BRASÍLIA/DF - Em entrevista para a Veja, publicada na última 6ª feira (18), o presidente do STM (Superior Tribunal Militar), general Luis Carlos Gomes Mattos, disse que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não é uma ameaça à democracia e fez críticas a oposição, afirmando que quem está contra o governo vai “esticar essa corda, como se diz, até que ela arrebente”.
“O presidente Bolsonaro é um democrata, fala com o palavreado do povo, mas nada disso com a intenção de quebrar as estruturas, destruir as instituições, dar um golpe”, afirma. “Quem critica Bolsonaro faz isso de manhã, de tarde, de noite. Tudo atribuem ao presidente. Tudo de errado. Será que você aguentaria isso? Que reação eu teria? Não sei. E alguma coisa boa atribuem? O Brasil está crescendo, a economia está crescendo, mesmo com todas as dificuldades”.
Para o general, os opositores “estão esticando demais a corda”. O que para ele, significa tomar medidas fora da Constituição. “Não tenho dúvida de que estão esticando, para ver até onde se pode ir. Tenho a certeza de que nós já suportamos muito. Nós saímos dos governos militares com a maior credibilidade institucional no país. Por quê? Porque aplicamos e não desviamos o pouco que recebemos”.
Questionado sobre se incomodar com a forma com que Pazuello vem sendo interrogado pelo Congresso na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid e a possibilidade de o ex-ministro ter seu sigilo quebrado, Mattos respondeu que acha o tratamento desrespeitoso e defendeu o general.
“Eu conheço o general Pazuello. Não tenho dúvidas da competência e honestidade dele. foi muito preciso e objetivo nas respostas. Não sei se eu seria. Na minha opinião, ele não vai ser acusado de nada. E, se acontecer, isso não vai abalar as Forças Armadas”, disse.
Mattos disse considerar a Lava-Jato um avanço para o país, mas que o brasileiro precisa “saber votar”. O general negou que as Forças Armadas tenham sido “capturadas pelo governo”. “Não fomos capturados por ninguém. Nós passamos quantos anos em governos de esquerda? As Forças Armadas se mantiveram fiéis ao presidente, que é o comandante em chefe das forças, seja ele de que ideologia for”, concluiu.
*Por: Poder360
PARÁ - O presidente Jair Bolsonaro cumpriu agenda na sexta-feira (18) no Pará, onde participou da entrega de títulos rurais e da inauguração de um trecho asfaltado da rodovia BR-230, a Transamazônica.
Na primeira atividade, em Marabá, região central do estado, foi feita a entrega simbólica de 50.162 títulos definitivos e provisórios de propriedade de terra. A maior parte dos títulos (47.234) tem como beneficiários famílias assentadas da reforma agrária. Outros 2.924 títulos foram entregues a ocupantes de glebas públicas federais. A entrega foi simbólica e corresponde ao total de títulos emitidos nos últimos dois anos.
"Essas pessoas, agora, perfazendo um total de 50 mil aqui no estado, têm um pedaço de terra para dizer que é seu e de sua família", afirmou o presidente, em discurso. O presidente defendeu o direito de propriedade, chamando de "sagrado".
Transamazônica
Após o evento em Marabá, Bolsonaro se deslocou para o município de Novo Repartimento, a pouco mais de 180 km ao norte. O município é cortado pela Rodovia Transamazônica (BR-230) entre os rios Tocantins e Xingu. O trecho asfaltado tem 102 quilômetros de extensão e liga Novo Repartimento a Itupiranga.
A cerimônia também marcou a assinatura da ordem de serviço para construção da ponte sobre o Rio Xingu. Atualmente, a transposição do rio pela Transamazônica é feita por meio de balsa. De acordo com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, a previsão é que a obra comece no ano que vem.
*Por Agência Brasil
BRASÍLIA/DF - O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel "deu showzinho" na CPI da Covid. Sem mostrar provas, o presidente insinuou que as falas de Witzel foram combinadas com o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), o relator, Renan Calheiros (MDB-AL) e o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a quem se referiu mais uma vez apenas como "senador saltitante", sem citar seu nome.
"Ele deu o show dele, foi lá para me criticar dizendo que eu abandonei, que eu boicotei. O dinheiro foi para ele. Se eu fosse boicotar não mandava dinheiro pra ninguém", disse o presidente em sua tradicional live nas redes sociais na noite de quinta-feira, 17. Bolsonaro ainda chamou o ex-governador fluminense de 'cara-de-pau' ao comentar a declaração de Witzel de que tinha sido procurado pelo presidente durante a campanha.
Wilson Witzel prestou depoimento à CPI da Pandemia nesta quarta e acusou Bolsonaro de ter boicotado as medidas de isolamento nos estados e de ter recusado o emprego dos hospitais federais no Rio para pacientes com Covid-19.
O ex-governador também afirmou que tinha um "fato gravíssimo" a revelar relacionado a possíveis intervenções do governo federal em sua administração. Ele deve voltar a falar com os membros da CPI, mas desta vez em uma sessão fechada e sigilosa.
O presidente voltou a citar, ainda que indiretamente, a chamada "imunidade de rebanho", que é contestada por especialistas em saúde pública e infectologistas. Segundo Jair Bolsonaro, para efeito de imunização contra a Covid-19, é mais eficaz contrair o vírus do que se vacinar. Essa estratégia, de acordo com especialistas, não funciona, já que muitas pessoas morreriam no processo. Além disso, quem já teve a doença pode ser reinfectado.
"Eu já me considero, eu não me considero não, eu estou vacinado, entre aspas. Todos que contraíram o vírus estão vacinados, até de forma mais eficaz que a própria vacina porque você pegou o vírus para valer. Então, quem contraiu o vírus, não se discute, esse está imunizado", afirmou Bolsonaro.
Bolsonaro disse também que está com negociações avançadas para se filiar a um novo partido. Na quarta, ele se reuniu com parlamentares aliados no Palácio do Alvorada para discutir o assunto.
"Eu vou ter que ter um partido, e eu já teria resolvido esse assunto, mas tem que ser muito bem conversado. A legislação partidária é complicada, os partidos geralmente têm donos. Mas está bastante avançada a ida minha para um partido, um partido pequeno", afirmou Bolsonaro.
A expectativa é que o presidente se filie ao Patriota, legenda que possui uma bancada de apenas seis deputados federais na atual legislatura. No Senado, o partido é representado por Flávio Bolsonaro, senador pelo Rio de Janeiro, filho do presidente e um dos articuladores da filiação do pai. Se esta mudança de partido se confirmar, no entanto, a bancada deve crescer significativamente, com a ida de dezenas de parlamentares, a maioria do PSL, que são aliados do presidente.
"Tenho certeza que muitos dos deputados irão, só que a gente só vai poder falar sobre isso, na verdade decidir sobre a mudança, primeiro depois que o presidente anunciar, e também na janela [partidária], que é só no ano que vem. Na janela, muitos certamente migrarão e a gente está ansioso por essa mudança do presidente", afirmou o deputado federal Major Vitor Hugo (PSL-GO), ex-líder do governo na Câmara que também participou da live. A chamada janela partidária é o prazo para que candidatos mudem de partido sem risco de perder o mandato. Esse período ocorre sempre em ano eleitoral, a seis meses do pleito.
O Patriota marcou uma convenção nacional para o próximo dia 24, em Brasília, onde deve deliberar sobre alterações estatutárias e a possibilidade do partido ter candidato próprio à presidência.
Eleito em 2018 pelo Partido Social Liberal (PSL), Bolsonaro se desligou da agremiação em novembro de 2019. Na época, ele anunciou a criação de um novo partido, o Aliança pelo Brasil, que precisava recolher um número mínimo de 500 mil assinaturas em pelo menos 9 estados para ser formalizado na Justiça Eleitoral. O projeto, no entanto, acabou não tendo êxito e o presidente passou a articular a filiação em um partido já existente.
Durante a live, Bolsonaro afirmou que, se for candidato à reeleição no ano que vem, vai dar prioridade para a eleição de aliados no Senado, onde ele gostaria de ter uma base mais sólida. "Há um interesse meu, se for participar das eleições, crescer a bancada de senadores. São 27 cadeiras que podem sofrer alterações no ano que vem."
O presidente minimizou o fato de se transferir para um partido pequeno, com poucos recursos do fundo partidário e com tempo de televisão de apenas 25 segundos, segundo disse.
"Cada ano que passa, o horário eleitoral gratuito perde sua força por ocasião das eleições. Cada vez mais, a população se orienta através das mídias sociais e não pelo horário eleitoral gratuito", enfatizou.
O presidente também voltou a defender a implantação do voto impresso nas eleições de 2022. Segundo ele, caso não exista o chamado "voto auditável" nas urnas, um lado poderia não aceitar os resultados da eleição e "criar uma convulsão no Brasil".
"Vamos respeitar o Parlamento. Caso contrário, teremos dúvidas nas eleições e podemos ter um problema seríssimo no Brasil. Pode um lado ou outro não aceitar e criar uma convulsão no Brasil", disse o presidente.
O tema está em tramitação no Congresso Nacional por meio da Proposta de Emenda Constitucional 135/2019, apresentada pela deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) e sob a relatoria do deputado federal Filipe Barros (PSL-PR). A medida torna obrigatória a impressão do voto para auditagem e a expectativa é que o voto do relator seja apresentado ainda este mês na Câmara.
Jair Bolsonaro disse ainda que pretende propor um projeto para estender o prazo de recadastramento de armas não regularizadas no Brasil. De acordo com o chefe do Planalto, "todas as ditaduras são precedidas por campanhas de desarmamento". E completou: "Nosso governo não quer saber de campanha de desarmamento".
O presidente voltou a criticar integrantes do poder Judiciário, que se opõe à flexibilização das regras para porte e posse de arma. "Não abrem mão de segurança particular", afirmou.
Já o deputado Vitor Hugo (PSL-GO), presente na transmissão ao lado de Bolsonaro, defendeu proposta de flexibilização do porte de armas que eliminaria a necessidade de comprovar "efetiva necessidade" de se ter armas.
Com Agência Brasil
BRASÍLIA/DF - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou em conversa com apoiadores nesta quarta-feira (16) que deve participar de outra 'motociata' daqui a duas semanas, desta vez na cidade de Chapecó (SC). "Na sexta-feira tenho reunião com o empresariado lá em Chapecó. No dia seguinte a gente vai até Xanxerê de moto, 45 km, inaugura uma agência da Caixa e depois volta", disse Bolsonaro.
Caso o presidente participe da manifestação, será a terceira do tipo em que ele estará em menos de um mês. A primeira ocorreu no dia 28 de maio, na cidade do Rio de Janeiro. Essa motociata contou com a presença do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o que acabou gerando procedimento disciplinar do Exército e a reconvocação do militar à CPI da Covid.
No último sábado (12), Bolsonaro voltou a realizar o comício, em passeio com apoiadores nas ruas da cidade de São Paulo. Ele acabou sendo multado junto com outros ministros do governo pela não utilização de máscara. O ato custou R$ 1,2 milhão em policiamento ao governo estadual de São Paulo.
*Do R7
BRASÍLIA/DF - O presidente Jair Bolsonaro afirmou na terça-feira, 15, que o novo Bolsa Família pagará R$ 300 em média para os beneficiários do programa, em um anúncio que pegou integrantes do próprio governo de surpresa, segundo apurou o Estadão/Broadcast. Até agora, as tratativas das equipes eram para reajustar o valor médio do benefício social dos atuais R$ 190 para R$ 250.
A reformulação do Bolsa Família vem sendo discutida em um momento de queda da popularidade do presidente, que deve disputar a reeleição em 2022. Porém, técnicos ouvidos pela reportagem dizem que o valor proposto por Bolsonaro em entrevista à afiliada da TV Record em Rondônia não cabe no teto de gastos previsto para 2022. O teto é a regra que limita o avanço das despesas à inflação.
Durante a entrevista, Bolsonaro citou que a inflação de produtos que compõem a cesta básica ficou “em torno de 14%”, e alguns itens chegaram a subir 50%. “E o Bolsa Família, a ideia é dar um aumento de 50% para ele em dezembro, para sair de média de R$ 190, um pouco mais de 50% seria (o aumento), para R$ 300. É isso que está praticamente acertado aqui”, disse o presidente.
Bolsonaro disse ainda que hoje “está na casa dos 18 milhões de famílias que recebem o Bolsa Família” (na verdade, são 14,7 milhões, segundo dados de maio do Ministério da Cidadania) e ponderou que se trata de um número “bastante grande”. “Pesa para a União, mas nós sabemos da dificuldade da nossa população. Então a equipe econômica já praticamente bateu o martelo nesse novo Bolsa Família a partir de dezembro, de R$ 300 em média”, reafirmou.
Cálculos internos do governo apontam que o incremento do Bolsa Família até a média de R$ 250 (ou seja, um aumento de aproximadamente R$ 60 mensais) representa um custo adicional de R$ 18,7 bilhões para o ano que vem. Levar a média aos R$ 300 informados por Bolsonaro, adicionando mais R$ 50 mensais às famílias, teria efeito ainda maior nas despesas com o programa – um impacto que não cabe no espaço que se abrirá no teto.
Em entrevista ao Estadão/Broadcast no sábado, 12, o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, afirmou que o espaço líquido no teto de gastos em 2022 deve ficar próximo dos R$ 25 bilhões.
Nos bastidores, técnicos afirmam que até agora não receberam indicação de que o valor médio do Bolsa Família será elevado para R$ 300 e que seguem trabalhando com a hipótese de elevação desse valor para R$ 250. Como mostrou o Estadão, o custo total do novo programa, com a média de R$ 250, é estimado em R$ 51,51 bilhões no ano que vem.
Bolsonaro disse ainda que o auxílio emergencial deve ter uma prorrogação de “mais duas ou três parcelas” de R$ 250 em média e que a medida precisa ser feita “com responsabilidade”.
*Por: Idiana Tomazelli, Adriana Fernandes e Pedro Caramuru / ESTADÃO
SÃO PAULO/SP - O presidente Jair Bolsonaro participou no Sábado (12) de um passeio de moto com apoiadores pelas ruas da capital paulista. Pela manhã, os motociclistas se concentraram na região da Praça Campo de Bagatele, na zona norte paulistana.
Bolsonaro foi ao encontro após participar da cerimônia de entrega de boinas aos estudantes do Colégio Militar de São Paulo. Ao chegar à concentração, foi recebido com gritos de “mito” e posou para fotos com os participantes.
O trajeto passou por grandes avenidas da cidade, como as marginais Tietê e Pinheiros, até ser encerrado no Parque Ibirapuera, na zona sul paulistana. O grupo passou ainda pela Rodovia dos Bandeirantes até a altura do município de Jundiaí, na Grande São Paulo.
A Secretaria de Segurança Pública de Estado de São Paulo informou que 6,3 mil policiais fizeram a segurança durante o ato. Segundo a pasta, foram usados viaturas, motocicletas, drones e helicópteros.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) interrompeu a circulação de veículos em alguns pontos para facilitar o trânsito dos motociclistas. Linhas de ônibus foram desviadas.
No encerramento do ato, ao discursar de um carro de som em frente ao Monumento às Bandeiras, Bolsonaro anunciou que em novas concessões de rodovias e nas renovações de contrato as motos serão isentas de pedágio. “Toda e qualquer nova concessão de rodovia no Brasil ou renovação, como temos no corrente ano da Rodovia Presidente Dutra e grande parte da malha do Paraná, os motociclistas não mais pagarão pedágio”, disse.
No início da tarde, o governo do estado de São Paulo informou que multou o presidente Bolsonaro em R$ 552,71 por não usar máscara durante a manifestação. Também foram autuados o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, que também participaram do ato.
BRASÍLIA/DF - O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o uso da hidroxicloroquina para o tratamento da covid-19. Na tarde de sexta-feira (11), durante cerimônia para a entrega de 434 casas a famílias de baixa renda do município capixaba de São Mateus (ES), Bolsonaro disse ter optado desde o início da pandemia por ir às ruas ao contrário de “ficar no Palácio da Alvorada” e que quando contraiu a doença tomou o medicamento.
“Desde o início da pandemia estive no meio de vocês, nas comunidades mais pobres de Brasília. Criticado por isso, poderia ter ficado no Palácio da Alvorada com todo o conforto do mundo, mas sempre preferi ficar ao lado do povo, sabendo que tinha um vírus mortal. Fui acometido do vírus e tomei a hidroxicloroquina”, disse Bolsonaro.
Durante a cerimônia, Bolsonaro disse ainda que talvez tenha sido o único chefe de Estado a procurar um remédio contra o coronavírus e que ouviu pessoas com conhecimento científico que indicaram o medicamento para o tratamento da covid-19.
“Talvez eu tenha sido o único chefe de estado que procurou o remédio para esse mal, tinha que aparecer alguma coisa. Ouvi pessoas que tinham conhecimento sobre o caso, mas quando eu falei que aquilo [a cloroquina] poderia ser bom, a oposição abriu uma guerra contra a gente”, afirmou. “Não vou esmorecer. Não sou cabeça dura, sou perseverante; lutamos para salvar vidas, enfrentamos os mais variados e cruéis desafios”, acrescentou.
Estudos científicos apontam que a cloroquina e hidroxicloroquina não possuem eficácia comprovada no tratamento de covid-19. A posição do presidente também é contrária à do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga que disse, nessa semana, durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, entender que esse tipo de medicamento não é eficaz para a covid-19.
Bolsonaro estava acompanhado dos ministros do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e do Gabinete de Segurança Institucional, General Heleno, além do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. Durante seu discurso, o chefe do Executivo disse ainda que não fechou comércios durante a pandemia e que jamais decretaria medidas de isolamento social, como a restrição de circulação nas cidades.
“Eu não fechei nenhum comércio, eu não destruí emprego e não tirei o ganha-pão de ninguém. Jamais decretaria toque de recolher”, disse.
“Tenho as Forças Armadas ao meu lado, sou o chefe supremo delas. Jamais elas irão às ruas para mantê-los em casa. Poderão, sim, um dia ir às ruas para garantir a sua liberdade e o seu bem maior, que é aquilo previsto em nossa Constituição”, afirmou.
Casa Verde e Amarela
Bolsonaro participou da entrega de 434 casas populares no município de São Mateus (ES). O conjunto, batizado de Residencial Solar São Mateus, foi construído com recursos federais. Composto por casas em lotes individuais com 41 m² de área privativa. O empreendimento, que integra o Programa Casa Verde e Amarela, vai beneficiar cerca de 1,8 mil pessoas da cidade capixaba.
*Por: Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil
BRASÍLIA/DF - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a defender o voto eletrônico e impresso nas próximas eleições presidenciais e reforçou críticas ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. "Tenho visto o ministro Barroso me criticando: 'Vamos ter problemas se tiver voto impresso'. Que problema o quê, Barroso?", argumentou o presidente.
Bolsonaro se mostrou contrário à adoção do voto impresso ser matéria de deliberação do Judiciário mesmo com a aprovação do Congresso Nacional. "Que negócio é esse de judicializar o voto impresso?", disse Bolsonaro. "Não tem cabimento isso. Se o Congresso aprovar o voto impresso, vamos ter eleições com voto impresso e ponto final, não se discute mais esse assunto. Ponto final. Cada um de nós deve respeitar a Constituição e o Parlamento brasileiro", disse durante transmissão semanal nesta última quinta-feira (10).
O ministro Barroso já deu declarações nas quais opinou contra o voto impresso e defendeu a confiabilidade do sistema eleitoral vigente no País. No ano passado, o ministro defendeu que as urnas eletrônicas são confiáveis e afirmou que a mudança pelo voto impresso seria um "retrocesso". Segundo Bolsonaro, Barroso queria o "voto por telefone". A possibilidade é estudada pela Corte eleitoral como parte do projeto Eleições no Futuro, a fim de levantar alternativas à urna eletrônica.
"Vamos respeitar o Congresso Nacional", reforçou Bolsonaro sobre o tema. "Não fique com filigranas, dando uma de uma pessoa que sabe tudo. Não sabe nada", afirmou o presidente.
*Por Agência Estado
BRASÍLIA/DF – O presidente Jair Bolsonaro defendeu novamente, na quarta-feira, 9, o uso da cloroquina para tratar o coronavírus e alegou que as vacinas ainda estão em “fase experimental”. A informação, porém, contrasta com os dados do próprio governo, uma vez que todas as vacinas aplicadas no Brasil foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Não há imunizante em fase experimental no Brasil.
Ao participar de um culto em Anápolis, Bolsonaro pregou, mais uma vez, o tratamento precoce. O presidente fez as afirmações um dia depois de o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, admitir à CPI da Covid que medicamentos como cloroquina e hidroxicloroquina não têm eficácia comprovada contra coronavírus.
“Ah, não tem comprovação científica. E eu pergunto: a vacina tem comprovação científica ou está em estado experimental ainda?”, questionou Bolsonaro, diante de políticos e fiéis, numa igreja evangélica. Ele mesmo respondeu: “Está experimental”. Depois, continuou a pregação a favor do uso de medicamentos da lista do tratamento precoce, sem respaldo da Organização Mundia da Saúde (OMS).
“Nunca vi ninguém morrer por tomar hidroxicloroquina, em especial na região amazônica, para se curar de malária, ou de lúpus. Por que não investir nisso? Por que é barato?”, perguntou o presidente. Em seguida, citou o uso de chás para tratamento de covid em terras indígenas da Amazônia visitadas por ele, no mês passado.
Mesmo vacinas que chegaram a ser aprovadas em caráter emergencial no País, como a Coronavac, passaram pelo crivo da Anvisa, após inúmeros testes clínicos. Mas Bolsonaro fez questão de relacionar o tratamento precoce, e não a vacina, à possibilidade de um menor número de mortes.
Nessa toada, ele repetiu que “acórdãos” do Tribunal de Contas da União (TCU) apontaram um “superdimensionamento” em mortes por covid-19 para que Estados pudessem receber mais recursos públicos. O TCU divulgou nota desmentindo Bolsonaro e um auditor foi afastado do cargo, por 60 dias, após inserir documento com dados não oficiais sobre covid no sistema interno do tribunal.
“Se nós retirarmos as possíveis fraudes, teremos em 2020 o nosso País como aquele que teve o menor número de mortes por milhão de habitantes por causa da covid-19”, disse o presidente. “E aí vem o importante: que milagre é esse? O tratamento precoce. Quem aqui tomou cloroquina levanta o braço, por favor”, pediu ele no culto em Anápolis.
Sem apresentar evidências, Bolsonaro insistiu na tese de que o coronavírus pode ter sido criado em laboratório. O governo da China sempre refutou essa suspeita. “Ainda não tenho provas, mas esse vírus nasceu de animal ou no laboratório? Tenho na minha cabeça de onde veio esse vírus e para quê. Mas ele está aqui, entre nós", afirmou.
*Por: Gustavo Côrtes e Bruno de Castro / ESTADÃO
BRASÍLIA/DF - O TCU (Tribunal de Contas da União) disse na 2ª feira (7) que é falsa afirmação do presidente Jair Bolsonaro. Horas antes, ele atribuiu a suposto relatório do tribunal informação que “em torno de 50% dos óbitos de 2020 por covid não foram por covid”.
Em nota, o tribunal nega a existência de qualquer conclusão nesse sentido: “O TCU esclarece que não há informações em relatórios do tribunal que apontem que ‘em torno de 50% dos óbitos por Covid no ano passado não foram por Covid’, conforme afirmação do Presidente Jair Bolsonaro divulgada hoje”.
De acordo com Bolsonaro, o documento “não é conclusivo”, teria sido finalizado “há uns dias” e seria divulgado pelo Planalto na tarde da 2ª feira (7.jun). O Poder360 questionou a secretaria de comunicação da presidência sobre a nota do TCU, mas não houve retorno até a publicação desta reportagem.
Não é a 1ª vez que o presidente contesta a causa das mortes por covid-19. Bolsonaro afirma que há superdimensionamento nos números divulgados diariamente pelos órgãos oficiais dos Estados.
“Nós vimos no ano passado muitos vídeos mostrando parentes que diziam que não era morte por covid”, declarou.
*Por: PODER360
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