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SÃO CARLOS/SP - Em 2023 já foram registradas 2.709 notificações para Dengue, com 555 casos positivos, sendo 463 autóctones e 92 importados. Para Chikungunya foram registradas 94 notificações, com 85 casos descartados, 06 aguardando resultado de exame e 03 positivos (importados). Para Zika foram registradas 68 notificações, com 67 casos descartados e 01 aguardando resultado de exame. Para Febre Amarela foi registrada 01 notificação, com 01 caso descartado.

2022 -  Em 2022 foram registradas 6.007 notificações, com 2.274 casos positivos de Dengue, sendo 2.147 autóctones e 127 importados com 1 morte registrada. Para Chikungunya foram registradas 56 notificações, com 56 casos descartados. Para Febre Amarela foram registradas 2 notificações com 2 resultados negativos. Para Zika foram registradas 23 notificações, com 23 casos descartados.
 
2021 - Foram registradas 670 notificações, com 136 casos positivos para a Dengue, sendo 102 autóctones e 34 importados. Para Chikungunya foram registradas 30 notificações, com 30 resultados negativos para a doença. Para Febre Amarela foi registrada 1 notificação, com 1 caso descartado. Para Zika foram registradas 12 notificações, com 12 casos descartados.
 
2020 - Foram registradas 1.638 notificações para Dengue com 640 casos positivos, 582 autóctones, 58 importados e 1 óbito confirmado. Para Febre Amarela foram registradas 6 notificações, com 6 resultados negativos para a doença. Para Zika foram registradas 7 notificações com 7 resultados negativos. Para Chikungunya foram notificados 2 casos positivos, sendo um importado.

PERU - O Peru registra um surto incomum de casos da síndrome neurológica Guillain-Barré em seu território. Desde o início do ano, foram diagnosticados 182 casos no país, o que equivale a cerca de um caso por dia em 2023.

Após a morte de quatro pessoas, o governo peruano decidiu declarar emergência nacional de saúde por 90 dias.

"Houve um aumento significativo nas últimas semanas, o que nos obriga, como Estado, a tomar medidas para proteger a saúde e a vida da população", disse o ministro da Saúde, César Vásquez, à imprensa.

A medida vai permitir ao Ministério da Saúde a compra de imunoglobulina para o tratamento de pacientes com a doença nos próximos dois anos.

 

Síndrome não é contagiosa

A síndrome de Guillain-Barré é uma doença autoimune que se manifesta pela fraqueza progressiva dos músculos. Um de seus sintomas mais frequentes é o formigamento e a falta de força nas extremidades do corpo, mas ela pode levar a morte com a paralisação do sistema respiratório.

A doença não é contagiosa. A síndrome é geralmente provocada por um processo infeccioso anterior que atinge o paciente. No caso peruano, a suspeita paira sobre uma bactéria que ataca o intestino, a Campylobacter.

Essa não é a primeira vez que o Peru decreta emergência por um surto de Guillain-Barré. O país teve um número de casos da síndrome acima do normal em 2018 e 2019.

 

 

(Com informações de agências)

por RFI

RIO DE JANEIRO/RJ - Um levantamento do Instituto Nacional de Cardiologia (INC) mostra que, entre 2008 e 2022, o número de internações por infarto aumentou no Brasil. Entre os homens, a média mensal passou de 5.282 para 13.645, alta de 158%. Entre as mulheres, a média foi de 1.930 para 4.973, aumento de 157%.

O estudo leva em consideração dados do Sistema de Internação Hospitalar do Datasus, do Ministério da Saúde. Por isso, cobre todos os pacientes brasileiros que usam os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), seja nos hospitais públicos ou nos privados que têm convênios. Isso representa de 70% a 75% de todos os pacientes do país.

Alguns fatores aumentam os riscos de infarto, informa o Instituto Nacional de Cardiologia. “O infarto do miocárdio acontece em populações mais idosas. E sabemos também do aumento da prevalência da obesidade na população brasileira”, explica a diretora-geral do INC, Aurora Issa.

Segundo Aurora, o frio também aumenta as chances de infarto. Dados do INC indicam que os casos são mais frequentes durante o inverno. No ano passado, o número de infartos nessa estação foi 27,8% maior em mulheres e 27,4% maior em homens na comparação com o verão.

“O frio leva à contração dos vasos [sanguíneos]”, diz a especialista. “A pessoa que tem um infarto, na maioria das vezes, já tem a placa de gordura nas artérias. O que leva ao infarto é uma inflamação na placa e a formação de um trombo em cima dessa placa. As infecções, muitas vezes, são um gatilho para a inflamação.”

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre homens e mulheres no Brasil. Entre 2017 a 2021, 7.368.654 pessoas morreram por esse motivo no país. De acordo com o INC, as principais formas de prevenção são a prática de exercícios físicos e a alimentação balanceada.

 

 

Por Rafael Cardoso – Repórter da Agência Brasil

BRASÍLIA/DF - A reforma tributária, aprovada na semana passada pela Câmara dos Deputados, prevê a instituição do Imposto Seletivo, que incidirá sobre produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Na prática, essa tributação atingirá bebidas alcoólicas, cigarros e alimentos com excesso de açúcar ou de sal.

Assim como o IVA dual, a alíquota do Imposto Seletivo será determinada posteriormente à reforma tributária. Para os cigarros e as bebidas alcoólicas, não deverá haver grandes alterações de preços, porque esses produtos, há décadas, pagam grandes alíquotas de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), como política de saúde pública.

Para os demais produtos com riscos sanitários e ambientais, o Imposto Seletivo resultará em encarecimento.

A inclusão dos agrotóxicos e defensivos agrícolas, no entanto, ainda será discutida em lei complementar. Para facilitar a aprovação da reforma tributária pela bancada ruralista, o governo concordou em excluir do Imposto Seletivo os insumos agrícolas, inclusive os agrotóxicos, que se beneficiam da alíquota de IVA reduzida em 60%.

Heranças

Atualmente, as heranças e doações no Brasil pagam Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação. Cada estado define a alíquota, mas o imposto médio correspondia a 3,86% em 2022, sem progressividade (alíquotas maiores para heranças maiores) na maioria das unidades da Federação.

Além de estabelecer a alíquota progressiva, para que as famílias mais ricas paguem mais, a reforma tributária permitirá a cobrança sobre heranças e doações vindas de outros países.

Para facilitar as negociações, no entanto, o relator Aguinaldo Ribeiro isentou a transmissão para entidades sem fins lucrativos com finalidade de relevância pública e social, inclusive as organizações assistenciais e beneficentes de entidades religiosas e institutos científicos e tecnológicos. Uma lei complementar definirá as condições para essas isenções.

Cashback

A reforma prevê a possibilidade de cashback, devolução parcial do IVA dual a mais pobres, a ser definido por meio de lei complementar. Ainda não está claro se o mecanismo abrangerá apenas as famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) ou se haverá maior limite de renda, como famílias com renda de até três salários mínimos.

Em audiência pública na Câmara dos Deputados em março, o secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, apresentou sugestões sobre como ocorreria essa devolução . Segundo o secretário extraordinário da Reforma Tributária, o cashback poderia ter como base o Cadastro de Pessoa Física (CPF) emitido na nota fiscal, com o valor da compra e a inscrição no Cadastro Único sendo cruzadas para autorizar a devolução.

Appy citou o exemplo do Rio Grande do Sul, que implementou um sistema de devolução do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em 2021 para famílias inscritas no Cadastro Único com renda de até três salários mínimos por meio de um cartão de crédito.

Inicialmente, o governo gaúcho devolvia um valor fixo por família e agora começou a devolver por CPF, com base no cruzamento de dados entre o valor da compra e a situação cadastral da família. Em locais remotos, sem acesso à internet, secretário extraordinário da Reforma Tributária sugeriu um sistema de transferência direta de renda, complementar ao Bolsa Família.

 

 

Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil

Estudo quer verificar função autonômica cardíaca, composição corporal, perfil inflamatório e aptidão física dos participantes

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de mestrado, desenvolvida no Programa Interinstitucional de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas (PIPGCF/UFSCar-Unesp), tem como objetivo avaliar a função autonômica cardíaca, composição  corporal, perfil inflamatório e aptidão física em jovens saudáveis que tiveram ou não a Covid-19. Para isso, pessoas entre 18 e 30 anos, que tiveram ou não a doença, podem participar do projeto que vai oferecer exames e avaliações gratuitos.
A pesquisa é realizada por Marco Antônio de Lima, sob a orientação de Ana Cláudia Garcia de Oliveira Duarte, docente do Departamento de Educação Física e Motricidade Humana (DEFMH) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). De acordo com Lima, o estudo permitirá o aprofundamento na compreensão de sintomas - fadiga, dispneia, falta de concentração - em pessoas que tiveram casos leves de Covid-19. O pesquisador aponta que alguns estudos dentro da temática recomendam que as avaliações também sejam realizadas em pessoas que tiveram casos leves da doença, exatamente por não se conhecer quais sintomas ou alterações podem estar ocorrendo fisiopatologicamente a longo prazo. "Assim que sejam detectadas algumas alterações, o próximo passo é pensar em estratégias de intervenção para possíveis tratamentos. As abordagens ainda são especulativas, porém, nosso grupo pensa em estratégias não invasivas como, por exemplo, o exercício físico", acrescenta Lima.
A pesquisa vai avaliar o sistema nervoso autonômico pela variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e será, minimamente invasivo - haverá apenas uma coleta de sangue realizada por profissional capacitada. "Poderemos utilizar as análises da VFC e checar se as alterações no sistema autonômico de pessoas que estão tendo sintomas que limitam suas atividades da vida diária são diferentes na comparação com as pessoas que não tiveram a doença. Dessa forma, ao utilizar ferramenta não invasiva, de baixo custo e com avaliação precisa e segura, poderemos ajudar no diagnóstico e determinação de terapias e abordagens para tratar as pessoas que estejam sendo limitadas nas suas atividades diárias", explica o pesquisador. 

Voluntários
Para desenvolver o estudo, estão sendo recrutadas pessoas entre 18 e 30 anos, saudáveis, que não tenham limitações físicas, cardiovasculares, respiratórias, diabetes, hipertensão, obesidade, que façam uso de remédios, suplementos esportivos ou estejam em tratamento médico. Os participantes devem ter tido contágio leve da Covid-19 (com 40 dias após a infecção), ou podem estar com algum sintoma relacionado à doença. Pessoas que não foram contaminadas também podem participar. Os voluntários farão testes de esforço físico e outras avaliações no Laboratório de Fisioterapia Cardiopulmonar (LACAP), na área Norte do Campus São Carlos da UFSCar. As visitas serão agendadas com cada participante. Pessoas interessadas podem entrar em contato com os pesquisadores até o mês de novembro, pelos e-mails Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e telefone (14) 99874- 4097 (Marco Antônio de Lima), e pelos e-mails da orientadora Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 65158322.5.0000.5504)

SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, iniciou mais uma etapa do mutirão de avaliações pré-cirúrgicas de catarata nesta sexta-feira (07/07), com mais 390 pessoas passando por consulta com o médico cirurgião. Estão sendo contempladas um total de 1,2 mil pessoas desde a última semana e até este domingo (09/07), fruto de um convênio da Prefeitura com a Santa Casa de Misericórdia e que irá zerar a fila de espera do município para este procedimento.
Nestes primeiros dias, todos os pacientes passarão por consulta com o cirurgião oftalmológico e sairão do consultório com a data da cirurgia marcada ou, se necessário, com o pedido de exames complementares. Os munícipes que aguardam pela operação foram comunicados nos últimos dias exclusivamente por telefone pelos servidores da Secretaria Municipal de Saúde, que orientaram os pacientes quanto ao preparo e etapas até a realização da cirurgia.
Jôra Porfírio, secretária municipal de Saúde, lembra que já há um cronograma para a realização das cirurgias e, nos próximos meses, todos os procedimentos serão efetuados. "As cirurgias já estão sendo agendadas e temos a previsão de fazer todos os 1,2 mil procedimentos até o final do ano, mas, possivelmente, este prazo pode ser ainda menor", disse Jôra.
Também acompanharam as avaliações pré-cirúrgicas de catarata o médico Flávio Guimarães, Danilo Carvalho Oliveira, assessor de Provedoria e secretário de Saúde de Americana, Marcus Petrilli, Biomédico e os vereadores Bruno Zancheta e Moisés Lazarine.

BARUERI/SP - Nesta última quarta-feira (05/07), Mara Maravilha, 55 anos, foi internada em Barueri, em São Paulo, após se sentir mal por conta de complicações graves da Covid-19. A apresentadora está com os órgãos comprometidos.

 

Após Covid-19, Mara Maravilha enfrenta problemas de sáude

Na noite de ontem, Mara gravou um vídeo de mais de 20 minutos em seu canal no YouTube para detalhar os motivos da internação. Na ocasião, a famosa disse que tomou muitos remédios para as dores de cabeça que tinha, e o uso excessivo das medicações comprometeu seus órgãos: “Depois da Covid, eu continuei tendo muita dor de cabeça, tomando medicação e essas medicações pegaram meu estômago e sobrecarregaram todos os órgãos do meu corpo“, contou logo a princípio.

 

Famosa desabafa sobre estado de saúde e diz que chegou ao limite

Em uma nota no Instagram, a comunicadora contou que viu sinais em seu corpo, mas ignorou por causa da rotina: “Vivo uma rotina acelerada e muitas vezes não fui capaz de obedecer os sinais que meu corpo me dava sobre a minha saúde. Sim, o corpo dá sinais de quando algo não vai bem, e muitas vezes ignorei. Até que chega um momento em que o limite é atingido e é a minha atual situação“, desabafou. (Veja print na galeria de fotos acima!).

 

Silvio Santos ajudou Mara Maravilha com plano de saúde

Apesar dos pesares, Mara está estável e segue sendo observada por médicos. Ao fazer seus agradecimentos, a artista citou Silvio Santos: “Quero agradecer em primeiro lugar a Deus, que em nome de Jesus, nunca me desamparou, usando tantas pessoas boas, entre elas, como sempre, o Silvio Santos e a família Abravanel, que generosamente continua me abençoando de várias formas. Inclusive, com meu plano de saúde e da minha família. Em meio às lutas, vai tudo bem.“, finalizou.

 

 

 

por Lívia Coutinho / PaiPee

SÃO CARLOS/SP - Em 2023 já foram registradas 2.653 notificações para Dengue, com 544 casos positivos, sendo 457 autóctones e 87 importados. Para Chikungunya foram registradas 88 notificações, com 80 casos descartados, 05 aguardando resultado de exame e 03 positivos (importados). Para Zika foram registradas 66 notificações, com 65 casos descartados e 01 aguardando resultado. Para Febre Amarela foi registrada 01 notificação ainda aguardando resultado de exame.
 
2022 -  Em 2022 foram registradas 6.007 notificações, com 2.274 casos positivos de Dengue, sendo 2.147 autóctones e 127 importados com 1 morte registrada. Para Chikungunya foram registradas 56 notificações, com 56 casos descartados. Para Febre Amarela foram registradas 2 notificações com 2 resultados negativos. Para Zika foram registradas 23 notificações, com 23 casos descartados.
 
2021 - Foram registradas 670 notificações, com 136 casos positivos para a Dengue, sendo 102 autóctones e 34 importados. Para Chikungunya foram registradas 30 notificações, com 30 resultados negativos para a doença. Para Febre Amarela foi registrada 1 notificação, com 1 caso descartado. Para Zika foram registradas 12 notificações, com 12 casos descartados.
 
2020 - Foram registradas 1.638 notificações para Dengue com 640 casos positivos, 582 autóctones, 58 importados e 1 óbito confirmado. Para Febre Amarela foram registradas 6 notificações, com 6 resultados negativos para a doença. Para Zika foram registradas 7 notificações com 7 resultados negativos. Para Chikungunya foram notificados 2 casos positivos, sendo um importado.

ALEMANHA - Um estudo realizado no University Hospital Magdeburg, na Alemanha, com dados de mais de 5.800 pessoas com câncer de estômago revelou que o tipo sanguíneo pode ter ligação com o risco aumentado da doença.

A equipe de pesquisa de analisou dados de dez estudos de genoma em toda a Europa.

 

Resultados

A análise confirmou que os processos moleculares ligados ao câncer gástrico variam muito, dependendo da gravidade do subtipo de câncer. No entanto, é possível estabelecer parâmetros concretos ao determinar o perfil de risco genético.

Estudos anteriores já tinham descoberto que cinco seções de DNA no genoma humano estão associadas a subtipos de câncer gástrico. O estudo alemão confirmou isso e identificou mais duas seções de DNA associadas a um risco aumentado de câncer gástrico.

A análise também revelou que o tipo de sanguíneo também desempenha um papel na suscetibilidade à doença. O tipo sanguíneo A foi associado ao maior risco. O grupo sanguíneo O, por outro lado, apresentou menor risco desse tipo de câncer.

 

Outros fatores de risco para câncer gástrico

Não são apenas os fatores de risco genéticos que desempenham um papel no desenvolvimento do câncer gástrico. O avanço da idade e a inflamação da mucosa gástrica causada pelo patógeno bacteriano Helicobacter pylori também aumentam o risco de formação de tumores.

A alta ingestão de sal e o excesso de carne também podem contribuir. Também há evidências de que azia crônica aumenta o risco de certos tipos de tumores na área entre o estômago e o esôfago.

 

 

CATRACA LIVRE

Desde 2015, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), já liberou 23 produtos terapêuticos à base de cannabis medicinal no Brasil

SÃO PAULO/SP - De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Canabinóides (BRCANN), os pedidos para importação de produtos de cannabis medicinal mais do que dobraram em 2021 no comparativo com o ano de 2020. No ano passado, foram 40.191 novos pedidos de importação de medicamentos com CBD (canabidiol), 110% a mais do que no ano de 2020, que contabilizou 19.150 importações. A cannabis medicinal tem tido cada vez mais aceitação por parte dos brasileiros, tanto que 70% da população apoia o uso medicinal da cannabis, segundo a pesquisa “Cannabis é Saúde”, realizada pelo CIVI-CO, polo de negócios de impacto cívico-sócio-ambiental.

Desde 2015, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), já liberou 23 produtos terapêuticos à base de cannabis medicinal no Brasil. Os produtos são utilizados para diversos tratamentos como dores crônicas, epilepsia, insônia e ansiedade. Para continuar descobrindo as propriedades da cannabis medicinal no tratamento de outros transtornos e doenças, e garantir que o medicamento possa ser utilizado pelos pacientes de forma segura, é fundamental que eles sejam estudados e avaliados através da pesquisa clínica.

“A pesquisa clínica é realizada para avaliar a segurança e a eficácia de um determinado medicamento e também descobrir novas opções de tratamentos para diversas doenças. Em suma, é quando voluntários participam de testes com medicamentos que estão sendo produzidos para saber se ele é de fato eficaz e se existem efeitos colaterais”, explica Fernando de Rezende Francisco, Gerente Executivo da Associação Brasileira de Organizações Representativas de Pesquisa Clínica (ABRACRO).

Os estudos clínicos têm um papel fundamental no avanço do uso medicinal da cannabis, já que através deles foi possível comprovar seus benefícios e, dessa maneira, quebrar alguns tabus ligados ao seu uso. Esse preconceito inclusive é um dos entraves que faz com que o Brasil acabe ficando para trás quando o assunto é pesquisa clínica com cannabis medicinal.

“Para ajudar na desconstrução desse preconceito é necessário conscientizar as pessoas sobre o assunto e criar estratégias públicas para que o tema consiga atingir diversos âmbitos da sociedade brasileira. Isso iria deixar as pessoas cientes da segurança do produto e ele poderia se tornar mais acessível à população.”, pontua Francisco.

Um outro entrave ocorreu no ano passado, quando uma nova norma do Conselho Federal de Medicina (CFM) restringiu o uso de medicamentos de canabidiol apenas para casos de epilepsias. A decisão foi suspensa “temporariamente” após críticas de médicos e entidades. “Um estudo feito durante seis meses pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu, com 28 pessoas diagnosticadas com doença de Alzheimer, mostrou que o uso diário de um composto de THC (Tetrahidrocanabinol) e CBD (Canabidiol) ajudou no tratamento desses pacientes”, diz Francisco.

Além disso, aqui no Brasil, existe um atraso muito grande no tempo de aprovação dos estudos, e isso acaba deixando o país atrás de países como Argentina e Chile no ranking de lugares que mais avançam em pesquisas clínicas. Como no Brasil não existe autorização para cultivar a planta para uso medicinal, os fabricantes precisam importar a matéria-prima de outros países, o que acaba elevando grandemente os custos do produto final.

“Investir em estudos clínicos de cannabis é um ganho enorme para o país, pois além de contribuir com o avanço da medicina e colocar o Brasil em lugar de destaque no campo da ciência e saúde, faz com que os brasileiros tenham acesso a tratamentos de ponta por um custo bastante reduzido”, finaliza Francisco.

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