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Atividade começa HOJE

 

SOROCABA/SP - A partir do dia 1º de fevereiro (HOJE) , terão início encontros de meditação na Biblioteca Campus Sorocaba (B-So) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). As atividades serão conduzidas por Bruna Natalina de Souza Martins, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e Monitoramento Ambiental (PPGBMA-So), como iniciativa voluntária.
Durante as sessões, serão praticados exercícios e técnicas de respiração e relaxamento que contribuem para o aumento da atenção e concentração, mantendo o foco no momento presente. Além disso, a meditação busca um momento de encontro consigo mesmo, um tempo para se observar e praticar o autoconhecimento.
Os encontros serão sempre às quartas-feiras, das 13h25 às 13h55, na Sala Multiuso 2 da B-So. A atividade tem entrada livre e gratuita e destina-se a todas as pessoas interessadas na prática da meditação, no bem-estar e saúde mental. Para participar, basta comparecer à B-So, no Campus Sorocaba da UFSCar. Não há necessidade de inscrição prévia.

IBATÉ/SP - A Prefeitura de Ibaté, visando reciclar e promover mais conhecimento das merendeiras e auxiliares de cozinha, por meio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura e do Centro de Processamento de Alimentos (CPA), realizou um treinamento para as profissionais atuantes na rede de ensino da cidade.

A primeira etapa aconteceu nas dependências da escola municipal “Neusa Milori Freddi”, com a duração de 4 horas, ministrada por nutricionistas da Rede Municipal. "A capacitação, que contou com pauta de boas práticas e manipulação de alimentos, incluiu também procedimentos que devem ser adotados por serviços de alimentação, garantindo a qualidade e a conformidades dos alimentos conforme a legislação sanitária", destacou Márcia Pisanelli, responsável pelo CPA.

A secretária de Educação e Cultura, Danielle Garcia Chaves, falou da importância de trazer a capacitação para este público responsável pela manipulação de alimentos dentro das escolas. “É indispensável capacitar todas as merendeiras, além de informar sobre a importância dos manipuladores de alimentos em serviços do dia a dia e diretamente na cozinha, além da higiene pessoal e do ambiente de trabalho para podermos evitar a contaminação e infecção alimentar”, frisou.

Durante o treinamento, os nutricionistas abriram um espaço para que as merendeiras pudessem tirar suas dúvidas, bem como falar das experiências durante o trabalho. “Todas as nossas merendeiras e auxiliares de cozinha tem um papel importante no desenvolvimento das crianças. Que elas continuem sempre com essa visão de cuidar desses pequenos como se fossem seus filhos, proporcionando um crescimento saudável para eles”, afirmou a nutricionista Bruna Maria Alves.

Essa capacitação é feita uma vez por ano, abrangendo todas as cozinheiras e auxiliares de cozinha, desde escolas municipais, estaduais e até creches.  Após o treinamento foi realizado um café da manhã e momento de descontração.

BRASÍLIA/DF - O Ministério da Educação disponibilizou na internet os editais dos primeiros processos seletivos de 2023 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Programa Universidade para Todos (Prouni) e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Para acessar informações sobre os três programas, os estudantes devem utilizar o Portal Acesso Único. Os calendários de inscrições foram antecipados, conforme anúncio feito em dezembro pelo MEC.

O novo prazo de inscrição para o Sisu é de 16 a 24 de fevereiro de 2023. O resultado será divulgado no dia 28 de fevereiro. Antes, o resultado estava previsto para sair em 7 de março. As inscrições para o Prouni serão abertas no dia 28 de fevereiro e vão até o dia 3 de março. E para o Fies, terão início no dia 7 de março e terminarão no dia 10 do mesmo mês.

Segundo o MEC, em todos os processos seletivos, a classificação tem por base a nota obtida na edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2022.

“Para o Prouni, serão válidas também as notas obtidas no Enem de 2021. Já no Fies, quem concorreu a uma das edições do Enem a partir de 2010 até a mais recente, poderá se inscrever”, informou o Ministério da Educação.

Veja as datas

Sisu

Inscrições: 16 a 24 de fevereiro

Resultado: 28 de fevereiro

Prouni

Inscrições: 28 de fevereiro a 3 de março

Resultados: 7 de março (1ª chamada); e 21 de março (2ª chamada)

Fies

Inscrições: 7 a 10 de março

Resultado: 14 de março.

 

 

Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil

Estudo traz para debate a língua como identidade e meio de respeito às diferentes formas de existir

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) investigou a construção do gênero neutro na Língua Portuguesa do Brasil, por meio de análises de textos escritos por linguistas profissionais (saber científico) e não linguistas (saber popular). Os resultados mostraram, de um lado, o controle religioso de discursos divergentes sobre a língua e, de outro, um posicionamento que vê na língua a possibilidade de representação e de luta por direitos.
O estudo foi realizado por Robert Moura, mestre em Linguística pela Universidade, em sua dissertação de mestrado, sob orientação de Roberto Baronas, docente no Departamento de Letras (DL) da Instituição.
A motivação surgiu no processo de descoberta de Moura no ambiente acadêmico, no qual se nomeou e falou de sua própria existência como pessoa trans não-binária. "Parte da comunidade LGBTQIAPN+, especialmente pessoas não-binárias (ou seja, que não se identificam como homens ou mulheres), buscam, na língua, formas mais concretas de representar suas existência e resistência. Isso passa por pensar em marcações de gênero que possam ir além de masculino e feminino", explica.
O material estudado foram textos, desde gramáticas e artigos científicos e de divulgação científica, até materiais jornalísticos e, também, publicados em blogs de coletivos LGBTQIAPN+.
A análise abrangeu, além de argumentos e contra-argumentos sobre a construção e a circulação do gênero neutro na Língua Portuguesa brasileira, as abordagens de seu uso à luz da Linguística Popular, por meio da teorização de Marie-Anne Paveau, docente de Ciências da Linguagem na Université Sorbonne Paris Nord (França).
"Cientistas, principalmente da Linguística Popular, validam a importância de saberes linguísticos de pessoas que não estudam a linguagem de um ponto de vista acadêmico. Neste caso, entendem que a língua é mais do que uma forma de se comunicar: constitui identidade, uma marca de existência e uma forma de resistência de pessoas socialmente menorizadas", registra Moura.
E complementa: "É no continuum entre o científico e o popular que detectamos divergências e concordâncias, que vão desde a validação dos conhecimentos de linguistas populares, até as propostas levantadas para a (re)formulação do aspecto linguístico marcador de gênero na Língua Portuguesa brasileira".
Em sua pesquisa, Moura identificou que o tema começou a ter popularidade em 2020 e, junto a ela, a emersão de movimentos contrários à linguagem neutra, especialmente de 2020 a 2022, com projetos de lei que tentam barrar seu uso. "São majoritariamente ligados a partidos políticos de direita e de cunho religioso, imbricando na ideia de homem e mulher como únicas possibilidades de existência. Reafirmam privilégios e invalidam as necessidades das pessoas que não são constituídas por características cis, heteronormativas, geralmente brancas e de classe média. Esses dados são importantes para pensarmos em como a sociedade age diante de inovações linguísticas, em especial as motivadas por grupos socialmente marginalizados", analisa.
Moura identificou, também, pessoas linguistas e não linguistas que lutam por identidade e veem a língua como uma das formas de reconhecimento e representação da comunidade LGBTIQAPN+ nos espaços sociais.

Neutra e inclusiva
Dentre as propostas populares que atualmente seguem em debate estão o uso de linguagem neutra e, também, de linguagem inclusiva.
A linguagem neutra envolve propostas que visam à inserção de novas formas para a marcação de gênero de pessoas não-binárias na língua, como "@", "x", "e" e "*" (menin@, meninx, menine, menin*). 
Já a inclusiva sugere o uso de formas linguísticas já existentes na Língua Portuguesa. "Em vez de falar ou escrever 'olá a todos', a saudação passa a ser 'olá a todas as pessoas'. Isso porque o 'todos' reforça o gênero masculino e, do ponto de vista da proposta inclusiva de gênero, junto a ele vem a posição de privilégio dos homens perante a sociedade", exemplifica.
Para Moura, trazer a temática para debate é importante para desmistificar o assunto e, sobretudo, construir uma sociedade mais inclusiva. "Diálogos são fundamentais para traçarmos caminhos mais justos e mais humanos. O gênero neutro na Linguística traz inclusão, e não destruição da Língua Portuguesa brasileira. É o saber lidar com as novas formas de existência", pontua.
E finaliza: "Desejo que outras pessoas negras, pobres, indígenas, pessoas com deficiência e LGBTQIAPN+ possam ter a oportunidade de se encontrar na Ciência como eu - ela também é para todas as pessoas".
A dissertação de mestrado de Moura está disponível no Repositório Institucional da UFSCar (https://bit.ly/genero-neutro-ufscar). Reflexões sobre a pesquisa também podem ser conferidas em artigo de divulgação científica, divulgado na Roseta (https://www.roseta.org.br/2022/09/14/afinal-qual-a-diferenca-entre-linguagem-neutra-e-linguagem-inclusiva-de-genero/), uma publicação da Associação Brasileira de Linguística (Abralin).

 

Os interessados para o mestrado devem se inscrever até 7 de março. O doutorado tem fluxo contínuo

 

SÃO CARLOS/SP - Estão abertas, até 7 de março, as inscrições para o curso de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da UFSCar. O de doutorado tem fluxo contínuo e também está aberto
O Programa abrange quatro áreas de pesquisa: Área 1 - Engenharia de Software, Banco de Dados e Interação Humano-Computador; Área 2 - Inteligência Artificial; Área 3 - Visão Computacional; e Área 4 - Sistemas Distribuídos, Arquiteturas e Redes de Computadores.
O processo seletivo para o mestrado contém duas etapas: a primeira, análise documental; e, a segunda, entrevista. Ambas são eliminatórias. No caso do doutorado, consta uma única etapa eliminatória, em que serão analisados o curriculum vitae do candidato, seus históricos escolares e seu projeto de pesquisa.  
Os editais do mestrado e do doutorado podem ser obtidos na página do Programa (www.ppgcc.ufscar.br).
Ao todo, são 26 vagas, incluindo mestrado e doutorado

 

SÃO CARLOS/SP - O Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade (PPGCTS) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) prorrogou, até o dia 6 de fevereiro, as inscrições no processo seletivo para mestrado e doutorado, com ingresso neste primeiro semestre de 2023. São oferecidas 16 vagas para o mestrado e 10 para o doutorado e há reserva de vagas, de acordo com a política de Ações Afirmativas da Universidade.
As vagas estão distribuídas nas três linhas de pesquisa do Programa: Dimensões Sociais da Ciência e da Tecnologia; Gestão Tecnológica e Sociedade Sustentável; e Linguagens, Comunicação e Ciência. Recentemente o programa foi avaliado com a nota 5 pela Capes e as informações completas sobre o PPGCTS podem ser acessadas no site www.ppgcts.ufscar.br.
O processo seletivo, tanto para mestrado qaunto para doutorado, é composto por três etapas: avaliação do projeto de pesquisa (fase eliminatória); arguição do projeto (eliminatória); e análise do currículo Lattes com comprovações (etapa classificatória).
As inscrições devem ser feitas exclusivamente em formato online, até o dia 6 de fevereiro. Todas as informações, incluindo o cronograma completo, instruções para inscrição e critérios de seleção, devem ser conferidas nos editais, disponíveis no site do Programa, em www.ppgcts.ufscar.br. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail processo.seletivo.ppgcts@gmail.com.
Pesquisa, conduzida pela UFSCar, avaliou dados de mais de 900 participantes de estudo internacional

 

SÃO CARLOS/SP - Recente estudo realizado no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) identificou que uma pior relação com os pais na infância ou adolescência, caracterizada pelo baixo nível de cuidado e pela superproteção, diminui a longevidade.
Os achados são fruto da dissertação de mestrado de Aline Fernanda de Souza, atualmente doutoranda em Fisioterapia, e que teve o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O estudo contou com a orientação do Dr. Tiago da Silva Alexandre, docente do Departamento de Gerontologia (DGero) da UFSCar e coordenador do International Collaboration of Longitudinal Studies of Aging (InterCoLAging) - um consórcio de estudos longitudinais, - e com a participação de pesquisadores da University College London (Londres, Inglaterra).
O baixo nível de cuidado é caracterizado na literatura pela negligência por parte dos pais, frieza emocional ou indiferença no cuidado com os filhos. Já a superproteção é caracterizada pelo controle excessivo da vida dos filhos, evidenciando uma intrusão e falta de espaço para que a criança ou o adolescente consigam desenvolver um comportamento independente de acordo com a idade e perante certas situações. "Tanto o baixo nível de cuidado quanto à superproteção já vinham sendo demonstrados, em trabalhos anteriores, como fatores associados a distúrbios psicológicos, depressão, etilismo e até à dependência química, mas não haviam ainda sido analisados quanto à sua associação com a redução da longevidade", aponta o orientador do estudo.

Pesquisa
Foram analisados 941 casos de óbito (445 mulheres e 496 homens) que ocorreram entre participantes do English Longitudinal Study of Ageing (Estudo ELSA), o estudo longitudinal de saúde da Inglaterra. Os óbitos foram classificados como ocorrendo antes dos 80 anos ou depois dos 80 anos. Esses indivíduos, por fazerem parte do Estudo ELSA antes de morrer, tinham respondido a um questionário com informações acerca da estrutura familiar, condições de moradia, ocupação do chefe da família, presença de doenças infecciosas e relacionamento com os pais (cuidado e proteção) na infância e adolescência.
Quanto ao cuidado, os participantes foram questionados quanto à frieza emocional dos pais, se eram auxiliados em momentos de incertezas e medos e, ainda, se sentiam-se acolhidos pelos seus pais na infância ou adolescência. Quanto à proteção, os participantes foram questionados se tinham autonomia para fazer suas coisas do dia a dia, se eram incentivados a tomar suas próprias decisões ainda que auxiliados pelos pais, se tinham sentimento de ser totalmente dependentes dos pais e, por fim, se achavam que eram superprotegidos. Com base nessas respostas, os participantes foram classificados como tendo recebido alto ou baixo cuidado e se eram protegidos ou superprotegidos na infância e na adolescência. Além disso, os participantes também responderam se haviam crescido na presença do pai e da mãe, com somente um ou com nenhum deles.

Levantamentos
Os principais resultados da pesquisa demonstraram que homens que foram superprotegidos pela figura paterna na infância ou adolescência apresentaram risco 12% maior de morrer antes dos 80 anos do que aqueles que não tinham pai superprotetor. "Ou seja, ter passado por tal condição foi capaz de reduzir a longevidade", reforçam os pesquisadores. O risco nas mulheres foi ainda maior, aquelas que foram superprotegidas pelo pai apresentaram risco 22% maior de morrer antes dos 80 anos. 
Além disso, no caso das mulheres, aquelas que receberam alto nível de cuidado da mãe na infância ou adolescência apresentaram risco 14% menor de morrer antes dos 80 anos do que aquelas que receberam baixo cuidado da mãe. "Neste caso, o alto cuidado da mãe nessa fase da vida é capaz de aumentar a longevidade", pontuam. 
Por fim, verificou-se que os homens que viveram a infância ou a adolescência com somente com um dos pais apresentaram risco 179% maior de morrer antes dos 80 anos quando comparados àqueles que viveram com ambos os pais, sendo este fato, no homem, o mais importante fator de risco capaz de reduzir a longevidade.
"É válido ressaltar que as condições socioeconômicas, comportamentais ou clínicas dos participantes na vida adulta e na velhice também foram analisados e tais achados foram independentes dessas condições, o que reforça, ainda mais, a importância destes resultados", explica Tiago Alexandre. 
Quanto às questões de parentalidade, a figura paterna autoritária e superprotetora pode dificultar o diálogo e enfraquecer a relação entre pai e filhos/filhas, influenciando negativamente o desenvolvimento da autonomia e de comportamentos desses indivíduos ao longo da vida. "Tal situação parece aumentar o risco dessas pessoas desenvolverem transtornos psíquicos, o que contribuiria para reduzir a longevidade, como ocorreu em nosso estudo tanto em homens quanto em mulheres", aponta Aline de Souza.
Já o alto cuidado materno protegeu somente as mulheres da morte precoce. "Por questões culturais, no passado, as mulheres tinham a cultura de permanecer em casa cuidando da família enquanto os pais passavam maior parte do tempo trabalhando. Além do mais, os filhos homens eram incentivados a sair cedo de casa, enquanto as filhas mulheres permaneciam mais tempo ao lado dos pais, favorecendo esse vínculo materno que seria benéfico para a longevidade", expõe a equipe de pesquisa. 
Por fim, a ausência de um dos pais altera não só a dinâmica socioeconômica, mas também todo o suporte emocional durante a infância e a adolescência. Há evidências na literatura de que os homens são mais introvertidos do que as mulheres e, portanto, mais resistentes em buscar apoio em situações adversas quando um dos pais é ausente. "Diante disso, a falta de um dos pais na infância ou adolescência teria piores repercussões ao longo da vida para os homens em comparação com as mulheres podendo, consequentemente, diminuir a longevidade", descrevem.
Esse foi o primeiro estudo a verificar como a ausência e o pior relacionamento com os pais é capaz de reduzir a longevidade. "Essa pesquisa abre caminho para uma importante discussão de como tais relações familiares devem ser tratadas e discutidas na sociedade, visando melhorar tanto a qualidade quanto a expectativa de vida das pessoas seja na infância, na adolescência, na vida adulta ou na velhice", conclui o docente da UFSCar.
A pesquisa foi publicada recentemente na Scientific Reports e está disponível para leitura no link https://go.nature.com/3Hfvo9t.
Ação promove experiências lúdicas e brincadeiras que ajudam esse público a passar pela internação

 

SÃO CARLOS/SP - Desde o ano passado, as crianças internadas na unidade pediátrica do Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar/Ebserh-MEC) participam da iniciativa "Estoriando e brincando na unidade pediátrica do HU-UFSCar". A ação envolve a contação de histórias, brincadeiras, atividades lúdicas, música, dança e vivências, destinadas às crianças internadas e seus cuidadores, e estão em consonância com as ações de humanização tão importantes para o hospital e para o cuidado com o paciente. Nesta última semana, o projeto, que era realizado exclusivamente pela Enfermagem (profissionais do HU e estudantes e docentes da UFSCar), passou a contar também com o apoio de profissionais da Pedagogia da Universidade.
A iniciativa teve início em outubro de 2022 na ocasião do Dia do Brincar, que foi comemorado com as crianças internadas. A equipe de Enfermagem observou que a atividade tinha sido agradável para as crianças e iniciou o projeto semanal com a ideia de oferecer um espaço que resgate a criança, que proponha algo lúdico, relacionado ao brincar. "É um momento em que elas podem fazer as coisas que são mais típicas das crianças, e não somente ficar em um leito, recebendo medicação", fala Monika Wernet, professora do Departamento de Enfermagem da UFSCar, que coordena a atividade.
A equipe conta com a participação de estudantes de graduação e pós-graduação da UFSCar, enfermeiros do HU e, desde a última semana, tem a participação de integrantes da Pedagogia, que trouxeram novas ideias e experiências a serem desenvolvidas com as crianças, com apoio de Cleonice Tomazzetti, professora do Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas da Universidade.
Carolina Fontes dos Santos é mãe do João, de quatro anos, que participou do "Estoriando e brincando na unidade pediátrica do HU-UFSCar" durante sua internação. "A ação foi muito legal. É bom porque as crianças saem do quarto e se divertem um pouco", relatou.
Para Wernet, a atividade visa fortalecer o resgate, adoção e garantia do direito ao lúdico e ao brincar nos diversos espaços da vida, disseminando seu valor e provocando profissionais e futuros profissionais a investirem no seu uso. "Além disso, a atividade também garante a interprofissionalidade, tão importante e recomendada na formação do profissional", acrescenta a docente.
Para Ana Izaura, enfermeira do HU, a ação possibilita um espaço importante para o desenvolvimento infantil, pois traz "impactos positivos nas áreas cognitivas, de linguagem e habilidades sociais e possibilitam maior aproximação entre profissionais, alunos, pacientes e familiares". Para ela, promover a leitura e o brincar em ambiente hospitalar fortalece práticas que aumentam a capacidade criativa da criança com maiores chances de ampliação aos diferentes contextos sociais.

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de doutorado, realizada no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), convida pessoas com diabetes que tenham, ou não, dor no ombro para estudo que pretende verificar sintomas dolorosos e a funcionalidade da articulação, além de sinais e sintomas de neuropatia diabética em indivíduos com diabetes. Os participantes receberão avaliação musculoesquelética gratuita no Laboratório de Avaliação e Intervenção do Complexo do Ombro da UFSCar.
O estudo é desenvolvido por Julia Kortstee Ferreira, sob orientação de Paula Rezende Camargo, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Universidade. A pesquisadora avalia que o estudo é importante uma vez que a literatura sobre possíveis sintomas e alterações que podem ocorrer no ombro de quem tem diabetes ainda é escassa. "Temos indícios sobre esta relação, mas ainda faltam estudos para compreender melhor este aspecto. Além disso, este estudo avalia também como se dá a manifestação da neuropatia diabética periférica nos membros superiores (mãos e braços) de quem tem diabetes para melhor compreender como isso ocorre nesta região do corpo, visto que a maioria dos estudos aborda essa condição somente nos membros inferiores (pés e pernas)", explica Ferreira.
A neuropatia diabética é uma complicação bastante comum do diabetes e leva à ocorrência de danos aos nervos periféricos do corpo. Esses nervos carregam informações que saem do cérebro e informações que chegam até ele, além de sinais da medula espinhal. "Os danos a esses nervos fazem com que esse mecanismo não funcione bem. Desta forma, a neuropatia pode afetar um único nervo ou um grupo de nervos e manifestar sintomas como dor contínua e constante, que pode ser espontânea, além de sensações de queimação, formigamento e alterações na sensibilidade. Uma forma bastante comum da neuropatia diabética é a manifestação periférica, quando esses sintomas aparecem nas extremidades (pés e pernas, e mãos e braços)", complementa a doutoranda da UFSCar.
Como reforça a pesquisadora, já há estudos que apontam uma maior prevalência de queixas e alterações musculoesqueléticas em pessoas com diabetes quando comparadas às pessoas sem diabetes. Além disso, alguns estudos também têm apontado uma maior prevalência de dor no ombro em pessoas com a doença, mas "ainda não se sabe ao certo os mecanismos exatos que contribuem com estes quadros e, por isso, mais estudos ainda são necessários".
A expectativa da pesquisa atual é levantar resultados que ajudem a compreender melhor quais os sintomas e as alterações presentes no ombro de quem tem diabetes (como possíveis alterações de movimento e da força do ombro), assim como compreender se a neuropatia diabética tende a ocorrer simultaneamente e na mesma proporção nos membros inferiores e superiores. "Com estes achados, poderemos compreender melhor as alterações que acontecem, e poderemos pensar em pesquisas futuras que estudem intervenções e programas preventivos mais específicos para estas condições", detalha Julia Ferreira.
Para realizar o estudo, estão sendo convidadas pessoas com idades entre 18 e 65 anos. Os participantes devem ter diabetes e podem, ou não, ter dor no ombro. As pessoas voluntárias não podem ter problemas na tireoide, fibromialgia, fratura ou cirurgia ortopédica recente nos membros superiores, e ter realizado tratamento fisioterapêutico ou infiltração para o ombro nos últimos seis meses. Os voluntários passarão por avaliação única presencial, no laboratório da UFSCar, com duração de duas horas. Ao final da avaliação, os voluntários receberão uma cartilha de orientações e exercícios para o cuidado com a diabetes.
Pessoas interessadas devem preencher este formulário eletrônico (https://bit.ly/3D9AyRY). O contato com a pesquisadora também pode ser feito pelo whatsapp (16) 99714-1240 ou pelo e-mail projetodiabetes.ombro@gmail.com. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 52273521.8.0000.5504).

SÃO PAULO/SP - A Universidade de São Paulo (USP) é classificada como a melhor universidade latino-americana do World University Rankings, de acordo com um ranking elaborado pela consultoria britânica Times Higher Education. Considerando seu prestígio mundial, é uma das instituições públicas de ensino superior mais concorridas do Brasil. 

A partir deste ano, para ingresso em 2023, a universidade conta com um novo sistema de ingresso de estudantes, denominado de Enem-USP, que funciona como um Sistema de Seleção Unificada (Sisu) independente, medida aprovada pelo Conselho Universitário no final do ano passado. Com isso, os candidatos serão convocados diretamente pela Fuvest a partir das notas que obtiverem nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Mas o que de fato muda com esse novo modelo? A expectativa gira em torno do motivo que de fato levou a criação de um SISU independente, que é ter maior agilidade e mais abrangência no processo de matrícula dos estudantes, diminuindo alguns problemas relacionados à entrada no ensino superior, como matrícula tardia e vagas públicas ociosas.

O número de vagas destinadas ao vestibular da Fuvest é maior do que o número de vagas destinadas ao Enem-USP. Logo, são sistemas de seleção independentes. Portanto, uma mesma vaga não será disputada, ao mesmo tempo, por uma nota no Enem e uma nota na Fuvest. 

A USP e outras universidades estaduais paulistas são protagonistas na diversificação das formas de ingresso e seleção de alunos. Atualmente, os alunos possuem diferentes possibilidades de ingresso, como vestibular próprio, nota do Enem, ou até medalhas em olimpíadas.

É importante frisar que a modificação do sistema de seleção da USP não altera a elaboração de questões para o Enem, apesar da prova vir se modificando ao longo dos anos e se tornando mais madura e desafiadora. Além disso, o Sisu continua sendo o principal sistema de seleção para universidades públicas no Brasil e, em 2023, terá a participação de mais de 120 instituições.

A decisão da USP é uma novidade e, como toda novidade, causa uma certa estranheza no início, principalmente por parte dos candidatos que neste momento de ansiedade, qualquer mudança não é bem-vinda. Entretanto, tudo saindo conforme o previsto, é de se esperar que o resultado seja positivo, podendo levar outras instituições a tomarem o mesmo caminho posteriormente, democratizando e diversificando o acesso às universidades públicas brasileiras. 

Lorenzo Tessari é Chief Operating Officer (COO) da Gama Ensino, startup de tecnologia desenvolvedora de um algoritmo proprietário que identifica os gaps de aprendizado dos alunos para o direcionamento dos seus estudos.

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