UCRÂNIA - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, disse que um acordo de cessar-fogo com a Rússia sem a retomada de territórios perdidos apenas prolongará a guerra, de acordo com uma entrevista para o Wall Street Journal na sexta-feira (22).
O líder alertou que um acordo que permita que a Rússia mantenha territórios ucranianos tomados desde a invasão em fevereiro vai apenas incentivar um conflito ainda maior, dando a Moscou uma oportunidade de se reabastecer e se armar para o próximo assalto.
Zelenskiy também falou sobre os sistemas de foguetes de artilharia de alta mobilidade (HIMARS), dizendo que "o fornecimento de Himars pelo Ocidente, embora façam uma grande diferença material, é muito menos do que a Ucrânia precisa para virar o jogo."
"O congelamento do conflito com a Federação Russa significa uma pausa que dá à Rússia uma pausa para o descanso", reportou o Wall Street Journal, citando comentários de Zelenskiy.
Ele disse que "a sociedade acredita que todos os territórios precisam ser liberados primeiro, e depois podemos negociar sobre o que fazer e como podemos viver nos próximos séculos."
"Uma necessidade mais urgente é pelos sistemas de defesa antiaérea, que podem prevenir que os mísseis de longo-alcance chovam em cidades que eram pacíficas e estão a centenas de milhas das linhas de frente", acrescentou Zelenskiy.
Em referência ao acordo assinado com a Rússia para reabrir as exportações de grãos, Zelenskiy disse que "as concessões diplomáticas a Moscou podem estabilizar de certa forma os mercados, mas apenas oferecem uma trégua temporária, e um bumerangue no futuro."
UCRÂNIA - O exército russo bombardeou nas últimas horas a região de Odessa, no oeste da Ucrânia, e a região de Dnipropetrovsk, no centro do país, onde destruiu infraestrutura e causou pelo menos seis feridos.
"De madrugada, as forças russas atacaram a região de Odessa mais uma vez, disparando sete mísseis do tipo Kalibr simultaneamente", avançou a agência Ukrinform, citando o Comando Operacional Sul da Ucrânia.
Os mísseis foram disparados a partir do Mar Negro, com um deles abatido pelas forças de defesa aérea, e os outros seis a atingir uma aldeia.
O ataque destruiu três casas e outros dois edifícios públicos, na sequência de um incêndio causado pelo bombardeamento. Outras propriedades particulares, carros, uma escola e um centro cultural foram também danificados, acrescentou o comando.
Seis pessoas ficaram feridas, incluindo uma criança, e o fogo consumiu uma área de cerca de 300 metros quadrados, embora tenha sido rapidamente extinto, referiu o relatório.
A capital da região de Odessa tem o único acesso para o Mar Negro que os ucranianos ainda controlam.
Na região de Dnipropetrovsk, no centro do país, também foi vivida uma "noite de ansiedade e bombardeio", segundo autoridades regionais.
"Tropas russas incendiaram os distritos de Nikopol e Kryvorizky. Cerca de 40 foguetes foram disparados contra Nikopol. Duas empresas industriais foram destruídas. As explosões também causaram vários incêndios", disseram as autoridades regionais na plataforma de mensagens Telegram.
Embora não tenha havido vítimas, várias casas particulares e linhas de energia ficaram danificadas na cidade.
"No distrito de Kryvorizka, o inimigo atingiu a comunidade de Zelenodol com artilharia. Felizmente, não houve vítimas. Outras áreas da região estão calmas no momento", acrescentaram as autoridades.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de cinco mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar russa causou a fuga de mais de 16 milhões de pessoas, das quais mais de 5,7 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
Também segundo as Nações Unidas, 15,7 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Lusa
UCRÂNIA - Pelo menos seis pessoas morreram na sequência de um bombardeamento russo contra Toretsk, cidade da região do Donbas, leste da Ucrânia, disseram hoje os Serviços de Emergência ucranianos.
"Um edifício foi destruído por um obus em Torestsk, que foi bombardeada de manhã. Os socorristas recuperaram cinco corpos. Três pessoas foram resgatadas dos escombros e uma morreu no hospital", de acordo com um comunicado das autoridades ucranianas divulgado através da plataforma digital Facebook.
O comunicado é acompanhado de imagens de escombros e acrescenta que a operação de resgate já terminou.
Além de Donbas, onde se concentra a ofensiva russa, os bombardeamentos das forças da Rússia atingiram Mikolaiv (sul da Ucrânia) assim como as regiões de Kharkiv (nordeste) e de Dnipropetrovsk (centro leste).
"Mykolaiv foi submetida a disparos massivos de foguetes de artilharia durante a noite de domingo. Um concessionário de automóveis e um centro de vendas de máquinas agrícolas foram atingidos. Os ataques não fizeram vítimas, de acordo com as primeiras informações", disse o governador da região, Vitali Kim, através do sistema de mensagens Telegram.
Nas últimas 24 horas, duas pessoas morreram durante os bombardeamentos russos contra a região de Kharkiv, de acordo com o governador da região, Oleg Sinegoubov.
Na região de Dnipropetrovsk, o "inimigo (forças da Rússia) bombardeou Nikopol várias vezes durante a noite", indica o relatório diário da Presidência da Ucrânia.
"Uma pessoa ficou ferida e foi transportada para o hospital. Cerca de dez edifícios foram destruídos, um hospital, duas fábricas e zonas do porto foram atingidas", refere o mesmo relatório do gabinete do chefe de Estado, Volodymir Zelensky.
Lusa
UCRÂNIA - O britânico Paul Urey, que foi capturado e detido como mercenário em abril por forças pró-Rússia no leste da Ucrânia, morreu em 10 de julho, anunciaram hoje as autoridades separatistas.
"Apesar da gravidade dos (seus) crimes, Paul Urey estava a receber assistência médica adequada. Apesar disso, diante do seu diagnóstico e do 'stress', morreu em 10 de julho", disse a responsável pelos direitos dos separatistas na de Donetsk, Daria Morozova, na rede social Telegram.
Daria Morozova afirmou que Paul Urey era um mercenário e não um trabalhador humanitário, como argumentam a sua familia e empregador.
Uma organização sem fins lucrativos com sede no Reino Unido, Presidium Network, anunciou em 29 de abril que dois trabalhadores humanitários, Paul Urey e Dylan Healy, haviam sido capturados pelo Exército russo.
A mãe de Urey indicou que o seu filho estava numa missão humanitária, que sofria de diabetes e precisava de insulina.
Natural de Manchester, no norte da Inglaterra, Paul Urey é apresentado pela Presidium Network como um homem de família que não serviu no Exército mas passou oito anos no Afeganistão como empresário, enquanto Dylan Healy trabalhou numa cadeia de hotéis no Reino Unido.
Morozova disse hoje na sua publicação que as autoridades britânicas sabiam que Urey estava detido pelas forças armadas de Donetsk, mas que não fizeram nada pelo cidadão do Reino Unido.
Daria Morozova acusa Urey de ter "dirigido operações militares, recrutado e treinado mercenários para bandos armados ucranianos".
Segundo a responsável separatista, Urey sofria de diabetes, problemas renais, respiratórios e cardíacos, além de sofrimento psíquico.
O mesmo território separatista de Donetsk, cuja independência Moscovo reconheceu pouco antes de seu ataque de 24 de fevereiro à Ucrânia, condenou dois outros britânicos e um marroquino à pena de morte por serem mercenários.
No Telegram, Morozova não disse nada sobre Dylan Healy, que foi capturado junto com Paul Urey, de acordo com a Presidium Network.
Por: LUSA
UCRÂNIA - A Rússia reagiu a um ataque ucraniano e bombardeou a cidade de Bakhmut na noite de quarta-feira (13) e a manhã desta quinta-feira (14). As informações são do jornal O Globo e do jornal The Guardian.
O ataque russo seria uma represália aos ucranianos, que usaram o sistema de mísseis Himars, fornecido pelos Estados Unidos, em um local de defesa aérea russo, na cidade de Luhansk.
De acordo com Pavlo Kyrylenko, governador de Donetsk, uma pessoa e cinco ficaram feridas após os ataques. A cidade é considerada o centro administrativo da região de Donbas.
Nas redes sociais, o político afirmou que os russos estavam “constantemente bombardeando todo o território livre da região de Donetsk”.
O ataque a Luhansk, comandada por separatistas apoiados pela Rússia, foi confirmado por autoridades da cidade nesta quarta-feira.
KIEV - A Ucrânia lançou ataques com foguetes de longo alcance contra forças russas no sul do país e destruiu um depósito de munição, disseram os militares ucranianos, enquanto a Rússia continuava a atacar o leste do país.
O ataque a Nova Kakhovka, na região de Kherson, matou 52 pessoas, disseram militares da Ucrânia na terça-feira. As autoridades da cidade instaladas pela Rússia disseram que pelo menos sete pessoas foram mortas e cerca de 70 ficaram feridas, informou a agência de notícias russa Tass.
O ataque ocorreu depois que Washington forneceu à Ucrânia sistemas avançados de artilharia móvel Himars, que Kiev diz que suas forças estão usando com eficiência crescente.
A Reuters não pôde verificar independentemente os relatos do campo de batalha.
"Com base nos resultados de nossas unidades de foguetes e artilharia, o inimigo perdeu 52 (pessoas), um obus Msta-B, um morteiro e sete veículos blindados, bem como um depósito de munição em Nova Kakhovka", afirmou o comando militar do sul da Ucrânia em comunicado.
Autoridades pró-Rússia disseram que o ataque matou civis.
A área é de importância estratégica por causa de seu acesso ao Mar Negro, um setor agrícola antes próspero e localização ao norte da Crimeia, anexada à Rússia.
Vídeos não verificados postados nas mídias sociais mostraram uma imensa bola de fogo em erupção no céu noturno. Imagens divulgadas pela mídia estatal russa mostraram um terreno baldio coberto de escombros e restos de edifícios.
"Ainda há muitas pessoas sob os escombros. Os feridos estão sendo levados para o hospital, mas muitas pessoas estão sitiadas em seus apartamentos e casas", disse Vladimir Leontyev, chefe da administração civil-militar do distrito de Kakhovka, instalada pela Rússia, segundo a Tass.
Ele afirmou que depósitos, lojas, uma farmácia, postos de gasolina e uma igreja foram atingidos.
O Ministério da Defesa ucraniano não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre o tipo de arma usada.
A Rússia continuou a atacar o leste da Ucrânia em um esforço para ganhar o controle da província de Donetsk e toda a região industrial de Donbas. No início deste mês, Moscou capturou a província de Luhansk, que compõe o resto de Donbas.
A Rússia diz querer arrancar Donbas da Ucrânia em nome dos separatistas apoiados por Moscou em duas autoproclamadas Repúblicas populares cuja independência reconheceu às vésperas da guerra.
A Ucrânia está se preparando para o que espera ser uma nova e grande ofensiva russa no leste.
Por Tom Balmforth e Pavel Polityuk / REUTERS
RÚSSIA - Relatório britânico detalha que a escassez de pessoal das forças armadas russas pode estar a forçar Moscovo a recorrer a pessoal de prisões russas para o grupo Wagner - empresa considerada com ligações ao presidente russo Vladimir Putin.
As tropas russas continuam a fazer pequenos ganhos territoriais em Donetsk depois de alegarem ter tomado o controle da cidade de Hryhorivka.
Segundo o Ministério da Defesa do Reino Unido, as forças russas mantêm o ataque ao longo da principal rota de abastecimento do E-40 (hidrovia E-40 é uma rota de transporte navegável que liga o Mar Báltico e o Mar Negro) em direção às cidades de Slovyansk e Kramatorsk.
O relatório de inteligência britânico aponta ainda que os russos poderão estar a reagrupar e a construir novas ofensivas para um futuro próximo. O documento detalha ainda que a escassez de pessoal das forças armadas russas pode estar a forçar Moscovo a recorrer ao recrutamento não tradicional, onde se inclui pessoal de prisões russas para o grupo Wagner, uma empresa paramilitar com alegadas ligações ao presidente russo Vladimir Putin.
“Se for verdade, este movimento provavelmente indica dificuldades em substituir o número significativo de baixas russas”, aponta o Ministério da Defesa do Reino Unido.
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 12 July 2022
— Ministry of Defence ?? (@DefenceHQ) July 12, 2022
Find out more about the UK government's response: https://t.co/vzAuk7j6hs
?? #StandWithUkraine ?? pic.twitter.com/KhsMlL4GW0
O grupo russo Wagner, que é financiado por Yevgeny Prigozhin, um amigo de Putin, tem mais de 2.000 homens na RCA, divididos entre Bangui, Berengo e a parte interior do país. Segundo a revista African Report, muitos dos mercenários experientes da Wagner começaram as suas 'carreiras' no Donbass, Ucrânia.
O líder operacional do grupo e número dois do Prigozhin, Dmitry Utkin, lutou no Donbass. Este autoproclamado neonazi terá comandado unidades mercenárias, em finais de 2014 e princípios de 2015, sob a bandeira do 'Corpo Eslavo', o antecessor não oficial da Wagner.
Refira-se que a generalidade da comunidade internacional condenou a Rússia por ter iniciado a guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 139.º dia.
A União Europeia e vários países ocidentais têm decretado sucessivos pacotes de sanções contra a Rússia e fornecido armas à Ucrânia.
Desconhece-se o número exato de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm alertado que será consideravelmente elevado.
Segundo o Estado-Maior da Ucrânia, é esperada uma intensificação das hostilidades em breve.
UCRÂNIA - A Rússia voltou a 'abrir fogo' contra a segunda maior cidade ucraniana, Kharkiv, bem como sobre outras cidades no leste do país, depois de terem sido confirmadas 18 mortes na sequência de um ataque sobre um bloco residencial em Chasiv Yar, segundo avançado esta segunda-feira pelas autoridades ucranianas.
Um edifício de apartamentos foi atingido por um míssil durante esta noite em Kharkiv, de acordo com as autoridades locais, aqui citadas pela Reuters. Segundo a informação avançada na rede social Telegram por Oleh Synyehubov, governador de Kharkiv, três pessoas morreram e outras 28 (incluindo um adolescente de 16 anos) ficaram feridas na sequência deste ataque.
O Estado-Maior da Ucrânia acrescentou ainda que as forças russas tinham lançado uma onda de bombardeamentos no leste do país, numa altura em que Moscovo procura assumir o controlo do Donbass. A mesma fonte destacou que essas iniciativas anunciam uma futura intensificação das hostilidades.
Estas informações surgem depois de terem sido confirmadas já 18 mortes na sequência de um ataque, no sábado à noite, sobre um bloco residencial em Chasiv Yar, de acordo com os serviços de emergência locais. As estimativas apontam para que cerca de duas dezenas de pessoas estejam ainda presas nos escombros.
O chefe de gabinete presidencial de Volodymyr Zelensky, Andriy Yermak, considerou que esse incidente foi "outro ataque terrorista" e que a Rússia deveria ser designada como patrocinador estatal do terrorismo.
Tudo isto acontece após o Kremlin ter declarado 'vitória' em Lugansk, estando agora as suas tropas focadas em conquistar a região vizinha, Donetsk. O objetivo, segundo prometido pelo presidente Vladimir Putin, passa por entregar o controlo do Donbass aos separatistas pró-russos que declararam a independência face a Kyiv.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro e, desde então, tem vindo a designar o conflito de "operação militar especial" para desmilitarizar a Ucrânia e "livrá-la" dos nacionalistas.
Aquele que é visto como o maior conflito na Europa desde a Segunda Guerra Mundial já matou mais de quatro mil civis, de acordo com os dados da Organização das Nações Unidas (ONU), e causou uma enorme destruição em várias partes do país. Mais de 5,5 milhões de ucranianos foram, consequentemente, obrigados a abandonar o país.
KIEV - Forças ucranianas hastearam nesta quinta-feira sua bandeira nacional em uma ilha do Mar Negro recapturada, em um símbolo de desafio contra Moscou, mas forças russas consolidaram ganhos no leste da Ucrânia e sondaram as defesas de potenciais novos alvos.
Moscou respondeu rapidamente à cerimônia de hasteamento da bandeira. Disse que um de seus aviões de guerra atingiu a Ilha da Serpente pouco depois e destruiu parte do destacamento ucraniano lá.
A pequena ilha, localizada a cerca de 140 km ao sul da cidade portuária ucraniana de Odessa, é estrategicamente importante, pois protege as rotas marítimas. A Rússia a abandonou no final de junho no que disse ter sido um gesto de boa vontade --uma vitória para a Ucrânia que Kiev espera que possa afrouxar o bloqueio de Moscou aos portos ucranianos.
Imagens divulgadas pelo Ministério do Interior da Ucrânia na quinta-feira mostraram três soldados ucranianos levantando a bandeira nacional azul e amarela em um pedaço de terra na Ilha da Serpente, próximo aos restos de um prédio destruído.
"Glória aos soldados ucranianos", afirmou o ministério no Twitter.
Andriy Yermak, chefe de gabinete do presidente ucraniano, sugeriu que o momento seria repetido em toda a Ucrânia nos próximos meses.
"A bandeira da Ucrânia está na Ilha da Serpente. À nossa frente estão muitos outros vídeos de cidades ucranianas que estão atualmente sob ocupação temporária", escreveu ele no Telegram.
O ataque de mísseis da Rússia aos novos moradores da ilha causou danos significativos ao seu cais, disse o porta-voz da administração regional de Odessa, Serhiy Bratchuk.
Bratchuk disse que mais dois mísseis russos atingiram e destruíram dois depósitos de grãos em sua região contendo 35 toneladas de grãos.
Em Moscou, o Ministério da Defesa russo afirmou que várias tropas ucranianas desembarcaram na ilha antes do amanhecer e tiraram fotos com a bandeira.
"Uma aeronave das Forças Aeroespaciais Russas lançou imediatamente um ataque com mísseis de alta precisão na Ilha da Serpente, e como resultado disso parte do pessoal militar ucraniano foi destruído", disse o porta-voz do ministério, Igor Konashenkov.
Enquanto isso, as forças russas no leste da Ucrânia mantiveram a pressão sobre as tropas ucranianas que tentavam manter a linha ao longo da fronteira norte da região de Donetsk, em preparação para uma nova ofensiva mais ampla contra elas.
Depois de tomar a cidade de Lysychansk no domingo e efetivamente consolidar seu controle total da região ucraniana de Luhansk, Moscou deixou claro que planeja capturar partes da região vizinha de Donetsk que ainda não conquistou. Kiev ainda controla algumas grandes cidades.
Por Max Hunder / REUTERS
KIEV - A Ucrânia até agora frustrou uma tentativa de avanço russo para o norte de sua região de Donetsk, mas a cidade de Sloviansk e outras áreas civis estão sendo fortemente bombardeadas, disseram autoridades ucranianas nesta quarta-feira.
A Rússia aumentou seu foco em Donetsk, onde a parte sul já é controlada por ela e seus representantes, depois de concluir a captura da região vizinha de Luhansk no domingo com a tomada de Lysychansk, que agora está em ruínas.
Moscou diz que expulsar totalmente os militares ucranianos de ambas as regiões é fundamental para o que chama de "operação militar especial" para garantir sua própria segurança, uma ofensiva de quatro meses que o Ocidente classifica de guerra de agressão não provocada.
Donetsk e Luhansk formam Donbas, a parte industrializada do leste da Ucrânia que vive a maior batalha na Europa em gerações e que a Rússia quer tomar o controle em nome dos separatistas apoiados por Moscou em duas autoproclamadas repúblicas populares.
Autoridades ucranianas disseram que fortes combates estavam ocorrendo enquanto as forças russas tentavam avançar de Luhansk para a região de Donetsk e para a cidade de Sloviansk.
"Estamos segurando o inimigo na fronteira da região de Luhansk e da região de Donetsk", afirmou o governador de Luhansk, Serhiy Gaidai, à televisão ucraniana.
Ele disse que o Exército regular russo e as forças de reserva foram enviados para lá em um aparente esforço para cruzar o rio Siverskiy Donets e que dois pequenos assentamentos dentro das fronteiras de Luhansk foram palco de combates ferozes.
"A região de Luhansk ainda está lutando. Quase todo o território foi capturado, mas em dois assentamentos os combates estão em andamento", declarou ele em uma entrevista em vídeo.
Gaidai e outras autoridades ucranianas disseram que as forças russas estão atacando alvos na região de Donetsk com artilharia.
Vadym Lyakh, prefeito de Sloviansk, contou em um vídeo na quarta-feira que a cidade foi bombardeada nas últimas duas semanas.
"A situação é tensa", disse ele, falando um dia depois que autoridades locais disseram que forças russas atacaram um mercado e uma área residencial em Sloviansk e mataram pelo menos duas pessoas.
A Rússia diz que não tem civis como alvo.
Lyakh afirmou que 17 moradores foram mortos e 67 ficaram feridos desde que o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou que suas tropas entrassem na Ucrânia em 24 de fevereiro.
Por Pavel Polityuk e Max Hunder / REUTERS
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