Pesquisa da FecomercioSP mostra retomada da empregabilidade nos setores; em agosto, comércio registrou maior crescimento mensal desde novembro passado
SÃO PAULO/SP - Os setores do comércio e de serviços do Estado de São Paulo registraram, juntos, um saldo negativo de 308.727 empregos formais no acumulado do início do ano até agosto, ainda em meio à pandemia do novo coronavírus, aponta a Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (PESP) da FecomercioSP. No caso do comércio, foi o pior desempenho da série histórica: a redução de 134.708 no total de empregos formais no período significou uma queda de 5% em relação ao seu estoque de vínculos.
A área mais impactada foi o varejo, que registrou um déficit de 104.333 vagas no período.
Já no setor de serviços, houve também pior desempenho para o período, mas a retração proporcional foi menor: 174.019 vagas a menos e um recuo de 2,81% nos primeiros oito meses do ano.
Ao se considerar o período de impacto da pandemia do covid-19, de março a agosto, o saldo de posto de trabalho celetista do comércio paulista foi negativo em 120.241 vagas, ao passo que o setor de serviços, negativo em outras 240.788 vagas, com reduções proporcionais respectivas de 4,52% e 3,84%.
Apesar dos resultados negativos em 2020, o comércio paulista apresenta os primeiros sinais de retomada: depois de fechar o mês de abril com um déficit de mais de 73 mil vagas e de seguir fechando postos de trabalho entre maio e junho, o setor teve saldos positivos de empregos celetistas em julho (7.122) e em agosto (15.339), quando registrou avanço de 0,6% proporcionalmente ao estoque – mês com maior crescimento do mercado formal entre os comerciantes do Estado, desde novembro de 2019.
A situação é parecida à do setor de serviços, que chegou a ter déficits de 132 mil empregos formais em abril e de 55,5 mil em maio, mas voltou a registrar saldo mensal positivo em agosto: 15.635 novas vagas e um crescimento de 0,26%.
GRÁFICO 1 - Saldo líquido mensal de empregos no comércio paulista
GRÁFICO 2 - Saldo líquido mensal de empregos no setor de serviços paulista
Para a FecomercioSP, apesar da queda mais acentuada no comércio nos oito primeiros meses do ano, é o setor que encabeça a retomada agora – tanto pelo impacto dos recursos emergenciais na economia, a partir de maio, quanto pela flexibilidade no atendimento e no retorno físico dos consumidores de muitas áreas do varejo. Os comerciantes também estão em vantagem na concorrência pela demanda, exemplificada pela maior busca dos consumidores por produtos nos supermercados do que serviços de restaurantes.
Ainda segundo a Federação, os dados recentes do comércio mostram inversão de cenário: por um lado, o crescimento do saldo em relação a julho (saldo positivo de 7.122 vagas), o maior registro positivo desde novembro de 2019 e o melhor resultado para um mês de agosto desde 2014 (22.639 vagas) servem de alento ao setor. Por outro, no entanto, 2020 é, até agora, o ano com a maior retração de vagas para o período da história do Estado, e, mesmo com uma retomada lenta, um retorno ao nível de estoque de vínculos antes da pandemia demorará meses para ser atingido.
Capital paulista
Os serviços paulistanos foram ainda mais impactados pela pandemia de covid-19 nos primeiros meses do ano do que o comércio. Os dados indicam que mais da metade (57%) do saldo negativo de empregos formais, registrados no setor, em todo o Estado, se deve ao desempenho da capital, onde 99.279 vagas formais foram extintas. Só na área de alimentação da cidade, por exemplo, houve déficit de 46 mil vagas entre janeiro e agosto.
Atividades como de serviços administrativos e de saúde humana, por sua vez, puxaram o saldo final positivo de 3.545 empregos formais registrado em agosto – avanço de 0,13%. Para a FecomercioSP, o resultado do mês é residual, tendo em vista a retração do setor em São Paulo, e, mais do que isso, sinaliza para uma recuperação lenta aos próximos meses, impactados agora pelo reajuste dos hábitos de consumo das famílias depois da pior fase da pandemia.
Já no comércio da cidade, houve perda de 57.287 empregos (42% do saldo negativo estadual) formais nos oito primeiros meses do ano, com destaques negativos para o varejo (que registrou déficit de mais de 41 mil postos de trabalho), mais especificamente para as lojas de roupas e acessórios (-12,4 mil).
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PRINCIPAIS NÚMEROS DA PESP
Saldo de empregos celetistas em comércio e serviços no Estado de São Paulo (janeiro a agosto de 2020):
-308.727
Saldo de empregos celetistas no comércio do Estado de São Paulo (janeiro a agosto de 2020):
-134.708 (queda de 5% em relação ao estoque de vínculos)
Saldo de empregos celetistas nos serviços do Estado de São Paulo (janeiro a agosto de 2020):
-174.019 (queda de 2,81% em relação ao estoque de vínculos)
Saldo de empregos celetistas no comércio da cidade de São Paulo (janeiro a agosto de 2020):
-57.287
Saldo de empregos celetistas nos serviços da cidade de São aulo (janeiro a agosto de 2020):
-99.279
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Nota metodológica
A Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo – (PESP) passou por uma reformulação em sua metodologia e, agora, analisa o nível de emprego celetista do comércio e serviços do Estado de São Paulo a partir de dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia, passando a se chamar, portanto, PESP Comércio e Serviços.
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do PIB brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.
SÃO PAULO/SP - As vendas no comércio cresceram em agosto e atingiram o melhor resultado para o mês desde 2000, de acordo com a PMC (Pesquisa Mensal do Comércio), divulgada nesta quinta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O volume de vendas ficou em 3,4% frente a julho e em 6,1% em comparação a agosto do ano passado. Esta foi a quarta alta consecutiva do indicador em 2020.
Coronavírus faz comércio eletrônico disparar 48% entre março e abril
As vendas acumulam queda de 0,9% no ano e, nos últimos 12 meses, alta de 0,5%.
O volume de vendas no varejo, em agosto, continuou registrando trajetória positiva, movimento que foi iniciado em maio de 2020, após recordes de queda em março e abril. O gerente da PMC, Cristiano Santos, afirma que o setor registrou o pior resultado em abril.
“O varejo em abril teve o pior momento, com o indicador se situando 18,7% abaixo do nível de fevereiro, período pré-pandemia. Esses números foram sendo rebatidos nos meses seguintes, até que em agosto o setor ficou 8,9% acima de fevereiro”, afirma.
Crescimento por setores
Cinco das oito atividades pesquisadas tiveram alta na passagem de julho para agosto, entre elas sos ecidos, vestuário e calçados (30,5%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,4%), móveis e eletrodomésticos (4,6%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,5%) e combustíveis e lubrificantes (1,3%).
Para Santos, o aumento da renda por causa do auxílio emergencial e a alta dos preços também influenciam o resultado do varejo nacional.
“Os produtos de supermercados têm uma elasticidade alta, um arroz mais caro é substituído por outro mais barato, mas o consumidor continua comprando. Os supermercados continuam próximos da margem, mesmo em queda, não sentem tanta diferença quanto em outras atividades”, afirma Santos.
O gerente da pesquisa diz que o crescimento nas vendas de móveis e eletrodomésticos pode ser consequência da renda extra do auxílio emergencial, utilizada pelas famílias para reposição de produtos antigos.
MUNDO - O desemprego é visto por executivos de empresas do mundo inteiro como a maior preocupação para os próximos dez anos, seguido de perto pela propagação de doenças infecciosas, segundo pesquisa conduzida pelo Fórum Econômico Mundial.
As taxas de desemprego dispararam por causa dos lockdowns e de outras restrições para combater a pandemia do novo coronavírus, e há temores de que o pior ainda esteja por vir nos países em que trabalhadores foram colocados em licença.
"As interrupções de empregos causadas pela pandemia, a tendência crescente de automação e a transição para economias mais verdes estão alterando os mercados de maneira fundamental", disse Saadia Zahidi, diretora do Fórum Econômico Mundial.
"Enquanto emergimos dessa crise, líderes terão uma oportunidade notável de criar novos empregos, apoiar salários dignos e para reimaginar as redes de segurança social, a fim de atendam os desafios nos mercados de trabalho de amanhã".
A pesquisa Riscos Regionais Para Negócios consultou 12.012 líderes empresariais de 127 países, faz parte do relatório global de competitividade do Fórum Ecônomico Mundial e será publicada no mês que vem.
O estudo pediu opiniões sobre 30 riscos. A preocupação com a propagação de doenças infecciosas também veio à tona, subindo 28 colocações em relação à pesquisa do ano passado.
Crises fiscais, ciberataques e instabilidade social profunda ficaram em terceiro, quarto e quinto, respectivamente, apontou a pesquisa. Mas os riscos trazidos pelas mudanças climáticas também estão subindo na agenda, de acordo com o Fórum.
*Por Carolyn Cohn - Repórter da Reuters
MUNDO - "O Fundo Monetário Internacional (FMI) não tem a intenção de pressionar a Argentina neste momento", afirmou sua diretora-gerente, Kristalina Georgieva, ao comentar a visita que inicia nesta terça-feira a Buenos Aires uma missão do órgão multilateral, no momento em que o país espera renegociar seu acordo de crédito.
"Viemos à Argentina, antes de tudo, para ouvir as autoridades, o povo argentino. Ficou muito claro para nós nesta crise que é importante apoiar as empresas e, o que é mais importante, os trabalhadores. De forma que não viemos com o pensamento de 'Bom, vamos ver como podemos cortar ainda mais os gastos nestas circunstâncias'", declarou Kristalina à rede de TV CNN.
Uma missão formada por Julie Kosack e Luis Cubeddu chegou a Buenos Aires hoje para, juntamente com o representante residente, Trevor Alleyne, manter conversas antes da negociação de um novo programa de crédito com o FMI, que substitua o assinado em 2018, envolvendo 57 bilhões de dólares.
Deste empréstimo, a Argentina recebeu 44 bilhões, mas o presidente Alberto Fernández renunciou ao restante ao assumir o cargo, em dezembro passado. Os primeiros reembolsos estão previstos para setembro de 2021.
Um pequeno grupo de militantes manifestou-se hoje contra o FMI em frente à sede do Banco Central argentino, em Buenos Aires.
"Vamos ver o rumo que o diálogo toma. Esperamos que seja útil à Argentina para definir objetivos de crescimento a médio prazo, para ver quais são os obstáculos ao crescimento e, também, para que a economia saia fortalecida e possa atender as expectativas do povo argentino", disse Kristalina Georgieva. "Queremos ser parte de uma solução duradoura ao que tem sido, por tanto tempo, ciclos de avanços e retrocessos no país. Vamos com a mente aberta, para buscar uma forma de a Argentina ter solidez, estabilidade e prosperidade."
Com uma inflação de mais de 40% ao ano e em recessão desde 2018, a Argentina também viu dispararem os índices de pobreza (40,9%) e desemprego em meio à pandemia. O governo prevê para 2021 um déficit fiscal de 4,5%.
*Por: AFP
BRASÍLIA/DF - Na semana que antecede o Dia das Crianças, a Fundação Procon-SP pesquisou preços de brinquedos em sites de cinco grandes lojas do país.
Na pesquisa, o Procon encontrou um mesmo brinquedo custando até 190% mais caro em uma loja do que em outra. O produto com a maior variação de preço foi uma massinha de modelar com molde de frutas. O preço variava de R$ 18,99 na loja mais barata a até R$ 55,00 na loja mais cara, entre os sites pesquisados pelo Procon.
Já uma mesma boneca em vinil, acompanhada por um urso também em vinil, podia ter seu custo variando entre R$ 49,99 e R$ 99,99. A diferença de preço pode ser encontrada no site da mesma loja, já que, elas costumam atender a diversos fornecedores.
Por causa da pandemia do novo coronavírus, a pesquisa do Procon foi realizada pela internet, em sites de compras. A pesquisa foi feita em cinco sites (Americanas, Carrefour, Extra, Magazine Luiza e Ri Happy), entre os dias 29 e 30 de setembro, e foram coletados preços de bonecas e bonecos, jogos e massas de modelar.
Dicas do Procon
Com a diferença que pode ter o preço de um mesmo produto, o Procon orienta ao consumidor para que, antes de comprar um brinquedo, ele faça uma pesquisa criteriosa nos sites de lojas, levando em conta também o preço do frete.
Outra orientação do Procon é para que o consumidor verifique se o produto tem certificação do Inmetro, o que indica se o produto foi fabricado e comercializado de acordo com as normas técnicas. Também é importante verificar as formas de pagamento, priorizando o pagamento à vista para evitar o parcelamento com juros.
Outra dica importante do Procon é para que o consumidor, antes de finalizar a compra, verifique se o site é seguro e como funciona a política de troca do produto. Antes de finalizar a compra, também se deve verificar com atenção se o seu endereço está correto.
O órgão alerta ainda para que o consumidor prefira compras em lojas que informem o seu CNPJ e que tenham um endereço físico e telefone para contato.
Nas compras pela internet, o consumidor tem o direito de se arrepender e cancelar a compra em até sete dias após a compra ou recebimento do produto.
*Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil
MUNDO - O líder norte-coreano Kim Jong Un ordenou o início de uma campanha nacional de 80 dias para estimular a combalida economia do país, antes da organização, em janeiro, de um congresso excepcional do partido único, anunciou a imprensa estatal.
A decisão, adotada durante uma reunião do Partido dos Trabalhadores, acontece após graves inundações e durante a pandemia do novo coronavírus, fatores que agravaram ainda mais a situação no país isolado.
As campanhas de mobilização em larga escala, nas quais os norte-coreanos devem trabalhar por horas extras e assumir novas tarefas, são frequentes no país em momentos de eventos extraordinários.
"Conseguimos proezas históricas graças aos nossos esforços, superando testes e dificuldades sem precedentes este ano, mas não devemos descansar sobre os louros", afirmou a agência estatal KCNA.
"Temos desafios importantes pela frente e objetivos que devem ser alcançados este ano", insistiu a KCNA.
O nível de participação da população nestas campanhas é monitorado e usado como um termômetro para medir a lealdade dos cidadãos ao regime. Grupos de defesa dos direitos humanos classificam as campanhas como trabalho forçado.
A economia norte-coreana foi muito afetada pelas sanções internacionais que desejam forçar Pyongyang a abandonar seu programa nuclear, que se desenvolveu muito rapidamente desde que Kim chegou ao poder.
Analistas esperam que o país apresente detalhes sobre os novos programas durante o 75º aniversário do Partido dos Trabalhadores no sábado.
*Por: AFP
Setor faturou 1,8% a menos nos sete primeiros meses do ano em comparação ao mesmo período de 2019; julho, porém, teve melhor resultado desde 2008
SÃO PAULO/SP - O segundo semestre do ano começou positivo para o varejo paulista: o setor registrou um crescimento de 6,8% nas receitas em julho em relação ao mesmo período de 2019 – o melhor resultado da série histórica para um mês de julho. No total, o setor faturou R$ 66,3 bilhões no mês, segundo a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), da FecomercioSP.
Considerando o acumulado dos últimos 12 meses, entre julho do ano passado e o mesmo mês de 2020, a alta foi de 1,7%.
Das nove atividades analisadas pela pesquisa, seis registraram recordes para o mês dentro da série histórica, configurando o melhor julho dos últimos 13 anos para dois terços dos ramos varejistas pesquisados. Além dos supermercados, os destaques de julho ficaram por conta das atividades de materiais de construção (alta de 25,7% em relação a 2019) e lojas de eletrodomésticos (17,1%).
Os resultados se mostram animadores após um primeiro semestre de baixas: o varejo paulista encerrou o período de janeiro até julho com queda de 1,8% no faturamento real, em comparação ao mesmo período (janeiro a julho) do ano passado. Em números absolutos, isso significa um montante de R$ 7,5 bilhões a menos nas receitas do setor no estado.
Encabeçado pelos bons resultados dos supermercados durante a pandemia de covid-19, pela retomada do ritmo em atividades como as das lojas de eletrodomésticos e de móveis, principalmente a partir de junho – e pelos resultados históricos registrados em julho –, o encolhimento das vendas nos primeiros sete meses do ano foi menor do que se esperava: até maio, essa queda era de 4,5%; em junho, de 3,3%; e, agora, 1,8%.
A recuperação lenta do setor, apesar de comemorada, torna remota a possibilidade de qualquer retorno generalizado a um cenário de movimento mais intenso, como nos padrões pré-pandemia, diz a FecomercioSP.
Entre janeiro e julho, o varejo paulista vendeu pouco mais de R$ 414 bilhões – liderado pelos supermercados, cujas receitas se mantiveram dentro da média de R$ 22,6 bilhões por mês.
O que explica os resultados?
Segundo a FecomercioSP, os números apresentados pela pesquisa refletem as consequências das restrições nos fluxos de pessoas por causa da pandemia, implementadas gradativamente desde março. Neste cenário, a população manteve o consumo de bens essenciais (em supermercados e farmácias) e reduziu a demanda por produtos como roupas e móveis, por exemplo.
É possível notar também a influência da chegada do auxílio emergencial às famílias a partir de abril, principalmente em atividades como materiais de construção. Os resultados apontam que o último trimestre do ano, em que as pessoas normalmente fazem as compras de Natal, será determinante para o resultado do varejo paulista em 2020 – isso em um cenário cujo valor do auxílio emergencial do governo federal já terá caído pela metade.
Para a Entidade, os empresários do varejo deverão levar em conta ainda aspectos muito relevantes: décimo terceiro salário menor do que em 2019, redução do valor do auxílio, aumento do endividamento de famílias e empresários, apreensão quanto ao futuro do emprego em 2021 e tendência de menos pessoas circulando, ainda preocupadas com a pandemia.
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PRINCIPAIS NÚMEROS DA PCCV
Faturamento real do comércio varejista do Estado de São Paulo (1º semestre de 2020):
R$ 414.015.964.793
Faturamento real do comércio varejista do Estado de São Paulo (julho de 2020):
R$ 66.349.437.000
Variação de faturamento (comparação entre julho de 2019 e julho de 2020):
6,8%
Faturamento acumulado no ano até julho de 2020:
-1,8%
Faturamento acumulado nos 12 meses entre agosto de 2019 e julho de 2020:
1,7%
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Nota metodológica
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades).
Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do PIB brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.
BRASÍLIA/DF - Novo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC), previsto para começar a funcionar em novembro, o Pix entrará oficialmente em teste nesta segunda-feira (5). A partir de hoje, os clientes poderão registrar as chaves digitais de endereçamento para enviar ou receber recursos em 644 instituições financeiras.
Segundo o BC, as chaves são o “método fácil e ágil” de identificação do recebedor. Desta forma, o pagador não precisará de dados como número da instituição, agência e conta para fazer uma transferência.
Para cadastrar a chave, basta acessar o aplicativo da instituição em que tem conta e fazer o registro, vinculando a uma conta específica uma das três informações: número de telefone celular, e-mail ou CPF/CNPJ. As informações serão armazenadas em uma plataforma tecnológica desenvolvida e operada pelo BC, chamada Diretório Identificador de Contas Transacionais (DICT), um dos componentes do Pix.
Anteriormente previsto para iniciar em 3 de novembro, o registro das Chaves Pix foi antecipado para que os clientes e as instituições tenham mais tempo para se familiarizar com o novo sistema. Estarão disponíveis antecipadamente todas as funcionalidades para a gestão das chaves, como registro, exclusão, alteração, reivindicação de posse e portabilidade. As regras específicas constam de regulamento publicado pelo BC em agosto.
Neste período antecipado, a participação das instituições financeiras e de pagamentos no registro das chaves ocorre de forma facultativa. O único pré-requisito exigido é a conclusão bem-sucedida da etapa de homologação.
Operação
O Pix funcionará 24 horas por dia e reduzirá para 10 segundos o tempo de liquidação de pagamentos entre estabelecimentos com conta em bancos e instituições diferentes. As transações poderão ser feitas por meio de QR Code (versão avançada do código de barras lida pela câmera do celular) ou com base na chave cadastrada.
A nova ferramenta trará agilidade em relação a sistemas atuais de pagamento, como a transferência eletrônica disponível (TED), que leva até duas horas para ser compensada, e o documento de ordem de crédito (DOC), liquidado apenas no dia útil seguinte.
No caso de empresas, a plataforma traz vantagens em relação ao pagamento por cartão de débito. Isso porque o consumidor pagante não precisará ter conta em banco, como ocorre com os cartões. Bastará abastecer a carteira digital do Pix para enviar e receber dinheiro.
Cronograma
5 de outubro: Início do processo de registro de chaves de endereçamento
3 de novembro: Início da operação restrita do Pix
16 de novembro: Lançamento do Pix para toda a população
Por Wellton Máximo* - Repórter da Agência Brasil
*Colaborou Kelly Oliveira
VATICANO - O Papa Francisco disse neste domingo que a pandemia de Covid-19 é a última crise a provar que as forças de mercado sozinhas e as políticas econômicas "gotejantes" falharam em produzir os benefícios sociais que seus proponentes alegam.
Em uma encíclica sobre o tema fraternidade humana, Francisco disse ainda que a propriedade privada não pode ser considerada um direito absoluto em todos os casos em que uns vivem extravagantemente e outros não têm nada.
Com o nome de "Fratelli Tutti" (Todos Irmãos), a encíclica assinada pelo papa em Assis no sábado aborda temas como fraternidade, imigração, desigualdade entre ricos e pobres, injustiças econômicas e sociais, desequilíbrios na saúde e a crescente polarização política em muitos países.
O papa tinha como alvo a economia do gotejamento, teoria defendida por conservadores segundo a qual incentivos fiscais e outras benesses para grandes empresas e ricos acabam beneficiando o resto da sociedade por meio de investimentos e criação de empregos.
"Houve quem quisesse que acreditássemos que a liberdade de mercado era suficiente para manter tudo seguro (depois da pandemia)", escreveu ele.
Francisco denunciou "este dogma da fé neoliberal" que recorre às "teorias mágicas de 'transbordamento' ou 'gotejamento'... como a única solução para os problemas sociais". Uma boa política econômica, disse ele, "permite que empregos sejam criados e não cortados".
*Por Philip Pullella / REUTERS
SÃO CARLOS/SP - No próximo dia 5 de outubro é comemorado o Dia Nacional do Empreendedor. Separamos cinco histórias de empreendedores brasileiros que, em meio a tantas dificuldades e desafios, não abandonaram o sonho de ter seu próprio negócio e criaram empresas de referência nos mais diversos segmentos. São trajetórias que inspiram e incentivam quem pretende empreender no Brasil.
Empenhada em transformar vidas, criou a primeira agência de UX no Brasil
Nome: Melina Alves Idade: 37 anos |
De Passos, interior de Minas Gerais, a jovem, que aprendeu com a mãe o ofício de cabeleireira aos 14 anos, se desafiou a descobrir o mundo por conta própria. Com uma vontade imensa de transformar vidas, Melina Alves adentrou no universo do UX, que significa User Experience. O termo, relativamente novo, tem por objetivo melhorar ao máximo a experiência que o consumidor pode ter com determinado produto - uma maneira, aos olhos da jovem, de transformar vidas. Melina chegou aos 17 anos em São Paulo para estudar publicidade e, nos primeiros meses, conciliou os estudos com a tesoura. Exausta com a rotina puxada entre as cidades, dedicou-se apenas a faculdade e logo começou a estagiar.
Encantada com o poder do ‘bom uso’ da tecnologia, Melina rapidamente se destacou na área digital da comunicação e, envolvida com o tema, desenvolveu junto com a agência em que trabalhava o primeiro app de realidade aumentada, que tinha por objetivo provar que a era digital influenciava -e muito- no mercado de comunicação. E foi assim que a jovem do interior de Minas começou, por conta própria, a desbravar os conceitos e possibilidades que o UX trazia. Estudando e investindo todo o tempo possível em sua capacitação e consolidando seu nome no mercado, tornando-se pioneira no Brasil a profissionalizar o tema, criando a primeira consultoria e coworking de UX no mesmo local em 2010, a DUXcoworkers.
Inspirado no churrasco de rua, ele criou uma rede de bares e ganhou a fama de Rei dos Espetinhos
Nome: Leandro Souza |
Filho de empregada doméstica e porteiro, Leandro Souza nunca escondeu suas origens humildes. Pelo contrário: usou as referências do subúrbio da capital fluminense para criar um negócio hoje lucrativo e responsável por trazer a ele a fama de “rei dos espetinhos”. Ousado, ele embarcou para os Estados Unidos em busca de novas experiências. Trabalhou como entregador de pizza, segurança em casas noturnas, manobrista e, como sempre teve consigo uma veia empreendedora, chegou até a comprar parte do negócio em que trabalhou como vallet. Em 2008, resolveu voltar à pátria amada e, com muita criatividade e o dinheiro que conseguiu juntar, abriu a primeira loja Espetto Carioca no Recreio dos Bandeirantes, junto de mais dois sócios. O ambiente agradável, descontraído, aconchegante, com toque de sofisticação, foi resultado do olhar cuidadoso e observador de Leandro, que viu o sucesso que barraquinhas de churrasco faziam por toda a cidade.
Alguns anos depois, com outras duas unidades, os sócios se atentaram para uma nova oportunidade de mercado: o franchising. Desde então, a rede obteve bons números. Desde a abertura da primeira loja, hoje já somam mais de 30 unidades, em oito estados brasileiros e um faturamento que chegou em 2019 em R$ 78 milhões; mesmo ano em que adquiriu a rede de franquias Bendito, especializada em cookies, brownies e cafés gourmets. Recentemente, inauguraram um frigorífico em São Paulo, com o objetivo de melhorar a qualidade do produto consumido nas lojas, vender para outros bares e restaurantes, assim como produzir em packs com cinco ou 10 unidades que serão vendidos nas unidades franqueadas ou aplicativos de entrega. Com investimento de R$ 5 milhões, a perspectiva é que o frigorífico aumente o faturamento da rede em 20% ainda esse ano.
Transformaram o jeito de ensinar idiomas com uma metodologia inovadora
Nome: Paulo Arruda e Eduardo Pacheco |
Eduardo Pacheco tinha acabado de voltar dos Estados Unidos, em 1996, onde foi estudar, quando começou a dar aulas de inglês. Ministrando-as, percebeu que algo precisava ser criado para resolver os problemas de aprendizado dos estudantes brasileiros, já que 95% dos alunos que terminavam os estudos se sentiam inseguros ao falar o idioma. Em 2000, junto do cunhado Paulo Arruda, executivo conceituado por sua carreira em grandes organizações, criou a Park Idiomas. O Método Park proporciona um aprendizado mais natural e intuitivo, já que os alunos começam dialogar para, somente depois, serem apresentados às normas gramaticais, assim como acontece com crianças que aprendem a falar as primeiras palavras.
Atualmente com 73 unidades em oito estados e mais de 30 cidades brasileiras, percebeu durante a crise causada pela pandemia outras oportunidades de evolução: lançou um modelo de negócio mais acessível financeiramente e adotou o ensino híbrido, em que o aluno poderá ter aulas presenciais ou virtuais. Para os próximos anos, é alavancar os planos de internacionalização da marca, que já está presente nos EUA, Colômbia, México, Holanda e Portugal.
Para facilitar a vida da mulher multitarefas, ela criou um instituto de depilação e o transformou em um negócio milionário
Nome: Regina Jordão Natural: Rio de Janeiro |
Foi pensando na rotina agitada da maioria das mulheres que a empresária carioca Regina Jordão visualizou e estruturou um negócio de sucesso num nicho de mercado pouco explorado até então: o de depilação. A história começou a ganhar forma em 1996, quando o marido contou que tinha sido demitido. Regina, que na época trabalhava em São Paulo numa clínica de estética e vivia viajando entre uma cidade e outra, já sonhava em arriscar-se no empreendedorismo. De maneira despretensiosa, em uma salinha pequena localizada em Copacabana, deu início ao instituto Pello Menos, que, em 20 anos, tornou-se uma franquia com mais de 50 unidades em três estados: Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.
Regina deu a cara à tapa e entrou nos comércios da região oferecendo o serviço de graça e convidando as mulheres a conhecer o novo instituto que tinha por ali, com um método inovador. A persistência valeu a pena e, com seis meses, o instituto já tinha 1000 clientes cadastrados. Em 2007, formatou o modelo para o franchising e, em 2010, inaugurou as primeiras unidades fora do estado. Um dos segredos desse sucesso tem a ver com o produto diferenciado que se usa para depilar, que, devido a elasticidade, minimiza a dor. O negócio, que começou com investimento de R$ 40, fruto da rescisão do marido, se transformou em R$ 49 milhões em 2019, prova que a liderança da mulher moderna é altamente eficaz.
Fez uma pequena pizzaria de bairro virar a maior rede 100% brasileira
Nome: Gabriel Concon Idade: 38 anos Função: Sócio-diretor Empresa: Pizza Prime Natural: Osvaldo Cruz/SP |
O empreendedor Gabriel Concon, 38, se mudou da pequena cidade de Osvaldo Cruz, interior de São Paulo, para cursar Administração na capital paulista no início dos anos 2000. Mesmo antes de entrar na faculdade, ele já sabia o seu destino: ter um negócio próprio. A oportunidade morava ao lado: era uma pizzaria à venda na Aclimação, bairro em que morava. Ele e o pai uniram as economias e investiram cerca de R$ 20 mil no estabelecimento. Nos primeiros dois anos, Concon colocou a mão na massa: panfletou, atendeu aos consumidores - tanto por telefone quanto na própria pizzaria -, comprou os ingredientes e, esporadicamente, até realizou as entregas. Feliz e confiante, arriscou um empréstimo e comprou a segunda pizzaria, na Vila Mariana. E depois a terceira, na Mooca. Em 2008, junto com o irmão criaram a primeira loja totalmente do zero, na Vila Leopoldina, onde tiveram a vivência de toda a construção do negócio: da escolha do ponto ao layout.
Foi a partir daí que ele percebeu a dificuldade de gerir um único negócio com várias bandeiras e optou, então, em unificá-las sob o nome de Pizza Prime em 2011. A primeira sob essa chancela, em Novo Hamburgo (RS), trouxe mais aprendizados: identificar as regionalidades é um diferencial para o negócio. Foi assim que Concon inovou e criou a pizza de coração de galinha, para a região Sul, e pizza de camarão com jambú, para a região Norte. Com 25 unidades, em 2019, a Pizza Prime adotou o modelo de franquias. No mesmo ano, faturou R$ 48 milhões e vendeu 2 milhões de pizza.
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