FRANÇA - As ações francesas arrastavam os mercados europeus para baixo nesta segunda-feira depois que dois grandes grupos de TV desistiram de um plano de fusão, em um início de semana sombrio que pode ver um grande aumento da taxa de juros pelo Federal Reserve e uma série de outros reuniões do banco central.
As ações da TF1 caíam 3,2% e da M6 recuavam 4,5% após o colapso dos planos de fusão entre as empresas de TV francesas, que avaliaram que as exigências dos órgãos antitruste tornavam o negócio irrelevante.
O índice de ações blue-chip da zona do euro caiu 1% mais cedo, com o grupo de luxo francês LVMH e a fabricante de semicondutores ASML liderando as perdas.
As ações de tecnologia sensíveis à taxa caíram 0,9% antes da decisão de política monetária do banco central dos EUA na quarta-feira. A maioria dos participantes do mercado espera que o Fed entregue um terceiro aumento consecutivo de 75 pontos base.
"Os investidores parecem estar preocupados com as próximas reuniões do banco central", disse Patrick Armstrong, diretor de investimentos da Plurimi Wealth.
A maioria dos bancos reunidos esta semana -da Suíça à África do Sul- devem subir os juros, com os mercados divididos sobre se o Banco da Inglaterra vai fazer um aperto de 50 ou 75 pontos base.
. O índice FTSEurofirst 300 tinha queda de 0,94%, a 1.597 pontos.
. Em FRANKFURT, o índice DAX caía 0,96%, a 12.618 pontos.
. Em PARIS, o índice CAC-40 perdia 1,54%, a 5.983 pontos.
. Em MILÃO, o índice Ftse/Mib tinha desvalorização de 1,43%, a 21.794 pontos.
. Em MADRI, o índice Ibex-35 registrava baixa de 0,87%, a 7.915 pontos.
. Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizava-se 1,55%, a 5.754 pontos.
(Exclui cotação do mercado londrino, que está fechado nesta segunda-feira por causa do funeral da rainha Elizabeth)
Por Shreyashi Sanyal / REUTERS
SÃO PAULO/SP - O mês de agosto registrou avanço na atividade industrial, com crescimento na produção e no emprego pelo quarto mês consecutivo e a terceira alta mensal na utilização da capacidade instalada. Os resultados da Sondagem Industrial, pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), também indicam aceleração no ritmo de crescimento do setor em relação a julho.
“Nesse cenário, as expectativas seguem otimistas em setembro de 2022, sendo esperada elevação da demanda, da quantidade exportada, do número de empregados e das comprar de matérias-primas para os próximos meses. A intenção de investir avançou pelo segundo mês consecutivo, alcançando o maior valor para um mês de setembro desde o início da série”, disse a entidade, em nota.
O índice de evolução da produção registrou 54,5 pontos em agosto, resultado acima da linha divisória dos 50 pontos, o que significa que a produção aumentou ante o mês de julho. De acordo com a CNI, o índice mostra alta da produção pelo quarto mês consecutivo, com aceleração no ritmo de crescimento em agosto.
“Destaca-se que o valor médio para os meses de agosto é de 52,7 pontos, ou seja, a produção industrial costuma aumentar na passagem de julho para agosto de 2022. Como o índice de agosto de 2022 está um pouco acima da média para o mês, o resultado indica aumento do ritmo de produção acima da média para o mês”, explica a CNI.
O emprego industrial apresentou aumento em agosto na comparação com julho. O índice de evolução do número de empregados foi 52,2 pontos, acima da linha divisória de 50 pontos que separa queda de alta do emprego. De acordo com a entidade, o valor médio para os meses de agosto é de 49 pontos, inferior ao valor de 50 pontos, ou seja, habitualmente ocorre queda no emprego na passagem de julho para agosto.
A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) aumentou 2 pontos percentuais entre julho e agosto de 2022, para 73%. Segundo a CNI, além de ser o maior valor observado em 2022, é o valor mais alto para um mês de agosto desde 2013, quando o UCI atingiu 74%.
Já o índice de utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual registrou 47,7 pontos em agosto, resultado que representa um aumento de 1,7 ponto em relação ao mês anterior.
O nível de estoques de produtos finais na indústria também aumentou na passagem de julho para agosto. O índice de evolução do nível de estoques foi de 51,6 pontos, ou seja, acima da linha divisória de 50 pontos, que indica estabilidade do nível de estoques.
Considerando por porte, o nível de estoques aumentou entre pequenas, médias e grandes empresas, com índices de 50,8, 50,8 e 52,4 pontos, respectivamente. Para empresas de pequeno porte, esse é primeiro mês de agosto a indicar expansão dos estoques desde o início da série.
Já o índice de estoque efetivo em relação ao planejado atingiu 51,4 pontos. “Com isso, o mês de agosto registrou o maior excesso de estoques em relação ao planejado do ano”, destacou a entidade.
De acordo com a Sondagem Industrial, todos os índices de expectativas para o mês de setembro seguem acima de 50 pontos, ou seja, revelam otimismo do empresário do setor.
O índice de expectativa de demanda ficou em 59,3 pontos, apresentando leve queda, de 0,4 ponto, na comparação com o mês anterior. O índice de expectativa de número de empregados ficou em 53,9 pontos, aumento de 0,2 ponto na passagem de agosto para setembro, o maior valor desde setembro de 2021.
O índice de expectativa de compras de matérias-primas registrou 56,9 pontos, recuo de 0,4 ponto ante agosto. Já o índice de expectativa de quantidade exportada ficou em 52,8 pontos, mantendo relativa estabilidade com relação ao resultado de agosto, quando o índice registrou 52,9 pontos.
O índice de intenção de investimento alcançou 59 pontos, maior valor entre meses de setembro desde o início da série da CNI. O resultado representa um aumento de 2,1 pontos na comparação com o mês anterior.
Foram ouvidas 1.781 empresas, entre os dias 1º e 12 setembro, sendo 696 de pequeno porte, 637 médias empresas e 448 de grande porte.
PARIS - O governo francês reduziu sua perspectiva de crescimento para 2023, mas não vê necessidade de revisar sua meta de déficit orçamentário como resultado, disse o ministro das Finanças, Bruno Le Maire, nesta terça-feira.
A economia da França agora deve desacelerar de estimados 2,5% de expansão este ano para 1% no próximo, abaixo do ritmo de 1,4% esperado antes, afirmou Le Maire a jornalistas enquanto delineava as principais previsões que sustentam o projeto de lei orçamentária de 2023, que será apresentado ainda este mês.
"Estamos mantendo uma previsão de crescimento positiva, mas estamos a ajustando para (refletir) a realidade da situação internacional, as tensões do mercado de energia e as dificuldades de nossos parceiros comerciais", disse Le Maire.
Apesar da perspectiva mais fraca, ele disse que abandonar os planos do país de reduzir o déficit do setor público de estimados 5% da produção econômica este ano para menos de 3% em 2027 não era uma opção.
Por Leigh Thomas / REUTERS
BRASÍLIA/DF - O preço médio do gás liquefeito de petróleo (GLP), praticado pela Petrobras junto às distribuidoras, será reduzido a partir de hoje (13). De acordo com a estatal, o valor do quilo (kg) passa de R$ 4,23 para R$ 4,03. O reajuste representa uma queda de 4,7%.
É a segunda redução consecutiva no preço do GLP, também conhecido como gás de cozinha. Em abril deste ano, houve uma queda de R$ 0,25 no valor do kg. Antes, no entanto, os preços mantinham trajetória de alta. Em julho do ano passado, houve aumento de 6%; em outubro de 7,2% e em março deste ano de 16,1%.
Segundo a Petrobras, o preço médio de 13 kg, correspondente à capacidade do botijão de uso doméstico, sofrerá uma redução de R$ 2,60, ficando em R$ 52,34. Contudo, não é possível precisar o valor final que será cobrado do consumidor, já que outros fatores exercem influência como os tributos que incidem sobre o GLP e as margens de lucro das distribuidoras.
Além da redução no GLP, a Petrobras anunciou nas últimas semanas quedas na gasolina, no diesel, no querosene de aviação e na gasolina de aviação. Os reajustes refletem as variações do mercado internacional, conforme a Política de Preços de Paridade de Importação (PPI) adotada pela estatal desde 2016. Na semana passada, o preço do barril de petróleo tipo brent, usado como referência, caiu abaixo de US$ 90 pela primeira vez desde fevereiro.
No primeiro semestre do ano, porém, o cenário internacional era outro. Com base no PPI, os combustíveis sofreram forte alta, o que gerou manifestações de insatisfação do presidente da República, Jair Bolsonaro. Em maio, ele trocou o comando da estatal pela quarta vez durante seu mandato. Caio Mário Paes de Andrade assumiu no lugar de José Mauro Ferreira Coelho.
Em nota, a Petrobras informa que a redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a sua prática. A estatal sustenta que busca o equilíbrio com o mercado, sem repassar a volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio. "De forma a contribuir para a transparência de preços e melhor compreensão da sociedade, a Petrobras publica em seu site informações referentes à formação e composição dos preços de combustíveis ao consumidor", acrescenta o texto.
Conforme o último levantamento divulgado pela Petrobras, realizado entre 28 de agosto e 3 de setembro, o botijão de gás de 13 kg estava custando ao consumidor em média R$ 111,57. A estatal calcula ser responsável apenas por 49,2% desse valor. Atualmente, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Produtos (ICMS), tributo estadual, responde por 10,6%. O restante do preço é de responsabilidade das distribuidoras, que leva em conta os gastos logísticos e a margem de lucro.
Essa composição do preço leva em conta a suspensão da incidência dos impostos federais sobre o GLP de uso doméstico. Uma medida provisória que abre essa possibilidade foi assinada em março do ano passado pelo presidente Jair Bolsonaro, sendo posteriormente aprovada no Congresso Federal. Foram zeradas as alíquotas do programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
Sem mudanças significativas na política de preços da Petrobras, a desoneração tem sido o caminho adotado pelo governo federal para baixar os preços não apenas do GLP, mas também da gasolina, do etanol, diesel e do Gás Natural Veicular (GNV). Outra lei proposta pelo governo federal entrou em vigor no final de junho limitando as alíquotas do ICMS que incidem sobre itens considerados essenciais.
A queda na arrecadação dos estados deverá ser compensada por meio do abatimento de valores da dívida pública que eles têm com a União. A medida, no entanto, gerou questionamentos dos estados e também de prefeituras, que recebem uma parcela do ICMS. No cálculo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a perda apenas dos municípios é de quase R$ 20 bilhões. Além disso, divergências em torno do prazo para realização dessa compensação têm sido tratadas no âmbito judicial.
EUA - O mercado aguarda os dados de inflação ao consumidor dos Estados Unidos, que serão divulgados nesta terça-feira, 13, possivelmente indicando os próximos passos a respeito da política monetária do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA. A expectativa de analistas é de uma moderação nos preços da energia, que ajudaram a inflação a atingir a maior alta em 40 anos.
A mediana das estimativas de analistas compiladas pelo Investing.com é de um IPC mensal com queda de 0,1% em agosto, levando o indicador anual a 8,1%. Em julho, o IPC foi de 0%, com indicador em doze meses ficando em 8,5%. O Bureau of Labor Statistics dos Estados Unidos também aponta a mesma projeção, assim como o UBS.
De acordo com nota do Morgan Stanley (NYSE:MS) (BVMF:MSBR34), os preços da energia devem perder força no segundo semestre deste ano, com a maior parte do efeito concentrado em agosto e setembro. No entanto, o UBS pondera que, mesmo com a continuidade da queda do preço da gasolina, os preços dos alimentos e do núcleo devem continuar a subir solidamente.
Claudia Rodrigues, economista do C6 Bank, espera que o indicador siga uma tendência de desaceleração devido à política monetária mais apertada iniciada pelo Fed no início do ano. Uma queda no preço de commodities, principalmente energia e combustíveis, deve continuar beneficiando o índice, segundo Rodrigues.
“No entanto, não vemos a inflação convergindo para a meta tão cedo. O núcleo do IPC, que exclui alimentos e energia (itens de maior volatilidade), deve cair lentamente, em razão do mercado de trabalho aquecido. A escassez de trabalhadores num contexto de forte demanda pelas empresas favorece salários bem acima da produtividade, o que eleva os custos e pressiona preços”. Assim, a expectativa do C6 é de que o Fed promova mais um ajuste de 0,75 ponto na próxima reunião de setembro, no esforço de trazer a inflação para a meta.
Economia dos EUA
Após dois trimestres seguidos de Produto Interno Bruto (PIB) negativo, o mercado aguarda a tomada de decisão sobre os juros pelo Federal Reserve, pois uma política monetária mais contracionista pode tornar o momento ainda mais complicado.
O Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre de 2022 dos Estados Unidos ficou em -0,6%, após os -0,9% apresentados anteriormente. Por ser o segundo trimestre consecutivo com o PIB em queda, o cenário é de recessão técnica, mas outros dados econômicos mostram a economia ainda aquecida. O banco central americano deve definir a taxa de juros na sua próxima reunião, agendada em 20 a 21 de setembro.
Em relatório ao mercado, Candace Browning, chefe de Pesquisa Global do Bank of America Corp (NYSE:BAC) (BVMF:BOAC34) (BofA) diz que a expectativa agora é de uma recessão leve no primeiro semestre do próximo ano e meta para os fed funds em uma faixa de 4,0-4,25%, com um aumento de 75bp em setembro e aumentos menores depois.
Efeitos no mercado
Dependendo do indicador, os investidores tendem a alterar suas expectativas sobre a economia e quais os impactos também nos mercados acionários. “Caso o dado venha acima do esperado (em 0% ou acima disso), ou seja, um cenário neutro ou de alta, o dado indicará um cenário de inflação ainda persistente e altista. Tal cenário pressiona o Federal Reserve para possíveis revisões altistas na taxa básica de juros americana, dado que o aumento dos juros é o caminho mais comum para o combate à inflação. Com isso, mais um ciclo de alta de juros fortaleceria o dólar e afetaria negativamente o mercado de ações”, avalia Heitor De Nicola, sócio e assessor de renda variável da Acqua Vero Investimentos.
Para de Nicola, caso o dado venha dentro do esperado ou melhor (menor que 0%), o dado indicaria uma "deflação" ao índice preço do consumidor, mostrando efetividade dos aumentos da taxa de juros ao avanço da inflação. Nesse caso, de acordo com ele, a expectativa sobre novos aumentos começa a diminuir e a expectativa de que o Fed poderia desacelerar o ciclo altista de juros começa a surgir. “Nesse cenário, apenas os próximos dados do IPC poderiam responder a pergunta. Com tal expectativa, o cenário para dólar passa a ser negativo (no sentido de perder força), e o mercado acionário americano se favoreceria”, completa.
A tomada de decisão sobre os juros contempla outros dados complementares, como índice de preços ao produtor (IPP), payroll, vendas no varejo, entre outros.
“A melhor maneira para entender o atual cenário macroeconômico americano é juntando todos esses dados, que são altamente correlacionados e nos passam a perspectiva de inflação real, o nível de atividade econômica, os dados de geração de emprego e nível de gastos da população”, conclui de Nicola.
Por Jessica Bahia Melo / Investing.com
BRASÍLIA/DF - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – a inflação oficial do país) registrou queda de 0,36% em agosto, após recuo de 0,68% em julho, quando a taxa foi a menor desde o início da pesquisa, em janeiro de 1980. Com isso, a inflação acumula alta de 4,39% no ano e de 8,73% em 12 meses. Os dados foram divulgados na sexta-feira (9), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, disse que a desaceleração na deflação foi influenciada pela tarifa da energia elétrica e pelo preço dos combustíveis.
“Um dos fatores é a retração menos intensa da energia elétrica (-1,27%), que havia sido de 5,78% no mês anterior, em consequência da redução das alíquotas de ICMS. Também houve aceleração de alguns grupos, como saúde e cuidados pessoais (1,31%) e vestuário (1,69%), e a queda menos forte do grupo de transportes em agosto”, argumentou.
Ele lembra que, em julho, o preço da gasolina caiu 15,48% e, em agosto, a retração foi de 11,64%. Com isso, o grupo dos transportes registrou -3,37%, com a queda de 10,82% nos preços dos combustíveis. No mês, o gás veicular caiu 2,12%, o óleo diesel retraiu 3,76% e o etanol ficou 8,67% mais barato.
Segundo o IBGE, as passagens aéreas caíram 12,07% em agosto, após quatro meses consecutivos de alta, influenciadas pela sazonalidade das férias de julho que geram aumento da demanda, bem como as altas anteriores que elevaram a base de comparação. Além disso, houve redução do querosene de aviação no período.
O grupo comunicação teve queda de 1,10%, com a redução de 6,71% nos planos de telefonia fixa e de 2,67% em telefonia móvel.
O grupo habitação subiu 0,10% em agosto. O segmento de saúde e cuidados pessoais teve alta de 1,31%, com as elevações de 2,71% no item higiene pessoal e de 1,13% no plano de saúde. O grupo vestuário teve a maior variação no mês: 1,69%. As principais influências foram roupas femininas (1,92%), masculinas (1,84%) e calçados e acessórios (1,77%).
O grupo alimentação e bebidas subiu 0,24%, após a alta de 1,30% de julho. Ficaram mais caros o frango em pedaços (2,87%), queijo (2,58%) e frutas (1,35%). Foram verificadas quedas no preço do tomate (-11,25%), da batata-inglesa (-10,07%) e do óleo de soja (-5,56%).
Kislanov destacou, também, a queda de 1,78% no leite longa vida, com a proximidade do fim da entressafra. “Nos últimos meses, os preços do leite subiram muito. Como estamos chegando ao fim do período de entressafra, que deve seguir até setembro ou outubro, isso pode melhorar a situação. Mas, no mês anterior, a alta do leite foi de 25,46%, ou seja, os preços caíram em agosto, mas ainda seguem altos”, explicou.
O levantamento do IBGE aponta que a alimentação fora do domicílio ficou 0,89% mais cara em agosto, com a refeição acelerando de 0,53% em julho para 0,84% e o lanche desacelerando de 1,32% para 0,86% no período.
A queda no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de 0,31% em agosto, desacelerando com relação à deflação apurada em julho, de 0,60%. Com isso, o índice acumula alta de 4,65% no ano e de 8,83% nos últimos 12 meses.
Os produtos alimentícios passaram de 1,31% em julho para 0,26% em agosto. Já os não alimentícios foram uma queda de 1,21% em julho para retração de 0,50% em agosto.
A inflação medida pelo INPC se refere às famílias com rendimento de um a cinco salários mínimos.
Em agosto, porcentual de lares com dívidas atingiu 76,6%
SÃO PAULO/SP - O endividamento das famílias paulistanas segue crescendo. Em agosto, a porcentagem de lares com dívidas marcou um novo recorde para a série histórica da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC). O levantamento, realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), indica que o porcentual chegou a 76,6%. Há um ano, esta parcela era de 67,2%. Em números absolutos, são 3,08 milhões de famílias com algum tipo de dívida (400 mil a mais, no contraponto anual).
A maior parcela das dívidas, mais uma vez, está concentrada no cartão de crédito (83,1%), seguido pelo carnê (16,5%) e pelo crédito pessoal (12,3%). Embora menor em relação aos demais, este último atingiu o maior patamar em quatro anos. A elevação indica que os consumidores estão buscando a modalidade para pagar compromissos do cotidiano, evitando um crédito mais caro (como o cheque especial), ou até mesmo porque já ultrapassaram o limite do cartão.
Acompanhado o endividamento, a inadimplência voltou a subir, atingindo 24% dos lares. O motivo, em ambos os casos, é a inflação elevada, que atrapalha os ganhos conquistados com a melhoria do mercado de trabalho. Em agosto de 2021, o porcentual de famílias inadimplentes era de 18,8%. Atualmente, 965 mil estão com as contas em atraso – 215 mil a mais, em comparação ao mesmo período do ano passado. O número dos lares que afirmam que não conseguirão pagar as dívidas em atraso ficou tecnicamente estável (8,6%).
Quanto às faixas de renda, a pesquisa demonstra que houve recorde de endividamento em ambas. Os porcentuais foram de 78,8%, para as famílias que ganham até dez salários mínimos, e de 70,2%, para as que recebem acima desse valor. Em relação à inadimplência, ambas subiram no mês, mas aqui a diferença é mais significativa: de 28,7%, para o primeiro grupo, e de 11,7%, para o segundo.
Com mais condições de quitar os compromissos assumidos, os lares com maiores rendimentos também estão mais propensos a consumir. A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) – outro indicador da FecomercioSP – cresceu 2,8% para o grupo com mais de dez salários mínimos, ao passo que o grupo que recebe menos recuou 1,1%. O índice apontou 76,9 pontos, para o primeiro caso, e 96,4, para o segundo.
Desconsiderando o recorte por renda, o ICF se manteve estável: 81,9 pontos, crescendo 18,7% no contraponto anual. Já o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) avançou 1,1%, atingindo 106,8 pontos.
Para a FecomercioSP, os dados revelam um cenário bastante desafiador para as famílias (sobretudo as de renda mais baixa). Entretanto, a tendência é de inflação mais moderada até o fim do ano, ao mesmo tempo que o mercado de trabalho deve se manter aquecido (o que leva à expectativa de aumento do poder de compra dos consumidores).
Ainda assim, com os altos níveis de endividamento e inadimplência, os ganhos iniciais serão destinados ao equilíbrio das contas e, posteriormente, ao consumo. Desta forma, a expectativa é de melhora nos números da PEIC até dezembro (não necessariamente na redução do endividamento, mas no recuo da inadimplência, o que é importante para reduzir o gasto com juros e para ajudar no ritmo de vendas no comércio).
Notas metodológicas
PEIC
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) é apurada mensalmente pela FecomercioSP desde fevereiro de 2004. São entrevistados aproximadamente 2,2 mil consumidores na capital paulista. Em 2010, houve uma reestruturação do questionário para compor a pesquisa nacional da Confederação Nacional do Comércio (CNC), e, por isso, a atual série deve ser comparada a partir de 2010.O objetivo da PEIC é diagnosticar os níveis tanto de endividamento quanto de inadimplência do consumidor. O endividamento é quando a família possui alguma dívida. Inadimplência é quando a dívida está em atraso. A pesquisa permite o acompanhamento dos principais tipos de dívida, do nível de comprometimento do comprador com as despesas e da percepção deste em relação à capacidade de pagamento, fatores fundamentais para o processo de decisão dos empresários do comércio e demais agentes econômicos, além de ter o detalhamento das informações por faixa de renda de dois grupos: renda inferior e acima dos dez salários mínimos.
ICF
O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é apurado mensalmente
pela FecomercioSP desde janeiro de 2010, com dados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O ICF é composto por sete itens: Emprego Atual; Perspectiva Profissional; Renda Atual; Acesso ao Crédito; Nível de Consumo; Perspectiva de Consumo e Momento para Duráveis. O índice vai de zero a 200 pontos, no qual abaixo de cem pontos é considerado insatisfatório, e acima de cem pontos, satisfatório. O objetivo da pesquisa é ser um indicador antecedente de vendas do comércio, tornando possível, a partir do ponto de vista dos consumidores e não por uso de modelos econométricos, ser uma ferramenta poderosa para o varejo, para os fabricantes, para as consultorias, assim como para as instituições financeiras.
ICC
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. Os dados são coletados com aproximadamente 2,1 mil consumidores no município de São Paulo. O objetivo é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura. Esses dados são segmentados por nível de renda, sexo e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, se apresenta como: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas.
SÃO CARLOS/SP - O Departamento de Fiscalização da Secretaria Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano e a Fiscalização Tributária da Secretaria Municipal de Fazenda, com apoio da Guarda Municipal, realizaram na manhã desta quinta-feira (08/09), uma operação para orientar os comerciantes sobre a documentação pertinente ao devido funcionamento e coibir ilícitos penais, civis e administrativos nos comércios localizados no Mercado Municipal.
Os guardas municipais e os fiscais de posturas do Departamento de Fiscalização e da Fiscalização Tributária realizaram vistorias em 30 estabelecimentos. Um estabelecimento com CNPJ de outro município foi interditado por não possuir o devido Alvará de Licença e 23 estabelecimentos foram notificados a regularizar o Alvará de Licença para o devido funcionamento.
Os fiscais tributários verificaram as inscrições municipais da atividade de prestação de serviços para verificar se os mesmos estão emitindo e cumprindo a obrigação principal de recolhimento de ISS e obrigação acessória de emissão de notas fiscais conforme estipulado no Código Tributário Municipal e Código Tributário Nacional.
O diretor de Fiscalização, Rodolfo Tibério Penela, disse que a operação tem como objetivo orientar os comerciantes a cumprirem o estipulado na legislação tributária e de posturas em vigência.
O resultado da operação foi o seguinte: 30 estabelecimentos vistoriados, 23 notificados a regularizar o Alvará de Licença e 1 interditado por não possuir o devido Alvará de Licença.
BRASÍLIA/DF - O valor da cesta básica caiu em agosto em 16 das 17 capitais analisadas pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, calculada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Belém foi a única capital onde o preço da cesta subiu (0,27%).
A queda mais expressiva no valor da cesta básica ocorreu no Recife (-3%), seguida por Fortaleza (-2,26%), Belo Horizonte (-2,13%) e Brasília (-2,08%).
Em agosto, a cesta mais cara do país era a de São Paulo, onde o custo médio dos alimentos básicos foi estimado em R$ 749,78. Na sequência, estavam as cestas de Porto Alegre (R$ 748,06), Florianópolis (R$ 746,21) e Rio de Janeiro (R$ 717,82). A cesta mais barata foi a de Aracaju, onde o preço médio encontrado foi de R$ 539,57.
Na comparação anual, entre agosto de 2022 e o mesmo mês de 2021, houve alta de preço em todas as capitais pesquisadas. A maior variação foi encontrada no Recife (21,71%) e a menor, em Porto Alegre (12,55%).
Com base na cesta mais cara do país, a de São Paulo, o Dieese calculou que o salário mínimo ideal, necessário para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, seria de R$ 6.298,91 no mês de agosto, um valor 5,2 vezes superior ao do salário mínimo vigente atualmente no país, de R$ 1.212.
SÃO CARLOS/SP - Uma ocorrência contra a fé pública foi registrado na tarde de ontem, 06, na Rua Orlando de Oliveira - Jardim Embaré, em São Carlos.
Segundo consta, a Polícia Militar recebeu informações de que no endereço citado havia uma motocicleta placa OQE-2E87, furtada na cidade de Rio Claro/SP.
Equipe de Força Tática foi averiguar e no local, os Militares conseguiram ver o veículo no interior do imóvel. O responsável pelo barracão foi questionado sobre a moto que informou ter comprado pelo valor de R$ 15.000,00 em notas falsas bem como o veículo FLW-7H898 uma Yamaha J6 produto de roubo.
Ao vistoriar o interior do imóvel foi localizado em um dos quartos uma grande quantidade de notas falsas bem como todos os petrechos para a falsificação.
Diante dos fatos foi dado voz de prisão ao indiciado e os dados apresentados na Delegacia da Polícia Federal de Araraquara, onde o delegado ratificou a voz de prisão.
Apreendido:
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