Inscrições para o próximo bloco acontecem entre os dias 19 e 28 de outubro
SÃO CARLOS/SP - O Núcleo Ouroboros de Divulgação Científica, um projeto de extensão do Departamento de Química (DQ) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), realiza até dezembro uma série de oficinas teatrais online abertas para as comunidades interna e externa à Universidade.
"Diante da atual situação da Covid-19, muitas atividades artísticas precisaram ser repensadas para alcançar o público e não deixar a população carente de cultura. Pensando nisso, criamos a modalidade das oficinas a distância, com o objetivo de continuar levando arte, ciência e inclusão, para todos, mesmo em meio a uma pandemia", explica Karina Lupetti, coordenadora da iniciativa.
Para o projeto, foram programados três blocos de atividades, com seis horas cada, e horários de acordo com a idade dos participantes: o grupo 1, de 7 a 12 anos, com aulas às segundas-feiras, das 16 às 18 horas; e o grupo 2, a partir dos 13 anos, com aulas às quartas, das 18 às 20 horas. Para cada grupo, são ofertadas 15 vagas.
As pessoas interessadas podem escolher entre os dois blocos restantes, já que o primeiro está sendo realizado neste mês de outubro: o bloco 2, com inscrições abertas de 19 a 28 de outubro, e aulas em novembro; e o terceiro bloco, cujas aulas acontecem principalmente em dezembro, com inscrições entre os dias 16 e 25 de novembro.
Os temas abordados são: "Jogos teatrais em diversos espaços formais e não-formais"; "Teatro e comunicação: Ciência, arte e inclusão em palco"; e "Processo criativo: Como criar seu espetáculo on line?". As oficinas são ministradas por Lupetti, doutora em Química e divulgadora científica; Tiago Botassin, técnico em Artes Dramáticas e educador; e Isabella Rios, licencianda em Química e bolsista do projeto.
A iniciativa tem parceria com o Núcleo de Formação de Professores (NPF) da UFSCar. Mais informações e os links para as inscrições podem ser obtidos neste documento (https://bit.ly/33OvBf2).
Evento tem atividades para todas as idades, de 17 a 23 de outubro
SÃO CARLOS/SP - De 17 a 23 de outubro, acontece em todo o Brasil a 17ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, com o tema "Inteligência Artificial: a nova fronteira da Ciência Brasileira". A iniciativa, coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), visa promover a cultura científica junto a públicos variados. A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) preparou uma programação intensa e variada para o período, com ações que vão de palestras e minicursos a oficinas de culinária molecular, compreendendo atividades para pessoas de todas as idades.
Dentre os assuntos que serão abordados nos minicursos, palestras, mesas-redondas e seminários estão, além do tema principal da Semana - a Inteligência Artificial -, a riqueza e o potencial escondido em diferentes biomas brasileiros, como o Cerrado, dentre outros; novos materiais para diferentes aplicações; relações entre Tecnologia e Cultura; Biotecnologia; Genética; e outras áreas do conhecimento.
Na programação também está edição online do tradicional Circo da Ciência, com desafios e outras atividades voltadas para estudantes dos ensinos Fundamental e Médio, organizadas pelos grupos PET (do Programa de Educação Tutorial) das áreas de Química, Física, Matemática e Biologia. O Núcleo Ouroboros de Divulgação Científica promove apresentações teatrais, oficinas, concurso de vídeos e contação de histórias.
A programação completa está disponível no site do evento, em https://snct17.faiufscar.com, onde é possível realizar inscrições nas atividades, até o dia 14 de outubro. A página também traz uma seleção de materiais audiovisuais voltadas à disseminação do conhecimento, como a produção do Laboratório Aberto de Interatividade para a Disseminação do Conhecimento Científico e Tecnológico (LAbI) relacionada à Covid-19; vídeos de divulgação dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) e Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) sediados na UFSCar e matérias produzidas pela TV UFSCar.
A organização da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia na UFSCar é da Pró-Reitoria de Pesquisa (ProPq), com apoio da Fundação de Apoio Institucional ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FAI) e da Secretaria Geral de Relações Internacionais (SRInter) da Universidade. A programação nacional da Semana pode ser consultada em https://snct.mcti.gov.br/.
Evento online terá diálogos sobre Inteligência Artificial a partir da Informação, Inovação e Sociedade
SÃO CARLOS/SP - No dia 19 de outubro, acontece o II Seminário Informação, Inovação e Sociedade (SIIS) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que neste ano será realizado online, em consonância com a 17ª Semana Nacional da Ciência e Tecnologia, promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
Com o tema "Inteligência Artificial: diálogos a partir da Informação, Inovação e Sociedade", o SIIS se configura como espaço de divulgação e de articulação da produção científica no que diz respeito ao conhecimento, à tecnologia e à inovação em âmbito nacional e internacional, a partir do olhar das áreas de Ciência da Informação (CI) e Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS), como um amplo campo de estudo das relações entre a informação e os aspectos evolutivos da tecnologia, na promoção da inovação e seu impacto nos diversos segmentos da sociedade contemporânea.
Ao longo do dia, o Seminário terá três palestras. A primeira, intitulada "Qual o impacto da Inteligência Artificial e dos dados (abertos e conectados) na Educação?", ocorre a partir das 10 horas e será ministrada por Seiji Isotani, Professor Titular na área de Computação e Tecnologias Educacionais junto ao Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP).
Às 15 horas, a palestra "Por que não dá para deixar tudo nas mãos dos algoritmos?" terá a participação de Chico Camargo, pós-doutorando em Ciência de Dados na Universidade de Oxford, do Reino Unido. Em seguida, às 17 horas, Dalton Lopes Martins, docente da Faculdade de Ciência da Informação (FCI) na Universidade de Brasília (UnB), falará sobre "A qualidade dos dados em tempos de Inteligência Artificial e Big Data". A apresentação dos trabalhos aprovados acontecerá às 14 horas e às 16 horas.
O SIIS é gratuito, aberto às pessoas interessadas e será transmitido por meio do canal no YouTube (https://bit.ly/
Na publicação, pesquisador destaca a importância do Centro Cultural Quilombaque, no bairro de Perus da capital paulista
SÃO CARLOS/SP - Há uma absoluta necessidade de que o Centro Cultural Quilombaque, localizado na região periférica de Perus, na cidade de São Paulo, continue existindo. A afirmação é do professor Cesar Alves Ferragi, do Departamento de Geografia, Turismo e Humanidades (DGTH-So) do Campus Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e que está atuando na campanha de preservação do local. "O Quilombaque é um centro cultural, um local de resistência, que hoje está sendo ameaçado de despejo por conta da especulação imobiliária na região. Ele promove a transformação social desse bairro periférico por meio da consciência que a arte propõe", afirma.
"O Quilombaque é um suspiro no modo de vida das pessoas da região e sua extinção pode ser evitada", defende Ferragi, que esteve no local algumas vezes, com alunos da UFSCar e visitantes estrangeiros, em especial da Universidade Breda de Ciências Aplicadas, da Holanda, parceira da UFSCar.
Durante as visitas, professores, alunos e comunidade conversaram sobre o chamado Turismo de Resistência, termo cunhado por visitantes da Organização Mundial do Lazer que ali estiveram. "A capacidade - e a necessidade - de construir juntos é algo que tem dado o tom de inovação social do Quilombaque", afirma Ferragi. "As visitas ao Quilombaque foram uma experiência marcante a todos nós. Marcaram porque percebemos como as pessoas de Perus e região estão dando conta de lidar com os silenciamentos e distanciamentos simbólicos das periferias do Brasil. Principalmente em termos de sua relação com o território, com a terra, com a história do local e com a ancestralidade do povo que ali habita", relata.
Segundo ele, Perus foi um bairro famoso por conta da antiga fábrica de cimento, hoje desativada. "O vazio provocado pela entrada e saída de uma grande empresa, pareceu-nos simbolicamente uma experiência de desterritorialização das pessoas, que aparece muito no corpo, na dança, no grito do Quilombaque. Amanhã, caso o Quilombaque desapareça, as pessoas não terão mais o lugar que constela todas as suas relações de familiares, amigos... de comunidade. Como alguém que mora na Consolação, centro de São Paulo, percebi em Perus um grau de território, de relação com as trilhas, com a história, que hoje nos bairros centrais mal temos. Com a sua extinção, o que está em jogo é a imposição de um espaço confinado nessas vidas ali do entorno, um atestado claustrofóbico de um espaço que acabará virando doença, dor e impossibilidade", aponta o professor.
De acordo com ele, "a realidade periférica de Perus não fica atrás das demais tragédias comumente reportadas na mídia. Observamos habitações irregulares por todos os lados, esgotos a céu aberto e pouco verde nas ruas. Existe o tráfico, sim. Ao mesmo tempo observamos algumas hortas comunitárias, parques de skate... e uma grande árvore, gigantesca, plantada no Quilombaque. Isso para mim foi importante, ao ver como uma comunidade se ergue, orgânica, ampla e abrangente como uma árvore; como uma possibilidade de pulsão de vida, em contraponto às pulsões de morte. Ele representa um lugar para que narrativas próprias falem, para que pessoas da comunidade falem por elas próprias. Isso é inovação social, e faz bem".
Mesmo com todas as violências, o Quilombaque, conta Ferragi, vibra uma narrativa que não é contada, e que vai contra uma narrativa hegemônica de periferia como um lugar hostil, triste e perigoso. "É importante saber dessa narrativa, que é a vivida pelo Quilombaque. A força das pessoas que sustentam o Quilombaque é o que mais inspira. Força interior para retomar a vida exterior, uma vontade de fazer esforço na direção oposta daquilo que mingua suas potências. Os corpos que ali dançam e se expressam, na batida do Jongo, são resistências vivas em oposição aos corpos confinados em quartos escuros e sem janela", salienta o professor.
Publicação
A atuação de Ferragi junto ao Centro Cultural Quilombaque deu origem aos capítulo "Placemaking, Social Constructionism and Global South" (em Português, "Placemaking, Construcionismo Social e Sul Global"), publicado no "Manual SAGE de Práticas Construcionistas Sociais" ("The SAGE Handbook of Social Constructionist Practices"), da editora inglesa SAGE. O capítulo, em Inglês, tem a coautoria da professora Celiane Camargo-Borges, da Universidade Breda de Ciências Aplicadas, da Holanda, e descreve práticas de turismo de base comunitária em torno do Quilombaque.
Para saber mais sobre ao assunto, acesse o artigo publicado por Cesar Ferragi no Linkedin (https://bit.ly/3jOI9dj). Acompanhe as novidades sobre o Centro Cultural Quilombaque nas páginas do Facebook (facebook.com/quilombaque) e Instragram (instagram.com/quilombaque).
Com resultados inovadores, tese recebeu Prêmio Capes na área de Cîências Ambientais
SÃO CARLOS/SP - Como é possível fortalecer a representação e a participação dos segmentos sociais envolvidos nas decisões de gestão de recursos hídricos no Brasil? Essa foi uma das questões que norteou a tese de doutorado desenvolvida por Flávia Darre Barbosa junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCAm) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Com foco nos Comitês de Bacias Hidrográficas (CBHs), Barbosa identificou os principais desafios para propor uma nova abordagem do processo participativo na gestão da água e dos recursos hídricos no Brasil.
A relevância dos resultados fez com que a tese, realizada entre 2015 e 2019, recebesse da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) o Prêmio Capes de Teses - Edição 2020 na área de Ciências Ambientais. O trabalho foi orientado pelo professor Frederico Yuri Hanai, do Departamento de Ciências Ambientais (DCAm) da UFSCar, e coorientado pelo engenheiro Paulo Augusto Romera e Silva (in memorian), do Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo.
"O tema gestão de água e recursos hídricos, no Brasil e no mundo, requer muito cuidado, atenção e inovação, sobretudo com o avanço de impactos socioambientais significativos nessa área como, por exemplo, a escassez hídrica e a qualidade da água", defende a autora da tese premiada, que destacou o apoio e os ensinamentos de seus orientadores, imprescindíveis para a qualidade e repercussão de seu trabalho.
Ela explica que os CBHs são fundamentais para o processo participativo em uma gestão efetiva e sustentável dos recursos hídricos, mas que ainda existem grandes desafios a serem superados nos Comitês. "Desafios que envolvem questões políticas e institucionais, instrumentos de gestão, comunicação e informação, qualidade de representação entre outros. Por isso, é preciso continuar fortalecendo os CBHs para que se avance no processo participativo, com ampla participação de todos os segmentos - Poder Público (Federal, Estadual e Municipal); sociedade civil organizada; e dos usuários de água. É preciso inserir a participação popular, da comunidade que está na ponta, que está ao lado do rio que transborda, da água que precisa ser tratada", recomenda.
Nesse sentido, a pesquisa elencou 29 desafios dos CBHs, reunidos em sete grupos estratégicos: Questões políticas institucionais; Institucionalização e atuação do CBH; Instrumentos de gestão dos recursos hídricos; Comunicação, Informação, Conhecimento e Divulgação; Representação e representantes no CBH; Articulações; e Participação no CBH.
Dentro dos sete grupos estratégicos a tese também aponta o que é preciso ser feito para o fortalecimento dos Comitês, como por exemplo, o aumento das articulações com outras políticas públicas; transparência ao processo de gestão; comunicação e divulgação; paridade de representação; equilíbrio entre as organizações que compõem a sociedade civil organizada; parcerias para a gestão da água e dos recursos hídricos; contribuição para instituições com menor capacidade financeira, entre outras ações.
Métodos e diferenciais
Em linhas gerais, explica Barbosa, os CBHs são os colegiados, que dentro do Sistema Nacional de Gestão de Recursos Hídricos, devem promover o ambiente de discussão entre sociedade e Estado, nos temas e pautas referentes à gestão da água e dos recursos hídricos. A pesquisa deu ênfase para dois CBHs com métodos diferenciados: um Comitê Estadual (CBH Turvo Grande - em que foi feita observação participante e aplicação de método participativo) e um Comitê Interestadual (CBH Grande- com realização de observação simples). "Mas também foi realizada aplicação de questionários e entrevistas com representantes de CBHs de vários estados brasileiros. Ao todo a pesquisa alcançou 60 CBHs", descreve a pesquisadora.
"As políticas nacional e estaduais de recursos hídricos no Brasil proporcionam o viés participativo na gestão com a criação dos colegiados, como os CBHs, o que é princípio fundamental para uma boa gestão. Porém, a participação na gestão da água vai além do que está proporcionado na legislação, pois deve envolver, e creio que de forma ampla, os representantes e a sua representatividade, os interesses dos diversos setores da sociedade e os interesses da comunidade", defende.
Um dos diferenciais que contribuiu para a premiação da tese foi relacionar esses temas, apresentando uma nova abordagem para compreender o processo participativo, em escalas e graus de participação, além de considerar a representação e a representatividade. "Como a pesquisa foi essencialmente qualitativa, procurei tratar grande parte dos dados com muito rigor, e sem utilizar programas de tratamento de dados e análises estatísticas", destaca Barbosa.
O trabalho "Comitês de Bacias Hidrográficas, representação e participação: desafios e possibilidades à gestão da água e dos recursos hídricos no Brasil" está disponível na íntegra no Repositório Institucional da UFSCar, em https://repositorio.ufscar.br/
São ofertadas 24 vagas e as inscrições podem ser feitas até 14 de outubro
SÃO CARLOS/SP - Estão abertas, até 14 de outubro, as inscrições na seleção para o curso de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Gerontologia (PPGGero) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). No total, são ofertadas 24 vagas e todas as etapas do processo seletivo serão realizadas de forma remota em virtude da pandemia da Covid-19. O início do curso será no primeiro semestre de 2021.
O PPGGero tem duas linhas de pesquisa: Saúde, Biologia e Envelhecimento; e Gestão, Tecnologia e Inovação em Gerontologia. O objetivo do Programa é capacitar o aluno, teórica e metodologicamente, para atuar como docente do Ensino Superior e iniciar a carreira de pesquisador, produzindo conhecimento em Gerontologia e tornando-o acessível à comunidade científica e à população em geral.
O processo seletivo terá duas etapas: análise e arguição do projeto de pesquisa e análise do currículo. As inscrições devem ser feitas conforme as instruções do edital, disponível em www.ppggero.ufscar.br. As orientações completas sobre a seleção também estão no edital. Outras informações podem ser solicitadas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
No campus de São Carlos, 5,5 mil litros de álcool já foram produzidos e doados
SÃO CARLOS/SP - Desde o início da pandemia que a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) colocou-se na linha de frente no combate à pandemia da COVID-19. Iniciativas como a produção de álcool gel e álcool 70% vêm apoiando diversas instituições. No campus de São Carlos, a produção de álcool já gerou a doação de 5,5 mil litros do produto.
A produção, em São Carlos, está sendo feita de acordo com a demanda da região. "A Universidade tem nos auxiliado bastante. Quando a gente precisa, é só ligar que eles fornecem para a gente", afirma Denise Braga, Diretora de Gestão do Cuidado Ambulatorial do município de São Carlos.
Doações - Para apoiar a produção de álcool realizada pela Universidade, galões e frascos podem ser doados. Frascos plásticos de 5 litros são utilizados para envasar o álcool 70%; frascos menores, de 500 a 100 ml, serão utilizados para armazenar o álcool gel. "A pandemia ainda não passou, então todas as doações são bem-vindas pois há muitas instituições que necessitam da doação de álcool", afirma o Prof. Dr. José Mario de Aquino, do Departamento de Química (DQ) da UFSCar.
A Dra. Ana Marta Ribeiro Machado, Diretora do Departamento de Gestão de Resíduos (DeGR) da Universidade, destaca que os recipientes doados precisam ser novos. "Isso é necessário para não haver risco de contaminação do álcool, pois este será utilizado em hospitais, unidades de saúde, asilos etc", explica.
Contato:
- Departamento de Gestão de Resíduos (DeGR) da UFSCar: (16) 3351.8015 e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
- Departamento de Química (DQ) da UFSCar: (16) 3351.8206 e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Inscrições para mestrado vão até 20 de outubro; para o doutorado até 3/11
SÃO CARLOS/SP - O Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção (PPGEP) do Campus São Carlos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está com inscrições abertas em processos seletivos para os cursos de mestrado e doutorado acadêmicos, com início em 2021.
As inscrições para o mestrado serão realizadas até 20 de outubro, e todas as instruções estão em edital disponível no site do PPGEP (em www.ppgep.dep.ufscar.br). São 41 vagas disponíveis, em cinco linhas de pesquisa: Dinâmica Tecnológica e Organizacional; Gestão de Cadeias Agroindustriais; Gestão da Qualidade; Gestão da Tecnologia e da Inovação; e Planejamento e Controle de Sistemas Produtivos.
O processo seletivo, para o mestrado, é composto de duas etapas, eliminatórias e classificatórias: prova de conhecimento específico (na linha de pesquisa selecionada) e defesa oral do projeto de pesquisa.
Para o doutorado, as inscrições acontecem em fluxo contínuo, com dois ciclos de avaliação, o primeiro já encerrado. Para o segundo, as inscrições devem ser feitas antes de 3 de novembro, para divulgação do resultado em janeiro de 2021. O número de vagas disponíveis após o encerramento do primeiro ciclo será divulgado em 26 de outubro. Também são duas as etapas no processo seletivo: análise curricular e defesa oral do projeto. Todos os detalhes estão registrados no edital do processo seletivo para o doutorado, também em www.ppgep.dep.ufscar.br.
Mais informações sobre o PPGEP podem ser conferidas no site do Programa.
Cerimônia de inauguração será transmitida ao vivo para todo o público
SÃO CARLOS/SP - Hoje, dia 7 de outubro, o Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar/Ebserh) realiza cerimônia de inauguração de três espaços importantes para o seu crescimento e da qualidade do atendimento aos pacientes. Serão inaugurados o Centro Cirúrgico, a Agência Transfusional e o Laboratório de Análises Clínicas.
O Centro Cirúrgico possui cinco modernas salas, sala de prescrição médica, sala de recuperação pós-cirúrgica, posto de enfermagem, vestiários, sanitários, farmácia satélite, recepção, sala de espera e sala para guarda de equipamentos. Nesta primeira etapa, em virtude da pandemia de Covid-19, as atividades do novo Centro Cirúrgico serão iniciadas com cirurgias gerais e ambulatoriais, em pacientes de baixo risco, incluindo algumas cirurgias dermatológicas e vasculares. Há a expectativa de ampliação de especialidades cirúrgicas para o ano que vem, como cirurgias urológicas, oftalmológicas, ginecológicas, dentre outras.
A Agência Transfusional fica dentro do Centro Cirúrgico e sua instalação atende às exigências preconizadas pela legislação e possibilitará o fornecimento de serviços hemoterápicos 24 horas por dia e de forma imediata. O novo espaço garante mais agilidade e eficiência na conduta clínica, além de possibilitar o desenvolvimento de estágios e projetos de pesquisas para os estudantes da UFSCar.
Já o Laboratório de Análises Clínicas possui 134 m² e capacidade para realizar exames hematológicos, bioquímicos e de urinálise, além da gasometria, RT-PCR para SARS-CoV-2 e testes rápidos que já são processados no Hospital. A perspectiva é que, dentro de um ano, sejam também realizados exames sorológicos, hormonais e microbiológicos, garantindo resultados rápidos, agilidade na conduta clínica e segurança ao paciente, além da possibilidade de se tornar um laboratório de referência para São Carlos e região.
Ao todo, foram investidos R$10,8 milhões na obra, cujo projeto também contemplou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e o Centro de Material e Esterilização. O recurso foi disponibilizado pelo Ministério da Educação (MEC) e pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), por meio do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), gerido pela estatal.
Para Ângela Leal, Superintendente do Hospital, "este momento é um marco para o HU-UFSCar e vem atender a um anseio de toda comunidade. Estamos criando importantes cenários de prática para os alunos da UFSCar e ampliando a assistência de excelência para a população de São Carlos".
Wanda Hoffmann, Reitora da UFSCar, avalia que essas novas estruturas demonstram a capacidade de gestão da equipe da Universidade. "Em quatro anos de trabalho, o HU-UFSCar deixou de ser o 'elefante branco' de São Carlos para se tornar um Hospital Universitário de referência regional, se destacando no atendimento da população, na formação de profissionais e no desenvolvimento de pesquisas. Estamos deixando um legado para a população da região", afirma Hoffmann.
Inauguração
A cerimônia de inauguração acontece no dia 7 de outubro, às 15 horas, e será transmitida pelo canal do HU no Youtube (https://bit.ly/
Projeto acompanhou mais de 4 mil voluntários por quatro anos e foi divulgado recentemente em publicação internacional
SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) comprovou que existe relação entre a deficiência de vitamina D e o risco de incapacidade funcional em atividades básicas de vida diária (ABVD) em pessoas com mais de 50 anos de idade. O estudo é fruto do mestrado de Mariane Marques Luiz, fisioterapeuta e atual doutoranda em Fisioterapia pela UFSCar, e teve a orientação de Tiago da Silva Alexandre, docente do Departamento de Gerontologia (DGero) da Instituição. A pesquisa contou com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp -Processo N. 18/13917-3).
A capacidade funcional é a habilidade que idosos apresentam para realizar as tarefas do dia a dia de forma independente. A incapacidade, portanto, se caracteriza pela dificuldade ou a impossibilidade de desempenhar atividades cotidianas como comer, se vestir, tomar banho, levantar, ir ao banheiro e andar. Apesar de alguns trabalhos já terem demonstrado uma associação entre baixos níveis de vitamina D com o comprometimento da capacidade funcional de idosos, nenhum havia verificado se a deficiência de vitamina D é um fator de risco para o desenvolvimento da incapacidade. "Assim, nossa pesquisa teve como objetivo analisar se a deficiência de vitamina D era um fator de risco para desenvolver incapacidade em ABVD, além de verificar se esse risco se dava de forma distinta entre homens e mulheres com 50 anos ou mais", destaca Alexandre.
O projeto acompanhou uma amostra de 4.814 participantes provenientes de uma base de dados do Elsa (English Longitudinal Study of Ageing), da Inglaterra, que integra, junto a outros estudos, o International Collaboration of Longitudinal Studies of Aging (InterCoLAging), coordenado pelo professor Tiago Alexandre. Para conduzir a pesquisa, foram selecionados somente indivíduos que não relataram dificuldade para realizar tarefas cotidianas. Os selecionados foram classificados quanto aos níveis de vitamina D no sangue, como suficiente, insuficiente ou deficiente, e também foram coletados dados socioeconômicos e as condições clínicas dos participantes. Após dois e quatro anos, esses indivíduos foram novamente avaliados para verificar se houve o desenvolvimento de dificuldade para realizar uma ou mais das ABVD.
De acordo com o docente da UFSCar, no final dos quatro anos de acompanhamento, os homens com deficiência de vitamina D tiveram um risco 44% maior de desenvolver incapacidade, quando comparados aos homens com níveis suficientes de vitamina D. Por sua vez, as mulheres com deficiência de vitamina D tiveram um risco 53% maior de desenvolver incapacidade, quando comparadas às mulheres com níveis suficientes de vitamina D.
Alexandre explica que o envelhecimento é, frequentemente, acompanhado de uma redução nos níveis de vitamina D no sangue e acrescenta: "Devido à vitamina D possuir uma importante participação na manutenção da saúde dos ossos e músculos, a sua deficiência pode levar a prejuízos musculares como a fraqueza e a atrofia muscular. Consequentemente, pode haver o comprometimento da funcionalidade dos indivíduos mais velhos, repercutindo em dificuldade ou impossibilidade de realizar as ABVD".
O professor também indica que, apesar do risco de desenvolver incapacidade ser numericamente maior nas mulheres com deficiência de vitamina D quando comparadas aos homens com a mesma deficiência, não houve diferença estatística entre esses valores. "Dessa forma, não é possível afirmar que existe diferença entre sexos na deficiência de vitamina D como fator de risco para incapacidade em ABVD", esclarece Alexandre.
Como resultado, o professor destaca que a relação entre "deficiência de vitamina D e incapacidade é clinicamente relevante, pois os níveis de vitamina D podem representar um indicador precoce do comprometimento funcional, que representa um importante agravo para a saúde dos idosos". Assim, segundo ele, o adequado monitoramento dos níveis de vitamina D é uma estratégia para prevenir o desenvolvimento de incapacidade em idosos. A principal fonte de vitamina D é a exposição ao sol, mas, em alguns casos, pode ser indicada a suplementação.
O estudo também teve a participação de pesquisadores da University College London, do Reino Unido, e foi publicado recentemente no Journal of Nutrition (https://bit.ly/33drU3k). O projeto utilizou os bancos de dados do Elsa, que teve sua aprovação ética concedida pelo Comitê de Ética em Pesquisa Multicêntrica de Londres (MREC 2/1/91).
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