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BRASÍLIA/DF - A Caixa continua pagando hoje (24) a quinta parcela do auxílio emergencial para os beneficiários do programa Bolsa Família. A cada dia, o saque é liberado a um novo grupo conforme o final do Número de Identificação Social (NIS). Ao todo, 19,2 milhões de pessoas cadastradas no programa receberão o dinheiro até 31 de agosto.

O auxílio, com parcelas de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães solteiras), foi criado para reduzir os efeitos da crise econômica causada pela pandemia da covid-19.

Nesta segunda-feira (24), é a vez dos beneficiários com NIS final 5 que podem fazer o saque em espécie. Os primeiros a receber foram os beneficiários com NIS final 1, na última terça-feira (18). O pagamento segue em ordem crescente até chegar ao NIS 9 no dia 28 e termina com o NIS 0, no dia 31. Não há pagamentos nos finais de semana.

O recebimento do auxílio emergencial por esse público é feito da mesma forma que o benefício regular do Bolsa Família, utilizando o cartão nos canais de autoatendimento, unidades lotéricas e correspondentes Caixa Aqui ou por crédito na conta Caixa Fácil.

 

Demais beneficiários

Os demais beneficiários do auxílio emergencial, como os trabalhadores informais, recebem inicialmente o crédito do benefício na poupança social da Caixa, conforme calendário organizado por mês de nascimento. Pelo aplicativo Caixa Tem, é possível fazer compras online em estabelecimentos autorizados e pagar boletos.

O saque em dinheiro do benefício, em uma agência do banco, é autorizado posteriormente, de acordo com calendário definido pelo governo, considerando também o mês de nascimento do beneficiário. As transferências para outros bancos ou para contas na própria Caixa seguem o mesmo calendário de saque. Nesse caso, os recursos são transferidos automaticamente para as contas indicadas pelo beneficiário.

Na próxima quarta-feira (26), a Caixa fará o crédito do benefício para nascidos em dezembro. O saque será liberado no dia 17 de setembro.

 

 

*Por Kelly Oliveira - Repórter da Agência Brasil

MUNDO - Argentina congela tarifas de celular, internet e TV por assinatura e regula futuros aumentos. Governo também decidiu, por decreto, publicado neste sábado (22), que esses serviços passam a ser "essenciais e estratégicos" e que qualquer futuro aumento será decidido pelo Estado em um país com inflação anual acima de 50%.

"Decidimos declarar como serviços públicos a telefonia móvel, os serviços de internet e a TV por assinatura. Dessa maneira, garantimos o acesso desses serviçoes para todos", anunciou, por meio das redes sociais, o presidente Alberto Fernández.

O decreto, publicado horas depois do anúncio, prolonga o congelamento de tarifas até 31 de dezembro, quando estas já vinham congeladas desde maio, devido à pandemia do novo coronavírus. O documento define ainda esses serviços como "públicos essenciais e estratégicos", a exemplo de eletricidade, gás e água, cujas tarifas já estavam congeladas desde dezembro passado, apesar da Argentina ter uma das mais elevadas taxas de inflação do mundo.

Em 2019, a inflação ficou em 53,8%. Nos primeiros sete meses de 2020, a taxa acumulada chega a 15,8%, com uma tendência de aceleração nos próximos meses. Além disso, o peso argentino tem sofrido uma constante e profunda desvalorização, enquanto boa parte dos custos de telefonia, internet e canais por assinatura são fixados em dólares.

O argumento oficial baseia-se em que, em plena pandemia, o acesso aos serviços de tecnologia da informação e das comunicações deve ser garantido a todos. O decreto estabelece que os futuros aumentos "deverão ser justos, razoáveis" e autorizados previamente pelo governo.

"Perante as restrições que a pandemia impõe, ninguém deverá dedicar parte dos seus rendimentos para cobrir aumentos nos preços dos serviços", defendeu o presidente, enfatizando que, "a partir de agora, não poderá haver nenhum aumento sem a prévia aprovação do Estado".

Acesso à educação e à cultura

"A educação, o acesso ao conhecimento, à cultura e à comunicação são direitos básicos que devemos preservar", argumentou Fernández.

Pegas de surpresa, as empresas de telefonia móvel e de internet já tinham anunciado aumentos de 15% a partir de 1° de setembro. Além disso, de acordo com um decreto anterior, nenhum serviço poderá ser interrompido por falta de pagamento mesmo após três meses de inadimplência.

Com a nova definição de "serviço público essencial e estratégico", as empresas de telefonia, internet e TV por assinatura deixam de ter preços baseados na livre concorrência e passam a ter tarifas definidas pelo Estado, que poderá decidir as prioridades para o serviço e ter todas as informações das empresas, agora reguladas.

 

 

*Por: Márcio Resende / RFI

Medidas do Poder Público são fundamentais para minimizar perdas, no entanto, recursos disponibilizados ainda não cobrem baixas frequentes desde o início da pandemia

 

SÃO PAULO/SP - O turismo nacional sofreu queda de 50,5% no faturamento de junho, em relação ao mesmo período do ano passado. O setor registrou faturamento de R$ 6 bilhões, menor faturamento para o mês da série histórica, iniciada em 2011, com um prejuízo de R$ 6,2 bilhões em relação ao mesmo período de 2019 – de acordo com levantamento do Conselho de Turismo da FecomercioSP, com base em números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 
Para a FecomercioSP, as medidas provisórias que auxiliam o setor (como a 944, a 948, a 963 e a 975) precisam ser aprovadas com urgência pelo Congresso, pois, além, de trazerem alternativas para as empresas cancelarem e remarcarem a prestação dos serviços, também são responsáveis pela abertura e pela liberação de crédito para micros e pequenas empresas conseguirem sobreviver e preservar os empregos em meio às crises econômica e sanitária decorrentes da pandemia de covid-19. Contudo, a Federação ressalta que o prejuízo somado das atividades desde março, excluindo transportes aéreo e rodoviário, já passa dos R$ 11 bilhões, então, os valores disponibilizados até o momento não cobrem nem metade das perdas.
 
Das seis atividades pesquisadas, cinco registraram retração em seu faturamento real no comparativo anual, com destaque para transporte aéreo (-78%) e serviços de alojamento e alimentação (-57,5%).

O setor também aguarda a aprovação da MP 948/2020, que dispõe sobre regras para cancelamentos e reembolsos sobre as atividades turísticas. A MP pretende equilibrar as relações entre empresa e consumidor neste momento de pandemia, sem conceder vantagem excessiva para algum lado. O texto prevê que, na hipótese de cancelamento de serviços, reservas e eventos – como shows e espetáculos –, a empresa não será obrigada a reembolsar imediatamente os valores pagos, desde que ofereça algumas alternativas sem custo adicional, taxa ou multa, caso a solicitação seja formalizada dentro do prazo de 90 dias da edição dessa medida, tais como: garantia de remarcações dos serviços, das reservas e dos eventos cancelados; disponibilização de crédito para uso ou abatimento na compra de outros serviços, reservas e eventos, disponíveis nas respectivas empresas; ou outro acordo a ser formalizado com o consumidor. Caso o comprador não escolha nenhuma das alternativas, o seu direito ao reembolso é mantido.
 
Dicas aos empresários do setor
Para tentar minimizar os prejuízos, a FecomercioSP recomenda que os empresários se aproximem cada vez mais dos consumidores, sendo importante informar, em tempo real, as medidas sanitárias realizadas, a fim de manter a credibilidade e recuperar a confiança dos viajantes. Também há oportunidade para cidades próximas às capitais, entre 150 e 200 quilômetros, uma vez que muitas famílias estão cansadas de ficar em casa e buscam viagens rápidas para ter mais espaço e um pouco de lazer, o que beneficia empresas de locação de veículos, transporte rodoviário, hotelaria, restaurantes, entre outros.
 
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do PIB brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.

SÃO CARLOS/SP - O Comitê Emergencial de Combate ao Coronavírus se reuniu nesta quinta-feira (20/8), no auditório do Paço Municipal, com representantes das escolas particulares de educação infantil para discutir o retorno das aulas presenciais nessas unidades.

Os representantes das escolas apresentaram aos membros do Comitê 10 modelos de protocolos de segurança sanitária para que seja autorizado o retorno das aulas presencias na rede particular de ensino.

Cerca de 30 empresários do setor educacional particular participaram da reunião que também contou com a participação do procurador geral do município, Alexandre Carreira Martins Gonçalves, da supervisora da Vigilância Sanitária, Fernanda Cereda, do diretor de Fiscalização da Prefeitura, Rodolfo Penela, da diretora do Procon, Juliana Cortes e de Fabrícia de Paulo, diretora do Departamento de Supervisão Escolar da Secretaria de Educação, além dos secretários municipais e membros do Comitê, Glaziela Solfa Marques, da Cidadania e Assistência Social e Samir Gardini, da Segurança Pública.

De acordo com o coordenador do Comitê e secretário de Comunicação, Mateus de Aquino, os protocolos foram recebidos e todos serão analisados tecnicamente pela Vigilância Sanitária. “Essa é a segunda reunião com proprietários das escolas particulares. Na primeira reunião ficou acordado que o município precisava analisar juridicamente a situação, já que a rede municipal anunciou que não retorna as atividades presenciais esse ano. Mas entendemos que devemos auxiliar a retomada do setor, porém de forma segura, com protocolos rígidos e que deverão ser seguidos por todos”, disse Aquino.

O coordenador explicou, ainda, que será elaborado um protocolo único pela Vigilância Sanitária que será apresentado para todos na próxima quinta-feira, dia 27 de agosto. Para a retomada das atividades todas as escolas devem receber um alvará temporário para essa situação. Quanto à data de retorno das aulas presenciais nas escolas particulares, Mateus de Aquino, afirma que vai ser preciso seguir o Plano SP.

O Governo do Estado autorizou a abertura gradual das escolas nas cidades que estão na fase amarela do Plano São Paulo em duas datas distintas. A partir do dia 8 de setembro, a retomada atenderia apenas alunos com mais dificuldade de aprendizado em atividades de reforço. A retomada efetiva, mas ainda gradual e restrita do calendário letivo, é prevista para 7 de outubro. Nesta primeira etapa, na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, o limite máximo previsto no Plano SP é de até 35% dos alunos em atividades presenciais. Para os anos finais do ensino fundamental e ensino médio, o limite máximo é de 20%.

{https://soundcloud.com/radio-sanca/comite-vai-analisar-protocolos-de-seguranca-para-retorno-de-aulas-presenciais-em-escolas-particulares-de-educacao-infantil}

MUNDO - A dívida pública do Reino Unido ultrapassou, no final de julho, 2 trilhões de libras, um recorde que simboliza o impacto brutal da pandemia de coronavírus em uma economia que tenta se recuperar neste verão boreal.

As finanças públicas britânicas se deterioram em alta velocidade devido ao custo das medidas de apoio à atividade implantadas nos últimos meses para fazer frente às consequências da crise de saúde, em particular dezenas de bilhões de libras para apoiar o emprego com um sistema de desemprego parcial.

A dívida alcançou precisamente 2.004 bilhões de libras no mês passado, 227,6 bilhões a mais do que no ano anterior, anunciou o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS).

Em julho, representava mais de 100% do Produto Interno Bruto (100,5%), pela primeira vez desde 1961.

Ao mesmo tempo, a brutal recessão, consecutiva à paralisação da atividade durante semanas, reduziu consideravelmente as receitas fiscais, sem contar os cortes temporários de impostos concedidos a setores frágeis como hotéis e restaurantes.

Consequentemente, o déficit público atinge níveis inéditos, alcançando 150,5 bilhões de libras entre abril e julho. Economistas esperam que exceda 300 bilhões no ano fiscal de 2020-2021 (concluído no final de março).

"A crise colocou uma enorme pressão sobre as finanças públicas, uma vez que a nossa economia é afetada e tomamos medidas para apoiar milhões de empregos e negócios. Sem esta ajuda, as coisas teriam sido muito piores", comentou o ministro das Finanças, Rishi Sunak, em comunicado divulgado nesta sexta-feira.

Ele alertou que, para colocar as finanças públicas nos trilhos, serão necessárias "decisões difíceis", sem maiores detalhes.

O governo pode não ter escolha a longo prazo a não ser aumentar os impostos ou reduzir alguns gastos públicos.

- Retomada da atividade -

Os economistas acreditam que o déficit público deve aumentar ainda mais em agosto, com os últimos pagamentos do sistema de desemprego parcial para trabalhadores autônomos e o financiamento do programa de alimentação 'Eat Out to Help Out'.

As finanças públicas devem ganhar fôlego com a retirada, no final de outubro, do sistema de desemprego parcial, com o risco, porém, de uma nova onda de demissões.

"Isso poderia dar pouca margem de manobra neste outono (boreal)", quando Rishi Sunak deve revelar um orçamento muito aguardado, segundo Michael Hewson, analista da CMC Markets.

A economia britânica provavelmente já passou pelo pior momento e a atividade começou uma forte recuperação desde maio, com a reabertura gradual de lojas e fábricas.

O índice PMI "flash" que mede a atividade no setor privado em agosto saltou para 60,3 pontos, seu maior nível desde outubro de 2013, impulsionado pelo setor de serviços, anunciou o gabinete Markit nesta sexta-feira.

O crescimento se beneficiou do desconfinamento, das férias passadas no Reino Unido mais do que no exterior e do dispositivo 'Eat Out to Help Out', embora Markit alerte para uma aceleração nos cortes de empregos no país.

O consumo das famílias também acelerou, conforme mostram os números das vendas no varejo divulgados nesta sexta-feira pelo ONS.

Aumentaram 3,6% em julho, graças a vestuário e combustíveis, ultrapassando seu nível de antes da pandemia.

No entanto, o ritmo de crescimento das vendas desacelerou fortemente em relação aos aumentos registrados em maio e junho após o desconfinamento.

Por outro lado, as vendas online caíram, mas ainda são mais de 50% superiores às de fevereiro, atestando os novos hábitos de consumo nos lares britânicos.

O fechamento de lojas físicas está aumentando, assim como as ondas de demissões no setor do varejo.

Por exemplo, Marks and Spencer acaba de anunciar 7.000 cortes de empregos devido a uma queda no número de clientes em suas lojas e seu desejo de concentrar suas forças nas vendas pela internet.

As lojas de departamentos Debenhams, que entraram com pedido de concordata, podem não reabrir, com 14.000 empregos em risco.

 

 

*Por: AFP

BRASÍLIA/DF - A Petrobras anunciou, nesta ontem (20), reajuste nos preços da gasolina, de 6%, e do diesel, de 5%. Os novos preços valem a partir de hoje (21) e são referentes ao cobrado nas vendas às distribuidoras. O valor final nos postos para os motoristas agrega outros custos e varia segundo o mercado.

De acordo com o levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre os dias 8 e 15 de agosto, o preço médio da gasolina comum no país foi de R$ 4,234. O diesel S-500 foi de R$ 3,364. O etanol, de R$ 2,769. E o gás de cozinha, de R$ 70,01, para o botijão de 13 kg.

Os preços são referentes ao valor vendido para as distribuidoras a partir das refinarias. O valor final ao motorista dependerá do mercado, já que cada posto tem sua própria política de preços, sobre os quais incidem impostos, custos operacionais e de mão de obra.

“Nossa política de preços para a gasolina e o diesel vendidos às distribuidoras tem como base o preço de paridade de importação, formado pelas cotações internacionais destes produtos mais os custos que importadores teriam, como transporte e taxas portuárias, por exemplo. A paridade é necessária porque o mercado brasileiro de combustíveis é aberto à livre concorrência, dando às distribuidoras a alternativa de importar os produtos”, explica, em nota, a estatal.

Segundo a companhia, a gasolina e o diesel vendidos às distribuidoras são diferentes dos produtos no posto de combustíveis. São os combustíveis tipo A: gasolina antes da sua combinação com o etanol e diesel sem adição de biodiesel. “Os produtos vendidos nas bombas ao consumidor final são formados a partir do tipo A misturados a biocombustíveis".

 

 

*Por Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil

SÃO CARLOS/SP - A Volkswagen está negociando o corte de funcionários nas 4 fábricas que tem no Brasil. Com a demanda reduzida por conta da pandemia do novo coronavírus, a montadora justifica que é preciso adequar o tamanho do quadro de empregados. A montadora tem fábricas nas cidades paulistas de São Bernardo do Campo, São Carlos e Taubaté e em São José dos Pinhais, no Paraná.

A empresa se reuniu nessa 4ª feira (19.ago.2020) com sindicatos da categoria. De acordo com representantes sindicais ouvidos pelo Estado de S. Paulo, a Volkswagen pretende demitir 35% dos atuais 15.000 funcionários. Ou seja, cerca de 5.000 pessoas seriam cortadas.

A Volkswagen confirmou, em nota, que existe 1 processo de negociação. No entanto, não falou qual o número de postos que serão extintos. Disse que estuda medidas de flexibilização e a revisão de acordos coletivos. O motivo principal é a “adequação do número de empregados ao nível atual de produção, com foco na sustentabilidade de suas operações no cenário econômico atual, muito impactado pela pandemia do novo coronavírus”.

Para justificar a necessidade do processo, a Volkswagen citou dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) que mostram que a produção de veículos da indústria brasileira deve cair 45% em 2020. “A recuperação do mercado, com queda prevista de 40% em relação a 2019, é projetada só para 2025”, segundo a companhia.

Porta-voz da montadora disse ao Estadão que a Volkswagen vai negociar a redução de salários e de benefícios como Participação nos Lucros e Resultados (PLR), vale transporte e convênio médico. A empresa pode ainda abrir planos de demissão voluntária.

MUNDO - O Parlamento da Nicarágua autorizou nesta terça-feira (18) a execução de um empréstimo de 43 milhões de dólares do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para "conter e controlar" a pandemia de COVID-19, informou uma fonte legislativa.

Segundo o presidente da comissão econômica do Parlamento, o deputado Wálmaro Gutiérrez, o objetivo do projeto é reduzir a morbidade e mortalidade do novo coronavírus e mitigar os efeitos indiretos da pandemia, principalmente em setores vulneráveis.

O financiamento chega em um momento em que o governo de Daniel Ortega é seriamente questionado sobre sua forma de enfrentar o coronavírus, sem medidas de contenção, enquanto organizações locais e internacionais questionam os números oficiais do contágio na Nicarágua.

Com o empréstimo, o país vai conseguir equipar 15 laboratórios estaduais para melhorar a detecção e o atendimento das pessoas infectadas com a COVID-19. Também investirá na modernização das unidades de emergência e terapia intensiva de 12 hospitais públicos.

O Ministério da Saúde nicaraguense registra 4.311 casos confirmados e 133 mortes, embora a organização independente Observatório Ciudadano, formada por médicos e redes de cidadãos, contabilize 9.646 casos suspeitos e 4.115 mortes pelo coronavírus.

A Nicarágua é o único país da América Central que não decretou quarentena, promovendo aglomerações recreativas e esportivas.

 

 

*Por: AFP

BRASÍLIA/DF - O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta última terça-feira (18) a Medida Provisória (MP) 938, que destina R$ 16 bilhões para reforçar o repasse da União aos fundos de Participação dos Estados e dos Municípios (FPE e FPM), em razão de perdas na arrecadação em função da pandemia de covid-19.

O cálculo dessa compensação foi feito pela diferença entre a arrecadação dos impostos de Renda (IR) e sobre Produtos Industrializados (IPI) nos períodos de março a novembro de 2019 e de 2020. Pela Constituição, a União deve repassar mensalmente aos estados 21,5% do valor arrecadado com esses impostos aos estados (FPE) e 24,5% aos municípios (FPM). A necessidade da compensação federal vem da queda na arrecadação desses dois impostos que, consequentemente, acabou reduzindo os repasses dos fundos.

Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência da República informou que o projeto aprovado amplia o prazo da compensação para os meses de julho a novembro, com o limite mensal para repasses de até aproximadamente R$ 2 bilhões a partir do mês de julho deste ano.

A pasta também informou que o presidente vetou um dos dispositivos da MP, que impedia o retorno dos saldos sobressalentes do apoio financeiro aos estados e municípios para os cofres da União, "por extrapolar o objeto da medida", que visou apenas compensação de perdas com arrecadação dos entes. "Tal medida estava em descompasso com o atual contexto de restrição fiscal, ao permitir um incremento no valor dos repasses aos fundos de participação em montantes superiores aos valores de 2019", diz a nota.

 

 

*Por: Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil

A empresária conta situações em que o seu ramo de atividade foi motivo para comentários pejorativos

 

SÃO PAULO/SP - Quem olha para Maisa Pacheco não imagina o quanto a empresária já lutou para manter seu nome atrelado ao empreendimento localizado em um dos endereços mais famosos de São Paulo - se não do Brasil. O motivo não é nenhuma briga com a prefeitura da cidade ou irregularidades na fachada do prédio, pelo contrário. A percepção da sociedade com essa atividade é quem já deu muita dor de cabeça para Maisa.

Imagine uma mulher dona de uma loja que vende acessórios em formato de órgãos genitais, vibradores, cremes e géis para o uso durante o sexo, fantasias eróticas e até bonecos infláveis. Isso foi motivo para surgirem comentários indecentes que colocassem em jogo, segundo a empresária, o verdadeiro significado de sua marca.

“Convivi, nos primeiros anos do sex-shop, com muita gente que via isso como uma atrocidade, algo indecente e até ‘pecaminoso’. Foi difícil segurar o lado emotivo, que sempre age por impulso, mas isso me serviu de motivação pra continuar o trabalho” diz Maisa.

Dona do seu próprio negócio há mais de vinte anos, Maisa conta que hoje é bem diferente manter e trabalhar a imagem se um sex-shop se comparado ao início, no começo dos anos 2000. Segundo ela, a visão de que a mulher pode se satisfazer sem um homem, ou usar produtos que estimulem a relação com o parceiro, “já é coisa do passado”.

“Mesmo no início dos anos 2000, as mulheres ainda não tinham essa total liberdade de frequentar um ambiente que estimulasse sua libido. Hoje isso é visto de uma maneira mais natural, mas não dá pra falar que não existem ‘olhos tortos’ para isso” acrescenta.

Maisa diz que os principais comentários, sobre sua empresa eram na intenção de que a empresária demonstrasse insegurança e até vergonha por exercer tal profissão. “O cara perguntava: ‘mas você testa os produtos’, ‘como você sabe que é bom?’, ‘o que a sua família vai pensar de você?’ e por aí vai. No começo isso me deixava pensativa, com a falsa impressão de que era motivo de vergonha.” Conta.

O boom da Internet

Se a internet é a maior criação do homem moderno, nunca saberemos, mas ela mudou a forma como as pessoas se relacionam, comportam, consomem produtos, serviços e se inserem no mundo. No caso de Maisa, a tecnologia favoreceu a disseminação dos produtos e possibilidades de expandir a marca para outros locais.

“Durante a pandemia do coronavírus precisei me adaptar. Minha loja nunca ficou fechada tanto tempo e isso geram custos, além dos habituais. O e-commerce foi um importante método de manter as contas em dia sem sacrifícios que me deixassem em desvantagem em relação ao mercado.”

Com a internet, Maisa conquistou até fãs que viajam de estados no Sul, Norte e Nordeste do país para conhecerem a “pepekuda” (apelido carinhoso que deu aos internautas) em São Paulo. “Sem a internet isso jamais aconteceria. Quem seria fã de uma dona de um sex-shop se ela não usasse as redes sociais para quebrar os tabus?”

Disseminação da marca

Com a reabertura gradual de vários setores da economia nas principais capitais do país, Maisa Pacheco trabalha na implantação de franquias do tradicional sex-shop. Ela conta que os planos foram atrasados pela chegada da pandemia, mas em breve deve anunciar unidades em várias localidades.

“Ainda no começo do ano, antes de descobrimos a pandemia, já estava finalizando os contratos com empreendedores interessados na marca. Agora, com o retorno das atividades, isso vai ser mais prático. Estamos quase anunciando as novas lojas” finaliza.

Serviço:
 
Sex Shop Maisa Pacheco

 
‪Rua da Consolação, 2504 (esquina com Av. Paulista), São Paulo – SP‬
 
Loja virtual: ‪https://www.maisapacheco.com.br‬ 
 
Instagram: ‪https://www.instagram.com/amaisapacheco/

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