SÃO CARLOS/SP - Entre os dias 18 e 26 de fevereiro, os professores Danilo Giroldo e Lisandra Marques Gava Borges, representantes do grupo de trabalho que elaborará o documento referência como proposta para a implantação do campus de São José do Rio Preto (GT-SJRP), se encontrarão com os Centros Acadêmicos e com as Entidades Representativas da UFSCar para dialogar sobre as potencialidades e dificuldades do processo de implantação do novo campus. Estes encontros, guiados pela metodologia dos grupos focais, fazem parte do plano de trabalho aprovado pelo Conselho Universitário (ConsUni) em dezembro de 2024 e complementam as reuniões setoriais realizadas em Rio Preto na última semana.

O diálogo com a comunidade UFSCar e com a sociedade de São José do Rio Preto integra a primeira etapa de construção do documento referência que, caso aprovado pelo ConsUni, guiará o processo de implantação do novo campus. Esta etapa envolve a caracterização do território, a identificação de alternativas locacionais, o mapeamento das percepções dos atores de Rio Preto e da comunidade acadêmica, além da realização de audiências públicas.

Grupos focais em São José do Rio Preto

Entre os dias 11 e 13 de fevereiro, o GT-SJRP realizou uma série de reuniões que captaram sugestões dos diferentes setores da sociedade rio-pretense sobre a implantação do novo campus. No primeiro dia de atividades (11/2), o grupo de trabalho se reuniu no Instituto Federal de São Paulo (IFSP) com entidades dos setores empresarial e educacional de Rio Preto. O primeiro grupo focal, realizado pela manhã, contou com representantes da Associação Comercial de São José do Rio Preto (ACIRP), do Parque Tecnológico Karina Bolçone (PARTEC) e da Associação dos Profissionais e Empresas de Tecnologia da Informação (APETI). Durante o diálogo o setor demandou cursos ligados a três áreas diferentes de atuação: saúde, tecnologia e agronegócio.

O segundo grupo focal, realizado na tarde do dia 11, teve a participação de representantes do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (Ibilce), da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho (Unesp), da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FACERES, do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), da Faculdade de Tecnologia (FATEC), do Centro Universitário de Rio Preto - UNIRP e do Centro Universitário do Norte de São Paulo - UNORTE. Nesta reunião, as discussões se voltaram para a evasão de discentes, a criação de modelos pedagógicos mais flexíveis e a implantação de cursos voltados para a formação de professores, para a gestão pública e para a área da tecnologia.

Na quarta-feira, 12 de fevereiro, os representantes do GT -SJRP se reuniram, também no IFSP, com movimentos sociais e com organizações da sociedade civil. Pela manhã, o grupo de trabalho se encontrou com representantes de vinte sindicatos, associações e movimentos sociais de Rio Preto. Diferentes áreas e cursos foram sugeridos, destacando-se os relacionados às Engenharias, Agroecologia, Ciências Sociais, Ciências da Saúde e Serviço Social. Os diferentes coletivos apresentaram preocupação com a implantação de cursos capazes de refletir criticamente sobre a realidade e atender as demandas da classe trabalhadora. No período da tarde, o grupo de trabalho se reuniu com representantes de associações ligadas à educação, arte e cultura. Neste grupo focal, a vocação do território para a música e para o teatro foi evidenciada.

A última reunião setorial, realizada na Câmara Municipal dos Vereadores, ocorreu na quinta-feira, 13 de fevereiro. Além de vereadores de São José do Rio Preto, parlamentares de cidades da região, representantes de movimentos sociais, professores universitários e entidades de classe participaram da discussão. O entusiasmo com a chegada da UFSCar foi amplamente salientado e muitos cursos demandados já haviam sido mapeados durante os encontros anteriores. Ao encerrar a reunião, o vereador João Paulo Rillo, presidente da frente parlamentar pela implementação da universidade federal em Rio Preto destacou a importância deste processo de escuta.

"Só a presença da UFSCar aqui no município, em parceria com o Instituto Federal, desenvolvendo esse método de escuta profunda e sincera da comunidade já é algo fantástico e diferenciado. Não vou fazer nenhuma indicação ou pedido de curso, mas ressalto que independente dos cursos, que tenho certeza que a UFSCar selecionará de forma justa, equilibrada e técnica, o mais importante é o método. De que vale tecnologia, ciência e informação voltada para o lucro e não para as pessoas?" argumentou Rillo.

As percepções, sugestões e vocações levantadas durante a realização dos grupos focais em São José do Rio Preto foram sintetizadas e serão apresentadas aos Centros Acadêmicos nos próximos dias. As datas e locais dos encontros foram definidos por cada um dos centros. Confira abaixo o cronograma completo.

Reuniões com a comunidade acadêmica

Campus São Carlos

18/2 às 14h30 - Encontro com o Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH)

19/2 às 14h30 - Encontro com o Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia (CCET)

25/2 às 8h30 - Encontro com o Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS)

Campus Sorocaba

20/2 às 14h - Encontro com o Centro de Ciências e Tecnologias para Sustentabilidade (CCTS), Centro de Ciências Humanas e Biológicas (CCHB) e Centro de Ciências em Gestão e Tecnologia (CCGT)

Campus Araras

21/2 às 10h - Encontro com o Centro de Ciências Agrárias (CCA)

Campus Lagoa do Sino

24/2 às 14h30 - Encontro com o Centro de Ciências da Natureza (CCN)

Entidades Representativas

25/2 às 14h30 - Encontro com entidades representativas de discentes da graduação e da pós-graduação

26/2 às 9h - Encontro com o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da UFSCar (SINTUFSCar)

26/2 às 14h30 - Encontro com a Associação dos Docentes em Instituições Federais de Ensino Superior dos Municípios de São Carlos, Araras, Sorocaba e Buri (ADUFSCar)