esquerda ou leste do rio Dnipro terminou", disse o Ministério da Defesa russo em comunicado. "Nenhuma peça de equipamento militar e armas" foi deixada para trás do outro lado do rio, acrescentou.

No entanto, Moscou continua a considerar a região ucraniana de Kherson como território russo, mesmo após a retirada de suas tropas. "A região de Kherson continuará a fazer parte da Federação Russa", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, segundo a agência de notícias Interfax. "Esse status é determinado e consolidado por lei. Não há mudanças aqui e não pode haver nenhuma", disse Peskov.

Na quarta-feira, o ministro da Defesa da Rússia, Serguei Shoigu, tinha ordenado a retirada da estrategicamente importante cidade de Kherson e de partes da região de mesmo nome.

 

Desconfiança

Zelenski reagiu com desconfiança ao anúncio. "O inimigo não nos dá presentes, não faz 'gestos de boa vontade'", alertou, ressaltando que o exército ucraniano procede "com muito cuidado, sem emoções, sem riscos desnecessários". Ele reiterou a meta da Ucrânia de "libertar todo o nosso país e manter o número de baixas o mais baixo possível".

A região de Kherson tem sido alvo há semanas de uma abrangente contraofensiva ucraniana.

Para Moscou, a região é de grande importância estratégica para poder continuar a ofensiva em direção a Mykolaiv e ao porto de Odessa, no Mar Negro. Além disso, Kherson abriga a represa Kakhovka, que fornece água para a península da Crimeia, anexada pela Rússia.

Se Kherson ficar novamente sob controle ucraniano, as tropas ucranianas poderão usar artilharia de longo alcance para atingir a Crimeia diretamente de lá.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, já falou de uma possível "vitória adicional" para a Ucrânia. "Temos que esperar e ver como a situação no terreno se desenvolverá nos próximos dias. No entanto, está claro que a Rússia está sob alta pressão, e uma retirada de Kherson seria outra vitória para a Ucrânia", disse ele na quinta-feira.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, viu o anúncio da retirada de Moscou como prova de que os militares russos têm "problemas reais" na guerra na Ucrânia.

 

Mais ajuda dos EUA

Enquanto isso, a Coreia do Sul negou nesta sexta-feira uma reportagem do diário americano The Wall Street Journal que o país queira fornecer projéteis de artilharia para a Ucrânia através dos Estados Unidos. "Quando as negociações estiverem concluídas, a munição será usada apenas pelas forças dos EUA", disse o Ministério da Defesa em Seul.

A "política sul-coreana de não fornecer armas letais à Ucrânia permanece inalterada", frisou a pasta.

O Wall Street Journal informou na quinta-feira que os Estados Unidos queriam comprar munição da Coreia do Sul, que seria então entregue à Ucrânia. O acordo está em fase de conclusão. O jornal citou "funcionários dos EUA encarregados do assunto".

Enquanto isso, os Estados Unidos prometeram à Ucrânia uma nova ajuda militar totalizando 400 milhões de dólares (R$ 2,1 bilhões). Com a nova remessa, Washington está entregando a Kiev pela primeira vez o sistema de defesa aérea Avenger, conforme anunciado na quinta-feira. De acordo com o Departamento de Defesa dos EUA, quatro sistemas Avenger e correspondentes mísseis Stinger devem ser entregues.

Os EUA também estão fornecendo aos ucranianos mísseis para os sistemas de defesa aérea do tipo Hawk, que a Espanha prometera à Ucrânia, munição para lançadores de foguetes Himar, munição de artilharia, lançadores de granadas e mais de 20 milhões de cartuchos de munição para armas pequenas.

A Lituânia, que faz fronteira com a Rússia, diz que planeja comprar oito lançadores de foguetes múltiplos Himars dos Estados Unidos.

 

 

md/ek (AFP, AP, Reuters)

DW.COM

UCRÂNIA - Terminada a transferência da população de Kherson para a margem esquerda do rio Dnipro, Moscou mantém silêncio sobre sua estratégia nesta cidade ocupada no sul da Ucrânia onde as forças de Kiev avançam. Na Rússia, órgãos de propaganda teriam recebido instruções para preparar o público a uma futura derrota no local.

Na segunda-feira (7), o último navio transportando moradores de Kherson fez o trajeto entre a margem direita e a esquerda. "Fechamos o acesso à margem direita e recomendamos que ninguém retorne à cidade", declarou o chefe da administração pró-russa local, Kirill Stremoussov.

A transferência da população durou vários dias desde que foi decretada, em meados de outubro, diante da iminência de um contra-ataque ucraniano para recuperar a cidade. Kiev classifica a operação de "deportação".

Lioudmila et Oleksandr Chevchouk conseguiram fugir de Kherson e chegar ao território sob controle da Ucrânia. Segundo eles, os soldados russos pressionam psicologicamente os moradores para aceitarem a serem levados à Crimeia, região anexada pela Rússia em 2014. "Eles passam armados nas casas, apreendem nossos telefones e vão embora", contou Lioudmila Chevchouk.

 

Avanço ucraniano em Kherson

Kherson é a principal cidade ucraniana nas mãos da Rússia desde o incio da invasão, no último 24 de fevereiro. Com o apoio do material bélico enviado pelos países ocidentais, as forças de Kiev avançam pelo norte da localidade.

Não por acaso o Kremlin prepara o discurso para uma possível perda de Kherson. Jornalistas russos independentes tiveram acesso a informações que Moscou repassou a responsáveis por divulgar propaganda. Segundo os documentos obtidos, a Rússia pretende explicar à sua população que a Ucrânia avança porque utiliza terroristas na batalha de Kherson.

Segundo as mesmas informações, os ucranianos estão dispostos a "sacrificar dezenas de milhares de vida em troca de armas", enviadas pelos países ocidentais. Por isso, segundo o Kremlin, a retirada da população foi necessária, para impedir o plano de Kiev e poupar cidadãos e militares.

 

Energia elétrica é restabelecida

Kherson teve sua eletricidade e abastecimento de água restabelecidos nesta terça-feira (8), depois de passar dois dias no escuro devido a bombardeios sobre os quais Kiev e Moscou se acusam mutuamente. Os ataques também teriam atingido a barragem de Kakhova, ocupada pelas forças russas e que alimenta a região da Crimeia.

As informações foram divulgadas por Kirill Stremoussov no Telegram, onde o chefe da administração pró-russa local afirmou que as forças ucranianas realizam "atos de sabotagem e atentados".

Um pouco depois, os serviços de segurança da Rússia (FSB) anunciaram a prisão de nove membros de um grupo ucraniano acusado de planejar "ataques terroristas" contra autoridades da administração da ocupação em Kherson. Em comunicado, o órgão indicou que explosivos, granadas, munições e um carro-bomba foram encontrados no momento da prisão dos integrantes e uma investigação por "ato de terrorismo internacional" foi aberta.

 

 

 

(RFI com AFP)

KIEV - O secretário do Conselho de Defesa e Segurança Nacional da Ucrânia disse nesta terça-feira que a principal condição para a retomada das negociações com a Rússia é a restauração da integridade territorial ucraniana.

Oleksit Danilov, uma autoridade poderosa do país, disse que a Ucrânia precisa da "garantia" de uma defesa aérea moderna, de aviões, tanques e mísseis de longo alcance.

"Rússia, negociações. A principal condição para o presidente da Ucrânia é a restauração da integridade territorial ucraniana", disse Danilov no Twitter.

"Garantia --defesa aérea moderna, aviões, tanques e mísseis de longo alcance. Estratégia --medidas proativas. Mísseis russos têm de ser destruídos antes do lançamento no ar, na terra e no mar."

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy disse na segunda-feira que estava aberto a negociações com a Rússia, mas somente a negociações "genuínas" que restaurem as fronteiras da Ucrânia, garantam ao país compensação pelos ataques russos e punam os responsáveis por crimes de guerra.

Zelenskiy fez essas declarações depois de uma reportagem do Washington Post afirmar que os EUA queriam que Kiev sinalizasse sua disposição para negociar por causa de preocupações de que parecer muito intransigente poderia afetar o apoio internacional ao país.

 

 

 

Reportagem de Max Hunder / REUTERS

UCRÂNIA - Um bombardeio ucraniano danificou, no domingo (6), a represa de Kakhovka, no sul da Ucrânia, e provocou cortes de água e eletricidade da cidade de Kherson, informaram as autoridades de ocupação russas.

"Às 10h00 (5h00 de Brasília), seis mísseis Himars foram lançados. As unidades de defesa antiaérea derrubaram cinco, um dos quais atingiu a eclusa da barragem de Kakhovka, que foi danificada", declarou um representante dos serviços de emergência da região de Kherson, citado por agências de notícias russas.

Pouco depois, as autoridades de ocupação informaram que o "ataque terrorista organizado pela parte ucraniana danificou três postes de linhas de alta tensão no eixo Berslav-Kakhovka" e que, por essa razão, "não há água nem eletricidade" na cidade de Kherson e em outros distritos da região.

A barragem de Kakhovka, tomada no início da ofensiva russa na Ucrânia, permite abastecer de água a península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014.

Instalada no rio Dnieper em 1956, durante o período soviético, a estrutura é, em parte, construída de concreto e terra. É uma das maiores infraestruturas deste tipo na Ucrânia.

"Tudo está sob controle", declarou o representante da administração instalada pela Rússia em Nova Kakhovka, onde se encontra a represa, 60 km da cidade de Kherson, controlada pelas forças russas.

"Um míssil caiu no local, mas não causou danos críticos", garantiu Ruslan Agayev, citado pela imprensa russa.

O risco de bombardeios contra essa infraestrutura estratégica tem sido levantado desde outubro tanto pela Ucrânia como pela Rússia. Ambos se acusaram de colocar em perigo os milhares de habitantes da região.

Se a barragem explodir, "mais de 80 localidades, incluindo Kherson, se encontrarão na zona de inundação rápida", alertou, em 21 de outubro, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, perante o Conselho da União Europeia.

"Isso pode interromper o abastecimento de água de grande parte do sul da Ucrânia" e afetar o resfriamento dos reatores da usina nuclear de Zaporizhzhia, que extrai água desse lago artificial de 18 milhões de metros cúbicos, advertiu o chefe de Estado.

Diante do risco, a Ucrânia havia solicitado uma missão de observação internacional.

Por sua vez, há vários dias, as autoridades de ocupação russas vêm retirando os civis dos arredores diante de um "possível ataque de mísseis" à represa de Kakhovka, cuja destruição levaria à "inundação do margem esquerda" do rio Dnieper, segundo o governador regional instalado por Moscou em Kherson, Vladimir Saldo.

Kiev denunciou em várias ocasiões essas operações, que chamou de "deportações".

 

- Oração -

Na frente de batalha, um homem taiwanês de 25 anos que se ofereceu como voluntário contra as forças russas foi morto, tornando-se a primeira vítima de Taiwan desde que a invasão foi iniciada no final de fevereiro, anunciou o Ministério das Relações Exteriores de Taiwan no sábado.

Em seu relatório diário, o Exército ucraniano acusou neste domingo as forças russas de "destruir" instalações de "operações telefônicas ucranianas" na região de Kherson.

Por sua vez, o Ministério da Defesa russo disse que eliminou "um armazém de mísseis e armas de artilharia das forças armadas ucranianas", incluindo "120 foguetes do sistema Himar", na região ocupada de Donetsk, no leste.

E o papa Francisco, em viagem ao Bahrein, rezou neste domingo pela "Ucrânia martirizada", para que a "guerra termine" após mais de oito meses de conflito.

 

 

AFP

COREIA DO NORTE - A Coreia do Norte anunciou nesta segunda-feira (7) que responderá às manobras conjuntas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul com ações militares "sustentadas, firmes e avassaladoras", segundo a agência oficial KCNA.

O alerta ocorre no contexto de uma série de testes de mísseis realizados por Pyongyang nas últimas semanas, incluindo o lançamento de quatro mísseis balísticos no sábado, dias depois que os Estados Unidos e a Coreia do Sul concluíram os maiores exercícios militares aéreos conjuntos já organizados pelos dois país.

"Continuaremos a responder a todos as manobras contra (a Coreia do Norte) pelo inimigo com medidas militares práticas sustentadas, firmes e avassaladoras", indicou um comunicado do Estado-Maior do Exército Popular Coreano, de acordo com a KCNA.

A agência afirmou que os recentes testes de mísseis balísticos do norte foram uma "resposta clara" a Washington e Seul por seus exercícios militares na semana passada, denominados "Tempestade Vigilante".

As manobras pretendiam "aumentar intencionalmente a tensão na região e são uma manobra perigosa, de natureza altamente agressiva, dirigida diretamente contra" a Coreia do Norte, afirmou o exército de Pyongyang.

"Quanto mais persistentes forem os movimentos provocativos do inimigo, mais minuciosa e impiedosamente [os militares norte-coreanos] os combaterão", acrescentou a nota divulgada pela KCNA.

Centenas de aviões de guerra americanos e sul-coreanos, incluindo bombardeiros B-1B, participaram na semana passada no exercício Tempestade Vigilante.

O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul afirmou que o exercício demonstrou "a capacidade e a prontidão para responder com firmeza a qualquer provocação da Coreia do Norte".

Ao mesmo tempo, Seul rebateu as críticas norte-coreanas e afirmou que as manobras não representaram uma ameaça para nenhum país.

Os exercícios, no entanto, provocaram fortes reações de Pyongyang, que os considera ensaios para uma invasão.

O exército norte-coreano afirmou que as operações incluíram o lançamento de mísseis balísticos táticos que simularam ataques contra bases aéreas e ensaiaram a derrubada de aviões inimigos.

A Força Aérea norte-coreana também realizou "uma operação de combate em larga escala" com 500 aviões, segundo a KCNA.

A agência divulgou nesta segunda-feira imagens das operações militares norte-coreana com mísseis disparados de vários locais não identificados.

 

- Bases aéreas -

O presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, descreveu a ação como "uma invasão territorial de fato".

De acordo com analistas, as manobras aéreas foram particularmente preocupantes para Pyongyang porque sua força aérea é um dos pontos mais frágeis de suas Forças Armadas, que não possui aviões avançados e pilotos experientes.

Os detalhes das operações norte-coreanas na semana passada revelam a importância que o país atribui à destruição de bases aéreas no Sul, disse Cheong Seoung-chang, pesquisador do Instituto Sejong em Seul.

"A Coreia do Norte considera importante atacar e neutralizar as bases aéreas, em primeiro lugar, porque sua própria força aérea é frágil", afirmou Cheong à AFP.

A Coreia do Norte revisou em setembro sua doutrina nuclear para permitir a execução de ataques preventivos no caso de uma ameaça contra o regime de Kim Jong Un.

Seul e Washington acreditam que Pyongyang executará em breve um teste nuclear, que seria o sétimo da história do regime e o primeiro desde 2017.

 

 

AFP

RÚSSIA - A Rússia lançou, na manhã de segunda-feira (31), um ataque maciço a instalações energéticas em várias regiões da Ucrânia, privando de água 80% dos habitantes da capital, Kiev, e deixando "centenas de localidades" sem eletricidade em diversas províncias do país.

O Exército detalhou no Telegram que foram lançados mais de 50 mísseis contra infraestruturas críticas do país e que 44 deles foram derrubados, dois dias depois de Moscou acusar Kiev de ter atacado com drones sua frota no Mar Negro.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, disse em seu discurso diário que tinha se reunido com o chanceler alemão, Olaf Scholz, a quem agradeceu as armas de defesa antiaérea que foram entregues. "Precisamos construir um escudo antiaéreo sobre a Ucrânia", tuitou Zelensky.

Após o encontro com o líder ucraniano, Scholz condenou os ataques russos contra a infraestrutura civil na Ucrânia. Também rechaçou as acusações da Rússia sobre a possibilidade de Kiev estar fabricando uma "bomba suja".

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) anunciou nesta segunda-feira que havia iniciado inspeções na Ucrânia como parte das "verificações independentes" diante das alegações russas.

O diretor da agência nuclear da ONU, o argentino Rafael Grossi, apresentará esta semana suas "conclusões iniciais [...] sobre os dois lugares" inspecionados, segundo um comunicado da AIEA.

 

- 'Ataque maciço' -

Em Kiev, foram ouvidas ao menos cinco explosões, segundo jornalistas da AFP.

"80% dos usuários não têm água", disse no Telegram o prefeito da cidade, Vitali Klitschko, e 350.000 lares estão sem eletricidade.

Por sua vez, o primeiro-ministro Denys Shmyhal disse que houve cortes de eletricidade em "centenas" de localidades de dez províncias ucranianas.

Segundo o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, 12 países já se comprometeram a doar geradores e outros equipamentos para mitigar a falta de energia.

 

- 'A Rússia está lutando contra os civis' -

Mais de 100 pessoas faziam fila na manhã de hoje em um parque de Kiev para encher de água galões e garrafas, diante dos cortes de fornecimento provocados pelos bombardeios russos

Ataques similares atingiram infraestruturas em toda Ucrânia, incluindo em Lviv (oeste), Zaporizhzhia (sul) e Kharkiv (nordeste).

"Em vez de lutar no terreno militar, a Rússia está lutando contra os civis", criticou Kuleba.

Os bombardeios acontecem depois de a Rússia anunciar, no fim de semana, a suspensão de sua participação no acordo para exportar cereais ucranianos, que aliviou a crise alimentar mundial.

Na segunda-feira, o Kremlin advertiu que seria "perigoso" e "difícil" manter o acordo sem sua participação, já que não pode garantir a segurança de navegação para os navios de carga.

O exército russo exigiu "compromissos" da Ucrânia de não utilizar o corredor marítimo destinado à exportação de cereais com fins militares. Segundo Moscou, Kiev disparou contra sua frota na Crimeia a partir dessa área.

"Não se pode garantir a segurança nessa área até que a Ucrânia se comprometa a não usar esta via com fins militares", disse o Ministério da Defesa da Rússia no Telegram.

Para o porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Ned Price, essa solicitação "se assemelha a um castigo coletivo ou a uma extorsão coletiva".

O presidente russo, Vladimir Putin, insistiu em que "a Ucrânia deve garantir que não haverá ameaças para a segurança das embarcações civis".

 

- Acordo sobre grãos -

A saída da Rússia no sábado do acordo que permitia o envio dos grãos bloqueados em portos ucranianos desde o início da invasão russa caiu como um balde de água fria.

O acordo, assinado em julho entre Rússia e Ucrânia com mediação de Turquia e ONU, era essencial para preservar a segurança alimentar, especialmente de países pobres dependentes dos cereais ucranianos.

Apesar da decisão da Rússia de abandonar o pacto, dois navios carregados com grãos e outros produtos agrícolas zarparam dos portos ucranianos hoje, segundo um site de tráfego marítimo.

Doze embarcações aguardavam em portos ucranianos para sair hoje, enquanto outras quatro estariam se dirigindo para os mesmos, disse o Centro de Coordenação Conjunta (CCC), responsável por supervisionar em Istambul os navios destinados para a exportação dos cereais.

Nesse contexto de incerteza, os preços dos grãos subiram na manhã desta segunda.

Após uma reunião com o secretário-geral da ONU, António Guterres, o presidente Zelensky garantiu que seu país está decidido a "continuar sendo um garantidor da segurança alimentar mundial" e a seguir com as exportações de grãos, em mensagem no Twitter.

 

 

AFP

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