Novo método é extremamente eficaz, rápido e de baixo custo
SÃO CARLOS/SP - Um trabalho desenvolvido por pesquisadores do IFSC/USP, em colaboração com colegas da UNICAMP e da EMBRAPA-Instrumentação, resultou na criação de um imunossensor que detecta a proteína Spike do SARS-CoV-2 em amostras de saliva, inclusive em amostras de vírus inativados que conservam a proteína. A nova metodologia é rápida e extremamente eficaz, empregando equipamento de baixo custo.
Como é do conhecimento público, em diversos países os testes para diagnóstico da COVID-19 não têm sido realizados com a frequência e abrangência necessárias em virtude da indisponibilidade e dos custos elevados das metodologias para detectar material genético do SARS-CoV-2. Os testes rápidos infelizmente não servem para diagnóstico, porque identificam apenas se uma pessoa tem anticorpos para a SARS-CoV-2. Esses anticorpos só são detectados vários dias após a infecção.
As melhores opções para diagnóstico do SARS-CoV-2 são através do conhecido RT-PCR, que detecta o material genético do vírus, mas cujos resultados demoram a ser processados. Além disso, o custo também é alto. Uma alternativa é empregar genossensores que podem detectar material genético de forma mais rápida, mas esses sensores ainda não estão disponíveis comercialmente.
As dificuldades acima motivaram a pesquisa do IFSC/USP e de seus parceiros, com a criação do novo imunossensor cuja detecção da proteína é feita através de espectroscopia de impedância elétrica. O sensor consiste de eletrodos de ouro revestidos com uma película de carboximetilquitosana (um derivado solúvel da quitosana) sobre a qual se deposita uma camada de anticorpos específicos para a proteína Spike. Em contato com uma amostra de saliva que contém o vírus, a proteína Spike é reconhecida, o que gera um sinal elétrico. Como é possível medir esse sinal com um instrumento portátil de baixo custo, podem-se desenvolver testes em larga escala, e empregados em qualquer local.
Segundo a Dra. Juliana Coatrini Soares, uma das autoras do trabalho, o sensor tem baixo custo porque é fruto da nanotecnologia: “Empregamos filmes ultrafinos de material biocompatível, com espessura de poucos nanômetros, que requerem pouco material. Nossa estimativa é que cada sensor custe menos de R$2,00 por unidade. O resultado do teste fica pronto em apenas 10 min. Além disto, o material biocompatível permite emprego em biossensores vestíveis, que poderão ser aplicados para diagnóstico em tempo real.”
Estudo da UFSCar busca voluntários que tiveram, ou não, a doença para entender os efeitos do vírus
SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa desenvolvida pelo Laboratório de Fisiologia e Biofísica Muscular (LFBM), do Departamento de Ciências Fisiológicas (DCF) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), tem como objetivo estudar as causas da fraqueza muscular observada após infecção pelo novo coronavírus. O estudo é desenvolvido por Anabelle Silva Cornachione, docente do DCF, e pela pós-doutoranda Patty Karina dos Santos, e tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
De acordo com as pesquisadoras, a Covid-19 mostrou ser uma doença que não afeta apenas o trato respiratório dos indivíduos infectados, tendo efeitos consideráveis sobre o sistema musculoesquelético, causando fadiga excessiva, dor muscular, dor nas juntas e fraqueza muscular. Esses sintomas podem persistir por muito tempo após o término da infecção, impactando o dia a dia de inúmeros indivíduos.
"Pouco se sabe sobre o efeito do SARS-CoV-2 em músculos esqueléticos, principalmente de indivíduos que não necessitaram de hospitalização e suporte ventilatório. E como o sistema muscular tem uma importância fundamental no nosso cotidiano, nos permitindo andar, correr, sentar etc., entender como o músculo é afetado pela Covid-19 é essencial para uma adequada reabilitação pós-doença", comentam as pesquisadoras.
A expectativa do estudo é obter um melhor entendimento dos efeitos do novo coronavírus no sistema musculoesquelético, possibilitando uma melhoria no diagnóstico, no manejo e no tratamento de indivíduos acometidos pela doença. "Além disso, espera-se obter informações importantes sobre a fraqueza muscular persistente que tem sido observada em muitos indivíduos após o término da infecção viral", apontam.
É o primeiro curso aprovado pela Secretaria Estadual de Educação em um hospital filantrópico do interior de São Paulo
SÃO CARLOS/SP – O Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) da Santa Casa abre, nesta segunda-feira (6), as inscrições para a 2a Turma do Curso Técnico de Enfermagem. São 30 vagas para candidatos, que vão passar por um processo seletivo no dia 07 de janeiro. Para se inscrever, é só acessar http://iep.santacasasaocarlos.com.br/inscricao/. A taxa de inscrição custa R$ 29,90.
O curso é o primeiro aprovado pela Secretaria Estadual de Educação em um hospital filantrópico no interior de São Paulo. Para André Mascaro, gerente do IEP, “esse reconhecimento por parte da Secretaria de Educação já demonstra o nível de qualidade que nosso curso vai oferecer aos alunos. E tem muito mais, eles vão aprender com profissionais que estão na linha de frente, dentro de um hospital de alta complexidade e com o que há de mais moderno em termos de tecnologia, como o centro de simulação realística”, explica.
Para se conseguir cursar a segunda turma do Curso de Técnico em Enfermagem, os candidatos têm que ser maiores de 18 anos e ter o ensino médio completo. O processo seletivo constará de uma prova objetiva com 30 questões (10 de Língua Portuguesa, 10 de Matemática e 10 de Ciências Biológicas). O curso é presencial, com dois anos de duração e os aprovados poderão pagar à vista com 20% de desconto com valor de R$ 6.777,60. Ou em 24 parcelas de R$ 353,00 e também outras modalidades de parcelamento. O início das aulas será no dia 24 de janeiro de 2022.
“Para nós já foi um orgulho montar a primeira turma do Curso Técnico de Enfermagem aqui no IEP da Santa Casa. Nosso objetivo era formar profissionais com formação sólida e mais preparados para enfrentar as dificuldades do mercado de trabalho. Sabemos do nosso desafio, mas o fato de abrirmos uma segunda turma é a confirmação de que nosso sonho deu certo”, comenta a Gerente de Práticas Educacionais, Vanísia Sulpino.
E a cada dia a demanda por profissionais da área de enfermagem só aumenta. E ajudar na formação dessas pessoas é também uma marca da Santa Casa de São Carlos. “ Nossa missão principal é a prestação de serviços de saúde de excelência à população. Mas, além disso, a abertura dessa segunda turma do Curso Técnico de Enfermagem do IEP representa mais um passo, mais uma etapa, para transformar a Santa Casa em um hospital de referência no Ensino e Pesquisa, afirma o Provedor da Santa Casa, Antônio Valério Morillas Júnior.
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