SÃO PAULO/SP - A 100 dias do primeiro turno das eleições, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece com 19 pontos de vantagem à frente do presidente Jair Bolsonaro (PL), marcando 47% das intenções de voto no primeiro turno, no cenário estimulado. O chefe do Executivo tem 28%. Os resultados são da pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira, 23.
Em terceiro lugar, aparece Ciro Gomes (PDT), com 8%, seguido por André Janones (Avante), que tem 2%. O cenário registrado é semelhante ao da pesquisa passada, realizada nos dias 25 e 26 de maio.
Monitor dos presidenciáveis
A terceira via, que se uniu em torno da senadora Simone Tebet (MDB) após a desistência de Sergio Moro (União Brasil) e João Doria (PSDB), não alavancou. Mesmo com apoio dos tucanos e com a exibição da propaganda partidária na televisão, Simone Tebet aparece com 1%, um ponto a menos do que na última pesquisa.
Vera Lúcia (PSTU) e Pablo Marçal (Pros) empatam numericamente com Simone Tebet. Não pontuaram Sofia Manzano (PCB), Felipe D’Ávila (Novo), General Santos Cruz (Podemos), Luciano Bivar (UB), Eymael (DC) e Leonardo Péricles (UP).
Espontânea
O levantamento espontâneo, quando os entrevistados falam em quem vão votar sem serem estimulados por uma lista, reforça a polarização. Lula aparece com 37% na pesquisa espontânea, ante 38% na anterior. Bolsonaro cresceu três pontos, acima da margem de erro de dois pontos percentuais, e saiu de 22% para 25%. Ciro tem 3%.
A pesquisa mostra, ainda, que os indecisos na espontânea somam 27%, ante 29% no levantamento passado.
O instituto entrevistou 2.556 eleitores nos dias 22 e 23 de junho em 181 municípios. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no protocolo sob o número BR-09088/2022.
Bruno Luiz e Giordanna Neves / ESTADÃO
Brasília/DF - O presidente Jair Bolsonaro esteve na residência oficial do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sem falar com a imprensa, e participou de um jantar em homenagem ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O encontro, organizado por Lira, foi em comemoração aos 20 anos do magistrado na Corte.
O jantar, que não constou da agenda oficial do chefe do Executivo, ocorreu em meio à ofensiva do governo sobre a Petrobras. Como mostrou o Broadcast Político, a estratégia envolve ameaçar a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e afrouxar a Lei das Estatais para alterar a política de preços com paridade internacional da estatal, criticada por Bolsonaro.
O jantar ocorreu, ainda, no mesmo dia em que o governo sofreu desgaste com a prisão preventiva do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro no âmbito das investigações sobre o chamado “gabinete paralelo” de pastores no MEC, que controlavam a distribuição de verbas a prefeituras. O escândalo, revelado pelo Estadão, levou à queda de Ribeiro do comando do Ministério, em 28 de março. O esquema envolvia a compra de bíblias em que apareciam fotos do ministro e até mesmo pedidos de pagamento de propina em ouro.
Iander Porcella e Eduardo Gayer / ESTADÃO
SÃO PAULO/SP - A vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) em um eventual segundo turno alcançou 17 pontos percentuais, segundo levantamento da empresa PoderData divulgado nesta quarta-feira, 22. O petista tem 52% das intenções de voto em um embate direto com o chefe do Executivo, que tem 35%, de acordo com a pesquisa.
Agregador de pesquisas
Esta é a maior diferença entre os dois presidenciáveis no segundo turno desde janeiro deste ano, quando a vantagem de Lula era de 22 pontos. Entre o fim de agosto e o começo de setembro de 2021, o ex-presidente chegou a ter 25 pontos a mais que Bolsonaro, também de acordo com o PoderData.
Quanto ao primeiro turno, Lula e Bolsonaro registraram oscilações dentro da margem de erro. Segundo a pesquisa, o petista tem, hoje, 44% das intenções de voto, ante 34% do presidente. A diferença em relação à rodada anterior do levantamento é que o pré-candidato do PT variou um ponto para cima, e o do PL, um ponto para baixo.
Ciro Gomes (PDT) tem 6% da preferência; André Janones (Avante), 2%; Simone Tebet (MDB), Luciano Bivar (União Brasil) e Eymael (DC) empatam em 1%.
O PoderData também apontou que Lula tem 45% das intenções de voto entre quem recebe o Auxílio Brasil. Como mostrou o Estadão há algumas semanas, Bolsonaro está insatisfeito com a campanha de comunicação envolvendo o benefício e quer emplacar melhor o seu nome como criador do programa.
A empresa consultou 3 mil eleitores por telefone entre os dias 19 e 21 de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O código de registro na Justiça Eleitoral é BR-07003/2022.
MACEIÓ/AL - O ex-presidente Lula (PT), pré-candidato à Presidência nas eleições deste ano, afirmou na sexta-feira (17) que o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentará a reeleição, "vai ter que aprender a perder", em referência às ameaças golpistas do mandatário.
Em discurso para apoiadores em Maceió (AL), ele disse que vai "tomar a faixa [presidencial] democraticamente".
"Se essa gente pensa que a gente vai ter medo das bravatas dele. Se essa gente acha que a gente vai ter medo dos milicianos. Se essa gente pensa que a gente vai ter medo dele ficar anunciando: 'Vai ter golpe. Não vou passar a faixa'. Nós não queremos que ele passe [a faixa]. A gente vai tomar aquela faixa democraticamente", disse o petista.
E continuou: "Ele vai ter que aprender que a democracia é maior do que ele. Ele vai ter que aprender que a vontade do povo brasileiro é maior do que a vontade das pessoas que estão com ele. Ele vai ter que aprender a perder."
Lula comentava o caso em que seus apoiadores foram alvo de líquido semelhante a fezes lançadas por um drone antes de um evento na quarta-feira (15) em Uberlândia (MG). Ele afirmou que a investigação apontou que houve o uso de agrotóxico.
O ex-presidente também ironizou o pedido de ajuda de Bolsonaro ao presidente norte-americano Joe Biden para derrotar o petista nas eleições.
"Do jeito que a gente está, pode juntar ele, o [ex-presidente norte-americano Donald] Trump e quem mais ele quiser. Nós vamos desamarrar e quebrar as correntes desse país."
Lula cumpre agenda em cidades no Nordeste nesta semana. Ele esteve em Natal (RN) e no sábado (18) estará em Aracaju (SE).
No Rio Grande do Norte, na quinta-feira (16), participou de ato no qual o indicado a vice em sua chapa, Geraldo Alckmin (PSB), foi vaiado por seus apoiadores.
JOSUÉ SEIXAS / FOLHA
EUA - O presidente Jair Bolsonaro e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tiveram um encontro bilateral na noite de quinta-feira (9), em Los Angeles, durante a 9º Cúpula das Américas, que reúne líderes da maioria dos países do Hemisfério Ocidental. Esta é a primeira reunião de ambos desde que Biden chegou ao poder, em janeiro de 2021. A declaração à imprensa, acompanhada por auxiliares das partes, começou por volta das 20 horas no horário de Brasília (16h no horário local) e durou cerca de 10 minutos.
???? O presidente Jair Bolsonaro se encontrou nesta quinta-feira (9) com Joe Biden, presidente dos Estados Unidos. A reunião ocorreu durante a IX #CúpulaDasAméricas, em Los Angeles. Acompanhado de Biden, Bolsonaro falou sobre o encontro. Veja: pic.twitter.com/dtC4YmOnk3
— Agência Brasil (@agenciabrasil) June 10, 2022
Em sua fala, Bolsonaro disse que o Brasil será um dos maiores exportadores de energia limpa do planeta, exaltou o agronegócio e reafirmou que o país é exemplo em preservação do meio ambiente, apesar das "dificuldades".
"A questão ambiental, temos as nossas dificuldades, mas fazemos o possível para atender aos nossos interesses e também, porque não dizer, a vontade do mundo. Somos exemplo para o mundo na questão ambiental. Além da segurança alimentar, energia limpa, bem como na questão ambiental, o Brasil é um gigante, e se apresenta para o mundo como a solução para muitos problemas", afirmou.
Bolsonaro disse ter interesse em cada vez mais se aproximar dos Estados Unidos, citou valores comuns entre as duas nações e comentou sobre as eleições brasileiras de outubro. "Este ano, temos eleições no Brasil, e nós queremos, sim, eleições livres, confiáveis e auditáveis. E tenho certeza que quando eu deixar o governo, também será de forma democrática", ressaltou.
Sobre a guerra da Rússia na Ucrânia, Bolsonaro disse querer a paz e fazer o possível para que ela seja alcançada, mas sem tomar medidas que poderiam trazer consequências econômicas para o Brasil. Estados Unidos e Europa têm liderado boicotes comerciais contra os russo para pressionar pelo fim da guerra.
"Lamentamos os conflitos, mas eu tenho um país para administrar. E, pela sua dependência, temos sempre que sermos cautelosos, porque as consequências da pandemia, com a equivocada política do fique em casa, a economia a gente vê depois, agravada por uma guerra a 10 mil km de distância do Brasil, as consequências econômicas são danosas para todos nós", argumentou. "Estamos à disposição para colaborar na construção de uma saída deste episódio, que não queremos, entre Ucrânia e Rússia", acrescentou.
Já Biden, que falou antes de Bolsonaro, fez uma declaração mais curta, deu boas-vindas ao líder brasileiro e falou que os demais países deveriam ajudar a financiar a preservação da Amazônia.
"Nós temos que ajudar a recuperação econômica e também a preocupação climática. Vocês tentam proteger a Amazônia, acho que o resto do mundo deveria ajudar a financiar essa preservação. Isso é uma responsabilidade muito grande. Nós temos que conectar nossos povos e estou ansioso para saber o que você pensa sobre isso. Gostaria de ouvir sua opinião e também levantar algumas questões de interesse mútuo", disse Biden.
Ele também falou de valores compartilhados entre os dois países e elogiou o Brasil, chamando de "país maravilhoso", com um "povo magnífico" e "instituições fortes".
Do lado brasileiro, o encontro foi acompanhado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que está com Bolsonaro nos EUA, além de ministros.
Bolsonaro participa nesta sexta-feira (10) de sessão deliberativa da Cúpula das Américas. Ainda na sexta, após o término do encontro de chefes de Estado, o presidente brasileiro e sua comitiva viajam para Orlando, também nos Estados Unidos, onde cumprirá agenda de inauguração de uma sede consular brasileira e outras atividades.
SÃO PAULO/SP - Em levantamento divulgado nesta segunda-feira (6) pelo Instituto Gerp, o presidente Jair Bolsonaro aparece em primeiro lugar na pesquisa espontânea, com 31%.
Na intenção de voto espontânea, onde não é sugerido os candidatos, Bolsonaro é seguido por Luiz Inácio Lula da Silva, com 28%, Ciro Gomes apareceu com 1%, os demais pré-candidatos não foram citados.
Na disputa direta, entre o atual presidente e Lula, Bolsonaro seria reeleito nas Regiões Sul (47% a 34%), Centro-Oeste (55% x 35%) e Norte (69% x 27%).
O instituto ouviu 2.095 eleitores entre os dias 31 de maio e 03 de junho.
FOZ DO IGUAÇU/PR - Bolsonaro afirmou que sua participação nos debates ainda não está decidida: “Vou ver, vou ver. Isso é questão de estratégia”, afirmou para jornalistas. Mas acrescentou que se seu principal concorrente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), participar, ele também vai marcar presença. “Eu fecho agora: se Lula for, eu vou junto com ele”, disse, em visita a Foz do Iguaçu, na sexta-feira, 5.
Tanto Bolsonaro quanto Lula já sinalizaram não participar dos debates no primeiro turno. O presidente justificou essa decisão na terça-feira, 31, dizendo que queria evitar levar “pancada” dos adversários. Ele propôs também que as perguntas dos debates fossem combinadas previamente “para não baixar o nível”.
Lula, por sua vez, propôs um modelo de debates semelhante ao dos Estados Unidos, com no máximo três eventos no primeiro turno, unindo diversas emissoras em cada um deles. “Não dá para atender cada TV, rádio, rede social, se não a gente se tranca no estúdio”, disse o ex-presidente.
“Nunca um presidente, que eu tenha conhecimento, participou do primeiro turno de debates”, alegou Bolsonaro, no Paraná. Outros chefes do executivo, como Lula e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) realmente não marcaram presença nos debates de primeiro turno em seus respectivos anos de reeleição. No entanto, a presidente Dilma Roussef (PT) participou dos eventos em 2014.
‘Duvido que tenha coragem de cassar meu registro’
Também durante sua visita a Foz do Iguaçu, Bolsonaro voltou a desafiar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a segurança das urnas eletrônicas. “Tô desafiando os próprios ministros do supremo a, em público, virem debater comigo a questão”, disse ele.
Sobre a possibilidade de ter seu registro cassado por fake news e ataques ao modelo de eleições com urnas eletrônicas, questionou a coragem dos ministros. “Vai cassar meu registro? Duvido que tenha coragem de cassar meu registro. Não tô desafiando ninguém”.
O presidente acrescentou ainda que não pode ser cassado porque não há uma tipificação de crime para fake news. “Eu defendo a liberdade. Onde tá a tipificação para fake news?”, alegou.
Rubens Anater / ESTADÃO
BRASÍLIA/DF – O presidente do União Brasil, Luciano Bivar, vai lançar oficialmente sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto em ato nesta terça-feira, 31, no momento em que a terceira via tenta acordo em torno do nome da senadora Simone Tebet (MDB). Até mesmo em seu próprio partido, porém, Bivar é considerado um nome que entra no páreo apenas para negociar a retirada mais adiante.
Integrantes do União Brasil dizem que receberam aval do partido para apoiar o presidente Jair Bolsonaro (PL) logo no primeiro turno. Afirmam, ainda, que a ofensiva para ter Bivar como candidato reflete uma estratégia que tem como objetivo rachar a terceira via e auxiliar na tentativa de reeleição de Bolsonaro.
“Apoio ao Bolsonaro permanece. O acordo que fiz com o partido foi para que ele me deixasse livre para apoiá-lo”, afirmou ao Estadão o governador do Amazonas, Wilson Lima, que trocou o PSC pelo União Brasil e vai tentar a reeleição.
Deputado federal por Pernambuco, Bivar já foi candidato a presidente em 2006, quando ficou em último lugar, com 0,06% dos votos válidos. Dono do maior fundo eleitoral e partidário, com uma cifra que se aproxima de R$ 1 bilhão, e do maior tempo na propaganda eleitoral gratuita, o União Brasil, porém, é alvo da cobiça de vários pré-candidatos a presidente, que vão de Ciro Gomes (PDT) a Bolsonaro.
Em mais de uma ocasião, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, manifestaram o desejo de ter o novo partido - fruto da fusão entre o DEM e o PSL - na coligação do presidente.
Na prática, o União Brasil já abriga muitos apoiadores de Bolsonaro. A deputada Clarissa Garotinho (RJ), por exemplo, é uma delas. Em diversas postagens nas redes sociais, ela elogia o atual governo.
Assim como o governador do Amazonas, Clarissa afirmou que Bivar não proibiu o apoio a Bolsonaro. “O Bivar tem deixado a bancada muito à vontade. Ele entende que todo mundo tem uma posição construída até aqui”, disse a deputada. “Se o Bivar for candidato, o partido no Rio, enquanto instituição, vai apoiar a candidatura oficial do partido, mas o Bivar tem deixado a bancada liberada.”
Inicialmente o União Brasil fazia parte do grupo da terceira via, composto pelo MDB, PSDB e Cidadania - legendas que se autointitularam como “centro democrático” - e dizia estar interessado em construir uma candidatura única para se contrapor a Bolsonaro e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No início deste mês, no entanto, o União decidiu sair do grupo e anunciou que lançaria a pré-candidatura de Bivar, mesmo sem acordo com os outros partidos. O MDB e o Cidadania já anunciaram apoio à pré-candidatura de Simone Tebet e a tendência é que a cúpula do PSDB siga o mesmo caminho.
Como mostrou o Estadão, a iniciativa de não se aliar às outras siglas da terceira via ocorreu após pressão do Palácio do Planalto, que ameaçou retirar cargos controlados por dirigentes do União.
O líder do partido na Câmara é o deputado Elmar Nascimento (BA), padrinho político do presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Marcelo Moreira Pinto. Relator do orçamento de 2021, o senador Márcio Bittar (União-AC) também é, atualmente, um dos principais aliados de Bolsonaro no Congresso. Bittar foi um dos mais beneficiados pelo orçamento secreto. O esquema, revelado pelo Estadão, consiste no pagamento de emendas de relator a redutos eleitorais dos parlamentares, em troca de apoio ao governo no Congresso.
Uma aliança formal com o PL de Bolsonaro, porém, é considerada muito difícil pela cúpula do União Brasil por causa de arranjos estaduais. O ex-prefeito de Salvador ACM Neto é um dos que mais tentam se descolar da imagem de bolsonarista. Pré-candidato a governador da Bahia, onde Lula tem altos índices de popularidade, e rival histórico do PT no Estado, Neto já disse que não dará palanque a nenhum candidato a presidente.
“Essa pré-candidatura não conflita com a posição de independência de cada Estado”, afirmou o ex-prefeito de Salvador, que é secretário-geral do União Brasil. “No nosso caso aqui na Bahia, (a decisão) é de não ter candidatura à Presidência oficial. É deixar o palanque aberto.”
Na prática, a ideia de lançar Bivar à sucessão de Bolsonaro atende aos interesses de diferentes alas da legenda. Com uma candidatura própria, líderes do partido não ficam obrigados a dar palanque para candidatos da terceira via e nem para Bolsonaro no Nordeste, região que é majoritariamente petista. Mesmo assim, os parlamentares e candidatos a governos estaduais têm aval da cúpula da legenda para apoiar Bolsonaro logo no primeiro turno.
Oficialmente, no entanto, há os que rejeitam o rótulo de candidatura de fachada do partido. “Bivar será o presidente de todos os brasileiros, não só dos filiados do União Brasil. Nós, inclusive, vamos contar com o apoio de simpatizantes de outros partidos, nesta construção de uma alternativa viável para o Brasil”, disse o deputado Celso Sabino (PA).
Em 2019, Bivar presidia o PSL, então partido de Bolsonaro. Após uma disputa pelo comando, o presidente deixou a legenda. Tentou criar um partido, o Aliança pelo Brasil, mas não conseguiu.
O União Brasil também sepultou a pré-candidatura do ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro à Presidência. Após rápida passagem pelo Podemos, Moro se filiou ao União no fim de março ainda falando em construir uma candidatura ao Planalto. Teve, porém, sua pretensão enterrada por ACM Neto e pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado. Os dois ameaçaram até mesmo pedir a desfiliação dele, caso insistisse na pretensão de ser candidato a presidente pelo União.
A avaliação de Neto e Caiado, as duas principais apostas do União nas eleições estaduais, é a de que a vinculação a uma possível candidatura de Moro atrapalharia tanto quem concorre em um Estado no qual Bolsonaro tem maioria de votos quanto quem disputa numa região considerada lulista.
Lauriberto Pompeu / ESTADÃO
SÃO PAULO/SP - Nova pesquisa realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas, divulgada neste sábado (28), mostra que o presidente Jair Bolsonaro (PL) está na liderança entre os eleitores de São Paulo. Enquanto o atual comandante do Palácio do Planalto reúne 39,1% das intenções de voto, o ex-presidente Lula (PT) contabiliza 35% no estado.
Ciro Gomes (PDT) é o terceiro, com 5,4%, seguido por João Doria (PSDB), que desistiu da campanha, mas reúne 3,9% das intenções. André Janones e Simone Tebet (MDB) estão empatados com 1,1%.
O levantamento foi feito entre os dias 22 e 26 de maio.
SÃO PAULO/SP - O cantor Latino, 49, é um dos artistas que sempre apoiou publicamente Jair Bolsonaro (PL). Na sexta-feira (27), ele revelou ter encontrado com presidente para um almoço e reforçou que acredita na sua reeleição em outubro. "Carinho de milhões. Não resisti! Não vim ao mundo para ser da política e sim para abraçar o Brasil. Eu acredito no que vejo e não no que falam. Para o alto e avante", comenta o artista.
O intérprete de músicas como "Renata", "Me Leva", "Festa no Apê", entre outras, fez também um vídeo. "Estamos aqui ao lado do presidente, um homem que sempre acreditou na retomada. Capitão, para o alto e avante, que você já está reeleito", diz ele.
O presidente agradece as palavras de Latino e aproveita a deixa. "O prazer é nosso de ter você aqui e salve a música popular brasileira. Olha, eu fui o único chefe de Estado no mundo que não fechou nada". Latino ainda faz um pedido para os internautas. "Nada de ficar em casa. Vamos trabalhar e retornar".
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