SÃO CARLOS/SP - A Câmara Municipal de São Carlos realizou nessa sexta-feira (4) uma sessão solene para a entrega da cidadania honorária a Anderson Criativo e Leandro Palmieri, co-fundadores do Onovolab, ecossistema de empreendedorismo, tecnologia e inovação. A homenagem foi oficializada pelos decretos legislativos de números 974 e 975 de 15 de dezembro de 2021, apresentados pelo presidente do Legislativo, Roselei Françoso, e pelo vereador Ubirajara Teixeira – Bira.
Anderson Criativo, CEO do Onovolab, é graduado em Propaganda e Marketing com MBA pela FGV e empreendedor desde 1999, foi palestrante em grandes empresas e eventos, como Nestlé, Serasa, CREA-SP, Itamaraty (BSB), entre outros.
Leandro Palmieri, COO do Onovolab, é graduado em Comunicação e Marketing e empreendedor desde 2009. Ao longo de sua carreira, desenvolveu projetos de comunicação para grandes empresas de tecnologia nacionais e internacionais.
Em 2017, fundaram o Onovolab, um centro de excelência em inovação que conecta diferentes pessoas e iniciativas, promovendo o compartilhamento de experiências. O empreendimento reúne startups, grandes empresas, entidades de fomento, universitários e profissionais, constituindo-se em um local onde quem procura inovação encontra quem produz inovação.
NOVA ERA - Roselei Françoso, que presidiu o evento, parabenizou os homenageados e destacou que “o Onovolab estabelece em São Carlos uma nova era. Incentivando o empreendedorismo e a inovação, a iniciativa colabora para que nossa cidade desenvolva toda a sua potência e aproveite ao máximo sua capacidade e seus talentos”.
A mesa de autoridades da sessão ainda contou com a presença dos vereadores Ubirajara Teixeira- Bira, orador da solenidade, e Azuaite Martins de França; do secretário municipal de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação, José Galizia Tundisi, representando o prefeito Airton Garcia; Marcos Henrique dos Santos, diretor titular do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) – Regional São Carlos; e Guilherme Rezende, analista de Relações Governamentais e Políticas Públicas.
ALTO CONCEITO - “É importante ressaltar que o povo são-carlense muito se orgulha de iniciativas como o Onovolab e mais ainda das pessoas, das figuras humanas, que com espírito empreendedor, conhecimento e coragem constroem o alto conceito de nossa cidade, que ultrapassa as fronteiras do nosso Estado e do nosso país”, afirmou o vereador Bira.
Os homenageados agradeceram o título recebido e o reconhecimento da população. “O sucesso do Onovolab é a síntese do sucesso de um monte de gente, de pessoas que confiam em nós, do nosso próprio sucesso e também da cidade”, afirmou Anderson Criativo.
Leandro Palmieri destacou que atualmente já são mais de mil pessoas que trabalham nas 70 empresas residentes no Onovolab. “São mil empregos que impactam positivamente a cidade. O Onovolab nasceu de nós, duas pessoas empreendedoras, inquietas, ousadas, que tomaram muito risco. Mas só aconteceu de verdade, porque muitas pessoas se mobilizaram e acreditaram nesse sonho”, disse.
SÃO CARLOS/SP - A instalação de um semáforo, que ficava localizado na Avenida Comendador Alfredo Maffei, na altura da Chaminé, foi tema de discussão no legislativo municipal. Os vereadores Bruno Zancheta (PL) e Tiago Parelli (PP), solicitaram, através de documentos e na tribuna da Câmara Municipal que tal sinalização semafórica fosse retirada o mais breve possível e a Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito acatou o pedido dos parlamentares.
“Este semáforo atrapalhava o fluxo do trânsito no local. A Secretaria de Transporte e Trânsito, através do secretário Paulo Luciano, corrigiu uma falha grave da antiga gestão (Coca Ferraz), pois além de não ter nenhuma serventia, foram gastos R$ 30 mil reais para instalação deste semáforo inútil. Recebemos muitas queixas de diversos munícipes para que fosse retirado, pois estava causando mais transtornos do que solução”, disse o vereador Bruno Zancheta.
O vereador Tiago Parelli destacou que essa desativação só aconteceu porque houve uma união de forças. “Com competência, garra e união de forças as coisas acontecem. Como novos parlamentares (Bruno e Tiago), temos cobrado as secretarias e levado às demandas até o fim e por isso hoje, este semáforo foi desativado”.
Os parlamentares agradeceram a sensibilidade do atual Secretário Municipal de Transporte e Trânsito Paulo Luciano e propuseram estudo para melhoria do trânsito no local.
“Gostaríamos de agradecer a sensibilidade do Secretário Municipal Paulo, por nos atender prontamente e realizar a retirada deste semáforo. Agora, a Secretaria precisará realizar uma reorganização do trânsito para que ele possa fluir da melhor maneira possível”, completaram os vereadores.
CHILE - O chanceler chileno Andrés Allamand anunciou sua renúncia ao cargo neste domingo (6) para assumir a Secretaria Geral Iberoamericana (Segib). O anúncio da mudança ocorre em meio a críticas pela crise migratória em regiões do norte do país que fazem fronteira com a Bolívia e o Peru.
"Apresentei minha renúncia ao cargo de chanceler", disse Allamand em uma declaração à imprensa, em Santiago, depois de voltar de uma viagem à Espanha. Ele havia sido eleito secretário-geral da Segib, em novembro, uma instituição que reúne os 22 países da comunidade iberoamericana.
A viagem de Allamand provocou críticas no Chile pela sua ausência em meio aos protestos de moradores das cidades de Iquique e Arica (norte) contra a grande presença de imigrantes sem documentos, em sua maioria venezuelanos, que atravessam por passagens clandestinas da Bolívia e do Peru, desafiando o escasso controle de fronteira.
Alguns manifestantes atacaram acampamentos de imigrantes, a quem acusam pelo aumento da criminalidade nessas áreas. A ONU classificou os protestos como "atos de discriminação e xenofobia".
"Considero extraordinariamente grave a ausência do ministro das Relações Exteriores para abordar a crise migratória", disse o deputado opositor Jaime Naranjo.
"Como é possível que um ministro das Relações Exteriores, cuja principal função é zelar pelos interesses do Estado, esteja trabalhando em Madri em uma organização internacional?", questionou nas redes sociais o deputado Iván Flores.
"É preciso admitir que a situação gerou uma série de críticas que afeta o governo do qual eu faço parte e pretendem descredibilizar o trabalho da Chancelaria. As críticas distorceram o que eu fui fazer no exterior e prejudicam o cenário político", respondeu Allamand, que também anunciou o fim de sua carreira política
A renúncia ocorre um mês após o fim do governo do conservador Sebastián Piñera e da eleição do esquerdista Gabriel Boric para a presidência do Chile.
Na sexta-feira (4), representantes dos governos do Chile e da Bolívia decidiram implementar grupos de trabalho para encontrar soluções para o tráfico de pessoas e contrabando que ocorrem nas terras altas inóspitas onde está localizada a fronteira entre os dois países. Allamand não participou da reunião.
A subsecretária das Relações Exteriores do Chile, Carolina Valdivia Torres, assumirá interinamente como ministra das Relações Exteriores, segundo um comunicado do governo.
(Com informações da AFP e RFI)
RIO DE JANEIRO/RJ — Ao comentar a formalização da aliança entre o PSD e o PDT para as eleições estaduais no Rio, fechada na última quarta-feira, 2, o pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, acusou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “despolitizar” o debate eleitoral e de “destruir” partidos aliados, como PSOL e PSB, na formação de palanques regionais para as eleições gerais de outubro. O pré-candidato, que veio ao Rio se encontrar com o prefeito Eduardo Paes (PSD), disse que gostaria de ter o apoio do partido no plano nacional, mas esperará por uma decisão.
“O Brasil está vivendo um plebiscito, em que a força dominante, na proporção de 70% a 80%, é contra (o presidente Jair) Bolsonaro. E o Lula está tentando que a questão seja só essa, quando a questão não é só essa. Derrotar o Bolsonaro é uma questão gravíssima, urgente, imediata, mas mais grave do que ela é o que pretendemos colocar no lugar da terra arrasada que vai ficar. Nesse sentido, o Lula tem despolitizado o debate de forma muito perigosa”, afirmou Ciro, após participar de reunião do secretariado da Prefeitura do Rio, na manhã de domingo, 6.
Segundo o pré-candidato do PDT, o PT errou porque, ao longo de quatro mandatos, não mudou instituições nem ofereceu uma estratégia para fazer o País voltar ao crescimento econômico e ao desenvolvimento.
A aliança entre PDT e PSD no palanque fluminense foi tramada por Paes e pelo presidente nacional do PDT, o ex-ministro Carlos Lupi. A aliança se dá em torno dos nomes do ex-prefeito de Niterói (RJ) Rodrigo Neves (PDT) e do ex-presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Felipe Santa Cruz (PSD). A definição de quem encabeçará a candidatura a governador ficará para depois.
Ciro acusou Lula de “destruir” partidos aliados na formação dos palanques regionais ao ser questionado sobre como ficará a divisão do palanque no Rio entre a sua candidatura e a do PSD, já que o presidente do partido, Gilberto Kassab, tem repetido publicamente que terá candidato próprio a presidente – por enquanto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é o mais cotado para sair candidato. Paes deixou a reunião de seu secretariado sem falar com a imprensa, ao lado de Ciro.
“No Rio, fizemos um entendimento que é local, não tem a ver com a questão nacional, ainda”, afirmou Ciro, que minimizou o fato de Paes, de quem se disse amigo, não ter acompanhado a entrevista ao seu lado. “Hoje, ele (Paes) tem uma delicadeza que eu respeito muito. Ele pertence a um partido que tem candidato (a presidente). Não sou como Lula, que está destruindo os partidos, o PSOL, o PCdoB, o PSB, porque, para o Lula, tem que ficar o PT sozinho. O único partido progressista que resiste a esse assédio é o PDT, já desde antes, com o Brizola. Mas eu, não. Eu respeito muito e quero que o PSD tenha o tempo dele. Gostaria muito de ter esse apoio, mas respeito o tempo deles”, afirmou Ciro.
Na quarta-feira, Paes ignorou o plano nacional, ao comentar a aliança regional com o PDT nas redes sociais. “Os desafios do Rio são muito grandes. Felipe (Santa Cruz) e Rodrigo (Neves) representam um projeto consistente e maduro para fazer nosso Estado voltar a dar certo. Lembrem-se do ex-juiz em 2018. Não temos mais como errar”, escreveu Paes no Twitter, numa referência a eleição de Wilson Witzel (PSC) em 2018.
Sobre as articulações no plano nacional, Ciro disse também que é preciso “paciência, paciência e paciência”. Segundo o pré-candidato, as articulações são conduzidas por Lupi. Ao lado de Ciro neste domingo, 6, o presidente do PDT afirmou que, no momento, “todo mundo conversa com todo mundo” e garantiu que Ciro será candidato em outubro. A definição de apoios dependerá do desempenho nas pesquisas de intenção de voto. Março, prazo final para as filiações a partidos políticos dos candidatos, e julho, prazo para a formalização das coligações partidárias, são datas importante, disse Ciro.
O pré-candidato do PDT e o ex-prefeito Neves aproveitaram também para criticar o pré-candidato do PSB ao governo fluminense, o deputado federal Marcelo Freixo, que terá o apoio do PT. Para Ciro, Freixo se rendeu ao “jogo de Lula”.
Vinicius Neder / ESTADÃO
Carreta do projeto “Mulheres de Peito”, ficará estacionada na Praça do Mercado Municipal, no período de 14 a 26 de fevereiro
SÃO CARLOS/SP - A pedido do vereador Rodson Magno do Carmo juntamente com a vereadora Cidinha do Oncológico, Secretaria Estadual de Saúde e Secretaria Municipal de Saúde, São Carlos receberá a carreta do Programa “Mulheres de Peito”, que ficará estacionada na Praça do Mercado Municipal, no período de 14 a 26 de fevereiro, para realização de mamografia e detecção precoce do câncer de mama.
O programa “Mulheres de Peito”, do Governo do Estado lançado em 26 de Dezembro de 2013, atende mulheres acima de 35 anos, mas visa incentivar principalmente as mulheres paulistas com idades entre 50 e 69 anos a realizarem exames preventivos de mamografia, o objetivo é promover um rastreamento contínuo da doença, visando à detecção precoce de tumores malignos inclusive em fases em que a mulher não apresenta nenhum sintoma.
Para as mulheres entre 50 e 69 anos de idade, não há necessidade de pedido médico de mamografia para a realização do exame nas unidades móveis, mas exige-se a apresentação do RG e do cartão SUS. Pacientes entre 35 e 49 anos também podem fazer, mas desde que tenham em mãos um pedido médico, RG e cartão SUS.
A carreta permanecerá na cidade entre os dias 14 a 26 de fevereiro, e serão distribuídas 50 senhas diárias de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h, e 25 senhas aos sábados, das 8h às 12h. As imagens captadas pelos mamógrafos serão encaminhadas para o Serviço Estadual de Diagnóstico por Imagem (SEDI), serviço da Secretaria, situado na capital paulista, que emite os laudos à distância.
O equipamento faz a mamografia e o resultado fica pronto em dois dias. Se houver alguma suspeita, faz-se a ultrassonografia na própria carreta. Se houver necessidade, também serão realizados exames como biópsia e exame de tecido (histológico). Caso seja diagnosticado câncer, a mulher é encaminhada para tratamento.
As carretas possuem 15 metros de comprimento, 4,10 metros de altura e, quando abertas, 4,90 metros de largura. Além de mamógrafo, cada veículo é equipado com aparelho de ultrassom, conversor de imagens analógicas em digitais, impressoras, antena de satélite, computadores, mobiliários e sanitários. As unidades móveis de mamografia contam com uma equipe multidisciplinar composta por técnicos em radiologia, profissionais de enfermagem, funcionários administrativos e um médico ultrassonografista.
SÃO PAULO/SP - A eleição presidencial será decisiva para o perfil futuro do STF (Supremo Tribunal Federal), em razão da abertura de duas vagas no próximo mandato. Estão previstas as aposentadorias de Ricardo Lewandowski e Rosa Weber, respectivamente em maio e outubro de 2023.
Jair Bolsonaro (PL) já incluiu o tema em sua campanha, prometendo indicar mais dois conservadores para a corte. Os nomes da ministra Damares Alves e do desembargador William Douglas são citados com esse perfil. Outra opção é Augusto Aras (PGR).
Se Lula (PT) vencer, deve reforçar a ala garantista da corte e ouvir mais pessoas antes de tomar a decisão. Ele avalia que o PT foi ingênuo ao nomear ministros que depois se voltaram contra o partido. Estão nessa categoria Luiz Fux, Edson Fachin, Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso.
Na bolsa de apostas despontam nomes como Pedro Serrano, Bruno Dantas, Deborah Duprat e Lênio Streck este, que tem 66 anos, caso a idade mínima seja elevada para 70 por uma PEC. Rodrigo Pacheco, ex-conselheiro da OAB, pode ser contemplado como parte de uma articulação pró-Lula de seu partido, o PSD.
No caso de Moro, há pouca dúvida de que o perfil será lavajatista. Ex-membros da força-tarefa da operação, Deltan Dallagnol e Carlos Fernando dos Santos Lima lideram os prognósticos.
FÁBIO ZANINI / FOLHA
POLÔNIA - O primeiro grupo de soldados dos Estados Unidos para reforçar o contingente da Otan no Leste Europeu chegou no sábado (05/02) à Polônia, informou o major do exército polonês Przemyslaw Lipczynski.
Ele também disse que a maior parte dos 1.700 soldados americanos que serão enviados ao país chegará "em breve". Na sexta-feira, também desembarcaram na Alemanha os primeiros militares americanos enviados como reforços.
O envio dos soldados ocorre em meio a temores de que a Rússia possa invadir a Ucrânia, já que estacionaram mais de 100.000 militares próximo à fronteira com o país sem uma justificativa clara.
A Rússia nega planos de invadir a Ucrânia, mas diz que pode tomar medidas militares não especificadas se suas exigências não forem atendidas. Entre outras coisas, o Kremlin quer que a Otan se comprometa a nunca admitir a Ucrânia como membro. A Aliança Atlântica disse que não aceitará.
Reforço no flanco leste da Otan
Os EUA já têm cerca de 4.500 soldados na Polônia. Na semana passada, Washington disse que enviaria mais 3.000 soldados para a Europa Central e Oriental para defender os membros da Otan contra qualquer "agressão".
Isso inclui 2.000 soldados sendo transferidos dos EUA para a Polônia e a Alemanha. Outros 1.000 soldados americanos já na Alemanha serão remanejados para a Romênia.
"A situação atual torna necessário que reforcemos a postura de dissuasão e defesa no flanco leste da Otan", disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby.
Os EUA e a Otan já deixaram claro que não enviarão contingente diretamente para Ucrânia, mas para países aliados da Aliança Atlântica.
O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Grushko, advertiu que o envio das tropas americanas tornaria mais difícil um compromisso entre os lados.
Espera-se que os ministros da Defesa da Otan discutam mais reforços em sua próxima reunião, nos dias 16 e 17 de fevereiro.
Scholz viaja para os EUA
O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, deve discutir a questão da Ucrânia em sua primeira reunião com o presidente dos EUA, Joe Biden, na segunda-feira.
A recusa de Berlim em enviar armas para a Ucrânia, as mensagens muitas vezes confusas sobre possíveis sanções e, acima de tudo, a resistência em abandonar o projeto do gasoduto Nord Stream 2 para fornecer gás russo à Alemanha irritaram Washington. Scholz também deve visitar Moscou no final deste mês.
Caças russos em Belarus
Poucos dias antes do início de uma manobra militar russa em Belarus, caças Sukhoi Su-25SM foram trazidos a mais de 7.000 quilômetros da região de Primorye, no Mar do Japão, para aeródromos militares na área de Brest, perto da fronteira polonesa, informou o Ministério da Defesa russo.
No contexto do conflito na Ucrânia, os líderes militares de Belarus e Rússia enfatizaram repetidamente que o envio de tropas é puramente para fins de treinamento, não representa ameaça e está de acordo com o direito internacional. Moscou e Minsk rejeitaram as acusações do Ocidente de que o exercício militar está em preparação para uma invasão à vizinha Ucrânia. A manobra está prevista para ocorrer de 10 a 20 de fevereiro.
Em vista das preocupações com uma possível invasão russa, militares ucranianos iniciaram um treinando em guerra na zona radioativa ao redor da antiga usina nuclear de Chernobyl.
O ministro do Interior, Denys Monastyrskyj, disse que foi o primeiro exercício em grande escala na zona de exclusão. Imagens mostram os militares treinando com morteiros e o avançando com veículos blindados na cidade evacuada de Pripyat. O resgatar de feridos e o desarmamento de minas também foi praticado.
Caças dinamarqueses chegam na Lituânia
Não apenas os EUA enviaram reforços à região. Quatro caças F-16 da Força Aérea Dinamarquesa já chegaram à Lituânia para fortalecer a vigilância aérea da Otan sobre os Estados Bálticos. Juntamente com quatro aeronaves polonesas, eles devem controlar os céus sobre a União Europeia (UE) e a Estônia, Letônia e Lituânia, estados membros da Otan, a partir do aeroporto militar de Siauliai.
Os três países bálticos que fazem fronteira com a Rússia não têm seus próprios aviões de combate. Por isso, aliados têm assegurado o espaço aéreo do Báltico em rotação regular desde 2004.
A Dinamarca também enviará uma fragata para o Mar Báltico. De acordo com o exército estoniano, seis caças F-15C Eagle pousaram na base militar de Ämari na quarta-feira para fins de treinamento. O principal objetivo do esquadrão é apoiar a Força Aérea Belga no patrulhamento do espaço aéreo do Báltico.
le (AFP, DPA, Reuters)
SÃO CARLOS/SP - O prefeito Airton Garcia, juntamente com a secretária de Cidadania e Assistência Social, Vanessa Soriano, inaugurou oficialmente na manhã de sexta-feira (04/02), o Centro de Convivência do Idoso “Roberto Kabbach” no jardim Zavaglia.
O Centro de Convivência do Idoso foi construído pela empresa Tenda Atacado em contrapartida ao município determinada pelo Ministério Público. O investimento total no bairro foi de R$ 2 milhões, sendo R$ 1,7 milhão para construção do prédio e outros R$ 300 mil foram aplicados pela empresa na construção de passeios públicos.
As chaves do prédio foram entregues ao município em fevereiro de 2020, porém devido a pandemia e as medidas restritivas impostas pela doença, somente agora foi realizada a inauguração oficial e o início integral dos serviços que serão oferecidos no local.
O espaço conta com ampla estrutura para oferecer diversas atividades, que vão refletir diretamente na qualidade de vida dos idosos, além de promover a garantia do envelhecimento saudável e ativo da população. O espaço tem como objetivo oferecer acolhimento, proteção, convivência e serão oferecidas atividades intergeracionais, cognitivas, físicas e culturais estimulando o autocuidado, respeitando a singularidade e autonomia da pessoa idosa, promovendo convivência e fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.
De acordo com a secretária de Cidadania de Assistência Social, Vanessa Soriano, o local tem capacidade para atender até 150 idosos. “As atividades começam com oficina de patch aplique, atividades físicas e cognitivas, oficina de crochê e futuramente cursos de computação no nosso ponto digital. Também iremos conversar com as pessoas e saber quais atividades elas gostariam de fazer e com isso vamos ampliando a nossa programação”, explicou a secretária, lembrando que para participar basta ter 60 anos ou mais.
O prefeito falou da importância do espaço para a região do Zavaglia. “Esse Centro vai ser muito importante para os idosos que moram nessa região da cidade. Estamos levando a estrutura para perto do morador e isso faz toda a diferença”, ressaltou Airton Garcia.
A família do homenageado agradeceu a homenagem feita pela Prefeitura e pelo vereador Marquinho Amaral, propositor da lei que denomina o Centro do Idoso “Roberto Kabbach”. O vereador Marquinho Amaral e a secretária Vanessa Soriano entregaram uma placa para a viúva de Roberto Kabbach, Azizi Hussni Kabbach que fez questão de participar da inauguração acompanhada dos filhos Roberto Michel Kabbach, Munir Roberto Kabbach, Willian Roberto Kabbach, Nádia Roberto Kabbach e Jafte Roberto Kabbach.
Também participaram da inauguração os vereadores Dé Alvim e Tiago Parelli, as secretárias de Trabalho Emprego e Renda, Danieli Favoretto Valenti, de Infância e Juventude, Ana Beatriz Sodelli, de Educação, Wanda Hoffmann, o Procurador Geral do Município, Alexandre Carreira Martins Gonçalves e o chefe de gabinete da Prefeitura, José Pires (Carneirinho).
O Centro de Convivência do Idoso no Jardim Zavaglia está localizado na rua Antônio Donato, nº 400. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira das 8h às 17h.
SÃO CARLOS/SP - Na sexta-feira (04), a Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia do legislativo, presidida pelo vereador Azuaite França (CIDADANIA), tendo como secretário o vereador Bruno Zancheta (PL) e como membro o vereador André Rebello (DEM), esteve na CEMEI Professora Maria Alice Vaz de Macedo no Bairro Cidade Aracy. Os parlamentares buscaram entender um pouco melhor o que realmente acontece na unidade escolar e auxiliar na busca de soluções.
Os vereadores pontuaram: “Estamos prestes a retornar às atividades presenciais e não podemos admitir que uma de nossas unidades escolares se encontrasse nestas condições, com infestação de ratos, problemas estruturais, enfim, necessitando em caráter de urgência, de uma manutenção geral, de forma eficaz e rápida”.
“Faremos documentos cobrando medidas da Secretaria de Educação, isso é inaceitável. Enquanto conjunto de vereadores e comissão tomaremos todas as medidas necessárias para que essa situação seja revertida”, completaram os membros da Comissão.
SÃO PAULO/SP - Os líderes da China e da Rússia formalizaram na sexta (4) uma aliança que vinha ganhando corpo nos últimos anos contra as políticas ocidentais personificadas na agenda dos Estados Unidos, apontada como "abordagem ideologizada da Guerra Fria".
Assim, Xi Jinping e Vladimir Putin concordaram em um comunicado em denunciar a expansão da Otan (aliança militar ocidental) que está no cerne da grave crise em curso na Ucrânia e também os pactos militares americanos na região do Indo-Pacífico.
Esses são os exemplos mais vistosos, mas não únicos, do texto de 5.300 palavras em russo divulgado pelo Kremlin, do que ambos os líderes chamaram de "amizade sem limites" entre Pequim e Moscou. Algo "sem precedentes", na voz de Putin.
Vistosos por exemplificar os principais problemas estratégicos afetando, respectivamente, o maior país do mundo que formava o centro da União Soviética e a segunda maior economia do mundo, uma ditadura comunista adepta da economia de mercado.
"As partes se opõem a expansão adicional da Otan e pede para que a aliança abandone a abordagem ideologizada da Guerra Fria", diz o texto. Putin tem cerca de 130 mil homens mobilizados em torno das fronteiras ucranianas, um movimento que inicialmente parecia visar resolver o status do conflito no leste do país entre rebeldes pró-Rússia e Kiev.
A questão virou algo maior: a definição de uma paz europeia em termos aceitáveis para o Kremlin, o que não inclui a Ucrânia como parte da Otan e mesmo a presença de armas ofensivas em membros do Leste Europeu do clube. EUA e aliança rejeitaram o ultimato, e o impasse prossegue.
No entorno chinês, a Guerra Fria 2.0 movida em reação à maior assertividade de Xi já causou conflitos diversos com os EUA: guerra comercial e tarifária, disputa sobre a autonomia de Hong Kong, provocações nas rotas marinhas que Pequim considera suas e a ameaça da China de tomar Taiwan.
"As partes se opõem à formação de estruturas de blocos fechados e campos opostos na região da Ásia-Pacífico, e permanecem altamente vigilantes sobre o impacto negativo da estratégia americana no Indo-Pacífico para a estabilidade e paz na região", diz o texto.
No ano passado, o governo de Joe Biden formalizou um pacto militar com Austrália e Reino Unido e reavivou a aliança Quad (com australianos, japoneses e indianos) contra a China.
Se alguém tinha dúvida acerca do afinamento entre Xi e Putin, os líderes resolveram desenhar suas intenções. Elas incluem esforços conjuntos contra "revoluções coloridas", o nome genérico e de assimilação midiática fácil àquilo que Moscou chama de golpes para derrubar governos pró-Kremlin na antiga periferia soviética.
Elas ocorreram em locais como Ucrânia e Geórgia, e não acabaram bem de todo modo. A China acusa os EUA exatamente da mesma coisa ao patrocinar os movimentos pró-democracia de Hong Kong, que foram esmagados com mão de ferro após a revolta de 2019, e o governo taiwanês --na ilha que Xi chama de sua, incursões aéreas com aviões militares chineses são eventos semanais.
O encontro de Xi e Putin ocorreu antes da abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Pequim, evento que foi boicotado diplomaticamente pelo Ocidente. Pouco mais de 20 líderes participarão da abertura, mas o russo é a estrela.
Com isso, o governo fortemente autocrático russo e a ditadura chinesa dão as mãos oficialmente. Não há menção no documento a aspectos práticos já em curso, como a crescente cooperação militar entre as potências e os grandes projetos de energia.
Eles são a chave e também o limite da associação. Do ponto de vista militar, Rússia e China são rivais históricos, e seria surpreendente se chegassem a uma aliança formal, integral, como por exemplo a que existe entre Moscou e a ditadura de Belarus.
Economicamente, a deferência política de Xi a Putin embute o risco percebido em Moscou de que a Rússia pode se tornar uma província energética da China, ofertando gás natural barato por meio de um projeto de US$ 400 bilhões chamado Força da Sibéria --o segundo gasoduto da rede deve ser anunciado logo.
Para o russo, contudo, é uma saída única. Se a pressão americana sobre países como a Alemanha, que está adiando a abertura de um novo gasoduto a ligando diretamente à Rússia, ou uma ruptura devido a uma guerra na Ucrânia ocorrerem, o mercado europeu pode se fechar ao gás de Putin.
A China, cujo consumo anual do produto deve ultrapassar o de toda a Europa até o fim da década, pode oferecer uma linha vital para a sobrevivência desse pedaço central da economia russa, que de resto tem enfrentado bem as sanções ocidentais que se abatem sobre ela desde que Putin anexou a Crimeia, em 2014.
Naquele ano, um arremedo de "revolução colorida", mais violento e menos romântico que as versões dos anos 2000, derrubou o governo pró-Kremlin de Kiev. A anexação e o fomento à guerra civil no leste ucraniano foram as respostas imediatas de Moscou, que depois participou de um cessar-fogo frágil que agora Putin quer ver implementado como plano de paz.
O encontro de ambos foi altamente coreografado e, apesar de ambos os líderes serem conhecidos pelos cuidados extremos para não contrair Covid-19, não houve máscaras ou distanciamento. É a primeira reunião deles desde a pandemia, e a 38ª desde que Xi assumiu, em 2012 --Putin está no poder desde 9 de agosto de 1999, quando virou premiê pela primeira vez.
No texto divulgado, um trecho atribuído a Xi resume diversos discursos feitos pelo chinês nos últimos anos, no qual ele discorre sobre sua visão particular de democracia. "Estamos trabalhando juntos para trazer à vida o verdadeiro multilateralismo. Defendendo o real espírito da democracia serve como uma fundação confiável para unir o mundo nas próximas crises, e defendendo a igualdade".
A visão, contraditória a olhos ocidentais por ser feita pelo líder de uma ditadura, é compartilhada por Putin. Ambos denunciam a defesa de valores democráticos feita pelos EUA como hipócrita, já que há exemplos de sobra (Iraque, Afeganistão etc.) de que ela pode ser forçada por meios militares, gerando desastres.
A principal diferença entre ambos até aqui é a abordagem externa. Xi se vale de instrumentos econômicos, enquanto Putin não hesita em flexionar musculatura militar: nos últimos anos, suas tropas estiveram em guerras ou intervenções em locais como Geórgia, Ucrânia, Síria, Líbia, Azerbaijão e Cazaquistão. Moscou ainda tem um arsenal nuclear rival ao americano, enquanto a China prepara uma expansão no campo.
Do lado ocidental, o exemplo cotidiano da repressão nos dois rivais é suficiente para fazer a acusação de hipocrisia no sentido contrário. A Guerra Fria 2.0, o embate China-EUA que define geopoliticamente o século 21, parece ter acabado de ganhar um terceiro participante oficialmente, vindo da primeira encarnação do conflito.
IGOR GIELOW / FOLHA
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