De acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde após a ampliação da faixa etária elegível para a vacinação contra Dengue, anteriormente restrita a crianças e jovens somente de 10 e 11 anos, agora disponível para 10 a 14 anos (14 anos, 11 meses, 29 dias), a procura pelo imunizante aumentou.
Desde o início da vacinação, no último mês de junho, quando o município recebeu 3.586 doses do imunizante Qdenga, foram vacinadas 736 pessoas. “Somente na última semana aplicamos 227 doses, porém reforçamos que o esquema vacinal recomendado corresponde à administração de 2 doses, com intervalo de 3 meses entre as doses”, alerta a diretora de Vigilância em Saúde, Denise Martins.
Se a criança ou o adolescente contraiu dengue, o imunizante só pode ser aplicado após 6 meses. Caso a contaminação pela doença tenha acontecido no intervalo das doses, deve ser mantida a data prevista para a 2ª dose, desde que haja um intervalo de 30 dias entre a infecção e a segunda dose. Com a ampliação da faixa etária a meta é vacinar 14.344 crianças e adolescentes em São Carlos.
A vacinação está sendo realizada nas unidades básicas de saúde (UBS’s) e unidades de saúde da família (USF’s), com exceção da UBS da Vila São José e da USF Aracy - Equipe II, que passam por reforma, de segunda a sexta-feira das 7h30 às 16h30. Para receber a vacina basta levar um documento oficial com foto e a caderneta de vacinação.
Oncologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto alerta para os riscos e reforça a importância da prevenção
RIBEIRÃO PRETO/SP - Segundo relatório da American Association for Cancer Research (AACR), o consumo de bebida alcoólica ocupa a terceira posição nas causas de tumores, perdendo apenas para o tabagismo e o excesso de massa corporal. Ainda de acordo com os dados do AACR, o consumo da substância aumenta o risco de seis tipos diferentes de câncer e está associado a mais de 200 doenças.
“Entre os principais tumores estão o de cabeça e pescoço, esôfago, mama, intestino, fígado e estômago. É importante reforçar que controlar – e se possível, evitar – o consumo de álcool, independentemente da bebida e quantidade, pode ser um grande passo para a prevenção da doença, especialmente para aqueles que combinam o uso dela com o tabaco”, comenta Carlos Fruet, oncologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto.
Um levantamento realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontou que o Brasil deve registrar 704 mil novos casos de neoplasias, por ano, até 2025. Somente no estado de São Paulo, a projeção é de mais de 180 mil diagnósticos.
Confira abaixo cinco mitos e verdades sobre a relação da bebida alcoólica e o câncer:
- O álcool potencializa o desenvolvimento de câncer?
Verdade – A ciência confirma que a bebida pode ajudar no surgimento de tumores, independentemente do estilo de vida e da alimentação. Estima-se que cerca de 80% das causas de câncer são externas, como o consumo de bebidas, fumo e obesidade. O álcool é responsável por, aproximadamente, 6% de todos os diagnósticos.
- O tipo de bebida influencia nos riscos?
Mito – Não é o ‘tipo de bebida’, mas sim a quantidade ingerida de álcool. O consumo moderado é considerado de, no máximo, duas doses (14gr cada) em único dia. Porém, o mais indicado é evitar.
- Os riscos são maiores para pessoas que fazem a ingestão conjunta de bebidas alcóolicas e cigarros?
Verdade – Essa combinação aumenta em 20 vezes as chances do desenvolvimento da doença. O cigarro e a bebida alcoólica estão entre os principais fatores de risco do câncer.
- Cirrose causada pelo excesso de álcool pode evoluir para um câncer?
Verdade – A cirrose aumenta a chance de câncer de fígado. Esse risco pode variar de acordo com a idade, sexo, causa da lesão hepática crônica e o grau de comprometimento.
- Paciente oncológico não deve ingerir álcool, mesmo que moderadamente?
Verdade– Mesmo que seja consumo moderado, o álcool pode diminuir a eficácia dos medicamentos, afetando diretamente o resultado do tratamento, além de poder causar efeitos colaterais.
BRASÍLIA/DF - A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, disse na sexta-feira (12) que a vacina Spin-TEC, a primeira 100% brasileira para a covid-19, já está em fase avançada de desenvolvimento. Segundo o Ministério, a última fase de produção do imunizante, de testes clínicos, deve começar ainda este ano.
“O CNVacinas tem uma importância estratégica para o país porque aqui tratamos de pesquisa e desenvolvimento de vacinas, novos fármacos e insumos. A UFMG [Universidade Federal de Minas Gerais] e o CNVacinas já estão numa fase mais avançada da vacina contra a covid-19. E há pesquisas sendo realizadas para dengue, leishmaniose e malária. Que são desafios brasileiros para responder às demandas das doenças locais”, destacou a ministra, em visita às obras do CNVacinas, em Belo Horizonte (MG).
O Centro Nacional de Vacinas será o primeiro complexo nacional usado para pesquisas e fabricação de insumos farmacêuticos, sendo capaz de executar todas as etapas para o desenvolvimento de vacinas. As obras devem ser finalizadas em 2026.
A ministra destacou os editais que serão lançados pelo Fundo Nacional de Ciência e Tecnologia (FNDCT) junto à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) que podem contribuir para o desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação local.
“Nós estamos fazendo os últimos editais dos recursos do Fundo deste ano que serão de R$ 12,8 bilhões, uma conquista deste novo ciclo da retomada da ciência no país feita pelo presidente Lula de recompor integralmente o FNDCT, e Minas Gerais está dentro desses editais que fomentam as políticas públicas da ciência no país”, avaliou.
POR AGÊNCIA BRASIL
SÃO CARLOS/SP - Em 2024 já foram registradas 24.445 notificações para Dengue, com 7.633 casos positivos, sendo 6.983 autóctones e 650 importados (168 novos casos). Para Chikungunya foram registradas 147 notificações, com 91 casos descartados, 03 positivos, sendo 2 autóctones e 1 importado e 56 aguardando resultado de exame.
Para Zika foram registradas 25 notificações, com 24 casos descartados e 1 aguardando resultado de exame. Para Febre Amarela foram registradas 3 notificações, com 3 casos descartados.
A cidade registra até esse momento 1 morte por dengue. Outros 10 casos continuam em investigação.
CONGO - A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta na sexta-feira, 12, sobre a ameaça representada pela varíola dos macacos, devido ao surto epidêmico de uma nova estirpe mais mortal do vírus na República Democrática do Congo (RDC).
Chamada de Mpox pela OMS, a doença registrou casos em 26 países no último mês. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da OMS, destacou que a Mpox continua a ser uma ameaça global, com a África do Sul recentemente relatando 20 casos e três mortes, os primeiros desde 2022, todos sem histórico de viagens internacionais.
A situação na RDCongo é especialmente preocupante, com a nova estirpe do vírus se propagando desde setembro, resultando em 11 mil casos e 445 mortes, afetando gravemente crianças. A OMS está alarmada com o risco de propagação transfronteiriça devido às fronteiras porosas com países vizinhos.
A varíola dos macacos, identificada pela primeira vez em humanos em 1970 na RDCongo, tinha sido predominantemente restrita à África Ocidental e Central, transmitida principalmente por animais selvagens. Desde maio de 2022, no entanto, uma nova variante mais mortal, Clade Ib, começou a se disseminar globalmente, afetando especialmente homens homossexuais e bissexuais.
Após a declaração de emergência de saúde pública internacional em julho de 2022, a OMS encerrou o estado de alerta máximo em maio de 2023, mas continua a recomendar vigilância devido à interconexão global que facilita a propagação do vírus.
SÃO CARLOS/SP - O Departamento de Vigilância em Saúde ressalta que a Campanha de Vacinação contra a Influenza (Gripe) deve ser encerrada no dia 14 de julho, conforme calendário do Ministério da Saúde.
A Campanha teve início no mês de março para os grupos prioritários, em 15 de maio foi liberada para o público em geral, ou seja, somente com exceção àquelas com menos de seis meses de idade. Na sequência foi prorrogada mais duas vezes, mesmo assim a cobertura vacinal ainda está longe da meta que é de vacinar 90% do público alvo.
Em São Carlos foram aplicadas 52.198 doses contra a influenza no geral. Somente os grupos prioritários receberam 27.333 doses, o que corresponde a uma cobertura de 43,3%, sendo que os idosos atingiram 45,8%, as crianças 40%, as gestantes 16,6% e as puérperas 5,9%. A cobertura vacinal do Estado de São Paulo relativo aos grupos específicos está em 43,5%.
Estão habilitadas a se vacinar todas as pessoas com seis meses ou mais de idade – crianças, adolescentes, adultos e idosos –, bastando comparecer a um local de vacinação munida de carteira de vacinação, documento com foto e CPF.
“A Campanha termina dia 14, porém aqui em São Carlos como as unidades não abrem aos finais de semana, o encerramento deve ser na sexta-feira, dia 12. Com uma maior cobertura vacinal, consequentemente, conseguimos a redução nas complicações e internações causadas pela gripe. A vacinação é uma das ferramentas mais eficazes para evitar surtos e garantir a saúde da população durante o inverno”, ressalta Denise Martins, diretora de Vigilância em Saúde.
Em São Carlos, a imunização acontece nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) e Unidades de Saúde da Família (USF’s), com exceção das unidades da Vila São José e do Cidade Aracy (Equipe II), que passam por reforma, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16h30.
SÃO CARLOS/SP - No próximo fim de semana, sábado (13/07) e domingo (14/07), a partir das 8h, na Fundação Educacional São Carlos (FESC), localizada na rua São Sebastião, nº 2.828, na Vila Nery, será realizado em São Carlos o 1º Workshop sobre APH entre Corpo de Bombeiros Militar, Concessionárias e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU 192.
O encontro tem por finalidade a integração entre Central de Operações do Corpo de Bombeiros (COBOM), Concessionárias e SAMU, com apresentações de Protocolos de Atendimento Pré-Hospitalar (APH), Regulação Médica, quando acionar o SAMU – 192, quando acionar o COBOM 193 e protocolo da motolância.
Durante o evento serão apresentados aos participantes Técnicas avançadas sobre APH, Oficinas sobre traumas e imobilizações, APH Tático e Nós e Amarras.
O evento tem como objetivo conscientizar os usuários dos serviços como também a corroboração das instituições que trabalham na Central de Regulação em São Carlos, através das ligações recebidas via 192 e 193, promovendo a integração entre os protagonistas do atendimento pré-hospitalar, favorecendo a capacitação das equipes para obtenção de sucesso no desfecho das ocorrências.
Confira a programação do 1º Workshop sobre APH entre Corpo de Bombeiros Militar, Concessionárias e SAMU:
Sábado - Dia 13 de julho
8h - 8h45 - Credenciamento;
9h - 9h50 - Palestra com o tema “A importância do Socorrista no APH” com Carlinhos Rodrigues – condutor socorrista do SAMU e homenagem em comemoração ao Dia do Socorrista, 11 de julho;
10h15h - 11h15 – Palestra “Desafios da Regulação e quando acionar o SAMU – 192” com o Dr. Allan Galli – médico regulador do SAMU;
11h15 - 12h15 - Palestra “Desafios da Regulação e quando acionar o serviço 193” com a equipe da COBOM;
12h30h - 13h30 – Intervalo;
13h30 - 14h45 – Palestra “APH Tático” com GM Napolitano;
15h - 16h15 – Palestra “Apresentação do Protocolo Motolância” com Jonas Pereira da Silva – técnico de enfermagem credenciado pelo GMAU e atuante na motolância em São Carlos;
16h45 - 17h30 – Palestra Explanação do protocolo de uso da motolância na regulação do SAMU com o Dr. Matheus Naves Rosa – médico regulador do SAMU;
17h45 -18h – Simulado - Equipe do SAMU apresenta “Protocolo Ângulo Zero”;
Domingo - Dia 14 de julho
8h - 9h45 - Palestra “Resgate de vítimas em veículos elétricos/híbridos” com a equipe da COBOM;
10h15 - 12h - Oficinas;
12h30 - 13h30 - Intervalo;
13h30 - 16h - Simulado - Método Start apresentado pelo COBOM;
16h - 17h - Encerramento.
Outras informações sobre o evento podem ser obtidas pelo telefone (16) 99258-4862. Quem for participar deve doar na entrada 1kg de alimento não perecível.
SÃO CARLOS/SP - A dor lombar inespecífica e de longa duração está em terceiro lugar dentre as causas de incapacidade no Brasil. Diferentes estudos buscam estratégias de tratamento e intervenções para tratar o problema e aliviar os sintomas dos pacientes que convivem com a lombalgia crônica. Atualmente, um grupo de pesquisa em "Práticas Integrativas e Complementares", vinculado ao Departamento de Medicina (DMed) e à Unidade Saúde Escola (USE) da UFSCar, realiza um estudo clínico para avaliar a efetividade de uma estratégia de homeopatia no tratamento da dor lombar. A pesquisa está convidando pessoas voluntárias para avaliação e tratamento gratuitos na Instituição. Estão sendo ofertadas as dez últimas vagas.
De acordo com Maristela Adler, docente do DMed e investigadora clínica do estudo, a dor lombar é tradicionalmente tratada com medidas não farmacológicas (fisioterapia, exercícios físicos, acupuntura, entre outras) e farmacológicas, muitas vezes com anti-inflamatórios, "medicamentos com sérios efeitos adversos e pouca efetividade a longo prazo". "Ainda não sabemos como a homeopatia vai contribuir para tratar essa dor, mas há estudos recentes demonstrando que medicamentos homeopáticos podem modificar funções celulares por mecanismos epigenéticos, que modificam a leitura dos genes pelas células, sem alterar DNA, e a descoberta de nanopartículas e de propriedades físicas específicas nos solventes das preparações homeopáticas", destaca Adler.
A docente aponta que a expectativa da pesquisa é a "superioridade do medicamento homeopático em relação ao placebo, tanto estatística como clínica. Esperamos que os pacientes com lombalgia crônica possam sentir um alívio importante na dor com o uso da homeopatia, facilitando as atividades da vida diária, a prática de exercícios físicos, posturais etc".
Para realizar o estudo são convidados homens e mulheres, com idade entre 20 e 60 anos, que tenham dor lombar há, pelo menos, três meses. Os voluntários passarão por avaliação inicial e por três consultas presenciais durante oito semanas. Pessoas interessadas devem agendar a avaliação pelo Whatsapp: (16) 99609-1505. Projeto aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 69489123.6.0000.5504).
BRASÍLIA/DF - Tipo de câncer mais incidente em homens, o tumor de bexiga matou de 800 mil pessoas no mundo e mais de 19 mil no Brasil de 2019 a 2022.
Dados do Sistema de Informações do Ministério da Saúde (SIH/SUS) indicam mais de 110 mil casos de neoplasia maligna da bexiga desde 2019. Assim como em outros tipos de câncer, o tabagismo é o principal fator de risco da neoplasia de bexiga.
Julho é mês de conscientização do câncer de bexiga. A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) aproveita a data para alertar sobre a importância da detecção precoce deste tipo de tumor, quando as chances de cura são maiores. Nas redes sociais, posts, vídeos e live com especialistas informam o público leigo.
Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que este ano deverão ser registrados 11.370 novos casos de câncer de bexiga, sendo 7.870 em homens e 3.500 em mulheres, o que corresponde a um risco estimado de 7,45 casos novos a cada 100 mil homens e 3,14 a cada 100 mil mulheres. Segundo o Inca, este é o sétimo câncer mais incidente entre os homens (exceto o de pele não melanoma), representando mais de 3% dos cânceres no sexo masculino.
“O câncer de bexiga tem como principal fator de risco o tabagismo, relacionado a mais de 50% dos casos. Portanto, eliminando esse hábito, conseguimos diminuir significativamente as chances de aparecimento desse tumor. Outro ponto fundamental na prevenção é seguir hábitos saudáveis, como manter uma alimentação balanceada, beber água em quantidade adequada e exercitar-se”, alerta o presidente da SBU, Luiz Otavio Torres.
O motorista Edgar Azevedo dos Santos, de 51 anos, descobriu a doença após uma dor lombar em 2017. Ele fez ultrassom que constatou nódulos. Ele passou por uma cirurgia e sessões de quimioterapia. “Eu nunca imaginaria que teria um câncer. De lá para cá faço acompanhamentos periódicos”.
“Temos observado que muitas pessoas desconhecem o câncer de bexiga, como se manifesta e quais são os principais vilões. A maioria já sabe que o fumo pode levar ao câncer de pulmão, por exemplo, mas muitos desconhecem que ele também é o principal causador do câncer de bexiga.
Além disso, apesar de que muitas vezes causa sangramento na urina, geralmente no início é intermitente e não provoca dor, e por isso é comum as pessoas não darem a devida importância e retardarem a ida ao médico, podendo agravar o quadro”, esclarece a diretora de Comunicação da SBU e coordenadora das campanhas de awareness da entidade, Karin Jaeger Anzolch.
Apesar de geralmente ser silencioso no estágio inicial, o tumor de bexiga pode provocar sangue na urina, maior frequência urinária, ardência ao urinar, urgência para urinar e jato urinário fraco
“A presença de sangue visível na urina é o sintoma mais comum do câncer de bexiga e está normalmente presente em 80% dos pacientes. Outros sintomas comumente relatados são aumento da frequência urinária, urgência miccional e dor para urinar, que podem estar relacionados à presença de carcinoma in situ.
O câncer de bexiga pode ser também assintomático e detectado através de exames de imagem com ultrassonografia, tomografia ou ressonância nuclear magnética”, explica o coordenador do Departamento de Uro-Oncologia da SBU, Mauricio Dener Cordeiro.
O câncer de bexiga pode ser classificado de acordo com a célula que sofreu alteração, sendo os principais: carcinoma de células transicionais (ou urotelial) que representa a maioria dos casos e tem início na camada mais interna da bexiga; carcinoma de células escamosas (ou epidermoide) que afeta as células delgadas e planas da bexiga, ocorre após infecção ou inflamação prolongadas; e adenocarcinoma que é mais raro, tem início nas células glandulares (de secreção) após infecção ou irritação prolongadas.
O câncer de bexiga é considerado superficial quando se limita ao tecido de revestimento da bexiga e infiltrativo quando transpassa a parede muscular, podendo afetar órgãos próximos ou gânglios linfáticos.
O tabagismo (também o passivo) é o principal fator de risco do câncer de bexiga, porém há outras ameaças como: exposição a substâncias químicas; alguns medicamentos e suplementos dietéticos; gênero e raça (homens brancos têm mais chances de desenvolver a doença); idade avançada; histórico familiar.
“Além do tabagismo, o contato com substâncias químicas como as presentes em defensivos agrícolas, tinturas utilizadas na indústria, fumaça de diesel ou outras substâncias também podem predispor a essa doença. Medicamentos como a pioglitazona, utilizada para o controle do diabetes, já foram associados com o desenvolvimento do câncer de bexiga. Contudo, o risco é relativamente baixo, e o principal ponto de atenção deve ser para pacientes que já tiveram câncer de bexiga e utilizam essa medicação”, explica o supervisor da Disciplina de Câncer de Bexiga da SBU, Fernando Korkes.
O diagnóstico do câncer de bexiga pode ser feito por exames de urina e de imagem, como ultrassom, tomografia computadorizada e cistoscopia (investigação interna da bexiga por meio do cistoscópio, instrumento dotado de câmera introduzido pela uretra). Durante a cistoscopia, caso o especialista identifique alguma alteração, pode ser retirado material para biópsia.
O tratamento do câncer de bexiga varia conforme o estágio da doença e pode consistir em cirurgia, quimioterapia e radioterapia.
Os tipos de cirurgia consistem em: ressecção transuretral – remoção do tumor por via uretral; cistectomia parcial - retirada de uma parte da bexiga; cistectomia radical - remoção completa da bexiga, com a construção de um novo órgão para armazenar a urina.
Nos casos de lesões iniciais, após removido o tumor, pode ser administrada a vacina BCG ou algum quimioterápico dentro da bexiga a fim de evitar recidiva da doença.
“Algumas das novidades nessa área incluem novas medicações como imunoterapia, terapias alvo e terapias com anticorpos conjugados a drogas que já têm sido utilizados na prática e trazem benefícios para muitos pacientes. Quanto à cirurgia, as plataformas robóticas auxiliam bastante nos casos em que é necessário remover a bexiga e fazer algum tipo de reconstrução”, ressalta Fernando Korkes.
De 2019 a 2022 o Sistema de Informações sobre Mortalidade registrou 19.160 óbitos em decorrência de neoplasia maligna da bexiga. Desses, 12.956 (67,6%) eram do sexo masculino e 6.204 (32,3%) do sexo feminino.
Para o diretor da Escola Superior de Urologia da SBU, Roni de Carvalho Fernandes, para rastrear o câncer de bexiga e desenvolver políticas públicas eficazes para reduzir a incidência e mortalidade, é essencial considerar várias estratégias, começando por campanhas de conscientização e educação como essa promovida pela SBU, além de identificar grupos de alto risco, garantir que todos tenham acesso a serviços de saúde que ofereçam diagnóstico e tratamento adequados com a criação de centros especializados para garantir padrões elevados de cuidado e resultados melhores para os pacientes.
“Implementar essas medidas requer colaboração entre profissionais de saúde, governos, instituições de pesquisa, organizações não governamentais e a própria comunidade para enfrentar de forma eficaz esse grande desafio, que é reduzir as taxas de mortalidade do câncer de bexiga”, afirma Fernandes.
Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil
SÃO CARLOS/SP - Os pacientes do Grupo de Caminhada “Saúde em Movimento” das Unidades de Saúde da Família (USF’s) do Jockey Clube e do Jardim Guanabara, juntamente com os profissionais da saúde, realizaram uma visita a Fazenda Conde do Pinhal.
O grupo de caminhada se reúne todas as segundas, quartas e sextas das 7h30 às 9h na USF do Jockey, onde são realizadas atividades físicas como alongamentos e percurso de caminhada no próprio bairro.
O objetivo das atividades com o grupo é trazer promoção e prevenção à saúde, além de bem estar físico e mental. As ações, através dos passeios, dão a oportunidade dos usuários SUS saírem de casa e ter um tempo para o lazer e também adquirir conhecimento da história da cidade.
Crislaine Mestre, diretora do Departamento de Gestão do Cuidado Ambulatorial (DGCA) ressalta que as unidades vêm investindo nas atividades coletivas, que são de extrema importância na Atenção Primária para ofertar cuidados de prevenção e promoção a saúde.
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