EUA - Os Estados Unidos estimam que as perdas russas na Ucrânia até agora chegaram a cerca de 15 mil mortos e possivelmente 45 mil feridos, disse o diretor da CIA William Burns nesta quarta-feira (20), alertando que Kiev também tem sofrido baixas significativas.
"As estimativas mais recentes da comunidade de inteligência dos EUA são algo em torno de 15 mil mortes (nas forças russas) e talvez três vezes mais feridos. Portanto, um conjunto bastante significativo de perdas", disse Burns no Fórum de Segurança de Aspen, no Colorado.
"E os ucranianos também sofreram - provavelmente um pouco menos do que isso. Mas, baixas significativas."
Por Phil Stewart / REUTERS
KIEV - A Ucrânia pedirá aos detentores de títulos internacionais que concordem com um atraso de dois anos nos pagamentos de sua dívida para que possa concentrar seus recursos financeiros cada vez menores em repelir a Rússia, mostrou uma resolução do governo publicada na quarta-feira, 20.
Enfrentando uma queda estimada de 35% a 45% no PIB este ano após a invasão de Moscou em fevereiro, parlamentares instruíram o Ministério das Finanças do país a negociar o adiamento de sua dívida de cerca de 20 bilhões de dólares até 15 de agosto.
O adiamento, que muitos credores dizem que provavelmente será aceito e recebeu rapidamente apoio das principais potências ocidentais, chegaria bem a tempo de adiar cerca de 1,2 bilhão de dólares em pagamentos de dívidas com vencimento no início de setembro.
A resolução do governo publicada em seu site dizia que "todas as datas de pagamento de juros dos títulos" seriam adiadas sob o plano.
Em uma tentativa de evitar o que seria classificado como um calote, Kiev planeja oferecer aos credores, que incluem governos e muitos dos maiores fundos de investimento do mundo, pagamentos de juros adicionais assim que o congelamento terminar.
A Ucrânia estimou um déficit fiscal de 5 bilhões de dólares - ou 2,5% do PIB pré-guerra - por mês, o que os economistas calculam que eleva seu déficit fiscal para 25% do PIB, em comparação com apenas 3,5% antes do conflito.
Além disso, pesquisadores da Escola de Economia de Kiev estimam que já serão necessários mais de 100 bilhões de dólares para reconstruir a infraestrutura bombardeada da Ucrânia, enquanto o chefe do poderoso braço financeiro da União Europeia, o Banco Europeu de Investimento, alertou que pode chegar a trilhões.
Reportagem adicional Karin Strohecker / REUTERS
UCRÂNIA - O exército russo bombardeou nas últimas horas a região de Odessa, no oeste da Ucrânia, e a região de Dnipropetrovsk, no centro do país, onde destruiu infraestrutura e causou pelo menos seis feridos.
"De madrugada, as forças russas atacaram a região de Odessa mais uma vez, disparando sete mísseis do tipo Kalibr simultaneamente", avançou a agência Ukrinform, citando o Comando Operacional Sul da Ucrânia.
Os mísseis foram disparados a partir do Mar Negro, com um deles abatido pelas forças de defesa aérea, e os outros seis a atingir uma aldeia.
O ataque destruiu três casas e outros dois edifícios públicos, na sequência de um incêndio causado pelo bombardeamento. Outras propriedades particulares, carros, uma escola e um centro cultural foram também danificados, acrescentou o comando.
Seis pessoas ficaram feridas, incluindo uma criança, e o fogo consumiu uma área de cerca de 300 metros quadrados, embora tenha sido rapidamente extinto, referiu o relatório.
A capital da região de Odessa tem o único acesso para o Mar Negro que os ucranianos ainda controlam.
Na região de Dnipropetrovsk, no centro do país, também foi vivida uma "noite de ansiedade e bombardeio", segundo autoridades regionais.
"Tropas russas incendiaram os distritos de Nikopol e Kryvorizky. Cerca de 40 foguetes foram disparados contra Nikopol. Duas empresas industriais foram destruídas. As explosões também causaram vários incêndios", disseram as autoridades regionais na plataforma de mensagens Telegram.
Embora não tenha havido vítimas, várias casas particulares e linhas de energia ficaram danificadas na cidade.
"No distrito de Kryvorizka, o inimigo atingiu a comunidade de Zelenodol com artilharia. Felizmente, não houve vítimas. Outras áreas da região estão calmas no momento", acrescentaram as autoridades.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de cinco mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar russa causou a fuga de mais de 16 milhões de pessoas, das quais mais de 5,7 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
Também segundo as Nações Unidas, 15,7 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Lusa
UCRÂNIA - Pelo menos seis pessoas morreram na sequência de um bombardeamento russo contra Toretsk, cidade da região do Donbas, leste da Ucrânia, disseram hoje os Serviços de Emergência ucranianos.
"Um edifício foi destruído por um obus em Torestsk, que foi bombardeada de manhã. Os socorristas recuperaram cinco corpos. Três pessoas foram resgatadas dos escombros e uma morreu no hospital", de acordo com um comunicado das autoridades ucranianas divulgado através da plataforma digital Facebook.
O comunicado é acompanhado de imagens de escombros e acrescenta que a operação de resgate já terminou.
Além de Donbas, onde se concentra a ofensiva russa, os bombardeamentos das forças da Rússia atingiram Mikolaiv (sul da Ucrânia) assim como as regiões de Kharkiv (nordeste) e de Dnipropetrovsk (centro leste).
"Mykolaiv foi submetida a disparos massivos de foguetes de artilharia durante a noite de domingo. Um concessionário de automóveis e um centro de vendas de máquinas agrícolas foram atingidos. Os ataques não fizeram vítimas, de acordo com as primeiras informações", disse o governador da região, Vitali Kim, através do sistema de mensagens Telegram.
Nas últimas 24 horas, duas pessoas morreram durante os bombardeamentos russos contra a região de Kharkiv, de acordo com o governador da região, Oleg Sinegoubov.
Na região de Dnipropetrovsk, o "inimigo (forças da Rússia) bombardeou Nikopol várias vezes durante a noite", indica o relatório diário da Presidência da Ucrânia.
"Uma pessoa ficou ferida e foi transportada para o hospital. Cerca de dez edifícios foram destruídos, um hospital, duas fábricas e zonas do porto foram atingidas", refere o mesmo relatório do gabinete do chefe de Estado, Volodymir Zelensky.
Lusa
UCRÂNIA - A guerra na Ucrânia está prestes a completar quatro meses em 24 de julho. A invasão, chamada por Vladimir Putin de "operação militar especial", foi iniciada em fevereiro e já deixou milhares de mortos, milhões de refugiados e bilhões de dólares de prejuízo. Em razão disso, o Ocidente busca, financeira e diplomaticamente, maneiras de fazer com que a Rússia saia do território ucraniano.
Para o economista Igor Lucena, doutor em relações internacionais pela Universidade de Lisboa, há chance de ocorrer a divisão do território ucraniano como forma de encerrar o conflito.
"Infelizmente, essa possibilidade de termos duas Ucrânias ou até mais é uma realidade, e eu acho que nós estaremos revivendo um pouco do que assistimos na Coreia do Norte e principalmente na divisão da Alemanha", explica.
Por outro lado, o professor do Inest (Instituto de Estudos Estratégicos), da UFF (Universidade Federal Fluminense), Thomas Ferdinand Heye diz acreditar que a conquista de apenas parte da Ucrânia não seria satisfatória para Putin, ainda que ninguém saiba exatamente quais são os reais objetivos do líder russo.
"[A divisão] poderia até de imediato diminuir ou cessar as hostilidades, mas o conflito não estaria resolvido. Permaneceria congelado ou latente até eclodir novamente", explica.
O professor da UFF afirma que, com "duas Ucrânias", as ações russas têm a chance de ser consideradas comuns. "O maior risco é normalizar o absurdo do crime cometido pela Rússia ao invadir um país soberano e acabar com sua integridade territorial. Para os ucranianos, só pode existir uma Ucrânia", acrescenta.
É importante lembrar que há, na Ucrânia, as autoproclamadas "repúblicas populares" de Donetsk e Lugansk, que surgiram no primeiro semestre de 2014 após protestos da oposição pró-Ocidente na Ucrânia e da mudança de liderança em Kiev. Atualmente, essas regiões separatistas abrangem cerca de um terço do Donbass e as cidades de Donetsk e Lugansk, capitais dos territórios de mesmo nome.
As consequências de "duas Ucrânias"
Apesar de acreditar que a fragmentação do território ucraniano pode ocorrer em breve, Lucena, da Universidade de Lisboa, não acha que separar o país seria propositivo, pois, embora isso pudesse encerrar o conflito, dividiria famílias, negócios e tradições.
"A cultura é ucraniana, por mais que tenha mais ou menos influências da Rússia ou da Europa. Estaremos dividindo uma sociedade que já é formalizada. Então, acho que isso seria um exemplo muito negativo dentro do país", diz.
Lucena ainda explica que a fragmentação da Ucrânia criaria um abismo de desigualdade social, porque o lado mais a oeste ou mais ao norte teria um grande apoio de reconstrução da União Europeia, enquanto o sul ou o leste ficariam sob a regência e influência da Rússia, sem tanto apoio financeiro e capacidade operacional.
Outra questão seria a forma como ocorreria o reconhecimento de outros países em relação à existência de "duas Ucrânias”. Segundo Lucena, atualmente o território ucraniano é reconhecido por todas as nações e não pela Rússia, o que poderia mudar com a fragmentação.
"Não há uma visão de que elas de fato seriam reconhecidas, então não haveria acordos de comércio, financiamentos internacionais, representatividade dos líderes. Tudo isso deixaria essa parte dessa suposta nova Ucrânia ou Ucrânia do Leste, região do Donbass, talvez como uma região apátrida do ponto de vista internacional de decisões e negociações", diz o doutor pela universidade portuguesa.
Na opinião de Heye, a separação não seria totalmente aceita pelas demais nações: "[Um país dividido] seria fortemente rejeitado por diversas potências da arena internacional e por alguns países em vias de desenvolvimento".
Mas o professor da UFF reforça que, em termos quantitativos, a Rússia conta com o apoio ou ao menos a simpatia de um número muito maior de países, o que faria com que a criação de "duas Ucrânias" acabasse sendo reconhecida por uma parcela considerável da comunidade internacional — mesmo em meio a protestos e apoio de potências mundiais.
Maria Cunha / R7
*Estagiária do R7, sob supervisão de Raphael Hakime
UCRÂNIA - O britânico Paul Urey, que foi capturado e detido como mercenário em abril por forças pró-Rússia no leste da Ucrânia, morreu em 10 de julho, anunciaram hoje as autoridades separatistas.
"Apesar da gravidade dos (seus) crimes, Paul Urey estava a receber assistência médica adequada. Apesar disso, diante do seu diagnóstico e do 'stress', morreu em 10 de julho", disse a responsável pelos direitos dos separatistas na de Donetsk, Daria Morozova, na rede social Telegram.
Daria Morozova afirmou que Paul Urey era um mercenário e não um trabalhador humanitário, como argumentam a sua familia e empregador.
Uma organização sem fins lucrativos com sede no Reino Unido, Presidium Network, anunciou em 29 de abril que dois trabalhadores humanitários, Paul Urey e Dylan Healy, haviam sido capturados pelo Exército russo.
A mãe de Urey indicou que o seu filho estava numa missão humanitária, que sofria de diabetes e precisava de insulina.
Natural de Manchester, no norte da Inglaterra, Paul Urey é apresentado pela Presidium Network como um homem de família que não serviu no Exército mas passou oito anos no Afeganistão como empresário, enquanto Dylan Healy trabalhou numa cadeia de hotéis no Reino Unido.
Morozova disse hoje na sua publicação que as autoridades britânicas sabiam que Urey estava detido pelas forças armadas de Donetsk, mas que não fizeram nada pelo cidadão do Reino Unido.
Daria Morozova acusa Urey de ter "dirigido operações militares, recrutado e treinado mercenários para bandos armados ucranianos".
Segundo a responsável separatista, Urey sofria de diabetes, problemas renais, respiratórios e cardíacos, além de sofrimento psíquico.
O mesmo território separatista de Donetsk, cuja independência Moscovo reconheceu pouco antes de seu ataque de 24 de fevereiro à Ucrânia, condenou dois outros britânicos e um marroquino à pena de morte por serem mercenários.
No Telegram, Morozova não disse nada sobre Dylan Healy, que foi capturado junto com Paul Urey, de acordo com a Presidium Network.
Por: LUSA
UCRÂNIA - A Rússia reagiu a um ataque ucraniano e bombardeou a cidade de Bakhmut na noite de quarta-feira (13) e a manhã desta quinta-feira (14). As informações são do jornal O Globo e do jornal The Guardian.
O ataque russo seria uma represália aos ucranianos, que usaram o sistema de mísseis Himars, fornecido pelos Estados Unidos, em um local de defesa aérea russo, na cidade de Luhansk.
De acordo com Pavlo Kyrylenko, governador de Donetsk, uma pessoa e cinco ficaram feridas após os ataques. A cidade é considerada o centro administrativo da região de Donbas.
Nas redes sociais, o político afirmou que os russos estavam “constantemente bombardeando todo o território livre da região de Donetsk”.
O ataque a Luhansk, comandada por separatistas apoiados pela Rússia, foi confirmado por autoridades da cidade nesta quarta-feira.
KIEV - A Ucrânia lançou ataques com foguetes de longo alcance contra forças russas no sul do país e destruiu um depósito de munição, disseram os militares ucranianos, enquanto a Rússia continuava a atacar o leste do país.
O ataque a Nova Kakhovka, na região de Kherson, matou 52 pessoas, disseram militares da Ucrânia na terça-feira. As autoridades da cidade instaladas pela Rússia disseram que pelo menos sete pessoas foram mortas e cerca de 70 ficaram feridas, informou a agência de notícias russa Tass.
O ataque ocorreu depois que Washington forneceu à Ucrânia sistemas avançados de artilharia móvel Himars, que Kiev diz que suas forças estão usando com eficiência crescente.
A Reuters não pôde verificar independentemente os relatos do campo de batalha.
"Com base nos resultados de nossas unidades de foguetes e artilharia, o inimigo perdeu 52 (pessoas), um obus Msta-B, um morteiro e sete veículos blindados, bem como um depósito de munição em Nova Kakhovka", afirmou o comando militar do sul da Ucrânia em comunicado.
Autoridades pró-Rússia disseram que o ataque matou civis.
A área é de importância estratégica por causa de seu acesso ao Mar Negro, um setor agrícola antes próspero e localização ao norte da Crimeia, anexada à Rússia.
Vídeos não verificados postados nas mídias sociais mostraram uma imensa bola de fogo em erupção no céu noturno. Imagens divulgadas pela mídia estatal russa mostraram um terreno baldio coberto de escombros e restos de edifícios.
"Ainda há muitas pessoas sob os escombros. Os feridos estão sendo levados para o hospital, mas muitas pessoas estão sitiadas em seus apartamentos e casas", disse Vladimir Leontyev, chefe da administração civil-militar do distrito de Kakhovka, instalada pela Rússia, segundo a Tass.
Ele afirmou que depósitos, lojas, uma farmácia, postos de gasolina e uma igreja foram atingidos.
O Ministério da Defesa ucraniano não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre o tipo de arma usada.
A Rússia continuou a atacar o leste da Ucrânia em um esforço para ganhar o controle da província de Donetsk e toda a região industrial de Donbas. No início deste mês, Moscou capturou a província de Luhansk, que compõe o resto de Donbas.
A Rússia diz querer arrancar Donbas da Ucrânia em nome dos separatistas apoiados por Moscou em duas autoproclamadas Repúblicas populares cuja independência reconheceu às vésperas da guerra.
A Ucrânia está se preparando para o que espera ser uma nova e grande ofensiva russa no leste.
Por Tom Balmforth e Pavel Polityuk / REUTERS
TURQUIA - Militares da Ucrânia, Rússia e Turquia, com a presença de funcionários da ONU, se reúnem nesta quarta-feira (13) em Istambul para tentar desbloquear a saída de grãos dos portos ucranianos.
A reunião acontece a portas fechadas, segundo o ministério da Defesa da Turquia.
Ao final do encontro, um comunicado será divulgado, de acordo com o ministério, que não divulgou o local e o horário da reunião.
O encontro acontece em um cenário de aumento dos preços dos alimentos, o que ameaça várias regiões do planeta com fome.
Em uma entrevista ao jornal espanhol El País publicada nesta quarta-feira, o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, se mostrou relativamente confiante em um resultado positivo.
"Estamos a dois passos de conseguir um acordo com a Rússia", disse Kuleba. "Se eles realmente quiserem, as exportações de grãos começarão em breve", acrescentou.
Mas Kuleba suspeita que a Rússia está bloqueando os embarques para privar a Ucrânia de receita: "Eles sabem que se exportarmos receberemos uma receita dos mercados internacionais e isso nos tornará mais fortes".
A Ucrânia é um dos maiores exportadores mundiais de trigo e outros cereais.
Quase 20 milhões de toneladas de grãos estão bloqueados nos portos da região de Odessa pela presença de navios de guerra russos e de minas, instaladas por Kiev para defender sua costa.
A Turquia, integrante da Otan e aliada dos dois lados do conflito, intensificou os esforços diplomáticos para facilitar a retomada das exportações.
Funcionários do governo turco afirmaram que o país tem 20 navios mercantes esperando no Mar Negro que poderiam ser rapidamente carregados com grãos ucranianos.
Até o momento, os esforços turcos, realizados a pedido da ONU, não conseguiram desbloquear a situação, pois Moscou exige inspecionar os navios, o que Kiev recusa.
A visita do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, a Ancara no início de junho não resultou em nenhum avanço, na ausência de uma representação ucraniana.
RÚSSIA - Relatório britânico detalha que a escassez de pessoal das forças armadas russas pode estar a forçar Moscovo a recorrer a pessoal de prisões russas para o grupo Wagner - empresa considerada com ligações ao presidente russo Vladimir Putin.
As tropas russas continuam a fazer pequenos ganhos territoriais em Donetsk depois de alegarem ter tomado o controle da cidade de Hryhorivka.
Segundo o Ministério da Defesa do Reino Unido, as forças russas mantêm o ataque ao longo da principal rota de abastecimento do E-40 (hidrovia E-40 é uma rota de transporte navegável que liga o Mar Báltico e o Mar Negro) em direção às cidades de Slovyansk e Kramatorsk.
O relatório de inteligência britânico aponta ainda que os russos poderão estar a reagrupar e a construir novas ofensivas para um futuro próximo. O documento detalha ainda que a escassez de pessoal das forças armadas russas pode estar a forçar Moscovo a recorrer ao recrutamento não tradicional, onde se inclui pessoal de prisões russas para o grupo Wagner, uma empresa paramilitar com alegadas ligações ao presidente russo Vladimir Putin.
“Se for verdade, este movimento provavelmente indica dificuldades em substituir o número significativo de baixas russas”, aponta o Ministério da Defesa do Reino Unido.
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 12 July 2022
— Ministry of Defence ?? (@DefenceHQ) July 12, 2022
Find out more about the UK government's response: https://t.co/vzAuk7j6hs
?? #StandWithUkraine ?? pic.twitter.com/KhsMlL4GW0
O grupo russo Wagner, que é financiado por Yevgeny Prigozhin, um amigo de Putin, tem mais de 2.000 homens na RCA, divididos entre Bangui, Berengo e a parte interior do país. Segundo a revista African Report, muitos dos mercenários experientes da Wagner começaram as suas 'carreiras' no Donbass, Ucrânia.
O líder operacional do grupo e número dois do Prigozhin, Dmitry Utkin, lutou no Donbass. Este autoproclamado neonazi terá comandado unidades mercenárias, em finais de 2014 e princípios de 2015, sob a bandeira do 'Corpo Eslavo', o antecessor não oficial da Wagner.
Refira-se que a generalidade da comunidade internacional condenou a Rússia por ter iniciado a guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 139.º dia.
A União Europeia e vários países ocidentais têm decretado sucessivos pacotes de sanções contra a Rússia e fornecido armas à Ucrânia.
Desconhece-se o número exato de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm alertado que será consideravelmente elevado.
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