SÃO PAULO/SP - Cerca de 41,6 % da população da cidade de São Paulo já possui anticorpos contra o SARS-CoV-2, o que equivale a 3,5 milhões de pessoas já infectadas. A estimativa chega a 48,4% entre os que declaram raça/cor de pele parda e preta e a 51,3% entre pessoas com idade entre 35 e 44 anos, o que significa que estão mais expostos ao vírus.
Não foi detectada diferença de soroprevalência entre vacinados e não vacinados - no período do levantamento, 16,3% já haviam sido imunizados.
Os dados se referem à sexta fase do projeto SoroEpi MSP, formado por cientistas e médicos com o apoio do Grupo Fleury, IPEC, Instituto Semeia e Todos pela Saúde. A pesquisa foi realizada entre os dias 22 de abril e 1º de maio, 58 semanas após o primeiro caso registrado na cidade.
Foram analisadas 1.187 amostras de sangue para identificar o percentual daqueles que foram expostos ao vírus e produziram anticorpos específicos para o SARS-CoV-2.
A soroprevalência aumentou de 29,9% para 41,6%, um acréscimo de 11,7 pontos percentuais de janeiro para abril. "Isso se deve principalmente à chegada da segunda onda ao município. No estrato mais rico, passou de 22,8% para 35,9% e no mais pobre de 36,4% para 47,0%", aponta o relatório.
Pela primeira vez foi detectada uma diferença significante na soroprevalência entre domicílios com 1 e 2 pessoas e com 5 ou mais (34,3% versus 48,2%). "Isso sugere que a transmissão intradomiciliar aumentou", conclui.
*Por: R7
Turismo, serviços e comércio não essencial perderam o equivalente ao PIB da Sérvia; para FecomercioSP, eles não vão reverter prejuízos em 2021
SÃO PAULO/SP - Cerca de R$ 225,7 bilhões foi o volume de perdas totais contabilizado em 2020 pelo turismo, pelos serviços, pelo segmento de veículos e pelo varejo não essencial no Brasil – as áreas mais impactadas pela pandemia entre os setores e segmentos. Para se ter uma ideia da perda, esse montante é maior do que tudo o que países como a Sérvia (R$ 222 bilhões) e a Tunísia (R$ 214 bilhões) produzem em um intervalo de um ano. Os dados fazem parte de um levantamento produzido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
O estudo mostra ainda que muitos deles não devem se recuperar neste ano: a expectativa é que o varejo essencial experimente uma retração de 1%, e que o turismo, mesmo com a retomada das suas atividades, ainda acabe 2021 no vermelho: -5% de receitas (Tabela 1) depois de uma variação expressiva para baixo em 2020, que beirou os 40%.
De fato, o turismo brasileiro perdeu R$ 52,1 bilhões em faturamento em 2020 em comparação ao ano anterior, considerando a correção da inflação acumulada no período. O resultado foi um dos piores da história do setor, representando uma queda de 38,1% em comparação com o que o setor faturou em 2019.
Mas quem mais perdeu no ano passado foram os serviços que, pelos dados, faturaram praticamente R$ 100 bilhões a menos em relação a 2019 – uma retração de 11,7%. Eles foram os mais afetados por diferentes medidas de restrição de circulação adotadas como forma de conter a disseminação do covid-19 e que, para esses agentes, significaram passar longos períodos com as portas fechadas.
Outrora um setor pujante da economia brasileira, as vendas de veículos também caíram, deixando um prejuízo de R$ 41,2 bilhões (queda de 11,5% na comparação com 2019). Esse dado, por sua vez, pode ser explicado pelo fato de, na pandemia, as famílias estarem evitando aumentar os gastos. Tudo isso em meio a um contexto de crescimento do desemprego e do custo de vida e da queda na renda.
Entra na conta ainda o varejo não essencial, como lojas de roupas, por exemplo, que fechou 2020 com um rombo de R$ 32 bilhões em comparação ao ano anterior, representando a perda de um décimo do seu tamanho (-10,3%).
Varejo cresce por causa de demandas essenciais
Apesar das retrações expressivas, o varejo como um todo registrou um aumento de 4,8% (R$ 83 bilhões a mais em vendas) – puxado pelas atividades consideradas essenciais, como supermercados, farmácias, lojas de materiais de construção e postos de combustíveis, que tiveram ganhos de R$ 115,7 bilhões em 2020 – um salto de 8,2% na comparação com 2019. Já o varejo não essencial, como se esperava, faturou 10,3% a menos.
No entendimento da FecomercioSP, o desempenho se explica pela injeção do auxílio emergencial no orçamento das famílias, de R$ 190 bilhões, cuja boa parte foi direcionada para este tipo de consumo.
Dado o cenário atual, a Entidade entende que que esses setores não se recuperem tão rápido: na verdade, a tendência que as concessionárias de veículos, o varejo não essencial e os serviços não revertam essas perdas neste ano, mesmo com um possível crescimento daqui em diante. O problema é que, como muitas dessas empresas são pequenas, há uma forte possibilidade de que elas não sobrevivam a mais um ano com a mesma turbulência econômica.
Retomada lenta em 2021
O estudo da FecomercioSP mostra, por outro lado, que a melhora do cenário vai ajudar na retomada tímida de setores importantes da economia brasileira, como os serviços, com projeção de crescerem 2%, e das lojas de veículos, com alta de 5% no faturamento. Não significa, no entanto, que vão recuperar as perdas do ano passado, quando caíram 11,7% e 11,5%, respectivamente.
Mesma situação do varejo essencial que, depois de cair 10,3% em 2020, vai faturar 2% a mais em 2021: um sinal pequeno de retomada que, na verdade, não será suficiente para recompor o que foi perdido no ano passado.
Como atravessar a crise?
Em todo o País, o contingente de pessoas trabalhando diminuiu em 1 milhão ao longo de 2020 – de 8,7 milhões de pessoas para 7,7 milhões –, resultado do fechamento de cerca de 200 mil empresas durante o ano passado, segundo estudo da FecomercioSP.
Resultado direto das perdas contabilizadas no levantamento, ela exige que algumas medidas sejam tomadas pelo Poder Público. A Federação tem atuado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em torno de linhas de crédito com taxas, carências e parcelamentos condizentes com a situação delicada que micros e pequenas empresas vivem no contexto atual. Um modelo que pode ser seguido, inclusive, é o do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).
Em 2020, o dinheiro disponibilizado pelo governo federal por meio de programas como esse – além das taxas, carências, tipos de parcelamento e prazos oferecidos às micros e às pequenas empresas – foi fundamental para evitar uma crise ainda maior entre as empresas de menor porte. Não à toa, a FecomercioSP tem pleiteado, em paralelo, que o programa se torne permanente, e não apenas uma medida pontual no contexto da pandemia.
Outro pedido é que o governo crie um auxílio emergencial correspondente a quatro parcelas, cada uma equivalente a 10% do faturamento mensal médio verificado no ano passado. Além disso, a Entidade ainda segue solicitando que os tributos das três instâncias estatais, vencidos em abril até junho deste ano, sejam consolidados com carência estabelecida de seis meses e possibilidade de parcelamento em até 60 vezes.
São posturas como essas que vão dar fôlego para as empresas atravessarem o período crítico atual e terem condições de protagonizar a retomada que o País precisa.
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.
Núcleo de Estudos de Gênero e Diversidade Sexual lança livro sobre atividades que se configuram como espaço para discussões acadêmicas e lutas políticas
SÃO CARLOS/SP - "Eu não posso respirar." A frase dita por Eric Garner, em 2014, e George Floyd, em 2020, enquanto eram estrangulados até a morte por policiais brancos nos Estados Unidos, tornou-se o brado de protestos contra a brutalidade policial e o racismo no mundo todo. A violência, o preconceito e a discriminação, no entanto, impedem outros corpos, além dos negros, de respirar - literal e simbolicamente, como evidenciam as pesquisas realizadas há mais de 10 anos no Núcleo de Estudos de Gênero e Diversidade Sexual (NEGDS) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), situado no Campus Sorocaba da Instituição.
No marco do Dia Internacional de Luta contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia, celebrado anualmente em 17 de maio, Viviane Melo de Mendonça, docente do Departamento de Ciências Humanas e Educação (DCHE-So) da UFSCar e coordenadora do NEGDS, conta que, atualmente, o Núcleo desenvolve projeto de pesquisa que objetiva compreender justamente como a respiração pode se constituir como um tema de estudo para as Ciências Humanas e Sociais e, particularmente, para os estudos da condição humana, foco e do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Condição Humana (PPGECH), que Mendonça também coordena.
"Em nossas análises, detectamos que a respiração - ou a falta dela, o sufocamento, a ideia do 'eu não posso respirar' - é afetada por vivências e se relaciona com questões sociais, raciais e políticas. Que corpo é esse que não pode respirar?", situa Mendonça, para abordar a abrangência da temática. "Há o movimento que ficou mais famoso mundialmente, o 'Black Lives Matter' ('Vidas Negras Importam'), que traz a ideia de que o fato de pessoas negras não poderem respirar é algo físico, que provoca morte física. Porém, ao entrarmos nas questões da homofobia, de transfobia e bifobia, essa mesma ideia está presente, no dia a dia, há muito tempo", analisa.
O projeto, intitulado "Quais corpos podem respirar? Estudos de gênero, diferenças e sexualidades", é uma pesquisa teórica, respaldada principalmente nas teorias feministas identificadas com as perspectivas decolonial e (neo)materialistas. A primeira, decolonial, traz o conceito de emancipação de povos subalternizados pelo reconhecimento de suas culturas, política e ideologia próprias. Já as perspectivas (neo)materialistas trazem o olhar para a questão do corpo situado em determinado espaço no mundo, e como a localização desse corpo traz afetos e efeitos físicos.
A pesquisadora explica que trabalha com a perspectiva de que não há separação entre corpo, mente, natureza e cultura; o corpo é situado e interage produzindo efeitos ou afetações materiais. "Em uma metáfora, convivemos atualmente com um sufocamento que envolve os âmbitos social, econômico e político, mas que também faz um paralelo com o corpo físico. Para esse estudo, trazemos a indissociabilidade de categorias como gênero, raça/etnia, classe, idade, sexualidade e regionalidade - ou seja, elementos que constituem a condição humana e que fazem toda a diferença ao definir, na atual sociedade, quais corpos podem ou não respirar."
As pesquisas realizadas pelo grupo constatam que alguns corpos não podem viver na sociedade simplesmente por serem quem são, pelo modo como são: pelo jeito de andar, falar, pela roupa que vestem, por seus desejos sexuais ou por quem amam. "Vidas são interrompidas por romperem com uma heteronormatividade, que impõe que a pessoa tem de ser heterossexual, cis (adequada ao gênero designado ao nascer), baseada numa suposta natureza. Essa heteronormatividade mata corpos, impede que eles respirem ou vivam, sufocando-os e provocando sofrimento psíquico e físico", afirma a pesquisadora.
Esta e outras pesquisas realizadas no NEGDS desde 2011 objetivam produzir e divulgar conhecimentos nas áreas de gênero, estudos feministas e das sexualidades a partir da premissa de que esses estudos se constituem como prática acadêmica política, transformadora e necessariamente interdisciplinar.
Mendonça afirma que o conhecimento é ferramenta essencial para lutar por direitos e combater atitudes e sentimentos discriminatórios e preconceituosos. "Autoras como Gloria Anzaldúa e Bell Hooks nos trazem inspiração a esses estudos. Hooks diz: 'cheguei à teoria porque estava machucada'. Essa frase guia a perspectiva na qual trabalhamos no NEGDS, de estudar conceitos para entender as nossas dores, conhecer as das outras pessoas, nos situarmos no mundo e termos a consciência de que aprofundar esse conhecimento é um ato político e de resistência", defende a docente.
As pesquisas, no entanto, não são subjetivistas. "Elas existem para transcendermos e para pensarmos na possibilidade de usar o conhecimento como transformador do mundo em um lugar mais digno e livre, onde não só a comunidade LGBTQIA+, mas também as mulheres e as pessoas negras possam, portanto, respirar."
A atuação do NEGDS, além do ensino e da pesquisa, é forte na extensão universitária, por meio de parcerias na comunidade da cidade de Sorocaba, com a realização de debates e reflexões que surgem com base nas demandas da própria comunidade. "Não dá para restringir o conhecimento ao ambiente universitário. A proposta é circulá-lo, também, em espaços abertos pela cidade", conta, relatando que os eventos têm a participação não só de pesquisadores e estudantes, mas também de militantes e demais pessoas interessadas na temática.
É o caso do Nós Diversos (https://www.facebook.com/
"Ele passou a ser um ponto de encontro, principalmente de jovens LGBTQIA+, trazendo a eles um lugar de fala e de expressão, no qual podem ouvir, se encontrar e encontrar resistência diante do momento conservador que estamos vivendo", reforça Mendonça. Na pandemia, as discussões seguem acontecendo virtualmente.
E-book
Com o intuito de celebrar seus 10 anos de existência, o NEGDS lançou, no dia 14 de maio, no X Congresso Internacional de Diversidade Sexual, Étnico-racial e de Gênero (http://congressoabeh.com.br), o e-book "Estudos de gênero, diferenças e sexualidades", pela Editora Navegando, que traz um compilado das pesquisas, ensaios e memórias do grupo desde 2011.
Organizada por Mendonça e por Kelen Leite, também docente do DCHE-So, a obra se divide em duas partes - "Memórias, afetos e pesquisas realizadas" e "Ensaios, reflexões, afetos e utopias..." - e trata da potência das diferenças, dos afetos e das memórias nos discursos de gênero e sexualidades.
A publicação pode ser baixada gratuitamente em https://www.editoranavegando.
Pesquisa da UFSCar estuda a temática e convida voluntários de todo o País para avaliações e intervenções gratuitas
SÃO CARLOS/SP - Estudos recentes mostram que a dor lombar crônica (DLC) é experimentada por 70 a 80% dos adultos em algum momento da vida, sendo que cerca de 23,5% da população mundial apresenta esse tipo de dor. No Brasil, estatísticas revelam uma variação entre 4,2% e 25% dos indivíduos com o problema, mas a falta de estudos epidemiológicos não permite aferir valores que reflitam o real impacto dessa dor entre a população. Nesse cenário, uma pesquisa realizada no Laboratório do Estudo da Dor e Funcionalidade no Envelhecimento (Ladorfe), do Departamento de Gerontologia (DGero) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), aborda a dor lombar crônica inespecífica (DLCI) em idosos utilizando, também, abordagens do pilates e da Educação em Neurociência da Dor (END).
O trabalho é realizado pela graduanda em Gerontologia da UFSCar Maria Júlia da Cruz Souza, sob orientação de Karina Gramani Say, docente do DGero e coordenadora do Ladorfe, e tem financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). A pesquisa vai avaliar a influência da END, associada ao método pilates, no entendimento, na intensidade e no enfrentamento da DLCI em pacientes idosos, com uso ou não de abordagens educativas.
BRASÍLIA/DF - O presidente Jair Bolsonaro obteve uma melhora em seu nível de popularidade neste mês de maio em relação a março, revela pesquisa Atlas divulgada nesta segunda-feira. De acordo com os números, 40% da população aprova o desempenho do ultradireitista, contra 35% em março. A desaprovação também teve leve queda e foi de 60%, há dois meses, para 57% agora. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
© EL PAÍS .
Para Andrei Roman, CEO do Atlas, a melhora de Bolsonaro tem relação direta com a volta do pagamento do auxílio emergencial, a partir de abril, apesar de ter valores mais baixos do que os do benefício pago em 2020. Na visão de Roman, há ainda “um alívio relativo em relação a situação da pandemia no país”, destaca. “A pesquisa anterior, de março, foi feita no ponto de maior estresse”, pondera ele. Março e abril foram os meses mais letais da pandemia até agora no Brasil. A média de mortes caiu nas últimas semanas, mas especialistas apontam que ainda é cedo para qualquer comemoração e alertam para risco de uma nova onda de contágios com os encontros do Dia das Mães neste fim de semana. Como esperado, os índices de avaliação do Governo Bolsonaro também exibiram melhora: 31% (contra 25% em março) consideram a gestão ótima e boa, contra 53% que a consideram ruim ou péssima (eram 57% em março).
Lula também tem melhora e 2022
A pesquisa Atlas também mostra que a melhora da popularidade de Bolsonaro se refletiu em uma melhor performance nas simulações eleitorais para a corrida pela sucessão presidencial em 2022. O presidente lidera numericamente a corrida no primeiro turno, quer com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou não. Com Lula, aparece em empate técnico. Tanto o mandatário como o petista tiveram melhor desempenho em maio em relação a março. Bolsonaro foi de 32,7% de intenção de votos há dois meses para 37%. O petista, que conseguiu reaver seus direitos políticos após decisões do Supremo Tribunal Federal que eliminaram o veto da Lei da Ficha Limpa, também surfou na nova conjuntura. No período, o ex-presidente foi de 27,4% em março para 33,2% em maio na simulação de intenções de voto no primeiro turno.
© EL PAÍS Lula, inclusive, é o único que continua vencendo o atual ocupante do Planalto em 2022 em um eventual segundo turno, fora da margem de erro da pesquisa. O ex-presidente aparece com 45,7% contra 41% de Jair Bolsonaro, uma diferença de quase cinco pontos percentuais, quando a margem de erro da pesquisa é de dois pontos. Ciro Gomes (PDT) e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) aparecem numericamente à frente de Bolsonaro, mas em ambos os casos estão tecnicamente empatados.© EL PAÍS Para Andrei Roman, Bolsonaro se beneficia da fraqueza cada vez maior de seus antigos rivais diretos no espectro de direita e centro-direita, com a redução da figura o ex-juiz Sergio Moro (aparece com 4,9% quando tinha 9,7% em março). “Há ainda a canibalização deste espaço com a entrada do Danilo Gentili”, aponta. O humorista e apresentador de TV vem sendo ventilado como um candidato da direita ―pelo mundo, vários comediantes já tentaram a sorte nas urnas como nomes antissistema, alguns com sucesso. Na pesquisa, Gentili aparece com 2%. Veja os demais nomes na simulação de primeiro turno.© EL PAÍS O levantamento também mediu a imagem positiva e negativa dos líderes. Nesse quesito, Lula e Bolsonaro aparecem quase numericamente empatados em termos de rejeição.© EL PAÍS
A pesquisa Atlas foi realizada com 3.828 entrevistas entre os dias 6 e 9 de maio, todas feitas por meio de questionários aleatórios via internet. As respostas são calibradas por um algoritmo de acordo com as características da população brasileira.
*Por: Flávia Marreiro / EL PAÍS
BRASÍLIA/DF - Pesquisas, mostra que o presidente Jair Bolsonaro tem 32% das intenções de voto entre eleitores do Estado de São Paulo, no 1º turno das eleições. O índice é refere-se a um cenário com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva caso as eleições fossem hoje. Eis a íntegra da pesquisa (358 KB).
O petista é visto como possível nome de oposição à reeleição do atual presidente.Pesquisa PoderData já mostrou que Lula absorve os votos de 51% dos brasileiros que avaliam o trabalho de Bolsonaro como “ruim” ou “péssimo”.
O levantamento da Paraná Pesquisas não mostrou as intenções de voto em possíveis cenários de 2º turno. Nessa situação, o PoderData revelou que o ex-presidente tem vantagem sobre Bolsonaro num eventual 2º turno e venceria por 52% a 34%.
Em cenário sem Lula, segundo o levantamento do Paraná Pesquisas, Bolsonaro ainda lidera em São Paulo, com 32,7% das intenções de voto. Os outros votos são distribuídos principalmente entre Fernando Haddad, Ciro Gomes, Luciano Huck, Sérgio Moro e João Doria.
O estudo utilizou uma amostra de 1.602 eleitores, por meio de entrevistas telefônicas com eleitores de 16 anos ou mais em 92 municípios entre os dias 28 de abril e 1º de maio de 2021. O nível de confiança é de 95% e tem margem estimada de erro de 2,5%.
Segundo a pesquisa, 42,1% em São Paulo avaliam a gestão de Bolsonaro como ruim ou péssima. O índice é a soma daqueles que consideram o trabalho do presidente péssimo (34,8%) com aquele que acham ruim (7,3%).
Outros 33,8% consideram a administração federal ótima ou boa. Há ainda 1,3% que não sabem ou não quiseram opinar.
Bolsonaro é desaprovado entre 49,4% dos entrevistados; 45,6% aprovam seu trabalho. Já 4,9% não sabem ou não opinaram.
Segundo o PoderData, no país inteiro, são 57% os que desaprovam a atual gestão federal, enquanto 35% aprovam. A pesquisa foi realizada de 26 a 28 de abril com 2.500 entrevistados em 482 municípios nas 27 unidades da Federação.
O resultado indica que o governo interrompeu a deterioração de sua avaliação, iniciada em meados de março, quando a pandemia de coronavírus atingiu um novo pico de mortes. De lá para cá, o número diário de vítimas de covid-19 cresceu, mas o presidente conseguiu estancar a queda nos níveis de aprovação.
*Por: Poder360
Projeto convida voluntários para responderem questionário online
SÃO CARLOS/SP - Avaliar como as mídias digitais podem ser usadas nas estratégias de Educação Ambiental para a conservação de espécies, principalmente aquelas menos carismáticas, como os anfíbios. Este é o principal objetivo de uma pesquisa de mestrado desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação em Conservação da Fauna (PPGCFau) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O projeto está convidando qualquer pessoa maior de 18 anos para responder um breve questionário online (https://bit.ly/3uSotu0).
O mestrando Thayllon Orzechowsky, responsável pelo estudo, explica que os programas de Educação Ambiental (EA) são tradicionalmente realizados em espaços físicos como zoológicos, aquários, museus, escolas e unidades de conservação, tendo muitas vezes seu alcance limitado ao público presencial. "Nesse sentido, as redes sociais têm desempenhado um papel cada vez maior, não só como espaço alternativo para a realização de iniciativas de EA como na própria coleta de dados em estudos ambientais. No entanto, por se tratar de algo muito novo, pouco se sabe sobre o alcance dessas ações e o seu real impacto sobre o público", destaca o pesquisador.
Segundo ele, o intuito do trabalho é verificar a eficiência e o alcance da Internet como ferramenta para a Educação Ambiental voltada à conservação da fauna, por meio da análise de perfis conservacionistas nas redes sociais e de uma proposta de EA baseada em mídias digitais, com a utilização de texto ilustrado, vídeo e podcast.
Questionário
Atualmente, a pesquisa "Avaliação das mídias digitais como ferramenta de Educação Ambiental para a Conservação da Fauna", sob orientação do professor Vinicius de Avelar São Pedro, do Centro de Ciências da Natureza (CCN) do Campus Lagoa do Sino da UFSCar, está na etapa de coleta de dados e, para isso, é necessário o maior número de voluntários possível. "Assim, solicito o auxílio de todas as pessoas não só para responder mas, também, compartilhar o link desse questionário com seus contatos pessoais e profissionais", diz Orzechowsky, que conta com bolsa da Fundação Parque Zoológico de São Paulo (FPZSP).
O questionário está disponível no link https://bit.ly/3uSotu0. O tempo estimado de resposta é de três minutos. Dúvidas podem ser esclarecidas pelos e-mails Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 38807820.7.0000.5504).
Projeto convida profissionais para responderem questionário eletrônico
SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa desenvolvida no curso de graduação em Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) pretende fazer um levantamento a respeito da assistência fisioterapêutica dentro das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) - específicas para pacientes adultos - do Brasil. A proposta é compreender como se dá a escolha dos diversos recursos e técnicas utilizados por fisioterapeutas que trabalham nesses ambientes, se essas escolhas são baseadas em evidências científicas e se há protocolos de assistência estabelecidos. O estudo é realizado por Ana Luiza Camargo, graduanda do último ano do curso de Fisioterapia, sob orientação de Adriana Sanches Garcia de Araújo, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar.
A pesquisadora explica que a ação do fisioterapeuta em uma UTI-Adulto é essencial e capaz de melhorar os resultados dos tratamentos, reduzir os riscos associados aos cuidados intensivos e minimizar os custos gerados por esse tipo de internação, desde que seja bem prescrita. "O fisioterapeuta que trabalha em uma UTI-Adulto atua na prevenção e diminuição da fraqueza muscular adquirida, minimizando efeitos que podem levar à queda da qualidade de vida e ao aumento da mortalidade. Além disso, é responsável por executar terapias diretamente relacionadas a disfunções respiratórias, tais como expansão pulmonar e de higiene brônquica, e auxílio na condução da ventilação mecânica", enumera Camargo.
No entanto, de acordo com ela, ainda há poucos estudos - e os que existem são antigos - que demonstrem as práticas dos fisioterapeutas nas UTIs do País. "Esse levantamento é necessário pois, com o avanço das pesquisas de qualidade e o surgimento de novas intervenções com evidências científicas, entende-se que há a necessidade de atualização profissional e de adoção de tais práticas nas unidades assistenciais. Sendo assim, elaborar um estudo que contemple o levantamento de dados atuais, que mostrem como são estabelecidas as práticas dos profissionais fisioterapeutas de UTIs brasileiras, é interessante para identificar os pontos fortes e fracos dessa atuação", destaca a graduanda. Além disso, Camargo alerta que a falta de embasamento científico leva à realização de condutas e terapias sem qualidade comprovada e, possivelmente, sem efeitos benéficos a curto, médio e longo prazos, podendo até causar malefícios aos pacientes.
De acordo com ela, as informações obtidas poderão, futuramente, contribuir no estabelecimento de rotinas e protocolos assistenciais, permitindo um processo de tomada de decisão assistencial de qualidade, além de fornecer subsídios para a oferta de capacitações aos profissionais atuantes em UTIs.
Para realizar a pesquisa, estão sendo convidados fisioterapeutas atuantes em UTIs-Adulto de qualquer região do Brasil (sistemas público ou privado de saúde). Os voluntários devem responder este questionário eletrônico (https://bit.ly/32kGwwG), com cerca de 15 minutos de duração, até o mês de setembro. Mais informações podem ser solicitadas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Estudo está recrutando pais e seus filhos de 4 a 5 anos para coleta de dados a distância
SÃO CARLOS/SP - A estudante Natália Benincasa Velludo, aluna de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPsi) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), está convidando pais e seus filhos de 4 ou 5 anos para participarem de sua pesquisa sobre desenvolvimento infantil. O estudo tem por objetivo investigar os efeitos da brincadeira simbólica e do interesse em fantasia para o desenvolvimento sociocognitivo infantil. A pesquisa é orientada pela professora Débora de Hollanda Souza, docente do Departamento de Psicologia (DPsi) da UFSCar.
"No meu doutorado, eu quero descobrir os possíveis benefícios do interesse em fantasia e do brincar de faz de conta para o que chamamos de cognição social, que nada mais é que o conhecimento que construímos ao longo da vida sobre as interações sociais, ou seja, como as pessoas se comportam e o que motiva o comportamento das pessoas", explica Natália Velludo.
Devido ao isolamento social ocasionado pela pandemia, a coleta de dados está ocorrendo totalmente a distância, sendo realizada em duas etapas: a primeira com os pais e a seguinte com as crianças. Os interessados podem contatar a pesquisadora respondendo este questionário online (https://bit.ly/38C7EuA) ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Mais informações sobre o trabalho podem ser acessadas no vídeo do YouTube (https://youtu.be/XURnxYrdXAkO
Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 61042916.3.0000.5504).
Estudo busca voluntários para responderem questionário online
SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa do Laboratório de Análise do Desenvolvimento Infantil (Ladi), do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), busca analisar o impacto do distanciamento social nos serviços de fisioterapia voltados a crianças e adolescentes com deficiência física ou atraso motor, em idades entre 0 e 17 anos. A pesquisa é desenvolvida pelo graduando Pedro Bittencourt de Oliveira, sob coordenação de Ana Carolina de Campos, docente do DFisio.
Devido à pandemia de Covid-19, os atendimentos fisioterapêuticos para crianças e adolescentes com deficiências físicas foram afetados, acarretando mudanças nos hábitos e rotinas das famílias. O estudo tem por objetivo reconhecer aspectos dos serviços de fisioterapia recebidos por essa população durante o período de distanciamento social, assim como compreender a percepção das famílias diante desses serviços.
"Reconhecer esses aspectos pode facilitar novas maneiras de implementação de serviços fisioterapêuticos que tenham mais adesão por parte da família e das crianças e adolescentes e que façam mais sentido para a realidade deles", defende Oliveira.
Para realizar a pesquisa, estão sendo convidados voluntários que devem ser cuidadores de crianças ou adolescentes com deficiências físicas ou atraso motor e que frequentavam atendimento fisioterapêutico antes da pandemia. Os participantes responderão um questionário online (https://bit.ly/3aezrTJ
Outras informações podem ser solicitadas pelo telefone (16) 98251-8553 (Ana Carolina) ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 34147620.0.0000.5504).
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