Uma porta aberta para a educação e inclusão na cidade de São Carlos
SÃO CARLOS/SP - Satisfação e muita emoção marcaram o lançamento oficial do projeto “Cientistas do Amanhã - Jovens Negros”, um evento que ocorreu na tarde do dia 09 deste mês de março, no Conjunto de Apoio Didático (CAD) na Área-2 do Campus USP de nossa cidade. Em simultâneo, foram inaugurados os novos espaços físicos do “Programa Vem Saber”, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).
Os novos espaços compreendem a ”Sala do Conhecimento”, que antigamente tinha uma capacidade para quarenta alunos, agora remodelada em formato de auditório e preparada para acolher sessenta alunos, o que corresponde a poder receber duas escolas simultaneamente, permitindo um aumento no fluxo de professores e alunos que constantemente procuram por esse espaço para desenvolverem suas atividades.
Outro espaço que foi inaugurado é a “Sala Multi-Uso”, um espaço onde vai ser desenvolvido o projeto “Cientistas do Amanhã - Jovens Negros”, com a introdução de novos experimentos através de equipamentos que facultarão aos jovens estudantes uma série de conhecimentos que serão importantes para a sua vida acadêmica.
O lançamento do projeto “Cientistas do Amanhã - Jovens Negros” é uma atualização do programa “Cientistas do Amanhã”, que comemorou no ano de 2022 o seu décimo aniversário, sob a responsabilidade de seu criador, o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Antonio Carlos Hernandes. O objetivo maior continua a ser apoiar os alunos das escolas de nossa cidade a alcançarem o ensino superior - a entrarem na universidade -, sendo que até o presente momento aderiram a este programa largas centenas de jovens, sendo que a grande maioria logrou entrar em cursos superiores.
Antonio Carlos Hernandes sublinha o motivo para a atualização deste projeto: “Até este momento nunca se tinha feito um recorte dos contingentes de alunos que passaram por aqui - gênero, cor e raça, algo que muda agora com a atualização do programa, que passa se denominar “Cientistas do Amanhã - Jovens Negros”. E este projeto tem um objetivo muito claro, que é prover um apoio efetivo aos jovens estudantes negros das escolas de nossa cidade para que possam ter acesso ao ensino superior. O que vamos oferecer aqui, ao longo de cada ano, são trabalhos de pré-iniciação científica e de aulas que ajudem esses jovens a interpretar e entender as disciplinas básicas em suas escolas, para que possam ter acesso ao ensino superior”, pontua o docente. Do contingente de alunos selecionados - cerca de 100 -, mais de 50% são oriundos da Escola João Batista Zavaglia, localizada na periferia da cidade de São Carlos.
Neste evento, que reuniu autoridades locais, professores, alunos e dirigentes da USP, o sentimento comum é que estavam sendo dados passos importantes na luta contra a discriminação, em um processo de inclusão importantíssimo a partir da escola, junto aos mais novos, abrindo caminhos para o futuro de largas centenas de alunas e alunos negros.
Dentre outras individualidades que marcaram presença neste evento estiveram os Profs. Osvaldo Novais de Oliveira Junior e Ana Paula Ulian de Araújo, na circunstância, Diretor e Vice-Diretora do IFSC/USP, cujos comentários foram unânimes. “A oferta deste projeto de inclusão e de educação é uma oportunidade para alunas e alunos negros dos ensinos fundamental e médio que almejam um lugar na Universidade, um lugar de destaque na sociedade. Assim, e em paralelo, este projeto é essencial para que a USP cumpra uma de suas missões, que é transferir o conhecimento para a sociedade e, neste caso, contribuindo igualmente para a educação no Estado de São Paulo e no Brasil como um todo”, destacou Osvaldo Novais de Oliveira Junior. Corroborando com estas afirmações, a Vice-Diretora do IFSC/USP complementou “Este é projeto e uma ação que são fundamentais em termos de inclusão. Enquanto não tivermos situações igualitárias para que todos tenham os mesmos acessos, as mesmas oportunidades, os mesmos direitos, iremos sempre necessitar de ações, de programas específicos e de atitudes como esta que presenciamos hoje. Este projeto é fundamental não só em termos de ensino, como também em termos sociais e o Prof. Antonio Carlos Hernandes e sua equipe estão de parabéns.
A mesa de honra que presidiu ao lançamento do projeto “Cientistas de Amanhã - Jovens Negros” foi constituída pelos Profs. Antonio Carlos Hernandes, José Galizia Tundisi (Secretário Municipal de Ciência e Tecnologia), Osvaldo Novais de Oliveira Junior (Diretor do IFSC/USP), Brno Zancheta (Professor e Vereador da Câmara Municipal de São Carlos), Débora Gonzalez Costa Blanco (Dirigente de Ensino de São Carlos) e Frank Nelson Crespilho (atual responsável pelo IEA - Polo de São Carlos).
SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos comunica a abertura de inscrições para o Processo Seletivo Simplificado para contratação de Professor III – área de Educação Física e Professor II em caráter temporário, nos termos do inciso IX do artigo 37 da Constituição Federal e da Lei Municipal nº 13.889/2006 e alterações posteriores.
As contratações poderão ocorrer durante o ano letivo de 2023, de acordo com a necessidade da Prefeitura e a medida que surgirem vagas.
As inscrições para o processo seletivo deverá ser efetuada exclusivamente pela internet de 10 a 16/03/2023, por meio do link https://cidadao.saocarlos.sp.gov.br/.
No ato da inscrição o candidato deve anexar cópia simples dos seguintes documentos: Cédula Oficial de Identidade ou Carteira e/ou Cédula de Identidade expedida pela Secretaria de Segurança, pelas Forças Armadas, pela Polícia Militar, pelo Ministério das Relações Exteriores ou Carteira de Trabalho e Previdência Social ou Certificado de Reservista ou Passaporte ou Cédulas de Identidade fornecidas por Órgãos ou Conselhos de Classe, que por lei federal, valem como documento de identidade (OAB, CRC, CRA, CRQ etc.) ou Carteira Nacional de Habilitação (com fotografia na forma da Lei n.º 9.503/97); além de documentos que comprovem os requisitos mínimos dos empregos do edital como Licenciatura Plena em Educação Física e Registro no Conselho Competente (CREF) para Professor III e diploma do Normal ou Magistério de nível médio ou Normal Superior ou Licenciatura Plena em Pedagogia para Professor II.
Não serão aceitas declarações ou qualquer outro documento que não comprovem a conclusão dos cursos definidos como requisitos mínimos até a data de efetivação da inscrição
Antes de se inscrever o candidato deverá ler o edital em sua íntegra que estará disponível em edição ordinária (nº 2155) do Diário Oficial de 09 de março de 2023.
A seleção será realizada pela análise da documentação apresentada, por uma Comissão designada para este fim e os candidatos habilitados serão classificados em ordem decrescente pela pontuação final.
O resultado final preliminar da seleção será divulgado no dia 25/03/2023 por meio de publicação no Diário Oficial do Município (www.saocarlos.sp.gov.br). O resultado final da seleção será divulgado no dia 01/04/2023 também por meio do Diário Oficial do Município.
BRASÍLIA/DF - A revogação do novo ensino médio foi discutida nesta terça-feira (7) em reunião do presidente Lula com entidades de trabalhadores da educação, no Palácio do Planalto. O pleito foi apresentado ao presidente pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).
O novo ensino médio foi aprovado por lei em 2017, durante o governo do ex-presidente Michel Temer, com o objetivo de tornar a etapa mais atrativa e ampliar a educação em tempo integral, mas a implementação enfrenta desafios estruturais, resistência e até desconhecimento por parte da população.
"A ideia é revogar o entulho do golpe. O novo ensino médio veio, por imposição, através de uma Medida Provisória, por um governo que não tinha legitimidade popular, sem qualquer diálogo com os setores da área de educação. Apresentamos a demanda de revogação do ensino médio e da Base Nacional Comum Curricular, afirmou Heleno Araújo, presidente da CNTE, à Agência Brasil. Segundo ele, Lula foi sensível aos problemas apresentados e prometeu analisar melhor o pedido.
Na semana passada, o ministro da Educação, Camilo Santana, evitou falar em revogação, mas disse que um grupo de trabalho será criado para reunir todos os setores educacionais interessados e discutir o andamento do novo ensino médio. “Não é questão de revogar. O [novo] ensino médio está em andamento. O que nós estamos colocando é criar um grupo de trabalho, que será oficializado por portaria. Vamos reunir todos os setores para discutir”, afirmou o ministro.
Em nota, o MEC reconheceu que houve falta de diálogo no processo que levou à promulgação da lei do novo ensino médio e explicou como vai funcionar o grupo de trabalho. "O grupo será formado por setores sociais diversos, como as entidades representativas de classe, estudantes, professores, comunidade acadêmica, secretários estaduais e municipais de todos os estados brasileiros, com objetivo de estabelecer o diálogo democrático, numa discussão coletiva e qualificada por meio de pesquisas, consultas públicas, seminários e outras ferramentas que nos permitam tomar decisões embasadas. A questão preponderante é sobre como garantir o melhor Ensino Médio para o país, com justiça e, principalmente, igualdade", diz a pasta.
Mais de 300 entidades ligadas à educação também fizeram uma carta aberta essa semana pedindo a revogação do novo ensino médio. No documento, que descreve 10 dos principais problemas da lei, os representantes dessas instituições alegam que o novo modelo vai na contramão de todos os estudos ligados à área e afirmam que o processo foi feito de maneira unilateral, sem espaço para o diálogo com a comunidade escolar.
Com o novo modelo, parte das aulas será comum a todos os estudantes do país, direcionada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Na outra parte da formação, os próprios alunos poderão escolher um itinerário para aprofundar o aprendizado. São os chamados itinerários formativos. Entre as opções, está dar ênfase, por exemplo, às áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ao ensino técnico. A oferta de itinerários, entretanto, vai depender da capacidade das redes de ensino e das escolas.
"Foi vendida a ideia de que o aluno poderia escolher entre cinco itinerários formativos, o que não acontece na prática. O aluno está sendo empurrado a fazer itinerário que a escola oferece, e nenhuma escola oferece os cinco itinerários formativos previstos", critica Araújo.
A implementação do novo ensino médio ocorre de forma escalonada até 2024. Em 2022, ela começou pelo 1º ano do ensino médio com a ampliação da carga horária para pelo menos cinco horas diárias. Pela lei, para que o novo modelo seja possível, as escolas devem ampliar a carga horária para 1,4 mil horas anuais, o que equivale a sete horas diárias. Isso deve ocorrer aos poucos. Essa ampliação da carga horária é uma forma de fazer com que as escolas ofereçam ensino integral aos seus estudantes, mas profissionais da educação criticam a falta de estrutura mínima.
"A lei exige uma ampliação da carga horária, para forçar a ampliação do tempo integral. As escolas ainda não têm estrutura para assegurar isso. Essa situação, muitas vezes, por conta da desigualdade social do país, faz com que alunos abandonem os estudos porque não conseguem acompanhar a carga horária. Em Pernambuco, por exemplo, mais de 800 mil jovens entre 15 e 29 anos não concluíram o ensino médio, enquanto aqueles que concluíram ou estão matriculados somam 341 mil", aponta o presidente da CNTE.
Em 2023, a implementação segue com o 1º e 2º anos e os itinerários devem começar a ser implementados na maior parte das escolas. Em 2024, o ciclo de implementação termina, com os três anos do ensino médio.
Durante a reunião com a CNTE, Heleno Araújo afirmou que Lula também se comprometeu a descontinuar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militar (Pecim), criado em 2019 pelo governo de Jair Bolsonaro. "A ideia, segundo relatou o presidente, é não abrir para novas adesões ao programa daqui em diante, mas sem necessariamente desmanchar o que foi feito", afirmou o dirigente sindical.
Até o fim do ano passado, cerca de 200 escolas públicas de todo o país haviam aderido ao programa do governo federal, que oferece capacitação pedagógica aos militares, certificação das escolas e envio de recursos para melhorias estruturais nas unidades. Em janeiro, o governo já havia publicado portaria extinguindo a diretoria responsável pelas escolas cívico-militares no Ministério da Educação (MEC). A estrutura era vinculada à Secretaria de Educação Básica do ministério.
O modelo cívico-militar é diferente do modelo das escolas militares mantidas pelas Forças Armadas. De acordo com o MEC, as secretarias estaduais de Educação continuam responsáveis pelos currículos escolares, que é o mesmo das escolas civis. Os militares, que podem ser integrantes da Polícia Militar ou das Forças Armadas, atuam como monitores na gestão educacional, estabelecendo normas de convivência e aplicando medidas disciplinares, mas, em tese, não podem interferir no ensino.
Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil
SÃO CARLOS/SP - O vereador Bruno Zancheta (PL), protocolou um projeto de lei que prevê a implantação do “Programa Jovem Economista” nas escolas da rede municipal de ensino.
Bruno Zancheta destacou que esse projeto de lei tem como principal finalidade educar, planejar e promover atividades que tratem de questões econômicas nas escolas municipais, por meio de aulas extracurriculares e temas transversais. Esse programa pode ser feito por meio de parcerias com empresas, entidades do terceiro setor entre outros órgãos.
"O Programa Jovem Economista tem um objetivo muito claro: levar educação financeira aos alunos da rede municipal de ensino, ensinando conceitos básicos de economia, presentes nos noticiários e em situações cotidianas, afinal, esses conhecimentos serão utilizados durante toda sua vida. Desta forma, o projeto Jovem Economista viabiliza uma realidade mais agradável e um futuro mais próspero aos cidadãos são-carlenses”, finalizou o parlamentar.
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