BRASÍLIA/DF - O presidente Jair Bolsonaro obteve uma melhora em seu nível de popularidade neste mês de maio em relação a março, revela pesquisa Atlas divulgada nesta segunda-feira. De acordo com os números, 40% da população aprova o desempenho do ultradireitista, contra 35% em março. A desaprovação também teve leve queda e foi de 60%, há dois meses, para 57% agora. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
© EL PAÍS .
Para Andrei Roman, CEO do Atlas, a melhora de Bolsonaro tem relação direta com a volta do pagamento do auxílio emergencial, a partir de abril, apesar de ter valores mais baixos do que os do benefício pago em 2020. Na visão de Roman, há ainda “um alívio relativo em relação a situação da pandemia no país”, destaca. “A pesquisa anterior, de março, foi feita no ponto de maior estresse”, pondera ele. Março e abril foram os meses mais letais da pandemia até agora no Brasil. A média de mortes caiu nas últimas semanas, mas especialistas apontam que ainda é cedo para qualquer comemoração e alertam para risco de uma nova onda de contágios com os encontros do Dia das Mães neste fim de semana. Como esperado, os índices de avaliação do Governo Bolsonaro também exibiram melhora: 31% (contra 25% em março) consideram a gestão ótima e boa, contra 53% que a consideram ruim ou péssima (eram 57% em março).
Lula também tem melhora e 2022
A pesquisa Atlas também mostra que a melhora da popularidade de Bolsonaro se refletiu em uma melhor performance nas simulações eleitorais para a corrida pela sucessão presidencial em 2022. O presidente lidera numericamente a corrida no primeiro turno, quer com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou não. Com Lula, aparece em empate técnico. Tanto o mandatário como o petista tiveram melhor desempenho em maio em relação a março. Bolsonaro foi de 32,7% de intenção de votos há dois meses para 37%. O petista, que conseguiu reaver seus direitos políticos após decisões do Supremo Tribunal Federal que eliminaram o veto da Lei da Ficha Limpa, também surfou na nova conjuntura. No período, o ex-presidente foi de 27,4% em março para 33,2% em maio na simulação de intenções de voto no primeiro turno.
© EL PAÍS Lula, inclusive, é o único que continua vencendo o atual ocupante do Planalto em 2022 em um eventual segundo turno, fora da margem de erro da pesquisa. O ex-presidente aparece com 45,7% contra 41% de Jair Bolsonaro, uma diferença de quase cinco pontos percentuais, quando a margem de erro da pesquisa é de dois pontos. Ciro Gomes (PDT) e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) aparecem numericamente à frente de Bolsonaro, mas em ambos os casos estão tecnicamente empatados.© EL PAÍS Para Andrei Roman, Bolsonaro se beneficia da fraqueza cada vez maior de seus antigos rivais diretos no espectro de direita e centro-direita, com a redução da figura o ex-juiz Sergio Moro (aparece com 4,9% quando tinha 9,7% em março). “Há ainda a canibalização deste espaço com a entrada do Danilo Gentili”, aponta. O humorista e apresentador de TV vem sendo ventilado como um candidato da direita ―pelo mundo, vários comediantes já tentaram a sorte nas urnas como nomes antissistema, alguns com sucesso. Na pesquisa, Gentili aparece com 2%. Veja os demais nomes na simulação de primeiro turno.© EL PAÍS O levantamento também mediu a imagem positiva e negativa dos líderes. Nesse quesito, Lula e Bolsonaro aparecem quase numericamente empatados em termos de rejeição.© EL PAÍS
A pesquisa Atlas foi realizada com 3.828 entrevistas entre os dias 6 e 9 de maio, todas feitas por meio de questionários aleatórios via internet. As respostas são calibradas por um algoritmo de acordo com as características da população brasileira.
*Por: Flávia Marreiro / EL PAÍS
BRASÍLIA/DF - O presidente Jair Bolsonaro realizou um passeio de moto de aproximadamente 1 hora em homenagem ao Dia das Mães na manhã de domingo (9) passando pelas ruas de Brasília.
Ele foi acompanhado por centenas de motociclistas, inclusive o deputado Hélio Lopes (PSL-RJ), que postou em suas redes sociais o trajeto percorrido pelo presidente e pelos demais motociclistas.
O passeio foi anunciado por Bolsonato durante sua live de quinta-feira (6). Na ocasião, o presidente falou que esperava cerca de 1 mil motociclistas o acompanhassem no passeio em homenagem ao Dia das Mães.
Neste domingo, o presidente postou sobre o passeio em suas contas no Facebook e no Twitter:
- Dia das Mães: com motociclistas em Brasília (09/05/2021).
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) May 9, 2021
. Para acompanhar mais informações diárias siga-nos no Telegram: https://t.co/O8KTejUGuL pic.twitter.com/lHOZx5vifB
*Por: Agência Brasil
BRASÍLIA/DF - A eleição do deputado Arthur Lira (Progressistas), líder do Centrão, para a presidência da Câmara e a escolha do senador Renan Calheiros (MDB) como relator da CPI da Covid devolveram protagonismo à "República de Alagoas" no cenário nacional. Mais do que isso, transportaram para Brasília uma rivalidade que domina o Estado nos últimos anos.
À frente do Progressistas, a família de Lira desafia a cada eleição o domínio do clã Calheiros num dos Estados mais desiguais do País, famoso pelos destinos turísticos, mas que tem um dos piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDHs) e sofre para se reerguer economicamente.
Desde o governo de Fernando Collor de Mello (1990-1992), o presidente que renunciou para não sofrer impeachment, Alagoas não figurava com tanto destaque nesse jogo do poder com reflexos não só no Congresso como no Palácio do Planalto. A força dos clãs Lira e Calheiros e a projeção do deputado e do senador se explicam pelo controle da máquina partidária do Progressistas e do MDB no Estado.
Agora, o confronto também está exposto na CPI da Covid. Lira sempre discordou da abertura da comissão parlamentar de inquérito. Disse várias vezes que a investigação é inoportuna e serve mais à "briga política e ideológica". Para o presidente da Câmara, a CPI não tem efeitos imediatos, interpretação oposta à de Renan, que vê o governo cada vez mais pressionado a agir. Na lista das divergências, mais uma se destaca: Lira apoia o presidente Jair Bolsonaro enquanto Renan é aliado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Bolsonaro e Lula prometem se enfrentar na disputa de 2022 ao Palácio do Planalto. Mas onde estarão os dois alagoanos que foram alvo de investigações da Lava Jato? “Desde 2014, tenho tentado fazer aliança com Arthur Lira. Ele que não quer. Eu sempre quis que a gente subisse junto no palanque”, disse o relator da CPI ao Estadão.
Renan e Lira se encontraram em feijoada de Kátia Abreu
No 1.º de Maio, um sábado, os dois demonstraram descontração num almoço oferecido pela senadora Kátia Abreu (Progressistas-TO) a autoridades da República, em Brasília. A feijoada preparada por Moisés, marido de Kátia, animou o encontro e serviu para Renan se aproximar do antigo adversário.
“Eu disse ao Arthur Lira que, no fundo, fiquei orgulhoso com a vitória dele. Torci pelo Baleia, mas a vitória do Lira é significativa. Foi a vitória da política”, afirmou Renan. “Sei o que é uma pessoa de Alagoas se tornar presidente da Câmara”, prosseguiu ele, que foi presidente do Senado por três períodos. Em fevereiro deste ano, o MDB de Renan ficou contra Lira e apoiou a candidatura de Baleia Rossi (SP). O deputado tinha o respaldo de Rodrigo Maia (DEM-RJ), que comandava a Câmara, mas perdeu a eleição no primeiro turno.
Naquele Dia do Trabalho, o almoço na casa de Kátia reuniu também o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, o procurador-geral da República, Augusto Aras, e os ministros do Tribunal de Contas da União Bruno Dantas e Vital do Rêgo Filho, além do ex-presidente do TCU José Múcio Monteiro.
A conversa girou sobre CPI, economia, China e vacina, entre outros temas. Como não poderia deixar de ser, a sucessão de erros cometidos por Bolsonaro também se fez presente. “Falamos sobre tudo”, resumiu Renan. “Eles acham que eu sou terrorista, mas o Bin Laden lá é o Omar Aziz”, afirmou o senador, rindo, numa alusão ao presidente da CPI.
Questionado se Lira foi emissário de algum recado do Palácio do Planalto, o senador respondeu: “Absolutamente, ninguém me pediu nada”. O deputado, por sua vez, tem dito que Bolsonaro nunca lhe solicitou ajuda para a articulação política da CPI. “Não sou senador”, retruca ele, sempre que perguntado sobre o tema.
Renan quer concorrer novamente ao comando do Senado
Em 2019, Renan renunciou na última hora à disputa pela presidência do Senado quando viu que perderia a eleição para Davi Alcolumbre (DEM-AP), o candidato apoiado pelo Palácio do Planalto. “Voltei ao baixo clero. Sou o 081 do Senado”, disse ele ao Estadão, na época, vestindo o figurino de “velho Renan”.
Em fevereiro de 2023, no entanto, o relator da CPI pretende concorrer novamente ao comando da Casa. Lira acompanha com lupa os movimentos de bastidor do adversário e informa o Planalto, onde tem como aliada a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda (PL), nome avalizado por ele para o ministério. Na CPI da Covid a dobradinha é com o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do Progressistas e integrante da tropa de choque governista.
Ao acompanhar nesta sexta-feira, 7, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, na entrega de casas populares em Junqueiro (AL), seu reduto eleitoral, Lira anunciou que Bolsonaro desembarcará em Maceió, no próximo dia 13.
Vinte e quatro horas antes, o presidente dava sinais de ter armas engatilhadas para fustigar Renan. "Prezado senador, frase não mata ninguém. O que mata é desvio de recurso público, que o teu Estado desviou. Então, vamos investigar o teu filho que a gente resolve o teu problema. Desvio mata, frase não mata”, afirmou Bolsonaro na noite de quinta-feira, 6, durante transmissão ao vivo pelas redes sociais.
O ataque ocorreu porque naquele dia Renan havia listado na CPI, durante depoimento do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, uma série de manifestações do presidente contrárias à vacinação. Dias antes, porém, o próprio Bolsonaro tinha telefonado para o governador de Alagoas, Renan Filho, e também conversado com o ex-presidente José Sarney, do MDB, em busca de uma aproximação.
“As insinuações do presidente da República sobre Alagoas, sem apresentar fatos concretos, causam estranheza e soam mais como ameaça de retaliação à CPI”, reagiu Renan Filho, que acusou o governo de enviar doses “sempre insuficientes” de vacinas contra covid para Alagoas. Seu pai foi na mesma direção. “O que mata é a pandemia, pela inação, inépcia, que, torço, não seja dele”, destacou o relator da CPI, em referência a Bolsonaro.
Para Luciana Santana, doutora em Ciência Política e professora da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Renan “renasceu como ator relevante” com a relatoria da CPI. “Ele conseguiu juntar forças para contribuir com a eleição do filho para o Senado, em 2022, e tentar manter seu grupo no governo do Estado”, observou ela. “Falava-se na morte política do Renan. Mas ele ganhou visibilidade. A pandemia o demarca no campo oposicionista”.
Grupos Lira e Calheiros se organizam para eleições em Alagoas
No xadrez político de Alagoas, o futuro dos grupos Lira e Calheiros vai se cruzar novamente em 2022. É que Renan Filho terá de se licenciar do governo seis meses antes da eleição para disputar o Senado, como planeja. A ideia é que ele concorra à cadeira hoje ocupada por Fernando Collor (Pros), que flerta com Bolsonaro, mas é visto regionalmente como individualista. Como o ex-vice-governador Luciano Barbosa (MDB) se elegeu prefeito de Arapiraca no ano passado, o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Victor (Solidariedade), seria o primeiro na linha sucessória. O deputado estadual, porém, é aliado de Lira. Dessa forma, Renan entregaria a máquina pública do Estado, influente nos 102 municípios, ao grupo rival.
É por isso que interessa aos Calheiros uma aproximação com os Lira. “O Palácio do Planalto fará qualquer lance para tirar forças do Renan e do filho dele, inclusive cedendo mais apoio a Lira ou a quem quer que seja. Do ponto de vista nacional, o presidente da Câmara tem mais força e vai capitalizar isso para tentar conquistar o governo do Estado, mesmo sem ser ele o candidato”, argumentou o cientista político Ranulfo Paranhos, também professor da Universidade Federal de Alagoas.
Nos últimos anos, uma terceira força emergiu no Estado e vem se posicionando como alternativa para furar a polarização entre os dois grupos. Trata-se da aliança do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PSB), conhecido como JHC, com o senador Rodrigo Cunha (PSDB).
JHC apoiou a eleição de Lira para a presidência da Câmara contra a orientação do próprio partido e surfa no governismo, entregando obras ao lado de aliados de Bolsonaro. Cunha, por sua vez, é potencial candidato do PSDB ao governo de Alagoas. Se eleito, a vaga de senador fica com sua primeira suplente, Eudócia Caldas, mãe de JHC.
Em recente reforma do secretariado, Renan Filho acomodou forças políticas opositoras no governo, num sinal de que busca amplo apoio, já que ainda não escolheu o pré-candidato à sua sucessão. Oito secretários foram substituídos. Agora, fazem parte da administração alas rivais do clã Beltrão, a família do deputado federal e ex-ministro do Turismo Marx Beltrão (PSD).
Famílias já estiveram juntas na base de governos anteriores
Os Calheiros e os Lira já estiveram juntos num passado não muito distante, na base dos governos Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer. Em 2010, por exemplo, Renan e Benedito de Lira – pai do presidente da Câmara e hoje prefeito de Barra de São Miguel – foram eleitos numa dobradinha para o Senado.
A campanha de 2014, no entanto, deixou fissuras nos dois grupos. Renan Filho disputou o governo de Alagoas e tinha como adversário Benedito de Lira. A vitória do filho do senador azedou de vez a relação com o deputado. Em 2018, Benedito de Lira não se reelegeu, perdendo a vaga para o tucano Rodrigo Cunha. Renan ficou com a segunda cadeira. Naqueles embates, os líderes dos dois clãs trocaram ofensas até hoje lembradas.
De chapéu de vaqueiro, ao lado do filho, Renan disse que "Biu" – apelido de Benedito de Lira – ficara "velhaco". Um vídeo no qual Arthur Lira defende o pai e devolve o xingamento voltou a circular na semana passada. Na gravação, o deputado chama Renan de traidor. "É o professor na arte de mentir e enganar. É velho e é velhaco. E ainda traz ao lado dele o velhaco Junior", diz Lira.
Nessa temporada de CPI da Covid, os sinais são confusos, mas há quem veja a possibilidade de uma trégua mais adiante. Até agora, porém, não é o que parece.
*Por: Felipe Frazão e Vera Rosa / ESTADÃO
PORTO VELHO/RO – O presidente Jair Bolsonaro afirmou na sexta-feira, 7, que tem “pronto” um decreto que impediria governadores e prefeitos de adotarem medidas mais duras de distanciamento social, como fechamento de comércio e restrição de circulação de pessoas, para conter o coronavírus.
“O decreto já está pronto. Só falta assinar, e todos vão ter que cumprir”, disse, durante inauguração de uma ponte sobre o Rio Madeira, no distrito de Distrito do Abunã, em Porto Velho.
Durante o evento, Bolsonaro disse que decreto tem como base artigo 5º da constituição federal e voltou a usar a expressão “meu Exército” ao se referir às Forças Armadas. “O meu Exército, a minha Marinha, e a minha Aeronáutica não vão para a rua para impedir as pessoas de sair de suas casas”, frisou Bolsonaro.
O artigo da Constituição citado por Bolsonaro diz respeito ao direito de igualdade e liberdade no País. “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.
Em abril, Bolsonaro já havia feito ameaçado governadores e prefeitos ao afirmar as Forças Armadas poderiam ir às ruas para, segundo ele, “acabar com essa covardia de toque de recolher”. “Se precisar, iremos às ruas, não para manter o povo dentro de casa, mas para restabelecer todo o artigo 5.º da Constituição. E se eu decretar isso, vai ser cumprido esse decreto”, disse o presidente então em entrevista à TV A Crítica.
Com Luciano Hang na garupa e sem capacete
Bolsonaro aproveitou a inauguração da ponte para passear de moto. O empresário Luciano Hang foi um do que pegaram “carona” para percorrer a nova obra. Eles não usaram capacete. Durante o evento, Bolsonaro também não vestiu máscara – abraçou apoiadores e carregou crianças.
A obra da ponte sobre o Rio Madeira foi iniciada em 2014, durante o governo de Dilma Rousseff (PT), mas os serviços se arrastaram por sete anos. Com a ponte, será possível a integração por terra definitiva do Acre com o restante do País. Até então, a travessia do rio era feita por meio de balsas, cujo serviço era pago.
*Por: João Renato Jácome / ESTADÃO
BRASÍLIA/DF - O presidente Jair Bolsonaro vetou integralmente o projeto de lei 639/2021, aprovado pela Câmara dos Deputados no último dia 13 de abril, que estendia o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) de 2021 de 31 de maio para 31 de julho. O veto está publicado na edição desta quinta-feira (6) do Diário Oficial da União, mas poderá ser derrubado pelo Congresso Nacional. O presidente acatou recomendação da equipe econômica para não estender o prazo.
Segundo o governo, apesar de "meritória", a prorrogação do prazo contrariava o interesse público porque seria o terceiro adiamento consecutivo da entrega da declaração este ano. Uma nova postergação, de acordo com a equipe econômica, poderia afetar o fluxo de caixa do governo, prejudicando a arrecadação da União, dos estados e dos municípios, já que impactaria no repasse dos recursos destinados ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE) e no Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
"Desse modo, a proposta foi objeto de veto por causar um desequilíbrio do fluxo de recursos, o que poderia afetar a possibilidade de manter as restituições para os contribuintes, além de comprometer a arrecadação dos entes federativos. Em abril deste ano, a Receita Federal publicou a Instrução Normativa RFB nº 2.020/2021 adiando o prazo de entrega da Declaração de Imposto de Renda do exercício de 2021, de abril para maio, como forma de suavizar as dificuldades impostas pela pandemia do coronavírus (covid-19)", informou, em nota, a Secretaria-Geral da Presidência da República.
*Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil
BRASÍLIA/DF - O presidente Jair Bolsonaro subiu o tom nesta quarta-feira (5) afirmando ter pronto um decreto para "garantir o direito de ir e vir" dos brasileiros, que muitos pedem que seja editado, e que se for publicado "não será contestado em nenhum tribunal".
Em um discurso mais longo do que o normal após abrir oficialmente a Semana das Comunicações, o chefe do Executivo nacional voltou a criticar medidas restritivas de circulação para conter o contágio da covid-19, reclamou de críticas por ele não usar máscara e causar aglomerações com suas visitas inesperadas a cidades e bairros do Distrito Federal, e insinuou que o novo coronavírus poder ser fruto de uma guerra biológica.
"Peço a Deus que não tenha que baixar esse decreto. Mas se baixar, ele será cumprido", disse. "E não será contestado esse decreto. Não ouse contestar, quem quer que seja. Sei que o Legislativo não contestará."
O presidente classificou as medidas de distanciamento social promovida por governos regionais como "excrescência". "De onde nasceu essa excrescência para dar poderes a governadores e prefeitos e nos prender dentro de casa, nos condenar a miséria, roubar milhões de empregos, levar famílias ao desespero por não poder trabalhar, por não poder se locomover?", questionou o presidente. "E alguns até quando procuram, como se confortar, são proibidos de ir à igreja ou ir num templo. Pastores e padres passaram a ser vilões do Brasil."
Bolsonaro voltou a atacar a mídia, dizendo que o país assiste a "cenas de pessoas sendo presas em praça pública, mulheres sendo algemadas e a imprensa não fala nada". "Homens sendo proibidos de ir à praia, como um decreto de um prefeito da Costa Verde, proibindo que a família saia de lancha, na Baía de Angra. O que é isso? Onde estamos? Cadê nossa liberdade? Cadê os meios de comunicação para denunciar isso?"
Na opinião do presidente, "para a esquerda está tudo bem, e o desemprego e a miséria é terreno fértil para ditaduras".
Incisivo, o chefe do Executivo insistiu que os governadores e prefeitos atentam contra o artigo 5º da Constituição, que preconiza o direito de ir e vir. "O que está em jogo e alguns ainda ousam por decretos, subalternos, nos oprimir? O que queremos do artigo 5º? Queremos a liberdade de cultos? A liberdade para poder trabalhar. Queremos o nosso direito de ir e vir. Ninguém pode contestar isso", afirmou.
Referindo-se às manifestações no Dia do Trabalho, no último sábado, o presidente destacou que tem apoio da população nos seus planos de baixar o decreto. "Os militares juram dar a vida pela pátria. Os que estiveram nas ruas neste último 1º de Maio, bem como muitos outros milhões que não puderam ir às ruas, tenho certeza, darão sua vida por liberdade", disse.
E desafiou a Justiça, dizendo que a norma não será contestada por nenhum tribunal. "Nas ruas já se começa a pedir por parte do governo que ele baixe um decreto, e se eu baixar um decreto, vai ser cumprido. Não será contestado por nenhum tribunal, porque ele será cumprido. [...] O Congresso, ao qual eu integrei, tenho certeza que estará ao nosso lado. O povo, ao qual nós, Executivo e parlamentares deve lealdade, obviamente estará ao nosso lado.
*Por: R7
Com Reuters
BRASÍLIA/DF - Pesquisas, mostra que o presidente Jair Bolsonaro tem 32% das intenções de voto entre eleitores do Estado de São Paulo, no 1º turno das eleições. O índice é refere-se a um cenário com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva caso as eleições fossem hoje. Eis a íntegra da pesquisa (358 KB).
O petista é visto como possível nome de oposição à reeleição do atual presidente.Pesquisa PoderData já mostrou que Lula absorve os votos de 51% dos brasileiros que avaliam o trabalho de Bolsonaro como “ruim” ou “péssimo”.
O levantamento da Paraná Pesquisas não mostrou as intenções de voto em possíveis cenários de 2º turno. Nessa situação, o PoderData revelou que o ex-presidente tem vantagem sobre Bolsonaro num eventual 2º turno e venceria por 52% a 34%.
Em cenário sem Lula, segundo o levantamento do Paraná Pesquisas, Bolsonaro ainda lidera em São Paulo, com 32,7% das intenções de voto. Os outros votos são distribuídos principalmente entre Fernando Haddad, Ciro Gomes, Luciano Huck, Sérgio Moro e João Doria.
O estudo utilizou uma amostra de 1.602 eleitores, por meio de entrevistas telefônicas com eleitores de 16 anos ou mais em 92 municípios entre os dias 28 de abril e 1º de maio de 2021. O nível de confiança é de 95% e tem margem estimada de erro de 2,5%.
Segundo a pesquisa, 42,1% em São Paulo avaliam a gestão de Bolsonaro como ruim ou péssima. O índice é a soma daqueles que consideram o trabalho do presidente péssimo (34,8%) com aquele que acham ruim (7,3%).
Outros 33,8% consideram a administração federal ótima ou boa. Há ainda 1,3% que não sabem ou não quiseram opinar.
Bolsonaro é desaprovado entre 49,4% dos entrevistados; 45,6% aprovam seu trabalho. Já 4,9% não sabem ou não opinaram.
Segundo o PoderData, no país inteiro, são 57% os que desaprovam a atual gestão federal, enquanto 35% aprovam. A pesquisa foi realizada de 26 a 28 de abril com 2.500 entrevistados em 482 municípios nas 27 unidades da Federação.
O resultado indica que o governo interrompeu a deterioração de sua avaliação, iniciada em meados de março, quando a pandemia de coronavírus atingiu um novo pico de mortes. De lá para cá, o número diário de vítimas de covid-19 cresceu, mas o presidente conseguiu estancar a queda nos níveis de aprovação.
*Por: Poder360
BRASÍLIA/DF - Entidades de produtores rurais nos Estados organizam para o dia 15 de maio atos de apoio ao presidente Jair Bolsonaro, contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo fim das medidas de isolamento social adotadas por governadores e prefeitos. Os organizadores afirmam ter o apoio de mais de 100 sindicatos rurais e pretendem mobilizar manifestantes para se concentrar na Granja do Torto, em Brasília, uma das residências oficiais do presidente.
Os eventos têm como principais articuladores a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), a Associação Nacional de Defesa dos Agricultores, Pecuaristas e Produtores da Terra (Andaterra) e a Associação dos Cafeicultores do Brasil (Sincal). A mobilização é feita por meio de sindicatos vinculados às federações da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA).
A movimentação acontece em um momento em que Bolsonaro se vê pressionado pela CPI da Covid, que apura se houve falhas e omissões do governo federal no combate à pandemia. A CPI vai ouvir nesta semana o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e todos os ex-titulares da pasta na gestão Bolsonaro – Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello.
Os atos também são um prenúncio da campanha de 2022. O principal concorrente de Bolsonaro na disputa é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que recuperou os direitos políticos após decisão do Supremo. Também foi a Suprema Corte que determinou a abertura da CPI da Covid no Senado.
“Respeito à liberdade do povo, fim das políticas de lockdown, eleições com voto auditável. Estas são as pautas que o Movimento Brasil Verde e Amarelo, o agro e o povo pela democracia defenderão durante a manifestação do dia 15 de maio, em Brasília e nas principais capitais e cidades do País”, disse a presidente da Comissão de Agricultura, deputada Aline Sleutjes (PLS-PR) nas redes sociais.
Ex-presidente do PSL em Sinop (MT), o produtor rural Emerson Antoniolli é um dos organizadores do evento. Os atos, no entanto, não contam com o apoio oficial da bancada ruralista do Congresso. “Nós, da Frente Parlamentar Agropecuária, não estamos por dentro e também não nos envolvemos nesses atos”, disse o coordenador da bancada, deputado Sérgio Souza (MDB-PR), ao Estadão.
Procurada, a CNA não respondeu à reportagem até a publicação deste texto.
*Por: Lauriberto Pompeu / ESTADÃO
SÃO PAULO/SP - Os deputados federais Eduardo Bolsonaro e Junior Bozzella, ambos do PSL de São Paulo, se cruzaram na sexta-feira (30) no aeroporto de Congonhas e o encontro acabou virando caso de polícia, com o filho 03 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) registrando um boletim de ocorrência na Polícia Civil contra Bozzella. As informações são do site Congresso em Foco.
Segundo a reportagem, Bozzella afirma que Eduardo o teria ameaçado de morte durante o desembarque de um voo vindo de Brasília. Já o filho do presidente alega que o que aconteceu foi um encontro casual que deu errado.
Segundo Eduardo, Bozzella se aproximou sorridente para cumprimentá-lo e ele se recusou, dizendo que o companheiro de partido “não valia nada”, e seguiu seu caminho, mas que na noite desta sexta foi surpreendido por uma entrevista do deputado ao site O Antagonista em que ele dizia que “testemunhas ouviram ameaças” e que teriam ouvido o filho do presidente falando em “pegar em faca” para encontrar Bozzella.
“Hoje de manhã, desembarcando no aeroporto de Congonhas, me encontrei com o deputado Junior Bozzella. Ele achando que a minha vida é uma brincadeira, veio sorridente me cumprimentar, eu recusei e falei que ele não valia nada. Apenas isso, e segui meu caminho. Fui surpreendido hoje à noite com o deputado dando uma entrevista para o blog O Antagonista dizendo que testemunhas ouviram ameaças. Ouviram até eu falei em pegar em faca para encontrar ele. Dedo em riste. Diversas acusações ‘fake news’ contra a minha honra mais uma vez sendo veiculadas pelo deputado”, disse Eduardo Bolsonaro em um vídeo em sua conta no Twitter.
FUI À DELEGACIA
— Eduardo Bolsonaro?? (@BolsonaroSP) April 30, 2021
Após o dep. Júnior Bozzella (PSL-SP) falar mentiras em entrevista ao blog O Antagonista e afirmar ter sido ameaçado por mim no aeroporto de Congonhas (O QUE NÃO OCORREU), registrei boletim de ocorrência.
Agora o negócio será na polícia, onde ele é INVESTIGADO. pic.twitter.com/rQSXulGBVP
O B.O: https://t.co/eQz9op5pqL pic.twitter.com/3UBByx2Gds
— Eduardo Bolsonaro?? (@BolsonaroSP) April 30, 2021
O filho de Bolsonaro conta que procurar o 27º DP em São Paulo para abrir um boletim de ocorrência contra Bozzella. “Ele fala em testemunhas, a gente aguarda agora, deputado, as suas testemunhas para virem, agora no âmbito de uma investigação, dizer o que elas viram”, diz Eduardo Bolsonaro.
Ao site O Antagonista, Bozzella disse que “pessoas que presenciaram o momento afirmaram que ele disse que me mataria se tivesse uma faca”. Entrevistado pelo Congresso em Foco, o deputado disse que a manifestação de Eduardo Bolsonaro busca alterar os fatos.
“Eles usam deste expediente para poder inverter as atitudes deles”, disse Bozzella. Segundo o site, o deputado credita a suposta ameaça à sua ação contra o chamado “gabinete do ódio” em São Paulo, que seria comandado por Eduardo Bolsonaro e seus protegidos na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
*Por: ISTOÉ
BRASÍLIA/DF - O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse, na 4ª feira (28), que o governo pretende aumentar o valor médio do benefício que é pago por meio do programa Bolsa Família. O reajuste seria de R$ 192 para R$ 250 a partir de agosto ou setembro.
A apoiadores na saída do Alvorada, Bolsonaro disse: “só com o auxílio emergencial no ano passado nós gastamos mais do que 10 anos de Bolsa Família. Então para o PT que fala tanto em Bolsa Família, hoje a média está em R$ 192. O auxílio emergencial está em R$ 250. É pouco, sei que é pouco, mas é muito maior que a média do Bolsa Família. A gente pretende passar para R$ 250 agora em agosto ou setembro”.
Em março deste ano, o ministro da Cidadania, João Roma, afirmou que o governo avaliava fazer mudanças no programa Bolsa Família. De acordo com o ministro, havia um estudo em discussão na pasta tratando da ampliação do programa.
“Há um estudo no ministério buscando o fortalecimento do programa Bolsa Família. Tenho conversado com diversos colegas congressistas, de diversas correntes, sobre o tema e inclusive pré-agendamos uma reunião, no dia 29 de março, com a Frente Mista de Renda, onde vamos discutir um pouco para que a gente possa buscar agregar e construir uma proposta de ampliação do programa”.
*Por: Poder360
Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.