BRASÍLIA/DF - Os trabalhadores nascidos em maio começam a receber hoje (27) o crédito do saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de até R$ 1.045. O pagamento será feito por meio da conta poupança digital da Caixa Econômica Federal.
Instituído pela Medida Provisória 946, o saque emergencial do FGTS pretende ajudar os trabalhadores afetados pela pandemia do novo coronavírus. Ao todo, o governo pretende injetar R$ 37,8 bilhões na economia, beneficiando cerca de 60 milhões de trabalhadores.
O valor do saque é de até R$ 1.045, considerando a soma dos valores de todas contas ativas ou inativas com saldo no FGTS. Cada trabalhador tem direito a receber até um salário mínimo (R$ 1.045) de todas as contas ativas e inativas do fundo.
Nesta fase, o dinheiro poderá ser movimentado apenas por meio do aplicativo Caixa Tem. A ferramenta permite o pagamento de boletos (água, luz, telefone), compras com cartão de débito virtual em sites e compras com código QR (versão avançada de código de barras) em maquininhas de cartão de lojas parceiras, com débito instantâneo do saldo da poupança digital.
O dinheiro só será liberado para saque ou transferência para outra conta bancária a partir de 19 de setembro, para os trabalhadores nascidos em maio. O calendário de crédito na conta poupança digital e de saques foi estabelecido com base no mês de nascimento do trabalhador.
Até agora, a Caixa creditou o saque emergencial do FGTS para os trabalhadores nascidos de janeiro a abril. Os beneficiários nascidos em janeiro tiveram o dinheiro liberado para saque no último sábado (25).
O pagamento está sendo realizado conforme calendário a seguir:
Mês de nascimento | Dia do crédito na conta poupança social digital | data para saque em espécie |
---|---|---|
janeiro | 29 de junho | 25 de julho |
fevereiro | 06 de julho | 08 de agosto |
março | 13 de julho | 22 de agosto |
abril | 20 de julho | 05 de setembro |
maio | 27 de julho | 19 de setembro |
junho | 03 de agosto | 03 de outubro |
julho | 10 de agosto | 17 de outubro |
agosto | 24 de agosto | 17 de outubro |
setembro | 31 de agosto | 31 de outubro |
outubro | 08 de setembro | 31 de outubro |
novembro | 14 de setembro | 14 de novembro |
dezembro | 21 de setembro | 14 de novembro |
A Caixa orienta os trabalhadores a verificar o valor do saque e a data do crédito nos canais de atendimento eletrônico do banco: aplicativo FGTS, site fgts.caixa.gov.br e telefone 111 (opção 2). Caso o trabalhador tenha direito ao saque emergencial, mas não teve a conta poupança digital aberta automaticamente, deverá acessar o aplicativo FGTS para complementar os dados e receber o dinheiro.
O banco alerta que não envia mensagens com pedido de senhas, dados ou informações pessoais. Também não envia links nem pede confirmação de dispositivo ou acesso à conta por e-mail, SMS ou whatsApp.
O trabalhador poderá indicar que não deseja receber o saque emergencial do FGTS até 10 dias antes do início do seu calendário de crédito na conta poupança social digital, para que sua conta do FGTS não seja debitada.
Caso o crédito dos valores tenha sido feito na poupança social digital do trabalhador e essa conta não seja movimentada até 30 de novembro de 2020, os valores corrigidos serão retornados à conta do FGTS.
*Por: Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil
MUNDO - A Espanha é novamente segura para turistas e cidadãos espanhóis, insistiu o governo nesse domingo (26), depois que a Grã-Bretanha impôs abruptamente uma quarentena de duas semanas aos viajantes que retornam de lá, uma decisão que encheu turistas de preocupação.
No ano passado, os britânicos representaram mais de um quinto dos estrangeiros que visitaram a Espanha, país que depende muito das receitas do turismo. A nova medida da Grã-Bretanha pode ser um duro golpe nos esforços para restabelecer a economia do país mediterrâneo após meses de bloqueio.
"A Espanha é segura, é segura para os espanhóis, é segura para turistas", disse a ministra das Relações Exteriores, Arancha Gonzalez Laya, a repórteres.
O governo espanhol concentrará seus esforços na tentativa de convencer a Grã-Bretanha a excluir as ilhas Baleares e Canárias da quarentena, disse ela, acrescentando que a prevalência do novo coronavírus nesses destinos populares de viagens é muito menor do que no Reino Unido.
A Espanha viu os casos de covid-19 aumentarem nas últimas semanas, e a Grã-Bretanha anunciou no sábado que retiraria o país de uma lista de locais seguros para viajar. A quarentena entrou em vigor horas depois.
A medida atrapalhou os planos de muitas pessoas em férias ou que planejavam tirar férias, e causou mais problemas para as companhias aéreas e empresas de turismo.
Se por um lado Gonzalez Laya evitou criticar diretamente a mudança na Grã-Bretanha, os turistas britânicos na Espanha foram mais diretos. "É um pouco maluco, considerando que as restrições existentes na Espanha já são muito boas, com máscaras, desinfecção de tudo, lavagem das mãos no comércio. Isso é melhor do que o que temos em Londres", disse Rich Lambert, um profissional de comunicação, no aeroporto de Barcelona.
A Grã-Bretanha também desaconselhou todas as viagens, exceto as essenciais, à Espanha continental, deixando as ilhas fora do conselho, mas incluindo-as na medida de quarentena.
*Por Ingrid Melander e Nathan Allen - Repórteres da Reuters
Novos focos de covid-19 e aumento dos contágios em várias regiões espanholas são justificativa de Londres para medida, que representa duro golpe para o setor turístico, responsável por 12% do PIB da Espanha.
MUNDO - O governo do Reino Unido excluiu a Espanha da lista de países seguros e isentos de quarentena no contexto da pandemia do coronavírus. Assim, os viajantes procedentes de lá deverão se isolar durante 14 dias após chegar ao território britânico, comunicou o Ministério dos Transportes britânico.
A medida entrou em vigor à 00h00 deste domingo (26/07) e se aplica a todo o território espanhol, incluindo as ilhas Baleares e Canárias. Quem desrespeitar a determinação poderá ser multado em até mil libras (R$ 6,6 mil). A decisão do governo britânico vem em reação aos novos focos de covid-19 e aumento dos contágios em várias regiões espanholas. Na sexta-feira, a Noruega já anunciara uma quarentena de dez dias para quem retornem da Espanha, enquanto a França urgiu seus cidadãos a evitarem a Catalunha.
Como uma das mais afetadas por novos surtos da doença, essa região do Norte espanhol contabilizou 1.493 casos e três mortes relacionadas à doença nas últimas 24 horas. Para lidar com a situação, nos próximos 15 dias permanecerão fechadas boates e casas de festas da capital regional Barcelona e sua área metropolitana, além de estabelecimentos nas províncias de Lérida e Girona. O governo catalão também aconselha o autoisolamento a seus cidadãos.
A exclusão da lista de países seguros da Espanha, principal destino de férias dos britânicos, implicará uma mudança dos planos de verão para muitos, com repercussões nos setores turísticos espanhol e britânico. O porta-voz do Partido Trabalhista britânico Nick Thomas-Symonds, de oposição, reconheceu que a notícia "será muito preocupante para quem se encontra na Espanha e planejava ir para lá", e pediu ao governo que crie um plano para lidar com os cidadãos nessas situações.
A decisão representa um duro golpe para o turismo da Espanha, que apenas começa a se reanimar após a proibição total de viagens. Com 20%, os britânicos representam o mais importante grupo nacional para o setor responsável por 12% do PIB espanhol.
O país de 47 milhões de habitantes já registrou mais de 272 mil casos de covid-19 e 28 mil óbitos relacionados, segundo dados da Universidade de Medicina Johns Hopkins.
Portugal também continua fora dos corredores de viagens que isentam os passageiros de quarentena na chegada ao Reino Unido. Por outro lado, esta semana Londres adicionou à lista cinco países – Estônia, Letônia, Eslováquia, Eslovênia e Ilhas de St. Vincent, nas Caraíbas – na sequência de uma avaliação dos riscos de infeção com covid-19.
O ministro das Relações Exteriores, Augusto Santos Silva, considerou "absurda" e "errada" a exclusão de Portugal dos corredores de viagens, e sugeriu um impacto nas relações bilaterais. A lista inclui França e Alemanha, por exemplo, mas não os Estados Unidos.
*Por: DW.com
MUNDO - O presidente do Chile, Sebastián Piñera, promulgou nesta sexta-feira (24) a lei histórica que permite saques de 10% de fundos de pensão privados. A medida ocorre um dia depois da sua aprovação no Congresso, o que representou um duro golpe para governo.
O plano visa amenizar os efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus. A promulgação foi realizada em uma cerimônia privada no palácio do governo, informou a Presidência em um curto comunicado publicado na noite desta sexta.
Piñera tinha até 30 dias para vetar a lei ou enviá-la ao Tribunal Constitucional para sua revisão, mas decidiu dar sinal verde diante do risco de que voltassem a ocorrer protestos generalizados e violentos nas ruas.
Pesquisas de opinião indicam que o projeto tem mais de 80% de apoio popular. A tramitação do texto no Congresso foi antecedida por panelaços de apoio e alguns protestos violentos em bairros da periferia de Santiago.
Na quinta-feira (23), o presidente explicou que a promulgação rápida obedecia à "sua intenção e vontade, dada a difícil situação econômica e social de muitas famílias e compatriotas, de facilitar e agilizar os saques destes fundos de pensão por pessoas habilitadas".
Filas indicam desespero por ajuda
Longas filas já se formaram nas sedes das administradoras de pensões, por pessoas em graves dificuldades diante da crise que atinge o Chile. As pessoas, ansiosas, desejam saber seu saldo, recuperar suas senhas e pedir detalhes, em um claro reflexo de seu desespero econômico.
A medida, proposta pela oposição, avançou com força no Congresso em apenas duas semanas. Nas ruas, emergia, nos últimos meses, a frustração e a impaciência pela demora na liberação de ajuda oficial para a classe média, um dos setores mais atingidos pela pandemia.
"Nos interessa tirar (o dinheiro) porque estamos endividados. Esse dinheiro me serve para pagar toda a minha dívida", disse à AFP Luz Bautiz, uma peruana que trabalhava como garçonete em um restaurante.
Uma pesquisa da Câmara de Comércio de Santiago revelou que 60% dos que vão retirar o fundo vão usá-lo para comprar alimentos e artigos de higiene pessoal, enquanto 38% vão usá-lo para o pagamento de serviços básicos.
Vitória simbólica
"Vejo como uma vitória. Estou feliz em poder sacar para que nosso povo possa viver e comer, porque nosso Estado não o garante", disse Evelyn Silva, que planeja usar o dinheiro para iniciar uma poupança e comprar uma moradia social.
Para David, desempregado que teve que lançar mão a seu seguro-desemprego, trata-se de uma "medida bastante boa". Mas "a crise somos nós que continuamos pagando", lamenta.
Depois da promulgação e de sua publicação no Diário Oficial, a lei estabelece dez dias para iniciar o processo de entrega do fundo, que será feito em dois pagamentos e terá até um ano de prazo para a entrega total do dinheiro.
A lei permite aos 10,9 milhões de afiliados às Administradoras de Fundos de Pensões (AFP) sacar até um máximo de 4,3 milhões de pesos (cerca de R$ 29 mil) e um mínimo de um milhão de pesos (R$ 6,7 mil) de seus fundos de pensão. Quem tiver economizado menos que este mínimo poderá retirar a totalidade de seu fundo.
Os temores do impacto econômico da medida, uma das maiores operações financeiras já registradas no Chile, com uma movimentação estimada em até US$ 20 bilhões, foram se atenuando com o passar dos dias.
Um estudo do Banco Scotiabank estima que uma injeção de recursos de US$ 10 e 15 bilhões aportaria entre 3% e 5,3% ao PIB chileno, moderando a queda de 7,5% estimada para este ano.
Com informações AFP
*Por: RFI
SÃO PAULO/SP - O carnaval de rua e os desfiles das escolas de samba de São Paulo serão adiados para uma data ainda a ser definida em 2021 por causa da pandemia, segundo disse ontem o prefeito Bruno Covas (PSDB). Há proposta para que as festividades sejam no fim de maio ou em julho. O adiamento da folia e a suspensão de outros eventos – como a Fórmula 1, Parada do Orgulho LGBT e Réveillon na Avenida Paulista – colocam em risco a movimentação de R$ 3,41 bilhões no setor de comércio e serviços da cidade, conforme dados de 2019. Médicos têm apontado a dificuldade de realizar megaeventos sem que haja vacina e a população seja imunizada.
O carnaval movimenta cerca de R$ 2 bilhões, seguido do réveillon (R$ 649 milhões) e da Parada LGBT (R$ 403 milhões). Os pontos facultativos também devem ser alterados. A prova da Fórmula 1 no Autódromo de Interlagos, cujo cancelamento foi adiantado pelo Estadão e confirmado ontem pela Prefeitura, movimenta R$ 361 milhões. A Marcha para Jesus havia sido adiada de junho para novembro, mas segundo Covas os organizadores desistiram da ideia.
Outras cidades também reveem o calendário de grandes eventos. O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), já disse que se não houver vacina contra o coronavírus até novembro, a festa na capital baiana não será realizada. No Rio, o Réveillon em Copacabana e o carnaval estão ameaçados.
O último carnaval foi às vésperas do registro da chegada do vírus à capital, na 2.ª quinzena de fevereiro. Como já se sabia do espalhamento da doença por Europa e Estados Unidos nas semanas anteriores, houve debates sobre a necessidade de cancelar o evento este ano, o que foi rechaçado por autoridades à época. Em 2020, segundo a Prefeitura, o público (flutuante) dos blocos de rua chegou a 15 milhões de foliões, sem contar os blocos pré e pós-carnaval.
Para tomar a decisão sobre o carnaval 2021, Covas já havia se reunido com dirigentes de escolas de samba e coordenadores dos principais blocos de rua. A avaliação é de que fica praticamente impossível adotar protocolos de segurança, como o distanciamento entre foliões. “Apesar de a cidade sempre estar evoluindo no Plano São Paulo (protocolo estadual de flexibilização da quarentena), ainda estamos enfrentando a pandemia”, disse Covas.
Representantes de escolas de samba da cidade disseram apoiar a medida, destacando a saúde dos integrantes das agremiações e a possibilidade de planejar melhor o evento do ano que vem. “Todo o tempo pensamos nos funcionários e artistas que trabalham diretamente nas escolas de samba”, disse a presidente da Sociedade Rosas de Ouro, Angelina Basílio. “A partir dessa nova data, podemos dar o ‘start’ no projeto de 2021. Na Rosas de Ouro, vamos falar sobre todos os rituais de cura no tema ‘Sanitatem’, que está sendo desenvolvido pelo carnavalesco Paulo Menezes.” A escola, segundo Angelina, vem trabalhando em um projeto de arrecadação de doações para famílias atingidas pela covid-19 na Freguesia do Ó e na Brasilândia, na zona norte, uma das mais atingidas pela pandemia na cidade.
Presidente da Imperador do Ipiranga, Rodrigo Souto disse que o adiamento foi “em comum acordo” entre a liga das escolas, agremiações e Prefeitura. “Com essa previsão, já é possível dar continuidade no desenvolvimento do projeto do desfile do ano que vem. Ainda estamos no prazo para iniciar a confecção dos pilotos, produção de alegorias e reprodução de fantasias.” Segundo ele, a escola está, no momento, empenhada em ajudar famílias da comunidade de Heliópolis, zona sul.
Automobilismo. “A Fórmula 1 é um evento de grande porte e relevante para o setor da hotelaria. Só os funcionários das equipes conseguem encher vários estabelecimentos, mas é importante entender que nosso grande problema é combater a pandemia. Tomar medidas contra a pandemia é positivo para mostrar ao turista que São Paulo está preocupada com a saúde”, diz Ricardo Roman, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de São Paulo.
No Prêmio de Interlagos, 78% do público vem de fora de São Paulo. Em média, cada turista gasta cerca de R$ 3,3 mil na permanência na cidade. Segundo o Observatório do Turismo, da São Paulo Turismo (SPTuris), a cidade que é a residência de maior parte dos turistas é Buenos Aires, seguida por Brasília, Belo Horizonte e Curitiba. De 2005 para 2018, a presença de estrangeiros nas arquibancadas aumentou 80%. De todo esse contingente de pessoas que vêm de outros locais, 69% se hospeda em hotéis, o que garante à rede paulistana do setor lotação quase dos quartos máxima durante os três dias de evento.
A movimentação financeira durante os três dias do GP 2019, de R$ 361 milhões, teve valor superior ao registrado em 2018, que foi de R$ 334 milhões. O valor, aliás, representou grande salto em comparação a 2017, quando o registro foi de R$ 280 milhões. A alta quantia de dinheiro se explica principalmente pela presença de um público de 158 mil pessoas em Interlagos no último ano, ante 150 mil em 2018.
A organização do GP do Brasil deste ano pretendia realizar a prova dia 8 de novembro e com a presença de público. Em todos os anos a venda de ingressos tem início em março, porém o processo foi adiado nessa vez para aguardar a definição das datas do calendário da categoria. Agora, diante do cancelamento, os promotores voltam a se dedicar exclusivamente à negociação para tentar renovar contrato com a Fórmula 1. O acordo em vigor termina neste ano, sem a realização da prova.
A Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC) calcula que, em quatro meses, o segmento de turismo tenha perdido R$ 121,97 bilhões. No setor, a expectativa é de retomada mais lenta do que em outros e de dificuldades agravadas pelo fechamento de fronteiras, o que pode se estender por mais tempo a depender do avanço da pandemia no Brasil.
Rio só decidirá em setembro
Os principais organizadores do carnaval do Rio resolveram adiar para setembro a decisão sobre a data da festa em 2021. Riotur, Liga das Escolas de Samba (Liesa)e associações de blocos ainda apostam no surgimento de uma vacina capaz de garantir as aglomerações sem risco já em fevereiro. A última reunião da Liesa sobre isso, no dia 14, terminou sem definir data. “Só imaginamos o desfile em fevereiro com a vacina. Não pode acontecer sem aglomeração dos desfilantes ou de quem está assistindo”, disse então o presidente da Liga das Escolas, Jorge Castanheira.
A pedido da Liga, a Riotur suspendeu a divulgação dos preços dos ingressos do sambódromo para o público estrangeiro e também as negociações com as empresas responsáveis pelo carnaval de rua.
A Associação de Blocos Sebastiana, que reúne onze dos mais importantes, também vai aguardar até setembro para tomar uma decisão.
*Por: Bruno Ribeiro, Ciro Campos, Gilberto Amendola e Marina Aragão / ESTADÃO
MUNDO - Os índices acionários da China despencaram nesta sexta-feira e terminaram a semana com perdas, conforme os investidores temem uma intensificação nas tensões entre Pequim e Washington após a China ordenar que os Estados Unidos fechem seu consulado em Chengdu em uma resposta retaliatória.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 4,39%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 3,86%.
O índice de start-ups ChiNext despencou 6,1%, enquanto o recém-lançado STAR 50 caiu 7%.
O Ministério das Relações Exteriores da China disse que determinou nesta sexta-feira que a embaixada dos EUA feche seu consulado na cidade de Chengdu, dias depois de Washington ordenar o fechamento do consulado chinês em Houston.
"A queda do mercado se deve principalmente a preocupações sobre a escalada das tensões sino-americanas", disse Zhang Gang, analista do China Central Securities.
. Em TÓQUIO, o índice Nikkei permaneceu fechado.
. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 2,21%, a 24.705 pontos.
. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 3,86%, a 3.196 pontos.
. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 4,39%, a 4.505 pontos.
. Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,71%, a 2.200 pontos.
. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,88%, a 12.304 pontos.
. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 1,26%, a 2.579 pontos.
. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 1,16%, a 6.024 pontos.
*Reportagem de Luoyan Liu e Andrew Galbraith / REUTERS
A medida prevê mais encargos ao empresariado e deve afastar investidores internacionais
SÃO PAULO/SP - A FecomercioSP é contra o Projeto de Lei 2358/2020 em tramitação na Câmara Federal, de autoria do deputado João Maia (PL/RN), pois pretende instituir uma nova Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-Digital), incidente sobre a receita bruta de serviços digitais prestados por grandes empresas de tecnologia.
De acordo com a Federação, não é o momento de criar mais um tributo em meio à crise que o empresariado enfrenta, com grande perda de receitas, em razão da quarentena imposta para frear a disseminação do covid-19. Ainda que em algumas partes do País as atividades econômicas tenham sido restabelecidas gradualmente, a recuperação tende a ser lenta.
Na contramão desse projeto, a Entidade vem demonstrando apoio à redução da carga tributária e da burocratização, além de cobrar medidas do Poder Público para a proteção da área econômica durante a pandemia.
Embora, o PL não traga detalhes de como seria feita, por exemplo, a apuração da receita bruta decorrente de prestação de serviços digitais a usuários no Brasil, por empresa residente no exterior, sem presença física em território nacional, a FecomercioSP enfatiza que a criação de novos tributos no momento poderá ocasionar a saída de multinacionais do País e espantar investidores estrangeiros, provocando mais demissões e prejudicando
ainda mais a economia.
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do PIB brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.
BRASÍLIA/DF - A Caixa Econômica Federal lançou hoje (23) a linha de crédito de antecipação do saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Desde o último dia 26, todos os bancos estão autorizados a operar essa nova linha de crédito, que tem como garantia essa modalidade de saque do FGTS.
O cliente do banco poderá solicitar, no mínimo, R$ 2 mil, com taxa de juros a 0,99% ao mês. A contratação começa na próxima segunda-feira (27).
Confira coletiva na íntegra:
*Por: AGÊNCIA BRASIL
MUNDO - Dezenas de funcionários da companhia aérea chileno-brasileira Latam protestaram nesta quarta-feira (22) em frente ao aeroporto de Buenos Aires.
Eles querem garantir seus empregos, depois que o governo argentino negou o pedido da empresa pela abertura de um Procedimento Preventivo de Crise, instrumento que permite a demissão de funcionários com o pagamento de apenas 50% das verbas rescisórias.
"Estamos aqui defendendo os postos de trabalho, a continuidade e pedindo que pare a pressão que está ocorrendo para desmembrar ilegalmente a empresa, nos extorquir e nos forçar a sair", disse à AFP o comissário de bordo Franco Fernández, de 29 anos.
Os manifestantes exibiam bandeiras argentinas e cartazes com os dizeres "LATAM, nenhuma família na rua". Além disso, cerca de 20 trabalhadores permanecem no hangar para evitar a retirada dos aviões pela companhia.
Na terça-feira, o Ministério do Trabalho rejeitou a solicitação de Procedimento Preventivo de Crise, já que um decreto do governo de Alberto Fernández proíbe demissões sem justa causa durante a pandemia do coronavírus, a não ser que seja concedida indenização em dobro.
"Não estamos interessados em compensação, queremos continuar trabalhando, queremos continuar sendo aeronáuticos", disse Paula Viñas, 51 anos, funcionária do setor de tráfego do aeroporto. Ela vem recebendo seu salário pela metade há três meses.
Em 17 de junho, a Latam anunciou em Santiago do Chile o fim por tempo indeterminado das operações de sua subsidiária argentina, que atua há 15 anos no país e emprega 1.715 pessoas. Segundo a empresa, maior companhia aérea da América Latina, não é possível visualizar um projeto sustentável com as condições da indústria local agravadas pela pandemia.
A Latam Airlines Argentina parou de voar para 12 destinos domésticos, mas suas outras subsidiárias continuarão operando em Estados Unidos, Brasil, Chile e Peru.
*Por: AFP
Segundo entidade, imóveis vagos representavam 18% do mercado de locação antes do estouro da crise da pandemia
São Paulo/SP – A crise causada pela pandemia do novo coronavírus atingiu de forma expressiva a taxa de ocupação dos imóveis voltados para locação no Estado de São Paulo. A vacância chegou ao patamar de 24% na média dos imóveis comerciais e residenciais, conforme dados apurados até o dia 16 de julho pela Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC), maior entidade representativa do segmento no Estado. A pesquisa da entidade abrange todos os perfis de imóveis disponíveis para locação tanto no segmento residencial, como na locação comercial, desde lajes corporativas e escritórios em edifícios a lojas de rua.
O levantamento da AABIC considerou uma amostra de aproximadamente 19 mil imóveis em todo o Estado de São Paulo administrados por empresas associadas à entidade. Os dados apontam que antes da eclosão da pandemia, o total de imóveis vagos representava 18% da carteira das empresas associadas participantes da pesquisa. Do total desses imóveis, 30% são voltados à locação comercial, enquanto 70% correspondem aos residenciais.
O executivo José Roberto Graiche Junior, presidente da AABIC, relata que o impacto da pandemia foi mais significativo no mercado de imóveis comerciais. Neste segmento, diz ele, a vacância alcançou 30% da carteira de comerciais das associadas em julho, ante o patamar de 20% registrado no final de março, quando o Governo do Estado decretou o isolamento social para conter o avanço do contágio da doença. No segmento residencial, a vacância atingiu 12% do total de imóveis de locação para moradia na carteira das associadas. Antes da pandemia, o percentual de desocupação correspondia a 9%.
Segundo o dirigente, a pandemia da covid-19 acentuou o cenário de crise no mercado de imóveis comerciais porque o setor começava a se recuperar dos anos de estagnação e alto índice de desocupação. “Na situação da crise pandêmica, os empresários têm receio de abrir ou ampliar seus negócios, sobretudo quando as atividades não são essenciais”, diz Graiche Junior. “A crise forçou as empresas a cortarem os custos e frear seus investimentos, atingindo diretamente os espaços utilizados para realização de suas atividades”, avalia
Para Graiche Júnior, uma nova perspectiva de retomada ainda é incerta para os próximos meses, já que estamos inseguros quanto a reabertura definitiva das atividades nas cidades. “A ocupação dos imóveis deve ser retomada à medida que avançarem os estudos sobre a vacina contra a covid-19 e quando a população e as empresas recuperarem a confiança no desenvolvimento da economia”, avalia.
Sobre a AABIC
A Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC) é uma entidade com 41 anos de atuação na formação qualitativa do mercado de administração e locação de imóveis. Conta com 90 empresas associadas, que administram atualmente 16 mil condomínios e mais de 60 mil imóveis locados, onde vivem cerca de 5,1 milhões de pessoas. As associadas da AABIC são responsáveis pelo emprego de 115 mil pessoas no setor, contabilizando os funcionários de operação nas empresas até o contingente de colaboradores contratados para executar as rotinas dos condomínios. Fundada em 1978, a AABIC busca cumprir com excelência e rigor sua principal missão: orientar a administração de bens imóveis e condomínios em suas atividades. Com gestão voltada para o aperfeiçoamento contínuo da qualidade dos serviços de orientação e treinamento, a associação trabalha pela valorização do segmento no mercado imobiliário.
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