SÃO PAULO/SP - O Exame Nacional do Ensino Médio 2023 (Enem) será realizado no mês que vem, e os estudantes que vão fazer as provas começam a se preparar. Além de estar com os estudos em dia, é bom ficar atento desde agora aos aspectos práticos para a realização do exame, como a documentação necessária e o que pode ou não levar para o local das provas.
Como ocorre desde 2017, o exame será realizadas em dois domingos consecutivos - antes, era aplicado em um único fim de semana, sábado e domingo. Em 2023, será nos dias 5 e 12 de novembro.
No primeiro dia de prova, os participantes fazem as questões de Linguagens e Códigos, Ciências Humanas e redação. No segundo dia, de Ciências da Natureza e Matemática.
Nos dois dias, a abertura dos portões será às 12h e o fechamento às 13h, pelo horário de Brasília. O início da prova está marcado para as 13h30 nos dois dias de prova, mas o horário de término é diferente: no dia 5 de novembro, as provas terminam às 19h e no dia 12 de novembro, às 18h30.
O Enem é composto por quatro provas objetivas, com 45 questões em cada área do conhecimento: Linguagens, códigos e suas tecnologias; Ciências humanas e suas tecnologias; Ciências da natureza e suas tecnologias e Matemática e suas tecnologias.
Além disso, é preciso fazer uma redação de no máximo 30 linhas, com estrutura dissertativo-argumentativa, desenvolvida a partir de uma situação-problema.
Os itens do Enem são elaborados por especialistas selecionados por meio de chamada pública do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Eles devem seguir a matriz de referência, guia de elaboração e revisão de itens estabelecidos pelo Inep.
No dia da prova, é obrigatório levar caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente e documento de identificação válido, físico ou digital. Também é aconselhável levar o cartão de confirmação de inscrição e a declaração de comparecimento impressa, caso precise justificar sua presença no exame.
Entre os documentos de identificação válidos estão cédulas de Identidade, identidade expedida pelo Ministério da Justiça para estrangeiros, Carteira de Registro Nacional Migratório, documento provisório de Registro Nacional Migratório, identificação fornecida por ordens ou conselhos de classes que, por lei, tenham validade como documento de identidade, passaporte e Carteira Nacional de Habilitação.
Neste ano, o Inep também incluiu os documentos digitais e-Título, Carteira Nacional de Habilitação Digital e RG Digital como documentos válidos para identificação do participante no dia da aplicação do exame, desde que apresentados nos respectivos aplicativos oficiais. Capturas de telas não serão aceitas.
O Cartão de Confirmação de Inscrição é disponibilizado algumas semanas antes da prova. Ele contém informações como número de inscrição, data, hora e local das provas, atendimento especializado (se solicitado), opção pelo Enem impresso ou Enem Digital e opção de língua estrangeira.
Antes de entrar na sala, os alunos recebem um envelope porta-objetos para guardar todos os itens proibidos. O envelope deve ser mantido embaixo da carteira, com os aparelhos eletrônicos desligados.
Será eliminado o participante que portar itens fora do envelope porta-objetos, como óculos escuros, boné, chapéu, caneta de material não transparente, lápis, lapiseira, borrachas, réguas, corretivos, livros, anotações, relógio de qualquer tipo, fones de ouvido e quaisquer dispositivos eletrônicos. Também é proibido portar bebidas alcoólicas e usar drogas ilícitas ou cigarros e outros derivados do tabaco no local de provas.
Por Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil
SÃO CARLOS/SP - O secretário municipal de Educação, Roselei Françoso, esteve na última segunda-feira (25/09), em Brasília, quando participou de reuniões no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Entre os vários temas que foram discutidos estão a atualização do cadastro de novos projetos como a construção de escolas no São Carlos VIII, Jardim Santo Antônio, Arnoldo Schimidt e Romeu Tortorelli e sobre programas educacionais como a escola de tempo integral.
“Visitamos o Fundo Nacional de Educação (FNE) onde tivemos uma reunião com a assessoria da Presidência. Para nossa sorte, uma pessoa que tem uma conexão muito grande com São Carlos se colocou à disposição. Fomos informados que toda demanda que o município de São Carlos tem cadastrado no órgão, necessita de algumas atualizações. Em relação aos recursos para este ano, o Governo Federal não fez nenhum novo contrato e que o Ministério da Educação e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação estão tentando cumprir com aquilo que já estava em andamento. “Nos orientaram a cadastrar todos os projetos que temos de 2023 e 2024. Eles estão agora inaugurando o Plano de Ações Articuladas (PAR) 4, que é uma nova plataforma para cadastrar e habilitar novos projetos”, explicou Roselei.
A proposta é cadastrar diversas obras, pois a cidade está crescendo e necessita deste investimento do Governo Federal. “A cidade de São Carlos vem crescendo significativamente em diversas regiões, como a Leste, por exemplo. Temos total interesse em construir o CEMEI Maria Aparecida Penalva no São Carlos VIII para atendimento de 200 crianças”.
Roselei informou, ainda, que a Secretaria também irá cadastrar uma CEMEI no Jardim Santo Antônio (região do Jóquei Clube). “Será um importante equipamento público para aqueles que residem nesta região da cidade, que em breve, vai ganhar mais 1.700 residências. Estamos cadastrando essa unidade junto ao Ministério da Educação para verificar a possibilidade desse financiamento ser liberado ainda no final desse ano”, garantiu o secretário.
Também foi discutido na reunião a construção de uma escola no Jardim Arnold Schimidt para substituir a Creche José Marrara. “É um equipamento que tentamos fazer no passado. Infelizmente, o prefeito daquele período, 2013, devolveu o recurso e nós estamos pleiteando novamente. A José Marrara está instalada num local muito impróprio, tivemos muitos acidentes no entorno da unidade”, explicou.
Outro tema tratado foi com relação ao Programa Escola de Tempo Integral. A habilitação e o cadastro foi realizado no dia seguinte ao lançamento do programa nacional, portanto São Carlos já tem autorização para ampliar mais 240 vagas de ensino integral.
SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Educação (SME), através do Centro de Formação dos Profissionais da Educação (CEFPE), realizou nos dias 25 e 26 de setembro a 3ª Parada Pedagógica da Educação Infantil que teve como tema "As múltiplas linguagens: Experiências de imersão pedagógica", direcionada para a formação continuada dos professores da Rede Municipal de Ensino.
Segundo a SME foram aproximadamente 1.008 inscrições em 25 oficinas como de dança, identidade que passa pelos cabelos, inventórias-contação de história, A flor da pele: princípios do yoga aplicados à dança contemporânea, musicalização na Educação Infantil, entre outras. As ações que ocorreram em 7 polos nos Centros Municipais de Educação Infantil (CEMEI’s) Antônio de Lourdes Rondon, Homero Frei, Maria Luiza Peres, Bruno Panhoca, João Jorge Marmorato, Ruth Bloem Souto e Deputado Vicente de Paula Rocha Keppe.
“As avaliações docentes foram positivas para mais esta formação continuada e organizada pela coordenação pedagógica infantil e CEFPE, em parceria com o CEMAC”, destacou Núbia Gomes da Silva, chefe da Seção de Apoio a Educação Infantil I da SME.
BRASÍLIA/DF - A maior parte dos formandos em licenciaturas no Brasil não cumpre a carga horária mínima exigida no estágio obrigatório. Além disso, cerca de um a cada dez futuros professores sequer fez o estágio. Os dados são do último Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), de 2021, e foram compilados pelo Todos pela Educação, com exclusividade para a Agência Brasil.
O estágio obrigatório é um período que os estudantes de licenciaturas acompanham a rotina escolar, sempre supervisionados por professores. A intenção é que eles tenham contato com as escolas e se preparem para o trabalho como professores. De acordo com resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE), esse estágio deve ter a duração de pelo menos 400 horas.
Os dados do Enade, no entanto, mostram que a regra, na prática, não está sendo cumprida. O Enade é um exame realizado por estudantes que estão concluindo os cursos de graduação. A cada ano, o exame avalia um conjunto diferente de cursos. Em 2021, foi a vez das licenciaturas. Além de realizar as provas, os alunos respondem a um questionário sobre a formação. As perguntas sobre o estágio fazem parte deste questionário.
Cerca de 55% dos concluintes em licenciaturas, o equivalente a cerca de 165 mil estudantes, disseram que cumpriram menos de 300 horas de estágio. Outros 11,82%, o equivalente a 35,5 mil alunos, disseram que sequer fizeram o estágio. Os dados mostram ainda que 19,49%, ou 58,5 mil, cumpriram entre 301 e 400 horas e apenas 13,71%, ou 41,2 mil, fizeram estágios de mais de 400 horas.
“O estágio permite essa conexão da teoria com a prática. Tudo que se aprende na teoria, se vê aplicações práticas na escola”, diz o gerente de Políticas Educacionais do Todos Pela Educação, Ivan Gontijo.
“É importante que os estudantes conheçam a dinâmica da escola, os papéis e as responsabilidades de cada um dos atores da equipe escolar. Nesse período, vão entender como é a organização do espaço e como é o trabalho ali. O estágio tem caráter de observação e, progressivamente vai permitindo participar mais, acompanhar professores nas avaliações e atividades. Por isso a carga horária é grande.”
Gontijo ressalta que aqueles que se formaram em 2021 foram impactados pela pandemia, que levou ao fechamento das escolas por pelo menos um ano. Apesar disso, os dados do Enade mostram que mesmo antes, o estágio não era totalmente cumprido. Em 2014 e em 2017, anos em que as licenciaturas foram avaliadas, cerca de 3%, ou mais de 7 mil estudantes em ambos os anos, declararam que não fizeram o estágio. Também em ambos os anos, cerca de 60% dos estudantes disseram que não cumpriram a carga horária mínima, fazendo 300 horas ou menos de estágio obrigatório.
Para receber o diploma, os estudantes precisam cumprir o estágio. Segundo Gontijo, as altas porcentagens de estudantes que declaram que não concluíram os estágios pode ocorrer porque muitos acabam conseguindo documentos afirmando que fizeram as práticas ou mesmo realizaram o estágio de forma não estruturada, o que dá uma sensação de que não o cumpriram.
“Isso chama atenção desses dados porque em tese é obrigatório cumprir as horas de estágio, então, para conseguir esse diploma, eles precisaram apresentar algo, mas não têm a percepção de que fizeram o estágio.”
Gina Vieira, professora aposentada da rede pública no Distrito Federal, que trabalha atualmente como professora voluntária na Universidade de Brasília (UnB) e atua na formação de professores da educação básica, reforça a importância do estágio.
“A formação dos professores tem sido cada vez mais frágil e insipiente porque formar um bom profissional é caro. Muitas vezes, há precarização na formação inicial desses profissionais”, afirmou. Segundo ela, muitas vezes os alunos desses cursos precisam conciliar a formação com trabalho e outras demandas, o que faz com que eles não consigam cumprir a carga horária mínima.
O questionário do Enade mostra ainda que a maior parte dos formandos deseja atuar nas escolas. A maioria( 64%) dos concluintes dos cursos de formação inicial docente quer atuar em escolas públicas em médio prazo daqui a cinco anos. Outros 13% preferem atuar com gestão educação no setor público e 11% pretendem buscar outro campo de atuação, fora da área da Educação. Os dados mostram ainda que 8% desejam ser professor na rede privada e 4% pretendem trabalhar na gestão educacional de alguma instituição também privada.
“É fundamental que esse profissional, como parte da sua formação, tenha contato com a pratica pedagógica, com a sala de aula, com o chão da escola, porque é isso que vai ajudá-lo a ter um pouco mais de entendimento do que é ser professor. Formar professor com a qualidade que se espera passa por uma articulação permanente entre teoria e prática. Prática sem teoria não sustenta. Mas teoria sozinha não vai te ajudar a ser bom profissional”, ressalta Vieira.
Vieira explicou que um bom estágio permite que os estudantes tenham contato com as salas de aula, possam dar aulas e também que recebam retornos dos profissionais que os supervisionam e tenham a oportunidade experimentar o que esses retornos propõem. Para isso, a professora defende inclusive a ampliação do tempo de estágio. “Esse estágio precisa acontecer e acho que carga horária precisa ser ampliada.”
Atualmente, das 1.648.328 matrículas nos cursos de licenciatura, 35,6% foram registradas em instituições públicas e 64,4%, em privadas de ensino superior, de acordo com o último Censo da Educação Superior, de 2021. Dos estudantes matriculados em cursos de licenciatura, 61% frequentam curso à distância.
Por Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil
Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.