AFEGANISTÃO - No passado, o país asiático teve papel decisivo nas atividades de proponentes da "guerra santa" islâmica, como EI e Al Qaeda. Com o retorno dos talibãs, é grande o temor internacional de que esse quadro se repita.
À medida que as tropas dos Estados Unidos se retiram do Afeganistão, fica claro que a única meta de Washington no país sempre foi garantir sua própria segurança. O presidente Joe Biden não deixou qualquer dúvida a respeito, durante um discurso em meados de agosto, ao declarar: "Nosso interesse mais vital de todos no Afeganistão permanece o que sempre foi: evitar um atentado terrorista ao nosso país."
A assertiva de que esse interesse pode ser preservado sem presença militar americana não é partilhada por todos os políticos do país. O líder republicano do Comitê de Assuntos Estrangeiros da Câmara dos Representantes, Michael McCaul, declarou que o Afeganistão está voltado a ser o "celeiro terrorista" que era antes da invasão pelos EUA, em 2001.
O general do Exército Mark Milley também manifestou-se apreensivo de que grupos militantes como a Al Qaeda e o "Estado Islâmico" (EI) possam restaurar rapidamente suas redes de conexões no país que tem fronteiras com o Irã e o Paquistão.
Embora havendo risco real de que esses grupos se reorganizem no Afeganistão, o especialista Daniel Byman escreveu recentemente na revista Foreign Affairs considerar improvável que ele volte a se tornar a base internacional para jihadistas, mesmo que a retirada das tropas americanas dificulte as operações antiterrorismo.
No artigo intitulado O Afeganistão voltará a ser um porto seguro terrorista? Byman dá vários motivos para uma resposta negativa: por um lado, a Al Qaeda perdeu grande parte de sua antiga força, e o Talibã e o EI são inimigos. Acima de tudo, porém, os novos líderes afegãos teriam aprendido com o passado, devendo, portanto, comportar-se de maneira diversa.
O especialista em Sul da Ásia Christian Wagner, do Instituto Alemão para Política Internacional e Segurança (SWP), também considera improvável os jihadistas restabelecerem sua antiga presença num Afeganistão dominado pelos talibãs, até porque "eles não querem mais ser uma nação pária e estão trabalhando no sentido do reconhecimento internacional".
Quando o grupo governou o país, de 1996 a 2001, prossegue Wagner, o assim chamado Emirado Islâmico do Afeganistão só era reconhecido pelo Paquistão, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. "Agora o Talibã quer mudar isso. E sabe que um maior reconhecimento internacional só é possível se adaptar sua política, sobretudo na forma de lidar com grupos jihadistas."
Os países ocidentais não são os únicos alarmados com a perspectiva de os talibãs transformarem o Afeganistão num reduto internacional para jihadstas. A fim de vigiar as intenções dos talibãs, há anos a Rússia mantém canais de comunicação com eles. Nos últimos meses, a China tem igualmente intensificado o diálogo com representantes do grupo islamista, da mesma forma que o Irã, oferecendo seu apoio para eventuais negociações de paz, no futuro.
Todos esses três países estão unidos na luta contra o jihadismo, e é provável que os talibãs saibam disso. E, mesmo depois de sua retirada do Talibã, os EUA não confiam apenas na boa vontade dos fundamentalistas para evitar novos ataques terroristas.
Segundo Byman, os americanos ainda dispõem de mecanismos de reconhecimento avançados para observar e combater a emergência do jihadismo no país em que estavam estacionados. "Os militares dos EUA exploraram maneiras de empregar suas bases aéreas fora do Afeganistão para ofensivas contra acampamentos da Al Qaeda, ou de operar no país por outras maneiras, caso seja necessário", escreve o analista na Foreign Affairs.
Ainda assim, permanecem estreitos os laços entre o Talibã e a Al Qaeda, na visão de Edmund Fitton-Brown, chefe da missão das Nações Unidas para monitorar os dois grupos islamistas e também o EI: "Partimos do princípio de que a liderança da Al Qaeda continua sob a proteção do Talibã", comentou à emissora NBC em outubro de 2020.
De acordo com um relatório publicado em maio de 2020 pelo Conselho de Segurança da ONU, contudo, o EI sofreu reveses significativos no Afeganistão, nos quais o Talibã desempenhou papel central.
Fundamentalmente, grupos jihadistas como o EI e a Al Qaeda perseguem metas diversas do Talibã: enquanto este é quase inteiramente concentrado em expandir seu domínio em território afegão, os outros dois operam em nível internacional, fronteiras não lhes interessam.
Christian Wagner frisa que metas assim divergentes afetam as relações entre o Talibã e o EI, com este acusando os afegãos de se concentrarem exclusivamente em seu país, colocando-o acima do islã e da meta de proliferar o islamismo.
A Al Qaeda também persegue essa meta, mas de um modo diferente do EI, que não gera tensão com o Talibã. Além disso, "ambos os grupos são interligados por sua experiência comum de combate no Afeganistão, em parte é quase impossível separá-los entre si", diz Wagner.
Para o perito do SWP, justamente esse fato poderá tornar difícil para o Talibã definir sua relação com a Al Qaeda, após a tomada de poder no Afeganistão: muito se esclarecerá antes no nível local do que nacional, e "dependerá fortemente das relações pessoais".
*Autor: Kersten Knipp / DW
VATICANO - O papa Francisco enviou mais de 350 mil euros em fundos de caridade à sua disposição pessoal como ajuda emergencial para o Haiti, Bangladesh e Vietnã, informou o Vaticano na terça-feira (24).
O comunicado diz que 200 mil euros foram destinados ao Haiti, para ajudar na recuperação de danos do terremoto de 14 de agosto que matou mais de 2 mil pessoas.
Cerca de US$ 70 mil foram enviados a Bangladesh para continuar a recuperação dos estragos causados pelo Ciclone Yaas, que deixou dezenas de milhares de desabrigados em maio. Cerca de 100 mil euros seguiram para o Vietnã, onde o abastecimento de alimentos foi prejudicado pela pandemia de covid-19.
O Vaticano afirmou que as quantias são contribuições iniciais e serão administradas por meio de suas embaixadas nos países.
Grande parte do dinheiro de caridade à disposição do papa vem de Peter's Pence, um fundo para o qual os católicos podem contribuir para causas gerais ou específicas.
O fundo subiu para 50 milhões de euros em 2020, de acordo com demonstração financeira consolidada divulgada no mês passado.
*Por Philip Pullella - Repórter da Reuters
SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura Municipal de São Carlos, através da Secretaria Municipal do Trabalho Emprego e Renda em Parceria com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, está com as inscrições para o Bolsa Trabalho.
O Bolsa-Trabalho tem como objetivo proporcionar ocupação, qualificação profissional e renda aos cidadãos em situação de vulnerabilidade social, residentes no Estado de São Paulo. Tem duração de 5 meses e atenderá cidadãos desempregados com bolsa-auxílio de R$ 535,00.
Para receber a bolsa-trabalho, além de desenvolver as atividades o munícipe deverá participar de um curso virtual de qualificação profissional de 80 horas, que será escolhido por ele no momento da inscrição.
Para participar é necessário:
As inscrições vão até o dia 29 de agosto no portal do Bolsa do Povo (www.bolsadopovo.sp.gov.br), na opção Bolsa-Trabalho, onde também podem ser encontradas mais informações.
Segundo o Diretor da Secretaria do Trabalho Antonio Ribeiro, que é coordenador do Programa no Município, disse que o programa vem em boa hora, pois com a pandemia, existem muitos trabalhadores desempregados e que a bolsa auxilio acompanhada da qualificação, além de garantir ajuda neste momento, prepara este trabalhador para retornar ao Mercado de Trabalho.
Para o Secretário de Trabalho, Emprego e Renda, essa é mais uma parceria que propicia a geração de renda, atendendo a população da nossa cidade, além de qualificar os munícipes para o mercado de trabalho. Além disso, as parcerias são sempre bem-vindas, pois é o momento de unirmos forças para enfrentarmos juntos a crise que o país vem enfrentando, acrescentou Nino Mengatti.
Maiores Informações: Secretaria Municipal de Trabalho Emprego e Renda.
Avenida São Carlos, 1800 ou pelos telefones 3374-1064 – 3374-1750
Além disso, o hospital se colocou à disposição para a criação de um sistema de telemedicina para oferecer suporte técnico aos profissionais de saúde das UPAs
SÃO CARLOS/SP – A Santa Casa participou, na segunda-feira (23), de uma reunião realizada pela Comissão de Saúde na Câmara Municipal para discutir sobre a regulação e fluxo de pacientes, com o objetivo de reduzir a espera por vagas das Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) para os hospitais de referência.
O Provedor da Santa Casa, Antônio Valério Morillas Junior; o Diretor Técnico da Santa Casa, Vitor Marim; a Diretora de Práticas Assistenciais da Santa Casa, Vanessa de Freitas; e o Gerente Médico da Santa Casa, Roberto Muniz Júnior; estiveram presentes na reunião. Além dos representantes da Santa Casa, participaram o Diretor do Departamento Regional de Saúde (DRS III), Jeferson Yashuda; o Secretário Municipal de Saúde de São Carlos, Marcos Palermo; e a Gerente de Atenção à Saúde do HU, Valéria Gabassa. Também participaram do encontro, os secretários municipais de saúde de Descalvado, Wander Bonelli; de Porto Ferreira, Vera Visolli; de Ibaté, Elaine Sartorelli Breanza; e o Diretor do Departamento de Saúde de Dourado, Danilo Elias.
O infectologista e Gerente Médico da Santa Casa, Roberto Muniz Junior, falou sobre a necessidade de se criar um Sistema de Regulação Municipal. “São Carlos precisa de um órgão regulador que ‘olhe’ e avalie a situação clínica de cada paciente atendido nas UPAs. Para que, se houver necessidade, ele seja transferido para Santa Casa ou para o HU. Isso ajudaria a diminuir a espera por vagas e otimizaria a saúde de todo o município”, reforça.
O Secretário Municipal de Saúde, Marcos Palermo, sugeriu que fosse criado um Sistema de Telemedicina para dar apoio aos profissionais de saúde das UPAs. “Isso ajudaria a melhorar o atendimento prestado nas UPAs, até que o paciente consiga uma vaga seja na Santa Casa, seja no HU. Por exemplo, se chega um paciente infartado numa das UPAs, ajudaria muito se o profissional de saúde de lá pudesse ter o apoio de uma consultoria com um profissional qualificado em alta complexidade nesse quesito na Santa Casa. Isso ajudaria a melhorar o atendimento”, afirma. E a Santa Casa, reconhecendo a qualificação do seu Corpo Clínico nos atendimentos de alta complexidade, se colocou à disposição para dar esse apoio, se a Prefeitura aprovar o Projeto.
O Secretário Municipal de Saúde de Descalvado, Wander Bonelli, representando os demais municípios da microrregião (Ibaté, Dourado, Porto Ferreira e Ribeirão Bonito), ressaltou que para eles, a CROSS, de regulação estadual de vagas, tem funcionado de forma adequada e que os pacientes desses municípios não têm ficado desassistidos. E reforçou a importância da Santa Casa. “A Santa Casa é o único hospital da região habilitado e capacitado para atender casos de Cardiologia, Neurologia, Ortopedia e UTI Geral. E, para que a Instituição siga cumprindo o seu papel, é preciso a união de toda a região para desafogar o hospital e evitar que receba casos menos complexos”, afirma.
O Diretor do Departamento Regional de Saúde (DRS III), Jeferson Yashuda, enfatizou que existe um déficit de leitos de UTI em toda a região e isso explica a demora para se conseguir uma vaga em leito não COVID. “Em Araraquara, temos 14 leitos de UTI Geral. Aqui em São Carlos, são 15 leitos, todos na Santa Casa. Ou seja, temos 29 leitos de UTI Geral para atender a população dos 24 municípios da DRS de Araraquara. Estamos trabalhando para habilitar 10 novos leitos na Santa Casa e mais 10 novos leitos no HU. Sabemos que o problema não vai ser resolvido apenas com a criação desses novos leitos. Mas essa expansão vai contribuir para diminuir o tempo de espera por uma vaga”, afirma.
A reunião foi conduzida pelo Presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, Lucão Fernandes, e contou com a presença dos vereadores Sérgio Rocha e Cidinha do Oncológico, integrantes da Comissão, e também dos vereadores Elton Carvalho e Dé Alvim.
“Essa primeira reunião foi fundamental, para que nos próximos encontros, possamos analisar a viabilidade de implantação junto à Prefeitura das 4 propostas feitas aqui: Núcleo de Regulação Municipal; Suporte em Telemedicina da Santa Casa às UPAs; Habilitação de Leitos COVID para se tornarem leitos de UTI Geral pós-COVID; e a presença de um médico responsável técnico nas UPAs, proposto pelo vereador Elton Carvalho”, afirma o presidente da Comissão de Saúde, Lucão Fernandes.
SÃO CARLOS/SP - O vereador Sérgio Rocha (PTB) protocolou indicação e requerimento na Câmara Municipal de São Carlos na segunda-feira (23) para que a Prefeitura realize o recape das ruas dos bairros Vila Conceição, Vila Santa Madre Cabrini, Jardim Pacaembu, Vila Monte Carlo e Jardim Gonzaga.
Os documentos foram feitos após o vereador ser procurado por diversos moradores desses bairros e arredores, que relataram o descaso nessa região da cidade.
No último sábado (21), Rocha esteve pessoalmente na Vila Conceição e verificou o péssimo estado do asfalto, com uma grande quantidade de buracos e pedras soltas.
“Tenho sido procurado por muitas pessoas que reclamaram da situação do asfalto desta região da cidade. Fui até lá e vi uma grande quantidade de buracos, além de pedras soltas e o péssimo estado do asfalto”, destacou o vereador.
Sérgio Rocha explicou que os bairros indicados têm em suas ruas muitos buracos e irregularidades no calçamento asfáltico, sendo necessário o efetivo recape.
“Farei, nesta oportunidade, indicação à Prefeitura para uma melhor atenção desta região que tem uma grande população na cidade”, afirmou o vereador.
O vereador destacou ainda que buscará o necessário para a constante melhoria da cidade e melhor atendimento da população são-carlense.
Ação marcou a comemoração de 93 anos da Polícia Rodoviária Federal e contou com a participação dos Ministérios da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, da Justiça e Segurança Pública e do programa Pátria Voluntária
BRASÍLIA/DF - Uma parceria entre o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o programa Pátria Voluntária arrecadou 486 toneladas de alimentos. A ação fez parte de um evento em comemoração aos 93 anos da PRF, realizado na última quarta-feira (18), em Brasília (DF).
As cestas vão atender a todos os estados do país e serão distribuídas a instituições beneficentes previamente cadastradas pelo Pátria Voluntária. As doações foram arrecadadas entre os dias 30 de junho a 8 de agosto deste ano, por meio da campanha Estrada Solidária, coordenada pela PRF.
A titular do MMFDH, Damares Alves, apontou que a ação reforça o compromisso das instituições em garantir os direitos básicos às pessoas que mais precisam. “Temos aqui dois ministérios, o Pátria Voluntária e a PRF, todos juntos pensando nos brasileiros que mais precisam e que passam por situações de vulnerabilidade. Parabéns à PRF que conseguiu arrecadar tantos alimentos e a nível nacional. O Brasil todo vai ser beneficiado com a ação”, destacou a ministra.
O Pátria Voluntária é um Programa Nacional de Incentivo ao Voluntariado. O objetivo é incentivar a participação dos cidadãos na promoção de práticas sustentáveis, culturais e educacionais voltadas à população brasileira mais vulnerável. O trabalho voluntário, de caráter não remunerado, é articulado pelo poder público, organizações da sociedade civil e o setor privado.
Condecoração
Ainda durante o evento, a ministra Damares Alves foi condecorada com a medalha Washington Luís, que é concedida pela PRF a personalidades de fora da instituição que tenham uma intensa contribuição com a corporação. Também participaram da cerimônia a primeira-dama e presidente do Conselho do Pátria Voluntária, Michelle Bolsonaro, e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.
VALE DO PANJSHIR - Cerca de 150 quilômetros a nordeste de Cabul, capital do Afeganistão, se encontra o último reduto da resistência contra o avanço do Talebã no país.
Um vale de montanhas escarpadas que se mantém livre de invasões há mais de 40 anos.
O Vale do Panjshir resistiu à ocupação das tropas soviéticas na década de 1980 (1979-1989) e enfrentou o Talebã na década de 1990 (1996-2001), tornando-se um reduto de oposição ao grupo islâmico.
"Na história contemporânea do Afeganistão, Panjshir nunca foi conquistado, nem por forças estrangeiras, nem pelo Talebã", diz a jornalista Mariam Aman, do serviço afegão da BBC.
"Nas últimas duas décadas, essa foi considerada a região mais segura do país, bem como uma zona de resistência", explicou Aman à BBC Mundo, serviço em língua espanhola da BBC.
Hoje, é a única entre 34 províncias que não sucumbiu ao avanço dos talebãs.
"Estamos prontos para resistir ao Talebã pela segunda vez", disse o chefe do Departamento de Economia de Panjshir, Abdul Rahman, na última semana.
A mensagem foi reiterada por Amrullah Saleh, vice-presidente do Afeganistão, que se declarou "legítimo presidente interino" desde que o presidente eleito Ashraf Ghani deixou o país para fugir para o exílio.
Saleh, um ex-chefe dos serviços secretos afegãos, pediu ao povo que se juntasse à resistência no vale, que ele considera um exemplo para o restante do país.
"Nunca estarei sob o mesmo teto que o Talebã. NUNCA", escreveu no Twitter.
I will never, ever & under no circumstances bow to d Talib terrorists. I will never betray d soul & legacy of my hero Ahmad Shah Masoud, the commander, the legend & the guide. I won't dis-appoint millions who listened to me. I will never be under one ceiling with Taliban. NEVER.
— Amrullah Saleh (@AmrullahSaleh2) August 15, 2021
Acredita-se que Saleh esteja em Panjshir ao lado do filho de um famoso guerrilheiro — Ahmad Masud, cujo pai ficou conhecido como "Leão de Panjshir" — com quem ele supostamente lidera uma frente anti-Talebã.
Uma fortaleza natural
As altas falésias e desfiladeiros de Panjshir fazem do território uma fortaleza natural, com uma entrada bastante estreita e arredores pontuados por altas montanhas que dificultam o acesso.
Cortado pelo rio Panjshir, o vale fica bem próximo à cordilheira Hindu Kush, um maciço montanhoso na fronteira com o noroeste do Paquistão.
Foi uma importante passagem para os exércitos de Alexandre, o Grande e Tamerlão, o último dos grandes conquistadores nômades da Ásia Central.
A região é rica em recursos naturais, com minas de esmeraldas, hidrelétricas e um parque eólico. Durante os 20 anos de ocupação dos Estados Unidos, a infraestrutura ganhou melhorias com a construção de estradas e uma torre de rádio que recebe sinais da capital.
Não chega a ser, porém, um enclave vital a nível econômico.
"É um local que funciona para a guerra de guerrilha, mas não é estratégico. Não fica perto de nenhum grande porto, não tem indústrias, não chega a dar grande contribuição ao Produto Interno Bruto do país. O que tem de mais significativo é uma rodovia que passa perto, chamada Salang Pass", afirma o jornalista afegão Haroon Shafiqi, da BBC World Service.
"Em 1997, o Talebã cortou todas as rotas para Panjshir e aqueles que viviam lá ficaram sem comida", ele acrescenta. Ainda assim, a resistência se manteve no vale.
A área tem atualmente entre 150 mil e 200 mil habitantes, quase todos falam persa e são da etnia tajique, que representa cerca de um quarto dos 38 milhões de pessoas que vivem no Afeganistão.
É uma população historicamente anti-talebã.
Uma figura-chave na história da resistência de Panjshir é Ahmad Shah Massoud, famoso guerrilheiro mujahideen (rebeldes apoiados pelos EUA na guerra contra os soviéticos) que liderou a luta pela autonomia na região na década de 1980 e 90 e foi assassinado pela Al-Qaeda dois dias antes do 11 de setembro 2001.
O retrato de Massoud — que ficou conhecido como "Leão de Panjshir" (Panjshir significa "cinco leões") — é encontrado até hoje em muitos lugares na capital afegã, de monumentos a outdoors e vitrines, e em toda a província de Panjshir.
"Panjshir foi usado como bastião por ele durante a guerra soviético-afegã (na década de 1980)", explica Aman.
"O vale se tornou um símbolo de resistência naquela época e também depois, na guerra entre as várias facções dos mujahideen e do Talebã, de meados da década de 1990 até 2001 (quando a ocupação do Talebã terminou, na esteira da ocupação americana)."
Desde a morte de Massoud em 2001, diz ela, a região manteve seu legado de resistência entre o povo do Afeganistão na luta contra o Talebã.
Massoud foi declarado herói nacional pelo presidente Hamid Karzai.
Desde 2012, seu aniversário de morte é comemorado no dia 9 de setembro como o Dia dos Mártires.
Parte da comunidade internacional, contudo, chegou a denunciar crimes de guerra cometidos pelo comandante. Investigação de 2005 da Human Rights Watch listou seu nome entre uma série de personagens envolidos em violações contra os direitos humanos que atuaram durante as guerras no Afeganistão.
O vice-presidente Amrullah Saleh deixou clara sua devoção a ele.
"Nunca trairei a alma e o legado de meu herói Ahmad Shah Massoud, comandante, lenda e guia. Sob nenhuma circunstância me curvarei aos terroristas do Talebã", escreveu recentemente no Twitter.
Natural de Panjshir e membro da etnia tajique, Saleh fez parte da Aliança do Norte, uma frente que lutou contra o Talebã nos anos 1990.
Quem hoje participa ativamente da resistência é seu filho, Ahmad Massoud, de 32 anos.
Imagens que circularam nas redes sociais no último dia 16 de agosto supostamente mostram Saleh e Massoud juntos, em uma sinalização de aliança entre os dois.
Em um artigo de opinião no jornal The Washington Post, o filho do "Leão de Panjshir" disse que seus combatentes têm apoio militar de membros do exército afegão e das forças especiais.
Também afirmou que o grupo teria armazenado pacientemente munições e armas desde o tempo de seu pai "porque sabíamos que esse dia poderia chegar". Ele pede, contudo, reforços.
"A resistência dos mujahideen ao Talebã começa agora, mas precisamos de ajuda", escreveu.
"Se os talebãs lançarem um ataque, eles certamente enfrentarão forte resistência de nossa parte. [...] No entanto, sabemos que nossas forças militares e logísticas não serão suficientes. Elas se esgotarão rapidamente, a menos que nossos amigos no Ocidente encontrem uma maneira de nos abastecer sem demora."
*Por: BBC NEWS
SÃO CARLOS/SP - A Câmara Municipal de São Carlos agendou para esta quarta-feira (25), às 18h30, a realização de uma sessão solene online em comemoração ao “bicentenário de nascimento de Anita Garibaldi”
Batizada com o nome de Ana Maria de Jesus Ribeiro da Silva, Anita Garibaldi nasceu em 31 de agosto de 1821 na cidade de Laguna, Santa Catarina e ficou conhecida como a “heroína de dois mundos”, por sua participação em revoluções no Brasil, como a Guerra dos Farrapos, e na Itália, onde lutou pela unificação do país sob a forma de uma república. Ao lado do marido e revolucionário Giuseppe Garibaldi, ela travou batalhas também no Uruguai e na França, países onde é recorrentemente homenageada.
Em razão da pandemia de Covid-19, a população não terá acesso ao plenário do Legislativo, mas poderá acompanhar a sessão solene ao vivo pelo canal 8 da Net, online via Facebook e canal do Youtube, por meio da página oficial da Câmara Municipal de São Carlos.
Link de acesso para entrar na reunião zoom:
https://us06web.zoom.us/j/
SÃO CARLOS/SP - A Câmara Municipal realizou na última sexta-feira (20), uma sessão solene comemorativa ao Dia do Maçom, transcorrido naquela data, prestando homenagens a personalidades de destaque na ordem no município.
Na solenidade, presidida pelo vereador Robertinho Mori (representando o presidente do Legislativo, vereador Roselei Françoso), foi entregue o “Prêmio Jesuíno de Arruda” ao Maçom do Ano de 2020, Ernesto Giampá Abbt, da Loja Maçônica Eterno Segredo e ao Maçom do Ano de 2021) Gilson Pereira de Oliveira, da Loja Maçônica Fraternidade Acadêmica de São Carlos.Na ocasião, Abbt foi representado - representado pelo Venerável Mestre da Loja Maçônica Eterno Segredo, Miguel Arthur Júnior.
Compuseram a mesa principal da cerimônia Walcinyr Bragatto (diretor-presidente da Prohab, representando o prefeito Airton Garcia);
Irmão Paulo Pedroso (Venerável Mestre da Loja Maçonica Fraternidade Acadêmica); Irmão João Alberto Cruvinel Moura (assessor de gabinete e representante do Grão Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil, Múcio Bonifácio Guimarães; e Irmão Paulo Estevão Cruvinel (deputado federal da Assembleia Legislativa do Grande Oriente, representando o Poderoso Presidente da Soberana Assembleia Legislativa Federal Grande Oriente, Venerável Arquiariano Bites Leão).
A premiação foi instituída pela lei municipal 14.145, de 2007, adicionada à lei 12.839, de 2001, que regulamentou a comemoração oficial. Um dos fundadores do município, o patrono Jesuíno de Arruda participou da fundação da segunda Loja Maçônica de São Carlos denominada “Fé e Esperança”.
Em seu discurso, o vereador Robertinho Mori enalteceu a trajetória dos homenageados e ressaltou que a celebração do Dia do Maçom “reaviva os ideais de igualdade e fraternidade, sempre atuais”. “Mais do que nunca precisamos enfatizar esses ideais, para motivação e alento da sociedade nesse momento tão desafiador”.
Robertinho assinalou que “reunindo pessoas comprometidas com o bem comum, a Maçonaria teve participação ativa em favor da pátria em todas as quadras cruciais da história de nosso país”.
OS HOMENAGEADOS - O Maçom do Ano de 2020, Ernesto Giampá Abbt, é professor e servidor público municipal aposentado, foi diretor do Departamento de Educação e Cultura do município (entre 1980 e 1983), coordenador do ensino supletivo para adolescentes e adultos, diretor do museu municipal e secretário executivo na implantação do Movimento Brasileiro de Alfabetização em São Carlos. Ingressou na Loja Maçônica Eterno Segredo em 1979, atingiu o grau de mestre maçom em 1981. Foi membro fundador de lojas maçônicas em São Carlos, Ribeirão Bonito, Piracicaba, Rio Claro e Ibaté.
Gilson Pereira de Oliveira, Maçom do Ano de 2021, médico veterinário, pesquisador e professor universitário aposentado, iniciou sua trajetória profissional no Rio de Janeiro. Contratado pela Embrapa em 1973 e transferido para São Carlos em 1977, atuou no Centro de Pesquisa de Pecuária do Sudeste (CPPSE), onde foi subchefe. Foi também docente concursado no Centro de Pesquisas em Sanidade Animal (CPPAR) da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Campus de Jaboticabal. Iniciado na Maçonaria em 1981 e exaltado dois anos depois na loja Eterno Segredo, Gilson ingressou mais tarde na loja Acácia de São Carlos e foi fundador das lojas Fraternidade Acadêmica Universitária e Acácia de Ibaté.
SÃO PAULO/SP - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afastou na manhã desta segunda-feira (23) o coronel da Polícia Militar, Aleksander Lacerda, por indisciplina. "Falei com o secretário de segurança pública de São Paulo, João Campos, e foi afastado na manhã dessa segunda-feira (23), das suas funções da polícia militar o coronel Alexander Lacerda, que atuava no comando de uma das unidades da polícia militar por indiciplina."
"Aqui em São Paulo não teremos manifestações de policiais militares na ativa de ordem política. SP tem a melhor PM do país, a mais bem treinada, a mais bem equipada, tem orgulho de seus policiais e de seus colaboradores e de seu comando, na figura do coronel Alencar. Não admitiremos nenhuma postura de indisciplina", disse Doria.
O coronel fez convocação nas redes sociais para as manifestações marcadas para 7 de setembro a favor do presidente Jair Bolsonaro e usou seu perfil em uma dessas redes para atacar políticos. Por meio das redes sociais, o chefe do Comando de Policiamento do Interior-7 (CPI-7), que tem 5 mil policiais sob comando, convocou "amigos" para o ato a favor de Bolsonaro.
"Liberdade não se ganha, se toma. Dia 7/9 eu vou", escreveu ele no Facebook. O coronel também criticou Doria, a quem chamou de "cepa indiana", o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), classificado por ele como "covarde", e o deputado federal Rodrigo Maia (sem partido-RJ), que recentemente assumiu uma secretaria no governo paulista, que Lacerda acusou de ser beneficiário de um esquema "mafioso".
Policiais militares da ativa são proibidos pelo regulamento da corporação de realizarem manifestações políticas.
*Por: R7
*informações REUTERS
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