IBATÉ/SP - A Prefeitura de Ibaté, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, orienta a população que os beneficiários do antigo Bolsa Família serão contemplados automaticamente com o Auxílio Brasil. Entretanto, a Secretaria destaca a necessidade de atualização cadastral para famílias cuja última atualização tenha sido antes de janeiro de 2020, pois o Cadastro Único possui validade de dois anos, sendo necessário atualizá-lo, mesmo que a família não tenha passado por qualquer mudança.
A diretora de Assistência Social, Adriana Adegas Martinelli, explica que é importante a família entrar em contato com o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) ou com a Secretaria Municipal de Assistência Social para consultar a data da última atualização. “Caso haja a necessidade de atualização, a família será direcionada ao ponto de atendimento do CadÚnico, localizado na Secretaria de Assistência Social de Ibaté”, ressaltou.
As informações do CadÚnico devem ser renovadas também sempre que houver alterações cadastrais da família (mudança de endereço, telefone, estado civil, renda mensal; ou em casos de alteração na composição familiar, tais como, nascimento, adoção ou óbito. Adriana comenta que a melhor maneira de saber se a família está cadastrada, e/ou precisa atualizar as informações é por meio do aplicativo Meu CadÚnico.
“A ferramenta informa se o cadastro está desatualizado e permite a impressão de comprovante”," explicou. “Para consultas, caso o usuário não tenha internet, pode procurar o CRAS localizado no Jardim América, ou a Assistência Social no prédio a Secretaria de Promoção Social, localizado na avenida São João, 231, de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas. Entretanto, para atualização cadastral, o atendimento será realizado exclusivamente no prédio da Secretaria de Assistência Social”, concluiu.
CadÚnico
As famílias de baixa renda ainda não inscritas no CadÚnico que preenchem os seguintes requisitos: renda por pessoa na família de até meio salário mínimo ou renda mensal de até três salários mínimos podem fazer o Cadastro Único, que possibilita o acesso a outros benefícios sociais, tais como Auxilio Brasil, Renda Cidadã, Tarifa Social de Energia Elétrica, entre outros. No município de Ibaté o processo de inclusão é feito exclusivamente no Núcleo de Atendimento do Cadastro Único localizado na Secretaria de Assistência Social de Ibaté.
BRASÍLIA/DF - A partir de hoje (12), depois de 77 dias sem aumentos, a Petrobras fará ajustes nos seus preços de venda de gasolina e diesel para as distribuidoras. O anúncio foi feito ontem (11) pela companhia, em nota à imprensa.
Segundo a empresa, os últimos aumentos ocorreram em 26 de outubro do ano passado. Desde então, o preço cobrado pela Petrobras para a gasolina chegou a ser reduzido em R$ 0,10 litro, em 15 de dezembro. Já o preço do diesel ficou estável.
Com a decisão de hoje, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro. “Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,26, em média, para R$ 2,37 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,11 por litro”, explicou a companhia, na nota.
Para o diesel, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras subirá de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro. Levando em conta a mistura obrigatória de 10% de biodiesel e 90% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será elevada de R$ 3,01, em média, para R$ 3,25 a cada litro vendido na bomba, mostrando variação de R$ 0,24 por litro.
De acordo com a Petrobras, esses ajustes “são importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”.
A companhia reiterou seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, acompanhando as variações de alta e baixa, “ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato para os preços internos, das volatilidades externas e da taxa de câmbio, causadas por eventos conjunturais”.
Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil
EUA - Países em desenvolvimentos mais pobres deverão precisar de um alívio de dívida mais rápido do G20, disse o Banco Mundial ontem (11), já que um número crescente corre o risco de ser esmagado pelo alto endividamento e desaceleração do crescimento.
A recessão provocada pela pandemia em 2020 deixou metade dos países de baixa renda em alto risco de estresse da dívida, disse o Banco Mundial em seu relatório Perspectivas Econômicas Globais.
Os níveis de dívida em economias emergentes e em desenvolvimento subiram no ritmo mais rápido em três décadas, segundo o relatório, e embora a perspectiva seja de que o crescimento em economias de baixa renda se fortaleça em 2022 a 4,9% e em 2023 a 5,9%, a renda per capital deve permanecer abaixo dos níveis pré-pandemia este ano em metade deles.
“É provável que mais alívio da dívida seja necessário se o crescimento permanecer fraco e a comunidade global terá que ficar pronta para garantir isso de maneira igualitária mas eficiente”, concluiu o relatório do Banco Mundial.
da REUTERS
BRASÍLIA/DF - Cerca de 22 milhões de brasileiros recebem, neste ano, o abono salarial, com valor total de mais de R$ 20 bilhões, segundo o Ministério do Trabalho e Previdência.
Trabalhadores do setor privado, inscritos no PIS, receberão o abono salarial deste ano no período de 8 de fevereiro a 31 de março, pela Caixa. Para servidores públicos, militares e empregados de estatais, inscritos no Pasep, o pagamento vai de 15 de fevereiro a 24 de março, pelo Banco do Brasil.
Tradicionalmente, o abono salarial é pago ao longo do ano seguinte ao trabalhado ao longo de 12 meses, com cada lote correspondendo ao mês de nascimento do empregado. Agora, o pagamento será feito em apenas dois meses.
Segundo o Ministério do Trabalho e Previdência, historicamente, tanto a identificação quanto o pagamento dos beneficiários eram feitas pelos bancos públicos federais, o que foi questionado por órgãos de controle que recomendaram a separação das atividades. Outra recomendação é que os pagamentos ocorressem num mesmo ano.
“Buscando atender a recomendação dos órgãos de controle, o governo federal internalizou no Ministério a identificação e passou a ter em tempo real e online o controle integral da política do abono salarial, desde a recepção dos dados transmitidos pelos empregadores, até o processo de identificação e pagamento”, explicou o ministério.
Trabalhadores da iniciativa privada com conta corrente ou poupança na Caixa receberão o crédito automaticamente no banco, de acordo com o mês de seu nascimento.
Os demais beneficiários receberão os valores por meio da poupança social digital, que pode ser movimentada pelo aplicativo Caixa Tem. Caso não seja possível a abertura da conta digital, o saque poderá ser realizado com o Cartão do Cidadão e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas, Caixa Aqui ou agências, também de acordo com o calendário de pagamento escalonado por mês de nascimento.
O pagamento do abono do Pasep ocorre via crédito em conta para quem é correntista ou tem poupança no Banco do Brasil. O trabalhador que não é correntista do BB pode efetuar a transferência via TED para conta de sua titularidade via terminais de autoatendimento e portal www.bb.com.br/pasep ou no guichê de caixa das agências, mediante apresentação de documento oficial de identidade.
Confira abaixo as datas de pagamento:
Trabalhadores da iniciativa privada que recebem pela Caixa Econômica Federal
Mês de nascimento | Data do pagamento |
Janeiro | 8 de fevereiro |
Fevereiro | 10 de fevereiro |
Março | 15 de fevereiro |
Abril | 17 de fevereiro |
Maio | 22 de fevereiro |
Junho | 24 de fevereiro |
Julho | 15 de março |
Agosto | 17 de março |
Setembro | 22 de março |
Outubro | 24 de março |
Novembro | 29 de março |
Dezembro | 31 de março |
Trabalhadores do setor público, que recebem pelo Banco do Brasil
Final da inscrição | Data do pagamento |
0 | 15 de fevereiro |
1 | 15 de fevereiro |
2 | 17 de fevereiro |
3 | 17 de fevereiro |
4 | 22 de fevereiro |
5 | 24 de fevereiro |
6 | 15 de março |
7 | 17 de março |
8 | 22 de março |
9 | 24 de março |
Tem direito ao benefício o trabalhador inscrito no PIS/PASEP há, pelo menos, cinco anos e que tenha trabalhado formalmente por, no mínimo, 30 dias no ano-base considerado para a apuração, com remuneração mensal média de até dois salários mínimos.
Também é necessário que os dados tenham sido informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS).
O valor do abono é proporcional ao período em que o empregado trabalhou com carteira assinada em 2020. Cada mês trabalhado equivale a um benefício de R$ 101, com períodos iguais ou superiores a 15 dias contados como mês cheio. Quem trabalhou 12 meses com carteira assinada receberá o salário mínimo cheio, de R$ 1.212.
De acordo com o ministério, a partir do dia 22 de janeiro, é possível consultar a situação do benefício por meio da Carteira de Trabalho Digital ou no portal Gov.br para saber se tem direito, qual o valor do abono salarial, a data e o respectivo banco de recebimento. A central Alô Trabalhador, telefone 158, também estará disponível para atendimento.
A partir de fevereiro, o trabalhador do setor privado também poderá consultar a situação do benefício e a data de pagamento nos aplicativos Caixa Trabalhador e Caixa Tem.
No caso dos trabalhadores vinculados ao Pasep, a consultar do saldo é na página Consulte seu Pasep. Há também a opção de ligar para a Central de Atendimento do Banco do Brasil (4004-0001, capitais e regiões metropolitanas, ou 0800 729 0001, interior).
Os trabalhadores residentes nos estados de Minas Gerais e Bahia, em áreas em situação de emergência, receberão o abono no primeiro dia de pagamento: 8 de fevereiro para o PIS e 15 de fevereiro para o Pasep.
Nessas regiões de emergência, o ministério estima um total de 107 mil trabalhadores que podem receber o abono. Os recursos previstos nessas localidades são da ordem de R$101.992.054,32.
Para ter direito ao benefício antecipado, os empregadores devem possuir domicílio nos municípios declarados pelo Ministério do Desenvolvimento Regional em emergência por meio da Portaria nº 3.115, de 10 de dezembro de 2021, no Estado de Minas Gerais, e Portaria nº 3.123, de 10 de dezembro de 2021, no Estado da Bahia.
*Colaborou Wellton Máximo.
Para a Entidade, as recentes medidas de segurança não esgotam os riscos e podem ser otimizadas
SÃO PAULO/SP - A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), por meio do Comitê Meios de Pagamento, do Conselho de Economia Digital e Inovação (CEDI) da Entidade, enviou, ao Banco Central (Bacen), sugestões para o aperfeiçoamento do PIX. A Federação considera o modelo de transações um avanço dos meios de pagamento, beneficiando consumidores e empresas, além de ser uma ferramenta de inclusão social (uma vez que não são cobrados, das pessoas físicas, os custos das operações). Contudo, avalia que a política de segurança do meio de pagamento deve ser otimizada, a fim de evitar o cometimento de crimes, bem como reduzir a insegurança e o risco de fraudes.
Mesmo com a implementação recente, pelo Bacen, de medidas como o estabelecimento de limites transacionais de até R$ 1 mil por dia e a diferenciação entre valores noturno e diurno, a Entidade pontua que estas ações não esgotam os problemas, já que os criminosos utilizam “contas laranja” e/ou “contas de aluguel/passagem” para cometer atos ilícitos e direcionar rapidamente os recursos extraídos, de forma que não seja possível o rastreamento dos valores.
As aludidas contas, geralmente digitais, são abertas por meios eletrônicos, o que propicia o envio de documentos falsos (ou, até mesmo, verdadeiros), mas que foram previamente objeto de ato ilícito, fazendo com que não seja possível identificar os criminosos. Além disso, as quadrilhas agem rápida e simultaneamente em diferentes regiões. Logo após cometerem os crimes, dispersam-se, dificultando ainda mais os trabalhos de investigação em função da velocidade com a qual operam.
Considerando que muitas contas são criadas apenas para realização de fraudes, a FecomercioSP sugere restringir as transferências imediatas via PIX para pessoas físicas que as tenham abertas há, no mínimo, três meses – tal medida contribuiria, inclusive, para facilitar o uso do Mecanismo Especial de Devolução (MED). Além disso, cita a necessidade do estabelecimento de critérios para a abertura das contas digitais, atrelando sua criação à confirmação da veracidade dos documentos enviados, o que pode ser realizado utilizando ferramentas de reconhecimento facial, biometria e código PIN, por exemplo.
Por fim, sugere também a implementação de mecanismos para comprovar a identidade dos recebedores. Neste sentido, a FecomercioSP propõe que, nas três primeiras operações, o usuário realize uma dupla checagem (confirmando, por exemplo, os dados via celular e e-mail ou inserindo um código de segurança), o que permitirá a rastreabilidade das informações.
Segurança sem impactar benefícios
A FecomercioSP, que acompanha a implementação do PIX desde antes do início da operação do sistema, destaca que o modelo vem sendo amplamente utilizado no comércio eletrônico e no varejo físico, além de ter caído no gosto do brasileiro, em razão da facilidade de operacionalização e da disponibilidade de recursos imediatamente após as operações. Para os estabelecimentos comerciais, o PIX representa celeridade na disponibilização de recursos, o que otimiza o planejamento de finanças, tornando-se fundamental diante do cenário de tímida recuperação dos prejuízos econômicos causados pela atual crise decorrente da propagação da covid-19. Desta forma, a Federação entende que é preciso criar mecanismos mais efetivos para identificar fraudadores, porém, sem onerar nem paralisar o inovador instrumento e seus benefícios.
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.
SÃO PAULO/SP - Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 2.442 da Mega-Sena, realizado na noite de sábado (08) em São Paulo. O prêmio acumulou e deve pagar R$ 11 milhões no próximo sorteio, na quarta-feira (12).
Para apostar na Mega-Sena
As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito.
Por: G1
LÍBANO - A empresa pública de eletricidade do Líbano (EDL) anunciou no sábado (08), que suas centrais estavam paradas e culpou manifestantes que cortaram uma linha de alta tensão pelo blecaute.
Os libaneses já vivem pelo menos 20 horas por dia sem luz, devido à escassez de combustíveis causada pelo colapso econômico do país. Neste sábado, manifestantes exasperados com essa situação atacaram uma central de distribuição da EDL na região de Aramun, informou a empresa. "Isso interrompeu a rede elétrica e causou um apagão completo em todo o território libanês às 17h27", acrescentou.
O novo corte aumentará a pressão sobre os geradores privados, que, a duras penas, conseguem aliviar a paralisação quase completa do abastecimento estatal de energia.
A conta de luz de uma família libanesa que usa as redes privadas supera o salário mínimo do país, equivalente a 22 dólares. A comunidade internacional exige que as autoridades libanesas, acusadas de corrupção endêmica, realizem reformas com urgência, principalmente na gestão da EDL.
O Líbano negociou no outono local com Egito e Jordânia o envio de gás e eletricidade através da Síria, enquanto o movimento xiita Hezbollah anunciou várias entregas de combustível.
BRASÍLIA/DF - O calendário de pagamento do abono salarial do PIS/Pasep referente a 2020 foi aprovado na sexta-feira (7) na reunião do Conselho de Desenvolvimento do Fundo do Amparo ao Trabalhador (Codefat).
O novo calendário, que deve ser publicado no Diário Oficial da União, prevê o pagamento a partir do dia 8 de fevereiro para quem recebe o programa de Integração Social (PIS) e para o dia 15 para os servidores públicos beneficiados pelo Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep).
Em entrevista ao site da DINHEIRO, o representante da Força Sindical no conselho, Sergio Luiz Leite, afirmou que o novo calendário, que vai concentrar os pagamentos de 2020 no primeiro semestre de 2022, atende às reivindicações dos trabalhadores. “Para nós é muito importante, nesse momento difícil que o país passa, injetar alguns bilhões de reais na economia neste primeiro semestre para ajudar os trabalhadores”, disse.
De acordo com o governo, mais de 23 milhões de trabalhadores podem receber o abono, que soma um montante de R$ 21 bilhões.
Quem pode receber
Pode receber quem exerceu qualquer atividade remunerada neste ano por mais de 30 dias, com carteira assinada, e recebe até dois salários mínimos por mês (R$ 2.200).
Ainda é necessário estar inscrito no PIS-Pasep há pelo menos cinco anos e ter os dados atualizados pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
O valor do abono é proporcional aos meses em que o trabalhador esteve empregado com carteira assinada em 2020, chegando ao máximo de um salário mínimo, R$ 1.212.
Confira como ficará o calendário, que será organizado pelo mês de nascimento no PIS e pelo número de inscrição no Pasep:
PIS
Pasep Final da inscrição Saque liberado dia
0 15/02/2022
1 15/02/2022
2 17/02/2022
3 17/02/2022
4 22/02/2022
5 24/02/2022
6 15/03/2022
7 17/03/2022
8 22/03/2022
9 24/03/2022
SÃO PAULO/SP - A garrafa verde da Heineken é inconfundível para os fãs da bebida no Brasil, em que a maioria das cervejarias trabalha com o vidro marrom. Mas o que confere à marca sua identidade se tornou um desafio para a distribuição no País, onde a empresa enfrenta dificuldades para encontrar as garrafas, segundo fonte do setor hoteleiro ouvida pela DINHEIRO. O grupo foi alertado pela Heineken sobre o problema, que está afetando as entregas da cerveja. Neste início de ano, bares e restaurantes da rede presidida pelo executivo que conversou com a reportagem receberam os pedidos em latas de cerveja, substitutas das garrafas e long necks. Procurada, a Heineken não quis comentar e alegou estar em período de silêncio.
© Fornecido por IstoÉ DinheiroO cenário é fruto do aumento de consumo e da mudança de hábitos, que impulsionou uma demanda não prevista por algumas empresas, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Vidro (Abividro). A entidade afirma em nota que todos os contratos foram cumpridos e somente as compras não programadas sofrem com a escassez. “A dinâmica da produção de vidro é inelástica. Trabalhamos somente com o que é antecipado pelos pedidos”, disse Lucien Belmonte, presidente da associação. A alta do dólar é outro agravante, uma vez que, embora pequena, a parcela de empresas que importam embalagens em vidro também não consegue migrar para o mercado nacional pela falta de oferta.
A situação deve se restabelecer até o fim de 2023, com a expansão de 30% da capacidade produtiva na indústria. A francesa Verallia, da divisão de embalagens da Saint-Gobain, está investindo R$ 500 milhões em um novo forno na fábrica de Campo Bom (RS), enquanto a Owens Illinois, maior fabricante do mundo, investirá cerca de R$ 1 bilhão em duas novas plantas no Brasil.
Dolf van den Brink, CEO global da Heineken, deve vir ao País neste início do ano para acompanhar a saga das garrafas verdes. No mercado, a solução foi verticalizar. A Ambev, maior concorrente da holandesa, fará um aporte de R$ 870 milhões para construir sua segunda fábrica de embalagens de vidro. Mas a nova planta, no Paraná, só deve entrar em operação em 2025, seguindo a estratégia da companhia de, até lá, trabalhar apenas com embalagens retornáveis ou feitas de materiais reciclados.
Com investimento médio de US$ 100 milhões, uma planta produtiva tem capacidade para fabricação de 350 toneladas de vidro por dia. Considerando o modelo da long neck, essa produção representaria em torno de 2 milhões de garrafas por dia. Na avaliação de Belmonte, a movimentação será suficiente para desafogar a indústria no próximo ano. Em 2022, as empresas devem seguir alertas ao risco de escassez.
Nada de novo No verão de retomada da economia, bares e restaurantes voltaram a lotar. A Abrasel, entidade do setor, indica que a demanda deste fim de ano esteve 3% abaixo frente 2019, o que já é um avanço significativo para uma das atividades mais impactadas na pandemia. O consumo da cerveja também subiu: 8% nos últimos dois anos, pelos dados do Euromonitor.
A mudança vem do aumento das buscas por long neck e cervejas artesanais, associadas ao hábito de beber em casa. Apesar do momento relativamente positivo, não foi apenas a cerveja responsável pela escassez de garrafas. O que mais sobrecarregou a indústria foi o mercado de vinhos, cujo consumo dobrou nesse período.
Percival Maricato, diretor da Abrasel, explica que não é a primeira vez que a distribuição é afetada, embora o fenômeno não prejudique as vendas no setor. “Embalagens substitutas suprem esse consumo em bares e restaurantes”, disse. Para a Heineken, no entanto, o abastecimento da emblemática garrafa verde garante a presença da marca em um mercado disputado como o brasileiro. Por isso, a saga se torna crucial para as cervejarias.
Beatriz Pacheco / ISTOÉ DINHEIRO
SÃO PAULO/SP - Varejistas de linha branca, móveis, eletrônicos e de moda investem nesta primeira semana do ano em liquidações agressivas. Apesar das vendas fracas de fim de ano, não é possível afirmar que os estoques do varejo estão muito acima do normal. Isso porque o desempenho tímido já era esperado, principalmente depois de uma Black Friday frustrante. No entanto, com a necessidade de elevar vendas em um cenário de renda defasada no País, grandes redes estampam descontos de até 80% em suas fachadas e sites.
Uma das empresas que preparam promoções é a Via (dona da Casas Bahia e Ponto). A liquidação da rede começou ainda no dia 30 de dezembro, como uma espécie de “esquenta” no site e no aplicativo. Agora também nas lojas físicas, a campanha vai até o dia 8 de janeiro e tem descontos de até 70% em diversas categorias de produtos. O pagamento também é facilitado. O parcelamento das compras, por exemplo, pode ser feito em até 30 vezes no cartão da Casas Bahia.
De acordo com o diretor regional da empresa, Alex Marques, os estoques da rede estão dentro do planejado, mas a expectativa é superar as vendas do mesmo período do ano passado. Ele admite que o segundo semestre mostrou desaceleração do consumo, mas afirma que a empresa viu um aumento do valor médio das compras. Como maior preocupação daqui para frente, ele cita o patamar alto do câmbio, já que boa parte do estoque da companhia é influenciado pelo dólar.
A Americanas, por sua vez, vai manter suas promoções até o dia 10, com descontos de até 80%. Além disso, o evento conta com até 50% de cashback (dinheiro de volta) quando a compra for feita por meio da Ame Digital - fintech da Americanas S.A. Já a bandeira Shoptime, que pertence à companhia, promove até o dia 31 de janeiro uma liquidação que oferece descontos de até 70%. A empresa afirma que, durante todo o mês, os clientes encontrarão cupons de descontos exclusivos no aplicativo da Shoptime.
No caso do Magazine Luiza, a empresa havia se preparado para um segundo semestre mais aquecido do que o que efetivamente ocorreu. Assim, a estratégia comercial da companhia para equalizar seus inventários envolveu Black Friday, vendas de Natal e a Liquidação Fantástica - nome dado à queima de estoque de janeiro da companhia.
A promoção começa nesta sexta-feira, com descontos de até 80%. Segundo a varejista, serão 19 mil ofertas, sendo 4 mil delas apenas do estoque próprio do Magazine Luiza e não no de lojistas virtuais. A empresa diz ainda que as ofertas antecipadas no site e nas lojas não aparecerão mais descontadas durante o evento oficial.
Vendas mais fracas de fim de ano
Apesar dos descontos elevados, uma dificuldade do varejo é lidar com o consumo reprimido, por causa da economia fraca e a alta da inflação, que pressiona o orçamento das famílias.
O presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra, observa que uma boa performance do varejo depende dos pilares: renda, emprego, confiança e crédito. De todos esses indicadores, o mais crítico no momento, em sua visão, é o de renda.
"A renda hoje é mais crítica que o emprego e que a falta de crédito ou a falta de confiança. A liquidação sempre foi importante. O varejo vai ter de achar formas, que não uma grande sobra de estoque, para buscar chamar a atenção do consumidor com promoções", diz Terra. Ele cita negociações com a indústria e arquiteturas promocionais "mais inteligentes" como saída.
Moda
Do lado das varejistas de moda, a Renner estampa em seu site um saldão com descontos de até 60%, enquanto a Lojas Marisa anuncia redução de até 70% no preço de determinadas peças. Na Riachuelo, a temporada de saldos começou no dia 26 de dezembro e termina no dia 31 de janeiro, ou enquanto durarem os estoques. Já na Casa Riachuelo - bandeira de artigos para casa da companhia - a temporada de ofertas se estende de 27 de dezembro de 2021 a 31 de janeiro de 2022.
Os descontos variam em até 70% na Riachuelo, enquanto na Casa Riachuelo as dinâmicas são variadas, contando com promoções como leve 4 pague 3, além do parcelamento em dez vezes em compras acima de R$ 250. "Nossos estoques estão sob controle, mas há uma natural procura de mercado por oportunidades nesta época do ano, quando o mercado aproveita para liquidar produtos que não tiveram a venda esperada. Também há uma procura alta por produtos de alto verão nesta época do ano", disse o Élio Silva, diretor executivo de canais de marketing da Riachuelo.
3 perguntas para Paula Bazzo, planejadora financeira e líder de educação na SuperRico
Como não se enrolar financeiramente com os saldões de início de ano?
O ponto de partida para não se enrolar financeiramente nesse início de ano é a organização. É preciso saber quais são as obrigações de pagamento que se tem não só agora, mas no decorrer dos próximos meses também. Dessa forma, evita-se que o gasto além da capacidade financeira. Nesse momento de início de ano, é muito importante cuidarmos das contas que chegam nesse período e costumam ser mais pesadas. Temos IPTU, IPVA, matrícula das crianças, compras de material escolar, além dos gastos de fim de ano, que também costumam ser mais intensos. Se mesmo assim você entender que tem capacidade de pagamento para novas compras, ao fazê-las, é necessário ter cuidado com o excesso de parcelamento para não comprometer o orçamento futuro.
O que vale a pena comprar nesses saldões?
Ter cuidado com as compras por impulso é muito importante. Esse tipo de compra geralmente está vinculada a não ter objetivo pré-determinado. Se eu não tenho um orçamento e não sei como estou gastando, acabo gastando tudo. Para avaliar o que vale a pena, tenho de saber do que eu preciso. Uma dica é fazer uma lista de compras para evitar que, ao entrar em um site e ver coisas baratas, haja compras sem necessidade. Outro ponto essencial é perguntar porque se está comprando aquilo, se existe uma opção mais interessante ou semelhante e mais barata e se eu tenho capacidade real de pagamento. Por fim, as ofertas podem ser boas opções para adiantar a compra de presentes que devem ser entregues nos próximos meses.
Como saber se as ofertas veiculadas são reais?
Se você procura por uma oferta específica, muito provavelmente, já está de olho e tem noção de preço. Se não tiver, existem sites que acompanham os valores dos produtos ao longo do tempo. Buscapé, JáCotei, Baixou Agora e Zoom, são exemplos de sites e ferramentas com os quais se pode rastrear os preços dos produtos e entender se o preço anunciado na promoção realmente descontado. É muito importante também fazer a comparação de preço com outras lojas. Outro cuidado é olhar para o valor do frete. Por vezes há descontos nos preços dos produtos, mas o frete tem uma taxa mais cara. É importante entender se o frete, somado ao preço do produto, realmente justifica fazer a compra. É importante ainda que se atente ao tempo de entrega, pois ele pode inviabilizar aquela compra para você.
Talita Nascimento / ESTADÃO
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