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EUA - O valor de mercado da Apple caiu abaixo de US$ 2 trilhões nas negociações de terça-feira (3) pela primeira vez desde o início de 2021 e um ano após a empresa se tornar a primeira empresa de tecnologia de capital aberto avaliada em US$ 3 trilhões.

As ações da Apple encerraram a terça-feira em queda de quase 4%, depois que um relatório levantou preocupações sobre a demanda do consumidor por seus produtos. O Nikkei informou que a Apple notificou recentemente vários fornecedores para fabricar menos peças para alguns de seus dispositivos mais populares no primeiro trimestre, incluindo AirPods, Apple Watch e MacBooks.

Como outras empresas de tecnologia, a Apple tem lutado com soluços na cadeia de suprimentos e receio de que os temores da recessão possam pesar sobre os gastos de anunciantes e consumidores, inclusive para produtos mais caros como o iPhone.

Antes do importante período de compras de fim de ano, a Apple disse que estava enfrentando “forte demanda” pelos modelos iPhone 14 Pro e iPhone 14 Pro Max, mas esperava remessas menores do que o previsto devido a interrupções relacionadas à Covid em um fornecedor na China. Agora, diz que essas operações estão funcionando com capacidade quase total.

Embora o valor de mercado da Apple tenha caído consideravelmente, outras grandes empresas de tecnologia sofreram quedas percentuais mais acentuadas. As ações da Amazon e da Meta, controladora do Facebook, caíram cerca de 50% e 63%, respectivamente, no ano passado. A Apple, em comparação, caiu cerca de 31% no mesmo período.

Ainda assim, a Apple agora se junta à Amazon em um clube exclusivo do qual ninguém quer fazer parte: empresas que perderam US$ 1 trilhão em valor de mercado.

 

 

por Diego Sousa / ISTOÉ DINHEIRO

EUA - Enquanto os Estados Unidos esperam o fim da "nevasca do século", que matou pelo menos 53 pessoas em todo o país em pleno período natalino, os relatos de pessoas morrendo em seus carros ou bloqueadas pela tempestade se multiplicam.

O total de mortes confirmadas pelas autoridades em nove estados chegou a 53, sendo 31 no condado de Erie, que inclui a cidade de Buffalo, Nova York, onde o presidente Joe Biden decretou na segunda-feira 'estado de emergência'.

As autoridades temem um número maior de vítimas, à medida que as equipes de socorro avançam pelas áreas afetadas.

O mau tempo que atinge o país há uma semana começou a diminuir nesta quarta-feira no leste e no centro-oeste. "Esta é claramente a nevasca do século", afirmou na segunda-feira a governadora do estado de Nova York, Kathy Hochul.

O serviço meteorológico americano (National Weather Service, NWS) prevê um aumento das temperaturas em torno de 10°C até o fim de semana, mas alerta para "condições de tráfego perigosas".

O frio extremo que atingiu os Estados Unidos foi acompanhado por fortes nevascas e ventos, sobretudo na região dos Grandes Lagos, o que provocou cenas de caos no transporte rodoviário e aéreo e forçou o cancelamento de milhares de voos.

De acordo com o site de rastreamento FlightAware.com, mais de 5.900 voos foram cancelados na terça e quarta-feira.

 

- Buffalo sob a neve -

Muitos voos são operados pela Southwest Airlines, que cancelou mais de 60% de suas rotas devido a problemas logísticos, o que gerou críticas do Departamento de Transportes, que se declarou "preocupado com a taxa inaceitável de cancelamentos da Southwest".

O CEO da Southwest, Bob Jordan, disse na terça-feira que "lamentava muito" a situação. Ele destacou em um vídeo que "um grande esforço para estabilizar a empresa" estava em curso.

"Estamos nos recuperando de uma das piores nevascas que já vimos, infelizmente com o maior número de mortos que já tivemos", lamentou uma autoridade do condado de Erie, Mark Poloncarz.

Em Buffalo, uma jovem de 22 anos, presa pela neve, morreu em seu carro, segundo sua família. Um vídeo enviado pela vítima e divulgado pela irmã mostra ela abaixando o vidro do veículo durante a nevasca.

Mark Eguliar, morador de Buffalo, contou à AFP que ficou preso no trabalho "por mais de 40 horas".

"Moro em Buffalo desde 1970 (...) e esta é a pior coisa que já vi", comentou Joe Mergl, outro residente desta grande cidade perto da fronteira com o Canadá.

 

- Socorristas bloqueados -

A vice-prefeita de Buffalo, Crystal Rodriguez-Dabney, disse à CNN na terça-feira que "socorristas saíram para resgatar outras equipes de resgate".

"Foi preciso primeiro ajudar os socorristas para que eles pudessem ir e ajudar a população", explicou.

Em meio ao caos, muitos criticaram a resposta da cidade à nevasca e questionaram se a proibição de dirigir não deveria ter sido decretada antes.

"Havia muita neve, os carros estavam presos e as pessoas ainda tentavam dirigir", lamentou à AFP Chris Ortiz, morador de Buffalo.

Uma funcionária dos serviços de emergência citada pelo Washington Post, que ficou presa em sua ambulância por 14 horas sem comida ou água, disse que "a maioria das ligações (de emergência) vinha de pessoas presas em seus carros".

"A verdade é que essas pessoas em veículos bloqueados não deveriam estar lá", declarou.

A polícia da cidade também anunciou a prisão de oito indivíduos por saques.

"Não são pessoas roubando comida, remédios ou fraldas de bebê", disse o chefe da polícia de Buffalo, Joseph Gramaglia. "Eles destroem lojas, roubam televisões, sofás, tudo o que encontram", acrescentou.

 

 

AFP

BRASÍLIA/DF – A três dias do fim de seu mandato, o presidente Jair Bolsonaro despede-se antecipadamente do País. Bolsonaro viajará nos próximos dias aos Estados Unidos e deverá passar a virada do ano recolhido em um condomínio-resort na região de Orlando, na Flórida.

Aliados de Bolsonaro disseram que o presidente avaliava fazer, antes de decolar, um pronunciamento à nação, ainda incerto. Embora alguns defendessem que ele falasse pela última vez como presidente da República, após a inédita derrota eleitoral no cargo, Bolsonaro foi aconselhado a abortar a ideia, por causa do risco jurídico de incendiar manifestações de extremistas.

Um conselheiro próximo e amigo do presidente avalia que Bolsonaro perdeu o timing e que agora seria melhor deixar para mandar mensagens a seus apoiadores após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo ele, o discurso do presidente pode lhe trazer problemas com a Justiça, se provocar uma mobilização ainda maior de bolsonaristas que contestam a eleição de Lula e cobram um golpe de Estado – parte deles envolveu-se em tentativas de provocar explosões que vem sendo caracterizadas como atos de terrorismo por autoridades do governo do Distrito Federal e ministros de Lula.

Por outro lado, se optar por um tom ameno, Bolsonaro pode decepcionar e desmobilizar muitos de seus seguidores, pondera esse mesmo auxiliar presidencial.

A viagem à Flórida estava prevista desde a semana passada, segundo auxiliares do presidente, que indicaram que ele viajaria nesta quarta-feira, 28. Na noite de terça, contudo, o presidente negou à emissora CNN que deixaria o País na data indicada? sem fazer referência a qualquer data futura.

Na viagem, o presidente não deve ser acompanhado da primeira-dama Michelle Bolsonaro. Nesta terça-feira, a filha do casal, Laura Bolsonaro, fazia compras normalmente num shopping de Brasília.

Bolsonaro também nomeou os oito servidores a quem tem direito na sua equipe de ex-presidente, com salários custeados pela União. Entre eles, estão militares e atuais assessores na Presidência da República.

Bolsonaro passou o Natal no Palácio da Alvorada em Brasília, sem a presença de seus filhos mais velhos. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro estavam com a mãe deles, Rogéria Bolsonaro, ex-mulher do presidente. O vereador no Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos) não estava presente.

Bolsonaro deve usar o avião presidencial. A previsão é que ele se hospede em um condomínio fechado, onde o ex-presidente norte-americano Donald Trump também possui uma casa.

A viagem tem sido motivo de críticas. O futuro ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, deputado federal do PT por São Paulo, disse que o presidente “fugiu” do Brasil e se mostrou um “líder de barro”, segundo ele incapaz de liderar a direita.

Para o futuro ministro do Palácio do Planalto, o presidente “incitou hordas bolsonaristas a desrespeitarem a eleição e a constituição e a transformar as frentes de quartéis em verdadeiras em incubadoras de atos violentos”.

Como o Estadão mostrou, aliados do presidente já previam que ele optasse pelo isolamento após a derrota, apesar do capital político e mesmo diante de gestões de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, para que atuasse na oposição a Lula.

 

 

por Felipe Frazão / ESTADÃO

EUA - O governo dos Estados Unidos está examinando a possibilidade de impor restrições aos viajantes procedentes da China, afirmaram na terça-feira, 27, fontes da administração, depois que Pequim flexibilizou as severas medidas anticovid.

As infecções dispararam na China à medida que os principais pilares de sua rígida política de saúde foram suspensos, o que levou o governo americano a expressar preocupação com a possibilidade de surgimento de novas variantes.

"A comunidade internacional está cada vez mais preocupada com os contínuos surtos de covid-19 na China e a falta de dados transparentes, incluindo os dados de sequências genômicas virais, reportados pela China", afirmou uma fonte do governo.

As autoridades de Pequim admitiram que é "impossível" rastrear a origem do atual surto e acabaram com a divulgação do polêmico balanço diário de casos da doença. O governo chinês também modificou os critérios para contabilizar as mortes vinculadas à pandemia.

Mas é a falta de dados genômicos que provoca muitas preocupações em outros países, o que torna "cada vez mais difícil para as autoridades de saúde pública garantir que podem identificar potenciais novas variantes e adotar medidas rápidas para reduzir sua propagação", destacaram as autoridades americanas.

O governo dos Estados Unidos "segue os dados científicos e os conselhos de especialistas em saúde pública, consulta os aliados e considera adotar medidas similares" às de países como Japão e Malásia, que anunciaram ações de saúde pública para enfrentar a propagação da covid procedente da China.

A flexibilização das medidas por Pequim acaba com a estratégia "covid zero", que incluía testes em larga escalas, confinamentos e longas quarentenas. A política afetou as cadeias de abastecimento e afetou de maneira expressiva a segunda maior economia do mundo.

O ministério das Relações Exteriores da China afirmou na terça-feira que os países devem manter controles "científicos e adequados" das doenças, que não devem afetar os deslocamentos normais das pessoas.

 

 

AFP

EUA - O Brooklyn Nets venceu o Cleveland Cavaliers nesta noite de segunda-feira fora de casa. A equipe de Nova York foi dominante por toda a partida e selou o placar em 125 a 117. Estrelas do time de Brooklyn, Kyrie Irving e Kevin Durant somaram para mais de 60 pontos na partida.

A equipe de Nova York foi totalmente dominante na partida. Brooklyn chegou a abrir 19 pontos de vantagem no terceiro quarto e teve mais de 57% de aproveitamento em seus arremessos de quadra. Brooklyn só ficou atrás no placar no primeiro quarto. Mesmo assim, o time teve que redobrar a atenção no final da partida, já que os Cavs ameaçaram uma virada.

O maior pontuador do jogo, no entanto, não veio do time vencedor. Darius Garland teve 46 pontos, oito assistências e três rebotes por Cleveland. O segundo maior cestinha dos Cavs foi Donovan Mitchell com apenas 15 pontos.

Já pelo lado de Brooklyn, Durant e Kyrie terminaram o jogo com 32 pontos. KD ainda somou nove rebotes e cinco assistências, enquanto Irving teve quatro e cinco, respectivamente. Além dos dois astros, T.J. Warren saiu bem do banco e contribuiu com 23 pontos no jogo.

Após a vitória, o próximo compromisso dos Nets é na quarta-feira contra o Atlanta Hawks, fora de casa. Já os Cavs enfrentam o Indiana Pacers na quinta-feira.

 

O jogo

Brooklyn liderou quase toda a partida, o único momento do jogo em que a liderança ficou em aberto foi no primeiro quarto de jogo. A partir da segunda etapa, o domínio era claro da equipe de Nova York. Com um alto aproveitamento de arremessos e uma voa performance defensiva, o jogo foi para o intervalo com os Nets vencendo por 65 a 49.

No terceiro quarto os Cavs ainda pareciam perdidos em quadra. O time era muito dependente de Garland e ficou abaixo dos 50% de aproveitamento das bolas de quadra. Enquanto os arremessos de três eram um ponto fortíssimo de Brooklyn, mais de 60% de conversão, as bolas de longa distância de Cleveland teimavam em não cair, só 36% eram convertidas.

Apesar do cenário dominante no placar a favor dos Nets, Cleveland deu um trabalho no final. Garland marcou 18 pontos apenas no último quarto de jogo e os Cavs chegaram a encostar no placar. Ao final da partida e com a defesa precisando falar mais alto, Brooklyn mostrou que faz diferença ter grandes estrelas na partida. Kyrie e Durant foram cruciais para manter a vitória em mãos. Placar final: Brooklyn Nets 125 x 117 Cleveland Cavaliers.

 

 

Por Redação do ge

EUA - O secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse, na quinta-feira (22), que a Rússia não mostra um interesse real em pôr fim à guerra que iniciou na Ucrânia em fevereiro.

"Neste momento, a Rússia não mostra interesse em uma diplomacia significativa" para encerrar o conflito, afirmou Blinken em entrevista coletiva, um dia após a visita a Washington do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. O presidente russo, Vladimir Putin, havia expressado mais cedo seu desejo de que a guerra termine "o quanto antes".

Blinken destacou que conversou na quinta-feira com os ministros das Relações Exteriores do G7 sobre as ideias para uma "paz justa" propostas por Zelensky em Washington, chamando-as de "um bom começo". Qualquer paz deve ser "justa e duradoura", observou, ressaltando que os Estados Unidos não irão impor suas soluções à Ucrânia.

"Duradoura no sentido que queremos garantir que se mantenha e que não estaremos apenas colocando a Ucrânia numa posição em que a Rússia repetirá o que fez um mês, seis meses ou um ano depois", esclareceu Blinken.

O secretário avaliou que Moscou poderia encerrar a guerra imediatamente retirando suas tropas. "Na ausência disso, teríamos que ver alguma evidência significativa de que está preparada para negociar uma paz justa e duradoura", mas a Rússia não está fazendo isso, considerou.

 

 

AFP

EUA - O Supremo Tribunal dos EUA suspendeu temporariamente a expiração do Título 42, uma controversa ordem de saúde do ex-presidente Donald Trump que permitiu às autoridades remover imediatamente os migrantes das fronteiras dos EUA, que expirou a 21 de Dezembro.

O Presidente do Supremo Tribunal John Roberts anunciou a suspensão da regra numa breve ordem na segunda-feira, em resposta a um pedido dos procuradores-gerais do Texas e de 18 outros estados liderados pelos republicanos para manter a regra em vigor.

Roberts deu à Administração Biden até às 17:00 (hora local) de terça-feira para responder ao recurso interposto pelos estados republicanos.

O Procurador-Geral do Arizona Mark Brnovich, que aceitou a proposta dos Estados, afirmou numa declaração na segunda-feira que "a eliminação do Título 42 porá em perigo, de forma imprudente e desnecessária, mais americanos e imigrantes, exacerbando a catástrofe que está a ocorrer na nossa fronteira sul".

Acrescentou que se estima que as travessias ilegais irão aumentar "de 7.000 por dia para 18.000 por dia", de acordo com a CNN.

Até à data, mais de 2,4 milhões de pessoas foram expulsas, na sua maioria da fronteira sul dos Estados Unidos, desde que a administração Trump pôs em vigor a ordem de emergência em Março de 2020, alegando que esta medida era um instrumento eficaz contra a propagação do coronavírus, de acordo com o "The Washington Post".

 

 

Fonte: (EUROPA PRESS)

por Pedro Santos / NEWS 360

CHICAGO – Os futuros da soja na Bolsa de Chicago caíram nesta quinta-feira devido a preocupações de que o dólar firme e o enfraquecimento da economia global possam desacelerar o ritmo robusto das exportações dos EUA que tem sustentado os preços desde a colheita norte-americana, disseram operadores.

Os contratos futuros de trigo estavam fortes em uma rodada de compras de barganha após quedas em oito das 10 sessões anteriores e puxaram o milho para cima.

Mas esses ganhos foram limitados pela orientação do Federal Reserve dos EUA na quarta-feira, que levantou preocupações de que a inflação poderia permanecer alta e mais aumentos nas taxas de juros prejudicariam o crescimento econômico ao longo de 2023.

O Banco da Inglaterra também apontou para mais possíveis aumentos, pois também elevou as taxas nesta quinta-feira, antes de uma decisão de política monetária do Banco Central Europeu.

“O ponto principal é que isso mantém os traders vendo os fundamentos das commodities através das lentes dos temores de recessão”, disse o economista-chefe de commodities da StoneX, Arlan Suderman.

O contrato da soja para janeiro na Bolsa de Chicago fechou 8,75 centavos mais baixo, em 14,7350 dólares o bushel.

O Departamento de Agricultura dos EUA disse na manhã de quinta-feira que as vendas de exportação de soja totalizaram 2,943 milhões de toneladas na semana encerrada em 8 de dezembro.

Isso representou um aumento de 69% em relação à semana anterior e ficou acima do limite máximo das previsões do mercado, que variavam de 1,5 milhão a 2,6 milhões de toneladas.

O trigo de março na CBOT ganhou 8 centavos para fechar em 7,5725 dólares o bushel e o milho de março subiu 3 centavos para 6,5350 dólares o bushel.

 

 

por REUTERS

ARÁBIA SAUDITA - Bandeiras chinesas e sauditas tremulam nas avenidas de Riad, a capital da Arábia Saudita, na quarta-feira (7) para receber o presidente chinês, Xi Jinping, que desembarca no país. A visita ao maior exportador mundial de petróleo prevê reuniões com líderes regionais, em meio a uma crise ligada à guerra na Ucrânia.

A foto de Xi Jinping domina as primeiras páginas dos jornais sauditas. A imprensa local destaca os potenciais benefícios econômicos da visita. O gigante asiático e o país do Golfo, seu principal fornecedor de petróleo, parecem querer estreitar relações em um contexto de incertezas econômicas e realinhamento geopolítico.

Esta é a terceira viagem de Xi Jinping ao exterior desde o início da pandemia de Covid-19, em 2020, e a primeira à Arábia Saudita, desde 2016.

A agenda de três dias inclui encontros bilaterais com o rei Salman e o príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, que governa de fato o reino.

Na sexta-feira (9), acontece uma cúpula com os seis países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) e outra com líderes árabes.

O secretário-geral do CGC, Nayef al-Hajraf, destacou a importância da cúpula com os seis países do bloco, dizendo querer "reforçar a cooperação" nas áreas de economia, desenvolvimento e comércio, entre outras.

 

Energia está na pauta

As conversas devem abordar, sobretudo, a questão da energia. Os sauditas são os maiores exportadores mundiais de petróleo bruto e a China é o maior importador mundial.

O mercado sofre com incertezas depois que o G7 e a União Europeia introduziram, na sexta-feira passada, um teto ao preço do petróleo russo para exportação em US$ 60 o barril. O objetivo é privar Moscou dos meios de financiar a guerra na Ucrânia.

Além da energia, as discussões podem se concentrar no envolvimento de empresas chinesas em megaprojetos, que incluem uma cidade futurística de US$ 500 bilhões chamada NEOM.

Segundo a agência de notícias saudita SPA, a Arábia Saudita atraiu mais de 20% dos investimentos chineses no mundo árabe, entre 2002 e 2020.

 

Sauditas diversificam relações diplomáticas 

A visita de Xi Jinping será, sem dúvida, acompanhada de perto pelos Estados Unidos, importante aliado dos países do Golfo, em particular da Arábia Saudita. A parceria entre os dois países, muitas vezes descrita como um acordo de "petróleo por segurança", foi selada após a Segunda Guerra Mundial. Porém, a redução da produção decidida em outubro pela Opep+ irritou Washington, que denunciou um "alinhamento com a Rússia".

De acordo com analistas internacionais, mesmo que a Arábia Saudita coopere com a China na venda e produção de armas, Pequim não pode fornecer as mesmas garantias de segurança que Washington.

Porém, a relação Washington-Riad passou por momentos de distanciamento e as monarquias do Golfo querem diversificar suas relações, como explica Camille Lons, pesquisadora do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS) em entrevista à RFI. “É uma cúpula muito política, especialmente para a Arábia Saudita no contexto de relações um tanto difíceis com os Estados Unidos, recentemente. É uma forma de mostrar que essa relação com Pequim está florescendo", analisa.

“Há uma tendência de longo prazo de os países do Golfo, a Arábia Saudita em particular, tentarem diversificar suas relações diplomáticas com outros parceiros. E a China é, claro, um dos principais parceiros nessa diversificação", conclui.

 

 

 

(Com informações da RFI e da AFP)

por RFI

EUA - A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou na quarta-feira (30) um projeto de lei para evitar uma greve no transporte ferroviário de cargas que poderia ser catastrófica para a maior economia do mundo.

O projeto de lei, votado por uma maioria bipartidária na Câmara baixa, impõe a adoção de um acordo, embora não tenha tido a aprovação de todos os atores sociais. O texto irá agora ao Senado, onde deve ser aprovado.

Diante da perspectiva de uma possível greve a partir de 9 de dezembro, o presidente Joe Biden decidiu entregar a questão ao Congresso, apoiado por uma lei de 1926, que impõe um acordo coletivo em caso de impasse nas negociações.

Biden elogiou a vontade bipartidária que evitou uma greve que "devastaria nossa economia e as famílias de todo o mundo", mas disse que a medida precisa se aprovada rapidamente no Senado.

"O Senado deve enviar urgentemente o texto à minha mesa" para que seja homologado, disse Biden no Twitter. A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, afirmou que o presidente espera ter acesso ao texto ainda esta semana.

O acordo preliminar, com aplicação retroativa a 2020 e que se estende até 2025, havia sido assinado por oito dos doze sindicatos do setor. As quatro entidades contrárias se disseram dispostas a convocar seus filiados a cessar os trabalhos.

O texto prevê aumento salarial de 24% no quinquênio 2020-2024 (com efeito retroativo), com aumento salarial imediato de 14,1%, além de cinco gratificações de US$ 1.000 cada.

A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, justificou a decisão de seguir pela via legislativa para aprovar o novo acordo coletivo de trabalho no transporte ferroviário de carga pela necessidade de "proteger a economia americana, que segue se recuperando, e evitar a devastadora paralisia das ferrovias em nível nacional".

Uma greve nos transportes de cargas teria reduzido a atividade econômica do país em US$ 2 bilhões por dia, segundo estimativa da Associação Ferroviária dos Estados Unidos (ARA, na sigla em inglês).

Em 2020, cerca de 28% das mercadorias nos Estados Unidos foram transportadas por ferrovias, segundo a empresa Union Pacific.

 

- Risco político descartado -

De acordo com outro estudo do American Chemical Council (ACC), uma paralisação de um mês no transporte de cargas teria causado uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) e uma aceleração da inflação.

Uma vez que 97% da rede utilizada pela companhia ferroviária nacional Amtrak é gerida por operadores de transporte de mercadorias, uma greve também teria repercussões consideráveis no tráfego de passageiros.

A perspectiva de um impasse ferroviário nos Estados Unidos representou um risco político significativo para Biden, já que a inflação continua alta e a economia dá sinais de desaceleração.

Mas ao forçar a adoção do acordo coletivo e evitar o diálogo social, Biden se expôs às críticas dos sindicatos e da ala de esquerda do Partido Democrata.

Em uma tentativa de reunir os opositores, os democratas apresentaram nesta quarta-feira um projeto de lei complementar que prevê sete dias de licença médica garantidos por ano.

O tema da licença médica havia escancarado o descontentamento de muitos funcionários do setor. Este segundo texto foi aprovado após a votação do próprio acordo.

Antes da votação, três dos quatro sindicatos refratários deixaram a oposição de princípio à intervenção da política e pediram ao Congresso que aprovasse o texto adicional sobre a licença médica.

 

 

AFP

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