SÃO CARLOS/SP - Neste início de 2023 o Grupo de Óptica “Prof. Dr. Milton Ferreira de Souza” do Instituto de Física de São Carlos (GO-IFSC/USP), celebra sua vigésima patente concedida dentre as quase cem depositadas, algumas ainda aguardando julgamento do Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI.
Para o Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, que coordena esses projetos, a patente é uma forma de avaliar e legitimar algo que tem utilidade para a sociedade. “O fato de nós termos um excelente lote de patentes concedidas e um número elevado de patentes que aguardam a decisão final mostra que a equipe técnico-científica do Grupo, como um todo, vem desenvolvendo com muita seriedade e competência uma de suas missões, que é a transformação do conhecimento em benefícios para a sociedade, com soluções inéditas e inovadoras que ajudam a resolver diversos problemas. Essas patentes estão em temas relevantes, que impactam a sociedade”, complementa o pesquisador.
O processo de submissão, concessão e licenciamento de patentes é um processo árduo, que conta com o apoio da Agência USP de Inovação, órgão que muito tem auxiliado para que o conhecimento gerado seja repassado para a sociedade.
O Grupo de Óptica “Prof. Dr. Milton Ferreira de Souza” do Instituto de Física de São Carlos (GO-IFSC/USP) é sede do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica – CePOF (um CePID - Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP), do Instituto Nacional de Óptica Básica e Aplicada às Ciências da Vida (programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia - INCT do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), intermediado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq).
O Grupo de Óptica também é sede do Laboratório de Apoio à Inovação e ao Empreendedorismo em Tecnologias Fotônicas (USP Fóton), do Sistema Nacional de Laboratórios de Fotônica (SISFOTON), parte da Iniciativa Brasileira Fotônica (IBFOTON) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), sendo igualmente uma unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), atuando em Biofotônica e Instrumentação.
Para conferir a listagem e as patentes, basta acessar -
https://www.ifsc.usp.br/cepof/cepof-publicacao-patentes/
https://drive.google.com/drive/folders/1Lzz1aQM_Hfp34aSbs2HUQCJvHYv6SCh5
BRASÍLIA/DF - As inscrições para o primeiro processo seletivo de 2023 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) terminam na sexta-feira (24). Os interessados devem se inscrever pelo site oficial do Sisu até as 23h59, horário oficial de Brasília, por meio do login da conta gov.br, o sistema de serviços digitais do governo federal.
Nesta edição do programa são ofertadas 226.399 vagas em 128 instituições públicas, sendo 63 universidades federais. Para participar, o candidato deve ter feito a edição de 2022 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e ter obtido nota acima de zero na prova de redação.
O estudante poderá se inscrever no processo seletivo do Sisu em até duas opções de vaga com a possibilidade de alterar as opções durante todo o período de inscrições, sendo validado o último registro no sistema. Não é permitida a inscrição em mais de uma modalidade de concorrência para o mesmo curso e turno, na mesma instituição de ensino e local de oferta.
O resultado da seleção, com a divulgação das notas de corte, será no dia 28 de fevereiro. O candidato deverá realizar a matrícula ou o registro acadêmico na instituição para a qual foi selecionado no período de 2 a 8 de março. Os dias, os horários e os locais de atendimento serão definidos por cada instituição de ensino em seu edital próprio.
O processo seletivo do Sisu é feito por uma única chamada, mas é possível disputar uma vaga por meio da lista de espera. O prazo para manifestar interesse na lista de espera vai de 28 de fevereiro a 8 de março.
Nessa fase, o candidato deverá indicar apenas um dos dois cursos escolhidos anteriormente. A manifestação de interesse na lista de espera assegura ao estudante apenas a expectativa de direito à vaga ofertada no âmbito do Sisu, sendo que a matrícula ou o registro acadêmico estão condicionados à existência de vaga e ao atendimento de todos os requisitos legais e regulamentares.
Além disso, o estudante selecionado em uma de suas opções de vaga não poderá participar da lista de espera, independentemente de ter realizado sua matrícula na instituição para a qual foi selecionado.
A publicação das vagas remanescentes para a lista de espera será feita pelas próprias instituições de ensino.
O Sisu é o programa do Ministério da Educação (MEC) para acesso de estudantes a cursos de graduação em universidades públicas do país, sejam elas federais, estaduais ou municipais. As vagas são abertas semestralmente por meio de um sistema informatizado que executa a seleção dos estudantes com base na nota do Enem.
As vagas ofertadas também são distribuídas conforme a Lei de Cotas (Lei nº 12.711/2012) que determina que as instituições federais de educação superior vinculadas ao MEC reservarão, em cada concurso seletivo para ingresso nos cursos de graduação, por curso e turno, no mínimo 50% de suas vagas para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas, sendo metade delas reservadas para aqueles oriundos de famílias com renda igual ou inferior a 1,5 salário mínimo per capita.
As instituições podem adotar as próprias políticas e ações, como vagas reservadas e aplicação de bônus sobre a nota do candidato que atenda ao perfil indicado pela instituição. De acordo com as especificações da instituição, o Sisu faz o cálculo automaticamente e gera uma nova nota.
Além do Sisu, as notas do Enem podem ser usadas para acessar o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas de estudo em instituições privadas, e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que facilita o acesso ao crédito para financiamento de cursos de ensino superior. O MEC divulga editais específicos para cada um desses programas.
Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil
SÃO CARLOS/SP - Comparando comunidades de insetos em riachos no Brasil e nos Estados Unidos, pesquisa liderada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) tem como objetivo compreender impactos das mudanças climáticas sobre a organização da biodiversidade aquática, algo ainda pouco conhecido. A iniciativa prevê colaboração com três instituições dos EUA (Universidade da Califórnia, Universidade Estadual da Virgínia e Universidade de Maryland) e uma neozelandesa (Universidade de Canterbury).
O projeto foi aprovado recentemente para receber apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e da National Science Foundation (NSF), em chamada colaborativa (https://fapesp.br/15179/
Com duração de três anos, o projeto prevê estudos - com bolsas de graduação, treinamento técnico e pós-doutorado para as universidades envolvidas - em comunidades biológicas de riachos, principalmente insetos que possuem fase de larva na água e, de adultos, terrestres com asas, como as libélulas.
O intuito é entender se a organização dessas comunidades, ao longo do tempo, é diferente em locais tropicais e temperados.
"As espécies são sempre as mesmas ou mudam de mês a mês? Qual a magnitude dessas variações? Há a troca de todas as espécies do verão para o inverno, ou mantêm-se as mesmas?", exemplifica o pesquisador.
Para responder a esses questionamentos, os cientistas produzirão amostragens mensais dessas comunidades em riachos nos dois países, de uma forma coordenada e uniforme. Com isso, pretendem estudar todo o ciclo de vida desses insetos - ou seja, da vida aquática à saída da água, como adultos alados, até a reprodução e a inserção de ovos novamente nos riachos. Também estarão no foco as suas demografias (dinâmica da população, com informações como quantidade de indivíduos, natalidade e mortalidade).
O desconhecimento ainda existente sobre como a biodiversidade de insetos responde diretamente às mudanças climáticas é devido, sobretudo, à falta de estudos coordenados em diferentes latitudes, que permitam uma comparação direta do efeito da temperatura nos organismos.
"Com os dados coletados, vamos buscar construir modelos que permitam prever como cada comunidade pode responder a futuras mudanças climáticas", detalha o docente da UFSCar.
Os locais de análise ainda estão em definição, mas Saito adianta que, aqui no Brasil, serão potencialmente os riachos dentro do Parque Estadual de Intervales, localizado no Sul do estado de São Paulo. "Esta Unidade de Conservação abriga uma Mata Atlântica muito bem preservada e uma bacia hidrográfica bem inserida e conhecida", justifica.
Saito conta que os insetos aquáticos costumam ser utilizados como indicadores ambientais. Assim, o estudo também é uma forma de tentar prever como os ecossistemas vão responder a mudanças, para pensar em precauções diante de alterações ecossistêmicas indesejadas, como a perda de espécies de interesse pesqueiro ou a diminuição da qualidade da água.
O pesquisador explica que, hoje, é muito utilizada a Teoria Metabólica - que indica que o metabolismo dos organismos determina fortemente o que se encontra na Natureza - para elucidar a biodiversidade, mas sabe-se da importância de sua união com outras explicações possíveis, conforme já abordado em pesquisas anteriores do próprio Saito (https://www.ufscar.br/
"As populações das espécies também sofrem variações em suas abundâncias de forma estocástica (ou seja, imprevisível, de causa desconhecida) -, e é justamente esse ponto que buscamos entender melhor, investigando as relações dessas variações com a temperatura. A ideia é avançar nesses estudos e entender mais sobre o ciclo de vida das espécies, para começarmos a tapar essas lacunas no conhecimento da nossa fauna", complementa o pesquisador.
Mais informações sobre o projeto aprovado - intitulado "Entendendo o papel da estocasticidade na montagem de metacomunidades sob efeitos de mudanças globais" - estão disponíveis no site da Fapesp (https://bv.fapesp.br/pt/
Esta matéria aborda contribuição da comunidade da UFSCar à concretização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - Agenda 2030 (ODS14-Vida na Água)
SÃO CARLOS/SP - Que a tecnologia avançaria e forçaria as gerações a se reinventarem, todos acreditavam. O que causa preocupação foi a rápida e compulsória necessidade de migração para o universo digital nesses últimos anos. No contexto escolar, a formação online ganhou força durante o período de isolamento social provocado pela pandemia de Covid-19 e mostrou, aos professores e profissionais de áreas similares, que veio para ficar. Segundo o Ministério da Educação (MEC), a Educação a Distância cresceu 428,2% desde 2010. Enquanto isso, o número de matrículas em cursos presenciais diminuiu 13,9%, o que indica que a formação online é uma realidade e deve crescer nos próximos anos.
Nas salas de aula, de acordo com o Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), mais de 90% dos professores da Educação Básica passaram a adotar novos métodos de ensino depois do início da pandemia. O Cetic analisou o uso de tecnologias digitais pelos professores em atividades presenciais na escola durante o isolamento social em comparação com anos anteriores, observando que muitos educadores adotaram novas estratégias de interação e aprendizagem com os estudantes, aderindo ao uso da informática, utilizando jogos educativos e aplicativos, por exemplo, em prol da aprendizagem.
Apesar desse aumento significativo e da necessidade de adoção de novas estratégias para atender ao estudante, são inúmeros os relatos de profissionais sobre a falta de apoio pedagógico para o uso do computador e da Internet, bem como a ausência de cursos para novos aprendizados tecnológicos, o que traz um empecilho para a implantação de metodologias que poderiam agregar conhecimento prático e atual na escola. "Antes da pandemia, já recomendávamos a formação dos professores para a cultura digital. Mas o isolamento social induziu o uso compulsório de tecnologias digitais no ensino-aprendizagem. Todavia, é necessário ainda promover a formação de professores para o uso adequado de tecnologias emergentes em prol da melhoria educacional, com melhor planejamento e apoio ao professor", defende Daniel Mill, professor do Departamento de Educação (DEd) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Pensando na atualização dos professores sobre as mudanças tecnológicas, a UFSCar recebe inscrições para a sétima turma do curso de especialização, aperfeiçoamento e extensão em Educação e Tecnologias (EduTec). A capacitação oferece oito oportunidades de habilitações. "É como se fossem oito cursos em um só, tratando da formação na cultura digital, de acordo com a necessidade de cada professor. O intuito é propor formas criativas e diferentes de preparar os professores para desenvolver e aplicar novos conhecimentos em sala de aula", relata Mill, que também é coordenador da formação.
A turma de 2023 do EduTec começa as atividades no dia 7 de março. O curso está disponível na modalidade EaD e tem uma proposta flexível, aberta e híbrida. Mais informações em http://edutec.ead.ufscar.br
SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Educação (SME) informa que estão abertas as inscrições para alfabetização e ensino fundamental da EJA (Educação de Pessoas Jovens e Adultos) e do MOVA (Movimento Popular de Alfabetização).
Para a inscrição tanto na EJA quanto no MOVA os interessados devem apresentar os documentos pessoais RG, CPF, comprovante de residência e carteira de vacinação.
As inscrições na EJA para o ensino fundamental (1º ao 5º ano) podem ser feitas até o final do primeiro semestre de 2023 e para o ensino fundamental II (6º ao 9º ano) até o final do primeiro semestre de cada ano. Já para o MOVA a inscrição é contínua, portanto pode ser feita durante todo o ano.
A EJA oferece educação gratuita para estudantes jovens adultos do 1º ao 9º ano com a certificação aos educandos, dividida da seguinte forma: Ensino Fundamental (1º ao 5º ano) é oferecida pela Escola Municipal de Jovens e Adultos (EMEJA) “Austero Manjerora” e nas Escolas Municipais de Educação Básica (EMEB’s) “Afonso Fiocca Vitali” (Caic), no bairro Cidade Aracy, “Arthur Natalino Deriggi”, no bairro Antenor Garcia, “Carmine Botta”, no Boa Vista, “Dalila Galli”, no bairro Jockey Clube, “Ulysses Ferreira Picolo”, no Residencial Eduardo Abdelnur, no CEMEI “Professor Vicente de Paula Rocha Keppe”, no Santa Felícia e na Igreja Nossa Senhora Aparecida, localizada na rua Dr. João Sabino, nº 1.514, no Boa Vista.
No Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) a EJA é oferecida nas EMEB’s “Arthur Natalino Deriggi”, no bairro Antenor Garcia, “Carmine Botta”, no Boa Vista e “Dalila Galli”, no Jockey Clube, no período da noite.
O MOVA acontece em São Carlos desde 2002, e as aulas ocorrem nas regiões periféricas do município e em áreas rurais como o Assentamento Santa Helena, Capão das Antas, nos distritos de Santa Eudóxia (com núcleos pela manhã e noite), Água Vermelha (com núcleo noturno).
As aulas no MOVA acontecem de segunda a quinta-feira com duração de 2h, nos períodos da manhã, tarde e noite porque os processos são sempre articulados com os estudantes e educandos adequando aos horários que esses trabalhadores possam estar presentes. O material escolar e as aulas escolares do MOVA são oferecidos gratuitamente.
O MOVA é realizado em parceria com a SME e o Instituto Acorde Alfabetiza e atende as pessoas que iniciaram do 1º ao 4º ano do ensino fundamental, mas não puderam concluir. É um público mais idoso que não conseguiu frequentar a escola na época de infância e acabam voltando para poder concluir sua escolarização e poder ser encaminhado para a EJA, ou seja, a educação formal do município.
“A grande relevância da alfabetização no município é a contribuição para a superação do analfabetismo, que tem índices elevados no Brasil. Então São Carlos investindo na alfabetização e na inserção das pessoas jovens e adultas que estão fora do universo escolar retornar as aulas, está contribuindo para a diminuição do analfabetismo, além de promover a transformação na vida das pessoas porque ao estarem escolarizadas conseguem abraçar os seus sonhos e também conseguem a capacitação profissional, melhoria de renda familiar e autonomia para poder realizar as suas próprias escolhas”, ressaltou Maria Alice Zacharias, chefe de seção de Apoio à EJA.
Outras informações podem ser obtidas na EMEJA através do telefone e whatsapp (16) 3364-2434. Para saber mais sobre o MOVA basta ligar no telefone (16) 3416-0832.
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