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"Coronaoquê?" associa conhecimento científico ao enfrentamento da pandemia

 

SÃO CARLOS/SP - O Laboratório Aberto de Interatividade para a Disseminação do Conhecimento Científico e Tecnológico (LAbI) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) lançou mais um produto para disseminação de informações confiáveis no contexto da pandemia de Covid-19: a série "Coronaoquê?", voltada às crianças.
A série, que utiliza a linguagem do desenho, parte de temas em evidência no debate público sobre a pandemia, que muitas vezes chegam até as crianças sem contextualização para a sua realidade, para compartilhar explicações que possam ser compreendidas por esse público. No primeiro episódio, por exemplo, há a apresentação de quem é o novo Coronavírus, porque ele recebe esse nome, são abordadas as hipóteses para o seu surgimento e, também, as recomendações de proteção, como a higiene das mãos, o uso de máscaras e o distanciamento físico.
"As crianças sem dúvida já ouviram essas recomendações como instruções, mas não necessariamente têm a resposta para o motivo delas serem necessárias e importantes. Além de buscar uma linguagem que possa dialogar com as dúvidas e, também, com os sentimentos provocados pela pandemia, nosso objetivo também é apresentar o conhecimento científico que sustenta essas instruções, por exemplo", conta Tárcio Minto Fabrício, Coordenador de Conteúdo do LAbI e idealizador da nova produção, que realiza estágio de pós-doutorado na área de difusão do conhecimento junto ao Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF).
O LAbI, sediado na UFSCar, é parceiro do CDMF e, também, do Centro de Inovação em Novas Energias (Cine), na concretização das atividades de difusão desses centros, ambos financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
A série "Coronaoquê?" vem se somar a outros esforços do LAbI na divulgação de informações confiáveis sobre a Covid-19 apoiados pelo Cine e pelo CDMF. Dentre eles, destaca-se o podcast diário Quarentena, que já ultrapassou a centésima edição diária com resumo das principais notícias sobre a Covid-19 publicadas no Brasil e no mundo, além de entrevistas exclusivas, dicas culturais, dentre outros tópicos. Outro material relevante é a série de vídeos "Covid-19: Perguntas e Respostas", que reúne dúvidas comuns sobre a doença, respondidas por Bernardino Geraldo Alves Souto, docente do Departamento de Medicina (DMed) da UFSCar. Um diferencial do projeto é que os vídeos trazem janela com interpretação em Língua Brasileira de Sinais (Libras), em uma parceria com o Laboratório de Tradução Audiovisual da Língua de Sinais (Latravilis) da UFSCar.
Toda essa produção está disponível na playlist "Covid-19" no canal do LAbI no Youtube, o ClickCiência. O "Coronaoquê?" pode ser conferido no site do LAbI (www.labi.ufscar.br), onde há mais informações.

Ferramenta estimula processos de ensino e aprendizagem mais lúdicos

SÃO CARLOS/SP - Em meio à pandemia do novo Coronavírus e a suspensão das aulas presenciais, uma experiência inovadora com a plataforma Ludo Escola está sendo implantada na rede municipal de ensino de São Carlos, por meio de uma parceria entre o Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a Aptor Software (spin-off do CDMF) e a Secretaria Municipal de Educação de São Carlos.
Criada pelo grupo de desenvolvimento de jogos educacionais Ludo Educativo, um projeto de extensão universitária do CDMF, em parceria com a Aptor Software, a plataforma Ludo Escola, gratuita, busca auxiliar professores e estudantes com o emprego de tecnologias digitais nos processos de ensino e aprendizagem. 
"Para amenizar as perdas dos estudantes do Ensino Fundamental e Médio diante da pandemia, celebramos um convênio com a Secretaria de Educação de São Carlos, com o objetivo de melhorar as condições dos professores ao criarem salas de aula, atividades e avaliações online", diz Elson Longo, Diretor do CDMF e Professor Emérito da UFSCar.
Com o módulo Ludo Escola, dentro do Portal Ludo Educativo, os professores têm a oportunidade de utilizar cursos já disponibilizados na plataforma, para aplicar a seus alunos, ou criar seus próprios cursos, com diferentes módulos, em formato de jogos de tabuleiro. Os professores também têm acesso a diferentes relatórios, para analisarem o desempenho dos estudantes frente aos assuntos abordados no curso e o progresso de cada um nos módulos.
Para ter acesso à plataforma, é preciso realizar cadastro no Ludo Educativo (https://www.ludoeducativo.com.br/), selecionando a opção Ludo Escola. O tutorial pode ser conferido no Youtube (https://youtu.be/B0ak0CgUxsU).

Ludo Educativo
O Ludo Educativo nasceu de uma iniciativa conjunta da Aptor Software e do CDMF, um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e recebe também investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN). Com realização da equipe da Aptor Software, criou-se um portal de jogos educativos completamente gratuitos para tornar a educação algo mais divertido.

Pesquisa busca voluntários para validar instrumento que pode colaborar com quem sofre com o problema

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de mestrado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), convida pessoas que tenham dor na coluna cervical (dor no pescoço) para participarem de processo de validação de um instrumento utilizado no exterior e que pode colaborar com a reabilitação de pacientes brasileiros que sofrem com o problema. O estudo é desenvolvido pela mestranda Mariana Quixabeira Almeida, sob orientação de Mariana Avila, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Universidade.           

A pesquisa é intitulada "Adaptação transcultural e validação do The Northwick Park Neck Questionnaire (NPQ) para o Português brasileiro". O objetivo é fazer uma adaptação da versão original (Inglês) desse questionário para o Português brasileiro e verificar se ele pode ser válido e confiável na versão traduzida.         

De acordo com a orientadora, a dor cervical crônica é a quarta causa de incapacidade relacionada à dor no mundo. "Apesar de tão importante socioeconomicamente, ainda existe a necessidade de instrumentos que abordem de forma abrangente o problema, inclusive levando em conta atividades que são realizadas diariamente e que são impactadas quando a pessoa tem dor", destaca ela. Nesse contexto, foram desenvolvidos no exterior diversos métodos que avaliam a função das pessoas que sofrem com dor na cervical, mas, segundo a docente, esses instrumentos precisam passar por um processo de tradução e adaptação cultural para serem aplicados em pacientes de cada país.         

Atualmente, há apenas dois questionários adaptados para o Português e utilizados no Brasil para avaliar a capacidade funcional e cervicalgia. O NPQ traduzido terá como função mensurar a dor cervical e suas interferências na vida diária das pessoas acometidas pelo problema, ampliando, assim, as ferramentas confiáveis e validadas para o uso em pacientes brasileiros. Segundo a docente da UFSCar, a expectativa quanto aos resultados do estudo é positiva. "Esperamos que a versão adaptada do NPQ para a população brasileira seja válida e confiável, permitindo que mais instrumentos de avaliação possam ser utilizados para esse quadro da dor cervical", conclui.         

Para realizar a pesquisa, estão sendo convidados voluntários, homens ou mulheres, que tenham relato de dor crônica na cervical (pescoço) há mais de três meses. Os voluntários podem ser qualquer região do Brasil e responderão a questionários online para avaliar as propriedades do NPQ. O tempo de resposta do primeiro questionário é de 30 minutos, e o segundo, aplicado uma semana depois, tem 5 minutos de duração. Interessados podem acessar o questionário nesse link (https://bit.ly/2CBSdFI) ou entrar em contato com a pesquisadora até o mês de agosto, pelo telefone (16) 99622-1003 ou e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 87346778.9.3001.5504).

Infectologista Ho Yeh Li acompanhou os primeiros exames do Programa Testar para Cuidar no HU-UFSCar.

 

SÃO CARLOS/SP - O Hospital Universitário da UFSCar (HU-UFSCar) foi um dos pontos de coleta de informações e exames de sangue do "Testar para Cuidar - Programa de Mapeamento da COVID-19", no dia 14 de junho. A Reitora da UFSCar, Wanda Hoffmann, acompanhou as coletas e encontrou a médica infectologista Ho Yeh Li, Chefe da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital das Clínicas de São Paulo e a única infectologista que integrou a equipe que foi à China buscar os brasileiros que pediam repatriação, no início da pandemia. A visita foi acompanhada pelas médicas e Professoras da UFSCar, Meliza Goi Roscani (Chefe de Gestão de Cuidado do HU) e Sigrid de Souza, uma das coordenadoras do Mapeamento.

"Temos várias iniciativas e ações na UFSCar para o enfrentamento da doença COVID-19. Destaco o empenho e a responsabilidade da nossa comunidade UFSCar, que está apoiando a sociedade neste momento difícil. Este mapeamento vai possibilitar a criação de estratégias para controle e combate da doença", afirmou a Reitora. 

O papel da UFSCar no programa "Testar para Cuidar" é apoiar o levantamento, a coleta de informações e exames. Conta com a participação de docentes, estudantes da área da saúde e, também, de inscritos na iniciativa "O Brasil Conta Comigo". A realização dos exames tipo ELISA contará com o apoio da UFSCar, por meio do Laboratório de Inflamação e Doenças Infecciosas (LIDI), do Departamento de Morfologia e Patologia (DMP). Os testes serão comprados pela Prefeitura de São Carlos.

Já o Hospital Universitário (HU) da UFSCar, além de disponibilizar o local para a realização do levantamento, tem profissionais da área da saúde trabalhando como voluntários na ação. O HU-UFSCar é referência no atendimento a moradores que durante a visita apresentam algum sintoma grave de Síndrome Gripal. Ao todo, 44 leitos de enfermaria e 10 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) foram disponibilizados para atendimento exclusivo de pacientes COVID-19, no HU. 

"A testagem, neste momento, torna-se ainda mais importante no combate à pandemia e a participação dos alunos, do HU e da UFSCar, mostra mais uma vez a perfeita sintonia entre o ensino e a assistência", afirmou a Superintendente do HU-UFSCar, Ângela Leal.

Para a aluna do 6º ano do curso de Medicina, Malu Oliveira da Cunha, o Testar para Cuidar está sendo importante para a formação. "Fazer parte dessa pesquisa é muito gratificante e um aprendizado dentro da minha formação. A COVID-19 é algo novo e que nós estamos tendo que estudar no dia a dia", contou. 

A médica infectologista Ho Yeh Li, Chefe da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina de São Paulo, conheceu o "Testar para Cuidar" e destacou a importância do programa. "Este mapeamento é fundamental para que os governantes, assim como os gestores da área da saúde, consigam fazer um planejamento para o enfrentamento da COVID-19. Ele será determinante para a adequação dos serviços nos próximos meses", disse Ho Yeh Li. 

Com trabalhos relevantes em H1N1 e febre amarela, Ho Yeh Li afirma que São Carlos será um exemplo para outras cidades. "Conhecer a porcentagem da população infectada e a porcentagem da população que está suscetível à doença permite traçar a curva e trabalhar ações mais concretas. São Carlos é um exemplo para as outras cidades seguirem", completou.

Ao todo, 545 propostas foram avaliadas e apenas 31 aprovadas, sendo 3 delas da UFSCar.

 

SÃO CARLOS/SP - A Universidade Federal de São Carlos (USFCar) teve três projetos de pesquisa e formação de recursos humanos na pós-graduação stricto sensu selecionados pelo Edital nº 09/2020, do Programa de Combate a Epidemias da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). O resultado preliminar foi publicado na sexta-feira (19), no Diário Oficial da União. O edital, que recebeu 545 propostas, previa a escolha de 30. Devido à alta qualidade, 31 atingiram a avaliação máxima e serão implementados.

Os três projetos da UFSCar são: "Imunossensores flexíveis nanoestruturados de ouro e platina para a detecção da COVID-19", coordenado pelo Professor Bruno Campos Janegitz, do Departamento de Ciências da Natureza, Matemática e Educação (DCNME), campus Araras; "Desenvolvimento de Tecidos Inteligentes para Meios Filtrantes com Caráter Biocida e Virucida", coordenado pela Professora Mônica Lopes Aguiar, do Departamento de Engenharia Química (DEQ), campus São Carlos; "Diagnóstico, Prevenção e Tratamento - contribuição do PPGQ-UFSCar ao enfrentamento da COVID-19 e outras pandemias" coordenado pelo Professor Ronaldo Censi Faria, do Departamento de Química (DQ), campus São Carlos.

"O resultado da CAPES comprova a excelência da UFSCar em pesquisa e como a Universidade pode impulsionar o desenvolvimento científico no País. Mesmo nesse momento de pandemia, a UFSCar mantém seu protagonismo e está seguindo em frente, superando desafios e transformando a nossa sociedade", disse a Reitora da UFSCar, Wanda Hoffmann

Programa de Combate a Epidemias é um conjunto de ações de apoio a projetos, pesquisas e formação de recursos humanos para enfrentar a COVID-19 e estudar temas relacionados a endemias e epidemias. Duas dimensões estruturam o Programa: Ações Estratégicas Emergenciais Imediatas e Ações Estratégicas Emergenciais Induzidas em Áreas Específicas. No total, serão concedidas 2,6 mil bolsas e investimento de R$ 200 milhões ao longo de quatro anos.

Para o Prof. Bruno Campos Janegitz (DCNME/ Araras), coordenador de um dos projetos selecionados, o edital deu a Universidades a possibilidade de gerar novas tecnologias de diagnósticos. "Essa será uma grande oportunidade de reunir pesquisadores para propor sistemas de detecção simples, rápidos e de baixo custo para a sociedade. E isso é muito gratificante", afirmou. O projeto será realizado em parceria com o Professor Fernando Vicentini, do Centro de Ciências da Natureza/ campus Lagoa do Sino, e com a Universidade Federal do Paraná (UFPR). O resultado final está previsto para ser divulgado a partir de 1º de julho e as atividades dos projetos devem começar a partir de 1º de agosto.

Programa, que completou 40 anos em 2019, tem excelência internacional

 

SÃO CARLOS/SP - O Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais (PPGCEM) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está com inscrições abertas para pessoas interessadas em cursar mestrado acadêmico e doutorado (com e sem título de mestre). O Programa é considerado de excelência internacional pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), tendo recebido o conceito 7 (nota máxima) ininterruptamente desde a avaliação do triênio 1998-2000.

As inscrições devem ser efetuadas até o dia 1º de julho, por meio de formulário eletrônico disponível no site do PPGCEM, em www.ppgcem.ufscar.br, onde também estão os editais e demais informações sobre os processos seletivos.

O PPGCEM tem 35 docentes credenciados, atuantes em 18 linhas de pesquisa. Até dezembro de 2019, o Programa já havia formado 879 mestres e 412 doutores. Mais informações no site do Programa.

Pesquisadores da UFSCar e parceiros nacionais e internacionais inovam ao combinar fatores espaciais em relação à série temporal

 

SÃO CARLOS/SP - Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) publicaram dois estudos geográficos pioneiros no uso de método de escaneamento estatístico espaço-temporal para monitorar a Covid-19. O primeiro abrange o estado de São Paulo, avaliando a dispersão da doença nos municípios paulistas, tendo como base o número de casos diários e identificando clusters (agrupamentos) espaço-temporais emergentes ativos nesses municípios. Já a segunda pesquisa determina os clusters emergentes em todo o Brasil, levantando o risco relativo da doença para os 5570 municípios brasileiros. Neste, também são considerados na análise o risco relativo com índices de vulnerabilidade social (IVS), desigualdade (GINI) e com a taxa de mortalidade.

Os trabalhos são fruto de uma parceria entre instituições do Brasil e Estados Unidos e são assinados pelos pesquisadores Rogério Hartung Toppa, do Departamento de Ciências Ambientais (DCA-So), Marcos Roberto Martines, do Departamento de Geografia, Turismo e Humanidades (DGTH-So), ambos do Campus Sorocaba da UFSCar; Ricardo Ferreira Vicente, da  Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM); Luiza Maria de Assunção, da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Michael Richard Desjardins, da Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health; e Eric M. Delmelle, da Universidade da Carolina do Norte.

"No estudo sobre os municípios paulistas, nós subdividimos todo o período de estudo - 25 de fevereiro (data do primeiro caso de Covid-19 confirmado no Brasil) a 5 de maio - em três recortes temporais: 25/2 a 24/3; 25/2 a 15/4; e 25/02 a 05/05. Isso permitiu determinar o arranjo geográfico deste risco relativo para o estado de São Paulo por meio dos clusters emergentes", detalham Toppa e Martines. Enquanto no primeiro período não havia nenhum cluster significativo no Estado, no terceiro recorte, que abrangeu todo o período de análise (70 dias da pandemia), foram identificados três clusters emergentes significativos e 23 municípios com risco relativo maior do que 1, ou seja, com mais casos observados de Covid-19 do que esperados. "O que chamou a atenção é que esses clusters estavam todos próximos da capital do Estado, o que corrobora com a ideia de que a cidade de São Paulo era o epicentro da doença no período analisado", destacam.

No segundo estudo, que inclui variáveis socioeconômicas, os professores da UFSCar e demais colaboradores observaram uma "correlação positiva do risco relativo com essas variáveis, ou seja, locais mais vulneráveis e mais desiguais socialmente têm uma maior tendência de apresentarem os maiores riscos relativos da doença, além de uma maior taxa de mortalidade".

Para esse estudo de abrangência nacional foi feito um recorte temporal de 103 dias (de 25 de fevereiro a 7 de junho). "Encontramos 11 clusters emergentes de Covid-19 ocorrendo em todas as regiões do Brasil, sendo que sete deles apresentaram um risco relativo maior do que 1, o que significa que esses clusters têm mais casos observados do que esperados. O cluster mais crítico foi observado predominantemente na região Norte, também incluindo o estado do Tocantins", revelam os professores da UFSCar. 

"Nesse estudo nós listamos os três municípios mais críticos em relação aos sete clusters ativos identificados e cujos casos observados são maiores do que os casos esperados", descrevem Toppa e Martines. Segundo eles, a situação mais crítica se encontra no município de Pedra Branca do Amapari, no estado do Amapá. "Vale destacar que todos os 16 municípios do estado do Amapá estão com o risco relativo maior do que 1", completam. Por outro lado, foram encontrados municípios com risco relativo zero e outros com baixos valores de risco relativo em diversos estados brasileiros. 

"Os resultados obtidos são um sinal de alerta sobre os casos de Covid-19 em municípios mais vulneráveis socioeconomicamente. Acreditamos que a ampla divulgação desse trabalho chama a atenção do poder público sobre o arranjo geográfico da doença em diferentes condições socioeconômicas do País, e que é necessário ter uma maior atenção em regiões mais vulneráveis", analisam. 

De acordo com os docentes da UFSCar, o método usado nesses estudos permite a identificação de padrões espaciais e/ou espaço-temporais que geram agrupamentos de dados como resultados, possibilitando que os tomadores de decisão identifiquem pontos críticos estatisticamente significativos dos casos de Covid-19. "Dentre as aplicabilidades possíveis está a capacidade de identificar e prever ocorrências de fenômenos com base na identificação de áreas - conjuntos - de dados. Isso pode subsidiar possíveis medidas de prevenção para minimizar os danos à população exposta ao risco do fenômeno estudado", concluem os professores da UFSCar. 

Saiba mais
O artigo sobre o avanço da Covid-19 no estado de São Paulo, intitulado "Applying a Prospective Space-Time Scan Statistic to Examine the Evolution of COVID-19 Clusters in the State of Sao Paulo, Brazil", está disponível no site da medRxiv, em https://bit.ly/3fyE7Db, um servidor online gratuito de manuscritos na área das Ciências da Saúde. Já a publicação que amplia o estudo para todo o Brasil, intitulada "Detecting space-time clusters of COVID-19 in Brazil: mortality, inequality, socioeconomic vulnerability, and the relative risk of the disease in Brazilian municipalities", pode ser acessada em https://bit.ly/2AIx8sJ.
Mais informações podem ser obtidas com os autores pelos e-mails Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Evento será realizado a distância e contará com palestrantes nacionais e internacionais

 

SÃO CARLOS/SP - Acontece entre os dias 24 e 27 de junho o 1º CBDGeoMA - Congresso Brasileiro Digital de Geotecnia e Meio Ambiente, promovido pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da Universidade de São Paulo (USP). 

O CBDGeoMA é o primeiro congresso digital de Geotecnia e Meio Ambiente do Brasil, cujo objetivo é a aprendizagem e reciclagem de profissionais e estudantes da área, durante o isolamento social provocado pela pandemia da Covid-19. 

A iniciativa tem origem nas Jornadas de Geotecnia da UFSCar realizadas em 2012, 2013 e 2015 que evoluíram para Congresso, nesta edição totalmente a distância, extrapolando fronteiras, não só estaduais como nacional. O evento é organizado pelas professoras da UFSCar Marcilene Dantas Ferreira, do Departamento de Engenharia Civil (DECiv), e Cláudia Marisse dos Santos Rotta, do Centro de Ciências da Natureza (CCN), e pelo professor Jefferson Lins da Silva, da EESC-USP. 

A programação terá palestras, debates e interações entre profissionais e acadêmicos de renome nacional e internacional da USP, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), das universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ), de Brasília (UnB), de Minas Gerais (UFMG), do ABC (UFABC), de Alagoas (Ufal), do Paraná (UFPR), do Pará (UFPA), do Amazonas (Ufam) e de Pelotas (UFPel), das universidades estaduais de Campinas (Unicamp), Paulista (Unesp) e de Maringá (UEM), da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Goiás), da Uniararas, do Instituto Mauá de Tecnologia, da Universidad Peruana de Ciencias Aplicadas (UPC) e da Universidad de la República (UdelaR) do Uruguai. O prazo para submissão de trabalhos já foi encerrado.

O Congresso recebe apoio institucional da UFSCar, via Pró-Reitoria de Extensão (ProEx), DECiv, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Urbana (PPGEU) e Laboratório de Geociências; e da USP, pela EESC, Departamento de Geotecnia (SGS) e Laboratório de Geossintéticos. A iniciativa também conta com o apoio de empresas como EG Barreto e do canal Geotecnia Brasil.

Mais informações podem ser obtidas no site do evento (https://bit.ly/3erxTUV) ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. O cronograma completo pode ser acessado aqui (https://bit.ly/3dbY4yT).

São ofertadas nove vagas e as inscrições podem ser feitas até 5 de julho

 

SOROCABA/SP - Até o dia 5 de julho, estão abertas as inscrições no processo seletivo para o curso de mestrado acadêmico do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação (PPGCC-So) do Campus Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). As atividades terão início no segundo semestre de 2020.

O Programa tem duas áreas de concentração: Computação Científica e Inteligência Computacional; e Engenharia de Software e Sistemas de Computação. Nesta seleção, estão sendo ofertadas nove vagas, distribuídas nas áreas de Teoria dos Grafos (uma vaga); Otimização Linear Inteira Mista (uma vaga); Inteligência Computacional (duas vagas); Processamento de Imagens (uma vaga); Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos (duas vagas); e Engenharia de Software e Interação Humano-Computador (duas vagas). Detalhes sobre cada linha estão descritos no site www.ppgccs.sor.ufscar.br. 

A seleção será realizada em duas etapas: análise documental e entrevista, ambas de caráter eliminatório. A inscrição deve ser realizada mediante o preenchimento de formulário eletrônico e envio online dos documentos indicados no edital, disponível em www.ppgccs.sor.ufscar.br.

As informações sobre a seleção do PPGCC-So, incluindo cronograma, documentos necessários, critérios de avaliação, entre outras, também devem ser conferidas no edital. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo telefone (15) 3229-5931.

 

Municípios serão atendidos pelo Laboratório de Bioquímica e Genética Aplicada (LGBA) por meio de Convênio.

 

AGUAÍ/SP - Mais duas cidades da região de São Carlos serão atendidas pelo Laboratório de Bioquímica e Genética Aplicada (LBGA), do Departamento de Genética e Evolução, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), para a realização de testes de detecção da COVID-19. A partir desta semana, os municípios de Aguaí e Porto Ferreira vão encaminhar amostras para o Laboratório. Os exames de São Carlos e Ibaté também são feitos na Universidade. 

O LBGA é credenciado ao Instituto Adolfo Lutz para fazer exames de COVID-19. Até o momento, foram realizados 700 testes, sendo 430 para São Carlos e 270 para Ibaté. As cidades de Cabreúva e Jaboticabal estão em fase de assinatura do Acordo de Colaboração e Convênio (ACC) com a UFSCar. "A UFSCar faz os exames de forma gratuita. Os municípios são responsáveis por disponibilizar as amostras e encaminhá-las à Universidade. Nesse momento, nossa capacidade é de analisar 250 exames por semana", informou Anderson Ferreira da Cunha, Professor e Coordenador do Laboratório LGBA e do projeto de extensão "Testes diagnósticos para detecção de COVID-19" (Processo 23112.007011/2020-19). 

Desde o início da pandemia, a UFSCar está trabalhando em várias frentes para o enfrentamento da COVID-19. Em articulação com a Secretaria de Educação Superior, do Ministério da Educação (SESu/MEC), a Universidade recebeu R$ 1,97 mi para a realização de 5 mil exames diagnósticos da COVID-19. "Estamos trabalhando de forma colaborativa e coletiva para superarmos este momento. Colocamos a infraestrutura, o conhecimento e a qualificação de nossos docentes, técnico-administrativos e estudantes para auxiliar a sociedade neste momento tão incerto", disse a Reitora da UFSCar, Wanda Hoffmann. 

Com Aguaí, o prazo de vigência do acordo é de 1 ano, podendo ser prorrogado caso haja necessidade. "A Prefeitura de Aguaí tem se dedicado a firmar parcerias em prol da população e fica feliz com a oportunidade de celebrar este acordo com a UFSCar, Universidade reconhecida internacionalmente", disse o Prefeito de Aguaí, Alexandre Araújo.

Os resultados dos exames são encaminhados aos municípios. Nas próximas semanas, com a chegada de novos equipamentos, a capacidade do Laboratório de Bioquímica e Genética Aplicada (LBGA) da UFSCar será de realizar cerca de 1.000 exames por semana.

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