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CHINA - Os preços do petróleo subiam na segunda-feira, 09, recuperando-se das fortes perdas registradas na semana passada, após a China decidir reabrir suas fronteiras, alimentando a expectativa de aumento de demanda no maior país importador de petróleo do mundo.

Às 12h18 de Brasília, o petróleo norte-americano avançava 3,28%, a US$ 76,20 por barril, enquanto o Brent se valorizava 2,97%, a US$ 80,90 por barril, no mercado futuro.

A China anunciou, no fim de semana, que havia concluído a reabertura das suas fronteiras internacionais pela primeira vez desde 2020, encerrando a rígida política de Covid zero que impactou profundamente o crescimento econômico local durante o período da pandemia.

Isso deve impulsionar a atividade doméstica, abrindo espaço para uma vigorosa recuperação da demanda de energia, à medida que o país retorna para os níveis de produção pré-pandemia.

As autoridades chinesas também anunciaram um grande aumento nas cotas de importação para o próximo ano, sugerindo que estão se preparando para um vigoroso repique da demanda durante a reabertura econômica, podendo gerar um aumento de 20% nas aquisições do exterior em relação aos níveis registrados em 2022, de acordo com a Reuters.

O impacto total da mudança nas políticas de viagens da China ficará mais claro na semana que vem, quando os turistas do país poderão viajar sem restrições durante o feriado de Ano-Novo Lunar, pela primeira vez desde 2020.

Domesticamente, a expectativa é que ocorram cerca de 2 bilhões de viagens na temporada de Ano-Novo Lunar, praticamente o dobro do ano passado e 70% dos níveis de 2019, de acordo com Pequim.

A China também divulgará o primeiro conjunto de dados comerciais de dezembro na sexta-feira, os quais incluirão os números de importação de petróleo. Embora esses indicadores não reflitam a recente decisão, Pequim começou a flexibilizar as políticas no mês passado.

Pelo lado da oferta, uma rápida ameaça ao abastecimento do mercado à vista foi rapidamente dissipada, após um navio encalhar no Canal de Suez e ser liberado por rebocadores, permitindo que o tráfego através dessa hidrovia vital fosse retomado com celeridade.

O rali de segunda-feira ocorria após uma queda na semana passada de mais de 8% em ambas as referências do petróleo, suas maiores desvalorizações semanais no início do ano desde 2016, com os investidores nervosos com a possibilidade de uma recessão global.

O agressivo aperto da política monetária por parte de diversos bancos centrais, a fim de combater a disparada da inflação, suscitou temores de “pousos forçados” na economia, principalmente nos EUA e na Europa, duas grandes fontes de demanda energética do mundo.

“Os especuladores também parecem ter tirado vantagem da recente fraqueza para entrar no mercado”, disseram analistas do ING, em uma nota emitida aos clientes. “Os últimos dados de posicionamento mostram que os especuladores aumentaram suas compras líquidas no Brent em 17.753 lotes ao longo da última semana, deixando-os com uma posição líquida comprada de 161.456 lotes até a última terça-feira”.

O relatório de empregos urbanos dos EUA na sexta-feira alimentou esperanças de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) reduza a elevação de juros em fevereiro, mas as atenções estarão voltadas nesta semana para o índice de preços ao consumidor (IPC), a ser divulgado na quinta-feira, já que os investidores buscam uma confirmação maior de arrefecimento da inflação.

 

 

Por Peter Nurse / por Investing.com

CHINA - O governo chinês anunciou na terça-feira que suspendeu a emissão de vistos a cidadãos do Japão em resposta a medidas impostas pelas autoridades japonesas para restringir a entrada de pessoas da China, na sequência de um aumento dos casos de coronavírus.

A suspensão, que foi notificada a todas as agências de viagens no Japão, vem depois de a embaixada japonesa na Coreia do Sul ter anunciado uma medida semelhante anteriormente, também até "serem levantadas as medidas discriminatórias de entrada impostas contra a China".

Depois de Pequim reabrir as suas fronteiras e levantar as medidas de quarentena no fim-de-semana passado, o Japão introduziu mais restrições na sua fronteira, especialmente face à possibilidade de cidadãos chineses chegarem ao país. Para o efeito, introduziu testes COVID-19 negativos obrigatórios.

A possibilidade de solicitar vistos para a China através do site oficial foi dificultada, segundo a agência noticiosa japonesa Kiodo. Isto poderia afetar especialmente as empresas japonesas, dada a impossibilidade dos seus trabalhadores viajarem para a China.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês Qin Gang na segunda-feira manifestou a sua preocupação com a situação na região e com o aumento de medidas restritivas contra cidadãos e turistas chineses, e apelou às autoridades de países terceiros para se concentrarem nas "questões científicas" ao impor tais medidas.

 

 

Fonte: (EUROPA PRESS)

por Pedro Santos / NEWS 360

EUA - O governo dos Estados Unidos está examinando a possibilidade de impor restrições aos viajantes procedentes da China, afirmaram na terça-feira, 27, fontes da administração, depois que Pequim flexibilizou as severas medidas anticovid.

As infecções dispararam na China à medida que os principais pilares de sua rígida política de saúde foram suspensos, o que levou o governo americano a expressar preocupação com a possibilidade de surgimento de novas variantes.

"A comunidade internacional está cada vez mais preocupada com os contínuos surtos de covid-19 na China e a falta de dados transparentes, incluindo os dados de sequências genômicas virais, reportados pela China", afirmou uma fonte do governo.

As autoridades de Pequim admitiram que é "impossível" rastrear a origem do atual surto e acabaram com a divulgação do polêmico balanço diário de casos da doença. O governo chinês também modificou os critérios para contabilizar as mortes vinculadas à pandemia.

Mas é a falta de dados genômicos que provoca muitas preocupações em outros países, o que torna "cada vez mais difícil para as autoridades de saúde pública garantir que podem identificar potenciais novas variantes e adotar medidas rápidas para reduzir sua propagação", destacaram as autoridades americanas.

O governo dos Estados Unidos "segue os dados científicos e os conselhos de especialistas em saúde pública, consulta os aliados e considera adotar medidas similares" às de países como Japão e Malásia, que anunciaram ações de saúde pública para enfrentar a propagação da covid procedente da China.

A flexibilização das medidas por Pequim acaba com a estratégia "covid zero", que incluía testes em larga escalas, confinamentos e longas quarentenas. A política afetou as cadeias de abastecimento e afetou de maneira expressiva a segunda maior economia do mundo.

O ministério das Relações Exteriores da China afirmou na terça-feira que os países devem manter controles "científicos e adequados" das doenças, que não devem afetar os deslocamentos normais das pessoas.

 

 

AFP

TAIWAN - O Ministério da Defesa de Taiwan informou na segunda-feira, 26, que detectou 71 aviões chineses e sete navios de guerra nas proximidades da ilha, alegando ao mesmo tempo que os militares chineses atravessaram o Estreito de Taiwan com 47 dos aviões reportados.

Estes números marcam um novo pico no número de voos militares chineses diários na área, coincidindo com exercícios militares no domingo, em resposta à assinatura pelo Presidente dos EUA Joe Biden de uma lei que aumenta a assistência de segurança às autoridades taiwanesas.

As autoridades da ilha disseram que os ataques foram realizados por 42 caças, dois aviões de patrulha marítima, um avião de alerta precoce e drones.

A defesa informou que as suas forças armadas acompanharam a situação e responderam atribuindo aviões de patrulha aérea de combate, navios da marinha e sistemas de mísseis terrestres.

 

Fonte: (EUROPA PRESS)

Pedro Santos / NEWS 360

CHINA - Vários cientistas da Organização Mundial de Saúde assinalaram que o aumento dos casos de COVID-19 na China lança dúvidas sobre o fim da emergência global.

Especialistas indicaram que pode ser demasiado cedo para declarar um fim global da emergência pandémica, informou o jornal Guardian.

"A questão é se se pode chamar-lhe pós-pandemia quando uma parte tão significativa do mundo está a entrar na sua segunda vaga", disse a viróloga Marion Koopmans, membro de um comité da OMS encarregado de aconselhar sobre o estado da emergência do coronavírus.

"É evidente que estamos numa fase muito diferente (da pandemia), mas na minha opinião, esta vaga pendente na China é um wild card", acrescentou ela.

A China impôs desde o início uma política rigorosa anti-COVID-19 que tem mantido baixos os números de infecção e morte em comparação com outros países. No entanto, o relaxamento das políticas nas últimas semanas, impulsionado pela pressão social dos manifestantes, alterou a situação, com as taxas de infecção a atingirem níveis elevados.

 

 

Fonte: (EUROPA PRESS)

por Pedro Santos / NEWS 360

HONG KONG - A China está trabalhando em um pacote de suporte de mais de 1 trilhão de iuans (143 bilhões de dólares) voltado a sua indústria de semicondutores, disseram três fontes, em um grande passo em direção à autossuficiência em chips. O pacote é uma resposta do país às medidas dos Estados Unidos para frear o desenvolvimento tecnológico chinês.

Pequim planeja lançar o que será um de seus maiores pacotes de incentivos fiscais em cinco anos. O plano inclui subsídios e créditos fiscais para reforçar a produção de semicondutores e atividades de pesquisa na China, disseram as fontes. O plano poderá ser implementado já no primeiro trimestre do próximo ano, disseram duas das fontes.

A maior parte da assistência financeira será usada para subsidiar a compra de equipamentos chineses de produção de chips por empresas do país, principalmente fábricas de semicondutores, disseram as fontes. Essas empresas teriam direito a um subsídio de 20% sobre o custo dos investimentos, disseram as três fontes.

O plano de apoio ocorre depois que o Departamento de Comércio dos EUA aprovou em outubro um amplo conjunto de regulamentos que podem barrar o acesso de laboratórios de pesquisa e centros comerciais de processamento de dados a chips avançados de inteligência virtual, entre outras restrições.

Os EUA também têm feito lobby com alguns de seus parceiros, incluindo Japão e Holanda, para restringirem exportações para a China de equipamentos usados na fabricação de microprocessadores.

Com o pacote de incentivos, Pequim pretende intensificar o apoio às empresas chinesas de chips para projetar, expandir ou modernizar instalações domésticas para fabricação, montagem, embalagem e pesquisa e desenvolvimento, disseram as fontes.

O Gabinete de Informação do Conselho de Estado da China não comentou o assunto.

 

PROVÁVEIS BENEFICIÁRIOS

Os beneficiários do pacote serão empresas estatais e privadas do setor, principalmente grandes companhias de equipamentos de semicondutores como NAURA Technology Group, Advanced Micro-Fabrication Equipment China e Kingsemi.

Algumas ações de empresas do setor de chips da China em Hong Kong subiram acentuadamente após a notícia do pacote. A SMIC teve valorização de mais de 8%. Hua Hong Semiconductor fechou em alta de 17%.

A China há muito está atrás do resto do mundo no setor de equipamentos de fabricação de chips, que continua sendo dominado por empresas sediadas nos Estados Unidos, Japão e Holanda.

Várias empresas domésticas surgiram nos últimos vinte anos, mas a maioria permanece atrás de seus rivais em termos de capacidade de produzir chips avançados.

Os equipamentos de gravação e processo térmico da NAURA, por exemplo, só podem produzir chips de 28 nanômetros ou mais, tecnologias relativamente maduras.

A SMEE, a única empresa de litografia da China, pode produzir chips de 90 nanômetros, bem atrás da ASML da Holanda, que está produzindo chips de até 3 nanômetros.

 

 

 

Por Julie Zhu; reportagem adicional de Josh Horwitz, Brenda Goh, Jason Xue, Kevin Huang e Xu Jing / REUTERS

CHINA - Investidores do mundo inteiro se sentiram aliviados nesta semana depois que a China afrouxou algumas restrições contra a pandemia após três anos de lockdowns rígidos. Reagindo a protestos sem precedentes, o Partido Comunista prometeu agora se concentrar na estabilização do crescimento e na otimização das medidas de controle da covid-19.

Entre as regras abandonadas, está a necessidade da apresentação de testes para usar o transporte público. A maioria das pessoas infectadas agora poderá cumprir o isolamento em casa, e não mais em centros de quarentena.

A mudança é um sinal de que a segunda maior economia do mundo está finalmente pronta para conviver com o coronavírus, em vez de manter sua política draconiana de "covid zero".

A decisão ocorre após as importações da China caírem 10,6% e as exportações registrarem uma baixa de 8,7% em novembro, níveis não vistos desde o início de 2020, quando o vírus surgiu pela primeira vez. Dados oficiais da semana passada também mostraram que a atividade industrial da China encolheu pelo segundo mês consecutivo em novembro, quando grandes áreas do país tiveram lockdowns e interrupções no transporte.

Reversão elogiada

Os líderes financeiros globais saudaram a reviravolta, afirmando que ela ajudará a restaurar a atividade comercial da China, fortalecer as cadeias de suprimentos e ajudar no crescimento global.

"O desempenho da China é importante [não apenas] para a China, também é importante para a economia mundial", disse a chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, após uma conferência na cidade de Huangshan, no leste da China.

A reversão da política de covid zero "ajudará a remover um conjunto de incertezas" em um mundo que se recupera dos impactos da pandemia, do conflito na Ucrânia e das mudanças climáticas, disse, por sua vez, a diretora-geral da Organização do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala.

Embora muitos analistas venham prevendo uma forte recuperação da economia da China no próximo ano, alguns alertam que as infecções por covid devem aumentar como resultado da mudança de política, principalmente na época do feriado do Ano Novo Lunar, em janeiro, quando grande parte da população de 1,4 bilhão de pessoas do país costuma viajar.

Taxa de infecção pode subir

Um novo aumento de infecções também pode desencadear escassez de mão de obra semelhante à que afetou os países ocidentais quando eles reabriram após os bloqueios.

"Haverá um caos", disse Jeffrey Goldstein, consultor especializado na China que ajuda marcas estrangeiras a fabricar produtos na Ásia. "A China está três anos atrasada, então o que vai acontecer agora na China é o que aconteceu no resto do mundo."

A Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis alertou que um grande número de infecções teria um "impacto adverso" no mercado de veículos no próximo ano.

A provável reabertura significa que a economia da China só começará a se recuperar no segundo semestre do ano que vem, avalia o economista Nie Wen, do fundo Hwabao Trust de Xangai, que cortou sua previsão de crescimento da China para o primeiro trimestre para 3,5%, contra de 4% a 5% anteriormente.

Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management, disse esperar "que as exportações permaneçam fracas nos próximos meses, à medida que a China passar por uma reabertura turbulenta", acrescentando que o país vai depender mais da demanda doméstica em 2023 devido a uma economia global mais fraca.

Os analistas do banco Morgan Stanley também esperam que o crescimento "fique abaixo da média" no curto prazo, com "uma recuperação mais significativa" na segunda metade do ano e um crescimento de 5% ao longo de 2023.

Os líderes chineses estabeleceram uma meta de crescimento econômico de cerca de 5,5%, após uma expansão de 3,9% no terceiro trimestre, que foi melhor do que o esperado.

Medo de infecção

Em um sinal de que muitos chineses não estão com pressa para que a vida volte ao normal, muitos assentos no metrô de Pequim, por exemplo, estavam vazios durante a hora do rush, e alguns restaurantes do centro estavam vazios na hora do almoço na última sexta-feira.

Muitos consumidores parecem estar com medo de complicações graves da covid devido à menor eficácia das vacinas chinesas em comparação com seus pares ocidentais.

As empresas chinesas e o setor público já estão fazendo preparativos para dividir os funcionários entre seus locais de trabalho em Pequim e outras cidades, prevendo que um grande número de trabalhadores acabe ficando doente.

Alerta de inflação para 2023

Alguns analistas projetam um possível aumento da inflação com a reabertura da China, que também pode piorar os aumentos de preços na economia global.

"Uma reabertura desordenada e um aumento da inflação à medida que a economia se recupera seriam os principais riscos para a China", alertou um relatório da Eastspring Investments nesta semana.

O relatório aponta que a recuperação da China estimularia os preços mais altos de energia em todo o mundo, que já foram um dos principais impulsionadores da inflação global em 2023, com o potencial de prolongar a crise do custo de vida em muitos países.

A China não foi afetada pelo aumento global dos preços desde a invasão russa da Ucrânia em fevereiro. Os preços subiram 3% em setembro, mas caíram 1,6% em novembro, bem atrás da inflação de quase dois dígitos registrada em muitos países ocidentais.

 

 

 

(Com Reuters, dpa e AP)

por Nik Martin / DW.com

CHINA - Estudantes chineses organizaram um protesto contra um confinamento motivado pela pandemia de coronavírus em uma universidade do leste do país, enquanto as autoridades dão pequenos passos para flexibilizar a rígida estratégia anticovid.

Milhões de pessoas na China ainda precisam seguir restrições pela covid, mas algumas cidades já começaram a deixar para trás os testes em larga escala e as limitações de deslocamentos após uma série de protestos no país na semana passada.

Analistas da empresa japonesa Nomura calcularam na segunda-feira que 53 cidades, com quase um terço da população da China, prosseguem com restrições.

Apesar da ação das forças de segurança para mitigar os protestos, vídeos publicados nesta terça-feira nas redes sociais e geolocalizados pela AFP mostram estudantes reunidos na Universidade de Tecnologia de Nanjing na segunda-feira à noite.

Nas imagens, os jovens exigem o direito de deixar o campus. "O poder é dado a vocês pelos alunos, não por vocês mesmos", grita uma pessoa no vídeo.

Uma estudante do terceiro ano que pediu anonimato confirmou que o protesto aconteceu depois que a universidade anunciou o fechamento do campus por cinco dias após detectar apenas um caso de covid.

A jovem disse à AFP que os colegas estão descontentes com a comunicação da universidade e temem ficar bloqueados no campus durante o recesso de inverno (hemisfério norte, verão no Brasil).

Nas imagens, os estudantes discutem com representantes da universidade e pedem a demissão dos diretores do centro de ensino.

O protesto de Nanjing acontece alguns dias após as manifestações registradas em várias cidades da China para exigir o fim da política de 'covid zero'. Algumas pessoas chegaram a pedir a renúncia do presidente Xi Jinping.

As autoridades impediram as tentativas de protestos posteriores, mas parecem estar respondendo a algumas demandas dos manifestantes, com o anúncio de uma flexibilização das restrições.

Na terça-feira, 06, as autoridades de Pequim anunciaram que edifícios comerciais, incluindo os supermercados, não exigirão mais que os visitantes apresentem um teste de covid negativo.

Outras cidades, incluindo Xangai, adotaram iniciativas similares nos dias anteriores.

 

 

AFP

CHINA - Ao longo dos anos, explosões locais repentinas de protestos foram desencadeadas no país por uma série de questões — da poluição tóxica à grilagem ilegal de terras, passando pelos maus-tratos de um membro da comunidade nas mãos da polícia.

Mas, desta vez, é diferente.

Há um assunto que não sai da cabeça do povo chinês, e muitos estão cada vez mais fartos dele — levando a uma reação generalizada contra as restrições rigorosas impostas pela política de covid zero do governo.

Isso se refletiu em moradores derrubando barreiras montadas para fazer cumprir o distanciamento social, e agora grandes protestos tomam as ruas e campi universitários de cidades em todo o país.

Por um lado, é difícil explicar o quão chocante é ouvir uma multidão em Xangai pedindo a renúncia do presidente chinês, Xi Jinping.

É extremamente perigoso aqui criticar publicamente o secretário-geral do Partido Comunista. Você corre o risco de ser preso.

No entanto, lá estavam eles na rua de Xangai (Wulumuqi Lu) que leva o nome da cidade de Xinjiang onde um incêndio matou 10 moradores — muitos acreditam que as restrições impostas pela política de covid-zero dificultaram o esforço de resgate.

Um manifestante grita: "Xi Jinping!"

E centenas respondem: "Renuncie!"

O grito de protesto então ecoa: "Xi Jinping! Renuncie! Xi Jinping! Renuncie!"

Também se ouvia o seguinte coro: "Partido Comunista! Renuncie! Partido Comunista! Renuncie!"

Para uma organização política cuja ambição maior é a permanência no poder, esse é o maior desafio possível.

O governo parece ter subestimado drasticamente o crescente descontentamento da população em relação à política de covid zero — intrinsecamente ligada a Xi Jinping, que recentemente prometeu que não haveria desvio da política.

Além disso, não há maneira fácil de sair da sinuca de bico em que o Partido parece ter se metido.

Eles tiveram três anos para se preparar para uma eventual reabertura, mas em vez de construir mais unidades de terapia intensiva (UTI) nos hospitais e enfatizar a necessidade de vacinação, investiram vastos recursos em testagem em massa, lockdowns e instalações de isolamento destinadas a vencer uma guerra contra um vírus que nunca vai embora.

 

 

- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-63779061

CHINA - As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta segunda-feira, 28, pressionadas pela aversão ao risco nos mercados por conta dos protestos na China contrários à rígida política de tolerância zero contra a covid-19, adotada pelo governo do presidente Xi Jinping. O episódio adiciona uma nova camada de incerteza quanto à economia do gigante asiático, que recentemente flertou com o relaxamento de restrições.

O índice Xangai Composto fechou em queda de 0,75%, a 3.078,55 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto cedeu 0,51%, a 1.974,07 pontos. Já em Hong Kong, o Hang Seng teve baixa maior, de 1,57%, a 17.297,94 pontos, pressionado em especial por ações do setor imobiliário como a da Country Garden Holdings (-10,82%), que liderou as perdas. Papéis do setor de tecnologia, como JD.com (-4,33%), Alibaba (1,23%) e Baidu (-2,60%), também se destacaram negativamente.

Os protestos na China foram desencadeados por um incêndio com mortes em um apartamento na cidade de Urumqi, na região autônoma de Xinjiang, noroeste da China. Para os mercados, o episódio eleva os questionamentos acerca do futuro econômico do gigante asiático, cuja demanda interna têm sofrido por conta dos lockdowns. Para o Danske Bank, Pequim não deve recuar de sua estratégia antes de ter um programa de vacinação pronto, mas os protestos, caso cresçam, podem acelerar uma mudança para uma postura mais branda.

Em resposta aos protestos, autoridades chinesas relaxaram restrições nesta segunda em algumas regiões do país, mas reafirmaram o seu compromisso com a política de “covid-zero”. Especialistas ligados ao enfrentamento contra a doença nos EUA criticaram a postura de Pequim, considerando-a pouco transparente.

“Tentar prever com qualquer grau de certeza a reabertura, sem base ou histórico para seguir, parece um jogo perigoso no contexto dos protestos inquietantes e do desafio colossal que os líderes da China agora têm em suas mãos”, disse Stephen Innes, da SPI Asset Management, em um comentário.

Em outros mercados, o índice Nikkei, de Tóquio, recuou 0,42%, a 28.162,83 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi teve baixa de 1,21%, a 2.408,27 pontos. Já o taiwanês Taiex marcou perdas de 1,50%, a 14.556,87 pontos, e o australiano S&P/ASX 200 cedeu 0,42%, a 7.229,10 pontos. Com informações de Associated Press.

 

 

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