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CHINA - A China alertou, na sexta-feira (10), que "não hesitará em iniciar uma guerra" se Taiwan se declarar independente, após uma reunião em Singapura em que o seu ministro da Defesa e o dos Estados Unidos confrontaram suas posições sobre a ilha, separada da autoridade de Pequim desde 1949.

O ministro chinês, Wei Fenghe, reuniu-se pela primeira vez com o americano Lloyd Austin à margem do chamado Diálogo de Shangri-la, um fórum de altos oficiais militares, diplomatas e empresas de armas que acontece em Singapura até 12 de junho.

O status de Taiwan tem sido objeto de atritos diplomáticos entre a China e os Estados Unidos nos últimos anos. Pequim considera a ilha de 24 milhões de habitantes como uma de suas províncias, na qual as tropas nacionalistas derrotadas no continente pelas forças comunistas de Mao Tse-tung se refugiaram em 1949.

A China muitas vezes reitera seu objetivo de recuperar a ilha mesmo que, se necessário, pela força.

"Se alguém se atrever a separar Taiwan da China, o exército chinês não hesitará em iniciar uma guerra, custe o que custar", disse Wu Qian, porta-voz do ministério da Defesa chinês, citando Wei Fenghe.

O ministro também apontou que Pequim "esmagará" qualquer tentativa de independência da ilha e "defenderá resolutamente a unificação da pátria".

Wei insistiu ainda que a ilha pertence à China e que os Estados Unidos não deveriam "usar Taiwan para conter a China", segundo o Ministério.

Austin, por sua vez, "reafirmou a importância da paz e da estabilidade no Estreito [de Taiwan]", que separa a ilha do continente.

O secretário de Defesa expressou sua rejeição a "mudanças unilaterais do status quo" e pediu a Pequim que "se abstenha de mais ações desestabilizadoras em relação a Taiwan", segundo o Pentágono.

As tensões em torno de Taiwan aumentaram nas últimas semanas, principalmente devido às incursões de aeronaves militares chinesas na Zona de Identificação de Defesa Aérea ("Adiz") de Taiwan em maio, a maior operação desse tipo desde o início do ano.

 

- Atritos -

Durante uma visita ao Japão no final de maio, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, surpreendeu ao afirmar que Washington defenderia Taiwan militarmente se a China invadisse a ilha.

Pouco depois, a Casa Branca qualificou suas declarações e garantiu que a política americana de "ambiguidade estratégica" com Taiwan permaneceu inalterada.

Austin é a última autoridade dos EUA a visitar a Ásia em um momento em que Washington busca reorientar sua política externa para a região desde a guerra na Ucrânia.

A ofensiva russa é, de fato, outro ponto de atrito entre Pequim e Washington, que acusa a China de apoiar tacitamente Moscou.

A China é a favor de iniciar negociações para acabar com a guerra, mas não condenou a invasão russa e criticou repetidamente as entregas de armas dos EUA a Kiev.

As amplas reivindicações da China no Mar da China Meridional também alimentaram as tensões com Washington.

Pequim reivindica quase todo o mar, rico em recursos e por onde passam bilhões de dólares em comércio marítimo anualmente. Brunei, Malásia, Filipinas, Taiwan e Vietnã também reivindicam partes dessa zona.

Austin chegou na quinta-feira em Singapura e se encontrou com vários de seus colegas nesta sexta.

Durante uma reunião com ministros da Defesa do Sudeste Asiático, enfatizou que a estratégia americana era "manter um ambiente de segurança regional aberto, inclusivo e baseado em leis", segundo um comunicado do governo de Singapura.

Sua declaração se referiu indiretamente às ações da China, que busca aumentar sua influência na região.

 

 

AFP

FIJI - Dez ilhas do Pacífico sul rejeitaram nesta segunda-feira (30) uma proposta da China para um grande acordo de segurança, em meio a preocupações de que o pacto deixaria a região sob a órbita de Pequim.

As negociações em Suva, capital de Fiji, entre o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, e líderes das nações insulares tinham como objetivo para aumentar consideravelmente a participação de Pequim na segurança, economia e política do Pacífico Sul.

"Como sempre, damos prioridade ao consenso", declarou após a reunião o coanfitrião do encontro e primeiro-ministro de Fiji, Frank Bainimarama, indicando que seria necessária uma ampla concordância antes de assinar qualquer "novo acordo regional".

A China disputa com os Estados Unidos e seus aliados a influência no Pacífico, que tem importância estratégica.

Antes da visita de Wang, a China propôs um pacto com o qual Pequim se comprometia a treinar a polícia das ilhas do Pacífico, atuar na cibersegurança, ampliar os vínculos políticos e mapear áreas marítimas sensíveis em troca de maior acesso a recursos naturais.

Pequim ofereceu ainda milhões de dólares em ajuda financeira, a perspectiva de um acordo de livre comércio entre a China e as ilhas do Pacífico e acesso ao vasto mercado chinês de 1,4 bilhão de pessoas.

A China se apresenta como um "grande país em desenvolvimento" que está ao lado das nações de pequeno e médio porte, mas enfrenta a desconfiança de alguns países envolvidos nas negociações.

Em uma carta dirigida a outros líderes da região, o presidente dos Estados Federados da Micronésia, David Panuelo, classificou de "falácia" a proposta de acordo, destinada segundo ele a "garantir a influência chinesa no governo, o controle econômico" chinês das principais indústrias.

Papua Nova Guiné, Samoa e os Estados Federados da Micronésia estão entre os países mais preocupados com as propostas chinesas, ao lado de Palau, que reconhece Taiwan e não foi convidado ao encontro.

 

- "Preocupações" -

As autoridades chinesas, que trabalham de maneira intensa para obter o apoio das nações do Pacífico nesta ofensiva diplomática relâmpago, admitiram que nenhum acordo foi alcançado.

"Houve apoio geral de 10 países. Mas claro que há algumas preocupações sobre algumas questões específicas e concordamos que estes dois documentos serão discutidos mais adiante", disse o embaixador chinês em Fiji, Qian Bo, à imprensa em Suva.

O ministro chinês Wang anunciou apenas que 10 países do Pacífico concordaram com memorandos de entendimento sobre a Nova Rota da Seda, uma iniciativa chinesa de infraestruturas.

O presidente Xi Jinping enviou antes da reunião uma mensagem aos países na qual afirma que seu país seria um "irmão amável" para a região e que juntos compartilham um "destino comum", informou o canal estatal chinês CCTV.

As potências ocidentais são hostis à influência chinesa na região e o Departamento de Estado americano advertiu os países do Pacífico Sul para que desconfiem dos "acordos obscuros e vagos, com pouca transparência".

A Austrália se uniu aos Estados Unidos para exigir que a China pare de maneira imediata a tentativa de ampliar sua influência no setor de segurança da região.

 

 

AFP

NOVA YORK - China e Rússia vetaram na quinta-feira (26) no Conselho de Segurança da ONU uma proposta de resolução dos Estados Unidos com novas sanções à Coreia do Norte por seus lançamentos de mísseis balísticos.

Os 13 membros restantes do Conselho de Segurança votaram a favor do texto que previa uma redução das importações de petróleo bruto e refinado por Pyongyang. Nos bastidores, vários aliados de Washington lamentaram sua insistência em submeter algo à votação sabendo que China e Rússia se oporiam com seu direito ao veto.

Nos bastidores, aliados lamentaram a insistência dos Estados Unidos em submeter algo a votação mesmo sabendo que China e Rússia usariam seu veto. Para os americanos, "é pior não fazer nada e deixar que os testes norte-coreanos prossigam sem reação do que o cenário de dois países bloqueando a resolução", explicou um embaixador, que não quis ser identificado.

Os lançamentos de mísseis balísticos são "uma ameaça à paz e segurança para o conjunto da comunidade internacional", disse antes da votação a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield. Para seu par chinês, Zhang Jun, a atitude de Washington "afasta o Conselho do diálogo e da reconciliação".

Pequim tampouco "acredita que novas sanções ajudarão a responder à situação atual". Uma resolução coercitiva da ONU "não fará mais do que piorar a situação", afirmou Zhang, manifestando o "desacordo total" de Pequim com "qualquer tentativa de converter a Ásia em um campo de batalha ou criar confrontos e tensões".

Após insistir em que se deve "evitar qualquer provocação", Zhang pediu aos Estados Unidos que retomem o diálogo com a Coreia do Norte.

O embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, acusou os Estados Unidos de ignorarem os apelos de Pyongyang para interromper a "atividade hostil" e dialogar: "Parece que nossos colegas americanos e ocidentais sofrem do equivalente a um bloqueio criativo. Parecem não ter nenhuma resposta para as situações de crise além da introdução de novas sanções."

 

 

AFP

EUA - As potências ocidentais alertaram nesta quinta-feira (26) sobre os planos vazados da China para assinar acordos comerciais e de segurança com países do Pacífico Sul, uma área de importância estratégica para os Estados Unidos e seus aliados na região.

Os acordos de cooperação propostos por Pequim vazaram pouco antes da visita a oito países do ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, que desembarcou na capital das Ilhas Salomão, Honiara, nesta quinta-feira.

De Washington, o porta-voz da diplomacia americana, Ned Price, alertou os pequenos Estados insulares da região sobre os acordos "sombrios" com a China e expressou sua preocupação de que sejam negociados em um "processo apressado e não transparente".

O acordo ofereceria a 10 pequenos países milhões de dólares em ajuda, a perspectiva de um acordo de livre comércio com a China e acesso ao enorme mercado chinês.

Em troca, a China treinaria a polícia local, se envolveria em sua segurança cibernética, expandiria os laços políticos, faria mapas marinhos sensíveis e obteria maior acesso aos recursos naturais dessas ilhas.

Esses acordos devem ser aprovados em 30 de maio em Fiji em uma reunião entre Wang e vários colegas regionais, mas já causaram alarme em alguns países da região.

"Esta é a China tentando expandir sua influência na região do mundo onde a Austrália tem sido o parceiro de segurança número um desde a Segunda Guerra Mundial", declarou o novo primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, nesta quinta-feira.

Na sua opinião, a Austrália "precisa responder" com um "aumento" do seu compromisso no Pacífico que se materializaria num plano de 350 milhões de dólares em ajudas adicionais.

Também a Nova Zelândia, que mantém laços estreitos com a China, considerou que os planos de segurança de Pequim na região não eram necessários, nas palavras de sua primeira-ministra, Jacinda Ardern.

O presidente dos Estados Federados da Micronésia, David Panuelo, um aliado próximo de Washington, alertou seus colegas do Pacífico que o acordo pode parecer "sexy", mas dá à China "acesso e controle de nossa região".

O vazamento ocorre depois que Pequim conseguiu assinar um controverso acordo de segurança com as Ilhas Salomão em abril, que pegou Washington e seus aliados desprevenidos.

Neste contexto, o chanceler chinês garantiu hoje que seu país "não tem intenção" de construir uma base militar nas Ilhas Salomão, referindo-se ao pacto de segurança assinado.

O ministro minimizou a suspeita dos países ocidentais após este acordo, especialmente da Austrália e dos Estados Unidos, que temem que permita à China estabelecer sua presença militar no arquipélago.

Este pacto, disse Wang Yi, é "irrepreensível, honesto e correto".

 

 

AFP

JAPÃO - O presidente americano, Joe Biden, afirmou na segunda-feira (23/05), durante visita ao Japão, que os Estados Unidos interviriam militarmente se a China invadisse Taiwan.

"O senhor não quis se envolver militarmente no conflito na Ucrânia por razões óbvias", disse um repórter a Biden, durante coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, em Tóquio. "Está disposto a se envolver militarmente para defender Taiwan?"

"Sim", respondeu Biden. "Esse é o compromisso que fizemos."

Biden disse que qualquer esforço por parte da China para usar força contra Taiwan se trataria de uma ação similar à invasão da Ucrânia pela Rússia.

O presidente americano descarta um conflito militar direito com Moscou, mas enviou bilhões de dólares em auxílio militar que ajudaram a Ucrânia a impor uma resistência mais forte do que a esperada à ofensiva russa.

O líder americano afirmou que dissuadir a China de atacar Taiwan é uma das razões por que é importante que o presidente russo, Vladimir Putin, "pague um preço caro por sua barbárie na Ucrânia". Assim, seria transmitida à China e a outros países a mensagem de que uma ação do tipo é inaceitável.

Biden afirmou esperar que a China não tente tomar Taiwan à força, mas que isso depende de o "mundo deixar claro que esse tipo de ação resultará numa desaprovação de longo prazo pelo resto da comunidade [internacional]".

Os EUA tradicionalmente evitam oferecer uma garantia assim explícita de segurança a Taiwan, mantendo uma política de "ambiguidade estratégica" sobre quão longe estariam dispostos a ir se a China invadisse a ilha.

A Lei de Relações com Taiwan de 1979, que regula as relações entre os EUA e a ilha, não requer que Washington aja militarmente para defender Taiwan de uma eventual invasão chinesa, mas garanta que o território tenha os recursos para se defender e evite qualquer mudança unilateral do status de Taiwan por Pequim.

Após as declarações de Biden, a Casa Branca logo afirmou que os comentários não refletem uma mudança na política dos EUA.

Em resposta, a China afirmou nesta segunda que está pronta para defender seus interesses em relação a Taiwan.

"Ninguém deve subestimar a firme determinação, firme disposição e forte capacidade do povo chinês de defender a soberania nacional e a integridade territorial", disse a repórteres Wang Wenbin, porta-voz do Ministério do Exterior da China.

 

A questão taiwanesa

A China considera a ilha de Taiwan (ou Formosa) como parte do seu território, na forma de uma província dissidente, e considera a questão taiwanesa importante no âmbito das relações com os EUA. Se a ilha tentar sua independência, deve ser impedida à força, na interpretação chinesa.

Já o governo de Taiwan, ou oficialmente República da China, vê-se como um Estado soberano, com constituição, forças armadas, moeda e eleições democráticas.

Nos últimos anos, Pequim intensificou suas provocações militares contra Taiwan com o objetivo de fazer com que a ilha aceite se unificar à China comunista. "Eles já estão flertando com o perigo", disse Biden.

Sob a política de uma China, os EUA reconhecem Pequim como o governo do país e não mantêm relações diplomáticas com Taiwan. No entanto, Washington mantém contatos não oficiais com a ilha, incluindo uma embaixada de facto em Taipei, a capital, e fornece equipamentos militares para a defesa do território.

"Concordamos com a política de uma China. Mas a ideia de que ela [Taiwan] pode ser tomada à força simplesmente não é apropriada", disse o presidente americano.

Essa não foi a primeira vez que Biden prometeu defender Taiwan contra um ataque chinês. Assim como agora, quando o fez em outubro passado, representantes da Casa Branca logo afirmaram que a política americana para a ilha não havia mudado, e analistas classificaram os comentários de uma gafe.

 

 

lf (AP, Reuters, AFP)

dw.com

PEQUIM - A atividade varejista e industrial da China caiu bruscamente em abril, uma vez que os lockdowns contra a Covid-19 confinaram trabalhadores e consumidores a suas casas e afetou gravemente as cadeias de abastecimento, lançando uma sombra sobre as perspectivas para a segunda maior economia do mundo.

Em março e abril foram impostos lockdowns totais ou parciais nos principais centros do país, incluindo Xangai, atingindo a produção e o consumo e aumentando os riscos para aquelas partes da economia global fortemente dependentes da China.

As vendas no varejo despencaram 11,1% em abril em relação ao ano anterior, a maior contração desde março de 2020, mostraram dados da Agência Nacional de Estatísticas nesta segunda-feira, um declínio mais acentuado do que o previsto em pesquisa da Reuters.

A produção das fábricas caiu 2,9% em relação ao ano anterior, contrariando expectativa de aumento e marcando o maior declínio desde fevereiro de 2020, já que as medidas conta o vírus afetaram as cadeias de abastecimento e paralisaram a distribuição.

Analistas agora advertem que a atual retração da China pode ser mais difícil de ser superada do que a observada durante o início da pandemia do coronavírus no começo de 2020, sendo improvável que as exportações aumentem e com as autoridades limitadas em suas opções de estímulo.

"O resultado final é que, embora o pior já tenha passado, acreditamos que a economia chinesa terá dificuldades para voltar à sua tendência pré-pandemia", disseram analistas da Capital Economics.

Os investimentos em ativos fixos, com os quais Pequim conta para sustentar a economia à medida que as exportações perdem impulso, subiram 6,8% nos primeiros quatro meses do ano, em comparação com um aumento esperado de 7,0%.

 

 

 

Reportagem de Kevin Yao, Stella Qiu, Ellen Zhang e Ryan Woo / REUTERS

WASHINGTON - A China preferiria tomar a vizinho Taiwan sem ações militares, mas está trabalhando para se colocar em uma posição na qual o seu Exército venceria, mesmo se os Estados Unidos interviessem, disseram chefes de inteligência dos EUA na terça-feira (10).

A China vê Taiwan, uma ilha governada democraticamente, como seu território "sagrado" e nunca renunciou ao possível uso de força para garantir uma unificação.

Os Estados Unidos, como a maioria dos países, não têm laços diplomáticos com Taiwan, mas são seu mais importante apoiador e fornecedor de armas internacional, uma constante fonte de tensão entre Pequim e Washington.

"É nossa opinião que eles (chineses) estão trabalhando duro para efetivamente se colocar em uma posição na qual seu Exército seja capaz de tomar Taiwan mesmo com nossa intervenção", afirmou a diretora de Inteligência Nacional, Avril Haines, ao comitê de Serviços Armados do Senado dos EUA.

Com política de "zero Covid" e lockdown, chineses querem diminuir impacto das paralizações na indústria global

 

CHINA - O bloqueio na China devido à pandemia continua. Com o número total de infecções atingindo 896.000, o país continua a adotar duras restrições sanitárias para evitar o maior crescimento da doença, política conhecida como "zero-Covid". Em grandes cidades industrializadas como Xangai, no entanto, fábricas de todos os tipos, mais especialmente as do setor automotivo, estão procurando maneiras de contornar as medidas.

A ideia é reabrir mesmo em que ritmo reduzido de produção ou seguindo um tipo particular de operação definida como "ciclo fechado". A decisão foi tomada após uma ordem emitida pelo próprio governo chinês, exigindo que 666 das fábricas mais importantes do país a reabram o mais rápido possível.

 

A situação

Após a paralização forçada de mais de uma semana, a forte pressão dos países ocidentais levou o governo chinês a pedir às fábricas daquele país, que incluem alguns dos mais famosos construtores de automóveis e componentes, que encontrassem soluções alternativas. O objetivo? Voltar a ciclos operacionais que estejam o mais próximo possível do normal, numa tentativa de reduzir o duro impacto das paralizações sobre a indústria automotiva global.

Tesla e 3M, em particular, revelaram à Reuters que lançaram uma política de produção interna de "ciclo fechado", ou seja, convocando todos os trabalhadores que vivem em áreas onde há pouco risco de contágio. Eles então ficam hospedados em hotéis próximos às fábricas de produção, sem a possibilidade de retornar às suas famílias ao final do turno.

Uma vez na fábrica, de fato, os trabalhadores não podem mais retornar às suas casas por períodos variáveis de tempo, uma situação descrita à Reuters por alguns trabalhadores como semelhante a uma guerra, mas que evidentemente não tem alternativa.

Além dos fabricantes acima mencionados, uma política similar foi implementada pela Air Liquide, líder mundial na produção e armazenagem de hidrogênio, que exigiu que cerca de 200 trabalhadores voltassem ao trabalho, e pela SAIC Motor, fabricante dos veículos da marca MG, que utilizou áreas de sua fábrica do tamanho de várias quadras de basquete para isolar os casos positivos da Covid-19 dos negativos.

 

 

Thiago Moreno / MOTOR1.com

EUA - Congressistas americanos apresentaram um projeto de lei para transferir a atividade comercial ou fabril de algumas empresas da China para a América Latina, anunciou nesta sexta-feira um deles, Mark Green, estimando que isso ajudaria a aliviar a onda migratória.

O projeto de lei de Nearshoring (aproximar a produção dos mercados finais) "é uma vitória tripla", afirmou Green. "Primeiramente, torna os Estados Unidos menos dependentes da manufatura chinesa. Em segundo lugar, é uma vitória para a América Latina, porque irá gerar mais empregos e crescimento econômico sem um centavo de dólar do contribuinte. Em terceiro, à medida que as oportunidades aumentam, o Nearshoring reduzirá a migração" na fronteira com o México, concluiu o congressista republicano.

O democrata Albio Sires, outro defensor do projeto de lei, estimou que o mesmo "é uma parte fundamental da nossa estratégia para competir com a China". Ambos pertencem ao Subcomitê do Hemisfério Ocidental, Segurança Civil, Migração e Política Econômica Internacional da Câmara dos Representantes.

A China, membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, é o primeiro ou segundo parceiro comercial de muitos países da América Latina e do Caribe. O projeto de lei, apresentado ontem, "aumenta o padrão de vida na América Latina por meio de investimentos estrangeiros" e cria um programa de empréstimos a juros baixos para que as empresas transfiram suas fábricas da China para a América Latina, assinala o comunicado dos defensores do projeto.

Como é financiado com "as tarifas chinesas, não terá nenhum custo para o contribuinte", insistiram, afirmando que isso frearia a influência do país asiático na região.

A Câmara dos Representantes aprovou em fevereiro um projeto de lei para realocar nos Estados Unidos os chips eletrônicos, essenciais para a produção de smartphones e automóveis.

 

 

AFP

CHINA - O petróleo caiu na sexta-feira (22), registrando uma perda semanal de quase 5%, diante da perspectiva de crescimento global mais fraca, taxas de juros mais altas e lockdowns por Covid-19 na China prejudicando a demanda, mesmo com a União Europeia considerando uma proibição sobre a commodity russa que apertaria ainda mais a oferta.

O petróleo Brent fechou em queda de US$ 1,68, ou 1,6%, a US$ 106,65 o barril. O petróleo dos EUA (WTI) caiu US$ 1,72, ou 1,7%, para US$ 102,07.

O benchmark global Brent atingiu US$ 139 o barril no mês passado, a máxima desde 2008, mas ambos os benchmarks de petróleo caíram quase 5% nesta semana devido a preocupações com a demanda.

O Fundo Monetário Internacional, que cortou sua previsão de crescimento econômico global, pode rebaixar ainda mais a perspectiva se os países ocidentais ampliarem suas sanções contra a Rússia pela guerra contra a Ucrânia, e os preços da energia subirem ainda mais, disse uma autoridade da agência.

“Neste estágio, os temores sobre o crescimento da China e o aperto excessivo do Fed, limitando o crescimento dos EUA, parecem estar equilibrando as preocupações de que a Europa em breve ampliará as sanções às importações de energia russas”, disse Jeffrey Halley, analista da corretora OANDA.

 

 

REUTERS

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