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LAS VEGAS - O homem que na quarta-feira (6) matou três pessoas e feriu uma quarta, num tiroteio num campus universitário em Las Vegas, nos EUA, era professor universitário. O homem acabou sendo abatido pela polícia.

Numa coletiva de imprensa, Kevin McMahill, xerife na polícia de Las Vegas, informou que não vai revelar a identidade do homem até que a sua família seja informada sobre o incidente.

Sabe-se, contudo, que era um docente de 67 anos, com ligações a instituições de ensino na Georgia e na Carolina do Norte, mas não é certo se seria professor na Universidade de Nevada, onde perpetrou o ataque, mas, segundo a Associated Press, teria se candidatado a um trabalho na universidade recentemente.

A polícia do Campus, que foi quem interveio e neutralizou o atacante, disse que um grupo de estudantes estava reunido jogando com Legos quando o suspeito começou a disparar.

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Para além das quatro vítimas que foram baleadas, quatro outras pessoas foram levadas para o hospital devido a sintomas de ataques de pânico, disse o xerife. Dois agentes da autoridade foram atendidos por conta de ferimentos leves sofridos durante a busca pelas vítimas.

A quarta vítima que se dizia estar em estado crítico, já se encontrará estável, refere a CNN Internacional.

O tiroteio ocorre em um momento em que os estudantes estão a meio de uma semana de estudo antes dos exames finais e antes de entrarem nas férias de inverno.

A polícia está tenta apurar as motivações do homem para perpetrar o ataque.

Esta tragédia também reabre as feridas do massacre sofrido em Las Vegas em 2017, um dos piores da história dos Estados Unidos - 60 pessoas morreram num evento de música.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

SÃO PAULO/SP - Sensação da TV entre os anos 1990 e 2000, Mister M, ou Val Valentino, fez morada no Brasil durante a pandemia, voltou para os Estados Unidos quando a situação abrandou e, agora, reencontra o país que o acolheu para uma série de shows.

A partir desta quinta-feira, dia 9, o mágico mascarado estará em cartaz no teatro Procópio Ferreira, na capital paulista, com o espetáculo "Mister M Experience". Nele, levará para perto do público, sem a mediação das telas, um pout-pourri de alguns dos melhores truques de sua carreira, exibidos aos montes na televisão.

"A oportunidade veio, estou aqui e vou seguir o que meu instinto me manda fazer. É uma decisão passional [começar a turnê no Brasil]", diz ele, que definiu o itinerário do show, que só segue para outros estados e países no ano que vem, após ganhar uma segunda casa no país devido ao lockdown da Covid-19.

Em viagem de férias em março de 2020, ele foi pego de surpresa pelo fechamento das fronteiras. Por isso, precisou permanecer em solo brasileiro, até que um câncer de próstata que vinha tratando piorou e o obrigou a ser operado longe de casa. A energia dos fãs daqui, diz, foi essencial para sua recuperação.

Ele ri da ideia de ter enganado a morte com sua mágica e resume a situação à sorte. Valentino quer, agora, fazer um retorno triunfal aos palcos, que por determinado momento pensou que jamais veria de novo, devido à gravidade do câncer.

Não foi só a doença que ameaçou o mágico mascarado, no entanto. Em 2019, diz ter morrido por três minutos após um mal súbito e, antes disso, teve que lidar com a morte da mãe, de quem era muito próximo. O ostracismo no qual caiu também contribui para anos turbulentos.

Mesmo no Brasil foi possível notar um repentino desinteresse por sua máscara preta com traços brancos na última década, depois de se tornar figura marcante em quadros do Fantástico, nos anos 1990, e depois na Record, nos 2000.

No início da carreira, Valentino teria um especial de uma hora na Fox, mas a audiência foi tanta que novos projetos vieram e um império, aos poucos, foi tomando forma, com programas, especiais, shows e produtos licenciados.

Exibidos em todo o mundo, seus truques fizeram sucesso até mesmo em lugares onde a mágica, por questões culturais, não era bem vista. Segundo o mascarado, sua popularidade na China fez com que o governo legalizasse a prática de ilusionismo.

"Isso deixou alguns mágicos com raiva, eles vieram atrás de mim", afirma sobre a exposição e o rompimento da máxima de que um bom mágico não revela seus truques, como ele fez na televisão.

Seu quadro no Fantástico chegou a ser tirado do ar depois que uma associação de mágicos no Brasil entrou na Justiça alegando que o performer gerou desinteresse por aquele ofício e que muitos tiveram perdas financeiras por não poderem mais usar equipamentos de truques revelados nas telas. Questionado se ele se considera alguém perseguido, Valentino diz que com certeza.

Em parte, também, por sua propensão a abraçar a tecnologia. Não é possível ser purista, ele acredita, e é preciso assimilar os novos tempos para manter a mágica em alta.

"Os mágicos sempre usaram a ciência, e nós ainda temos que fazer isso. Os jovens às vezes conhecem a tecnologia, mas não dominam o deslize da mão num truque. Precisamos combinar as coisas", afirma sobre o caminho para preservar essa expressão cultural.

Em "Mister M Experience", Valentino quer se reencontrar com os velhos fãs, mas também atrair os jovens, que não cresceram sob a sombra mística de sua figura na televisão. Cid Moreira, que narrava seu quadro no Fantástico, retoma a parceria na turnê, com sua voz inconfundível.

"Eu amo o Cid Moreira, ele é fantástico. É como se fôssemos a mesma pessoa", diz Valentino, sem perceber o jogo de palavras ao mencionar o apresentador do dominical.

 

MISTER M EXPERIENCE

- Quando Qui. e sex., às 21h. Sáb., às 17h e 21h. Dom., às 18h. Até 26/11

- Onde Teatro Procópio Ferreira - r. Augusta, 2.823, São Paulo

- Preço R$ 120 a R$ 150

 

 

por LEONARDO SANCHEZ / FOLHA de S.PAULO

EUA - Executivos de grandes bancos americanos deram atualizações na terça-feira, 5, sobre como está o desempenho do quarto trimestre. Bank of America, Goldman Sachs e JPMorgan Chase deram destaque ao aos resultados na conferência anual de serviços financeiros do Goldman.

O CFO do Goldman, Denis Coleman, disse que o banco apresentava tendência de queda (embora tenha enfatizado que ainda possui participações de líder do mercado). Já a codiretora de consumo do JPMorgan, Marianne Lake, disse que as taxas bancárias mostrariam um “crescimento bastante saudável” em relação ao ano passado, que foi um trimestre baixo para o JPMorgan.

O CEO do Bank of America, Brian Moynihan, disse que o BofA subiria um dígito na comparação anual, o que é “provavelmente o melhor quarto trimestre que já tivemos”. Coleman disse que o Goldman permanecerá praticamente estável ano após ano, com um forte desempenho nas ações.

Fora do setor de investimentos do banco, Lake também alertou que os analistas podem não estar prevendo reservas suficientemente altas para perdas com empréstimos para o JPMorgan. Ela disse que as baixas contábeis dos consumidores começaram a aumentar, mas que principalmente o banco terá que reservar mais para perdas potenciais porque as pessoas estão com saldos de cartão de crédito mais elevados.

 

 

ISTOÉ DINHEIRO

WASHINGTON - O deputado filho de brasileiros George Santos se tornou, na última sexta (1º), o primeiro republicano a ser expulso da Câmara em toda a história e o primeiro político a perder o mandato sem ter sido condenado antes na Justiça.

Outros cinco congressistas já foram expulsos: três no século 19 por terem apoiado os confederados durante a Guerra da Secessão, e dois desde os anos 1980 por corrupção.

O placar foi de 311 a 114. Entre os republicanos, 105 votaram a favor da cassação. Para expulsar um membro, dois terços dos presentes (290, considerando um quórum completo) devem apoiar a medida.

Pouco antes do resultado ser declarado, mas com o placar já apontando sua expulsão, Santos saiu do Congresso sem falar com jornalistas.

Aprovada a cassação, a governadora de Nova York, Kathy Hochul, tem agora dez dias para convocar uma eleição especial para substituí-lo. A partir de então, o pleito deve ocorrer em 70 a 80 dias.

Para democratas, a nova eleição é a chance de ganhar de volta a vaga e diminuir a vantagem apertada que republicanos têm na Casa. O antigo representante do distrito, Tom Suozzi, já anunciou que deve concorrer. Do lado republicano, os nomes que sinalizaram interesse são Kellan Curry, Greg Hach e Mike Sapraicone.

Temendo o enfraquecimento de sua maioria, o presidente da Câmara, o republicano Mike Johnson, chegou a sinalizar que votaria contra a expulsão, em uma tentativa de influenciar sua bancada a salvar Santos. O movimento, no entanto, não deu certo.

"Pessoalmente, eu tenho muitas reservas sobre fazer isso. Estou preocupado com o precedente que pode ser criado", afirmou Johnson nesta semana. Em reunião de bancada na terça, ele havia liberado os republicanos a votarem como preferirem -não houve uma orientação seja para condenar ou salvar o colega de partido.

O presidente da Câmara disse ainda que conversou com Santos sobre a possibilidade de renunciar ao mandato, em vez de enfrentar a votação, mas a ideia foi rejeitada.

Desde que reportagens apontaram uma série de inconsistências na biografia de Santos, desde afirmações de que seus avós eram sobreviventes do Holocausto a uma suposta carreira em Wall Street iniciada após a conclusão de uma faculdade que afirma não ter registro dele como aluno, o político se tornou motivo de piada nos EUA.

Uma investigação pelo Departamento de Justiça encontrou evidências mais graves contra o político, que resultaram em 23 acusações criminais, de lavagem de dinheiro a roubo de identidade. O julgamento está marcado para setembro de 2024.

Há duas semanas, o Comitê de Ética da Câmara divulgou um levantamento próprio, que encontrou evidências de que Santos desviou recursos de campanha para comprar itens de luxo, pagar viagens e até bancar gastos na plataforma de conteúdo erótico OnlyFans.

O deputado nega irregularidades e afirma ser vítima de perseguição. Falando a jornalistas na manhã desta quinta em frente ao Capitólio, ele disse ser alvo de "bullying".

"Agora, se a Câmara deseja estabelecer um precedente diferente e me expulsar, isso será a ruína de muitos membros deste órgão, porque isso os perseguirá no futuro, onde meras alegações serão suficientes para remover membros do cargo quando devidamente eleitos pelo seu povo em seus estados e distritos respectivos", afirmou.

A votação desta sexta foi a terceira tentativa de cassar o mandato do político. A primeira, em maio, foi protocolada por democratas e não teve apoio dos republicanos. A segunda, em 1º de novembro, foi uma iniciativa de colegas de partido de Nova York e fracassou por falta de votos do restante da bancada, cujos membros afirmaram preferir esperar a conclusão da investigação do Comitê de Ética.

A divulgação do relatório, um dia após Santos se reunir com uma comitiva de congressistas bolsonaristas do Brasil, gerou enorme repercussão e levou membros dos dois partidos a protocolarem dois novos pedidos de cassação, um de cada lado.

Como republicanos, que são maioria na Câmara, rejeitam expulsar um membro do seu próprio partido por meio de uma iniciativa dos democratas, a única resolução com chance de ser aprovada era a apresentada por Michael Guest, presidente do Comitê de Ética, aprovada nesta sexta.

No Brasil, Santos fez um acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro em um processo de estelionato. Ele confessou o uso de cheques sem fundos que haviam sido furtados de um idoso e fez um acordo para extinguir o processo, concordando com o pagamento de R$ 10 mil a uma instituição de caridade e R$ 14 mil à vítima, o dono de uma loja de sapatos.

 

 

POR FOLHAPRESS

EUA - Na medida em que o ChatGPT amplia sua quantidade de adeptos e atualizações, o potencial por trás da inteligência artificial generativa (GenAI) percebido através do chatbot colabora com o aumento da insegurança profissional. Um relatório recente conduzido pela Hiring Lab, empresa americana que é braço de pesquisa do site de empregos Indeed, mostra que embora exista o potencial de haver uma disrupção no mercado de trabalho, os efeitos da IA generativa não serão sentidos igualmente em todas as profissões, mas podem afetar um quinto delas. A grande sacada (ou não) da pesquisa é que o resultado foi apontado pelo próprio chatbot desenvolvido pela OpenAI.

O relatório analisou mais de 55 milhões de vagas publicadas no Indeed nos Estados Unidos ao longo do último ano que mencionavam pelo menos uma habilidade de trabalho. Foram identificadas mais de 2,6 mil, que foram organizadas em 48 categorias.

Os pesquisadores então pediram ao ChatGPT para classificar a própria capacidade de realizar cada uma delas. E a resposta foi a seguinte:

 

• 19,8% dos empregos enfrentam o nível mais alto de exposição à IA generativa,

• 34,6% têm uma exposição mais baixa,

• 45,7% exposição moderada.

 

“Todas as revoluções geram impactos em modelos de trabalho”, afirmou Annina Hering, economista sênior do Hiring Lab do Indeed. “Foi assim com a Revolução Industrial e com a revolução digital e a transformação no processamento da informação. É um movimento conflituoso, mas natural.”

Embora a inteligência artificial generativa seja capaz de realizar diversas tarefas, Hering acredita que a tecnologia não irá substituir totalmente o trabalho humano.

Atividades como manicure e enfermagem, por exemplo, estão menos expostas.

Já as que se baseiam em dados, como programação e desenvolvimento de softwares, estão entre as mais ameaçadas.

Ainda assim, a IA não consegue suprir requisitos necessários em vários cargos. Por isso, o que pode e deve acontecer é uma soma de expertises, principalmente se a automação e realização de processos repetitivos forem levadas em consideração. “Quando olhamos para a GenAI, a enxergamos mais como instrumento com possibilidade de desbloquear o potencial humano do que substituí-lo”, afirmou Hering.

 

PENSAMENTO CRÍTICO

Profissionais que buscam manter vantagem competitiva devem dar prioridade à compreensão dos princípios da IA, especialmente a generativa, e suas potenciais aplicações, além de se concentrarem em aprender sobre novas ferramentas e tecnologias à medida que vão surgindo. “Isso ajuda a desmistificar a IA e a promover a colaboração eficaz com os seus sistemas”, disse Hering.

Como ocorre em outras áreas convém investir no aprimoramento de habilidades como pensamento crítico e resolução de problemas.

“Embora a IA seja excelente em tarefas rotineiras, acredito que os profissionais que se destacam na tomada de decisões complexas e na criatividade, continuarão em alta”

 

Annina Hering, economista sênior do Hiring Lab do Indeed

E, acima de tudo, é importante lembrar do valor duradouro das habilidades interpessoais. “A comunicação eficaz, a liderança e a inteligência emocional continuam indispensáveis no ambiente de trabalho, diferenciando os profissionais da IA.”

Além da automação de tarefas repetitivas, o que contribui com o aumento da eficiência e produtividade, Hering afirma que as vantagens proporcionadas pela IA vão além. De acordo com ela, a tecnologia é capaz de processar e analisar rapidamente grandes conjuntos de dados e pode desempenhar um papel fundamental no aumento da diversidade no ambiente de trabalho, através da elaboração de novas nomenclaturas e descrições de cargos, do refinamento do processo de contratação e da redução de enviesamentos durante a seleção de candidatos, destacando apenas qualificações e competências, e desconsiderando fatores como gênero ou raça. A tecnologia exige cuidado e regulamentação.

“Podem surgir dilemas éticos, como visto na criação de deepfakes ou na disseminação de desinformação”, disse a especialista, para quem a dependência excessiva da IA para a tomada de decisões e a geração de conteúdos pode limitar a criatividade dos colaboradores e suas capacidades de resolução de problemas.

“O rápido desenvolvimento dessa tecnologia exige consideração cuidadosa e uma abordagem vigilante para evitar armadilhas”, afirmou.

 

 

por Aryel Fernandes / ISTOÉ DINHEIRO

EUA  — O X, a empresa de mídia social anteriormente conhecida como Twitter, pode perder até US$ 75 milhões em receita de publicidade até o final do ano, já que dezenas de grandes marcas interromperam suas campanhas de marketing depois que seu proprietário, Elon Musk, endossou uma teoria da conspiração antissemita neste mês.

Documentos internos vistos pelo The New York Times nesta semana mostram que a empresa está em uma posição mais difícil do que se sabia anteriormente e que as preocupações com Musk e a plataforma se espalharam muito além de empresas como IBM, Apple e Disney, que pausaram suas campanhas publicitárias no X na semana passada. Os documentos listam mais de 200 unidades de anúncios de empresas como Airbnb, Amazon, Coca-Cola e Microsoft, muitas das quais suspenderam ou estão considerando suspender seus anúncios na rede social.

Os documentos vêm da equipe de vendas do X e têm o objetivo de rastrear o impacto de todos os lapsos de publicidade neste mês, incluindo os de empresas que já interromperam e outras que podem estar em risco de fazê-lo. Eles listam a quantidade de receita publicitária que os funcionários da X temem que a empresa possa perder até o final do ano se os anunciantes não retornarem.

Na sexta-feira, o X disse em comunicado que US$ 11 milhões em receita estavam em risco e que o valor exato flutuava à medida que alguns anunciantes retornavam à plataforma e outros aumentavam os gastos. A empresa disse que os números vistos pelo Times estavam desatualizados ou representavam um exercício interno para avaliar o risco total.

O congelamento da publicidade ocorre durante os últimos três meses do ano, que é tradicionalmente o trimestre mais forte da empresa de mídia social, já que as marcas fazem promoções de fim de ano para eventos como a Black Friday e a Cyber Monday. Nos últimos três meses de 2021 (o último ano em que a empresa divulgou os lucros do quarto trimestre antes de Musk assumir o comando), a empresa registrou US$ 1,57 bilhão em receita, dos quais quase 90% vieram de publicidade.

 

Esforço

Desde a aquisição do Twitter por Musk por US$ 44 bilhões no ano passado, algumas marcas têm hesitado em anunciar na plataforma, preocupadas com o comportamento de Musk e as decisões de moderação de conteúdo, que levaram a um aumento no conteúdo incendiário e odioso. A publicidade na plataforma nos EUA caiu quase 60% este ano, o que levou a empresa a tentar atrair de volta os anunciantes em um esforço que sua principal executiva, Linda Yaccarino, está liderando. O X também está realizando campanhas publicitárias durante o período de férias para tentar compensar as quedas de receita.

Os documentos, no entanto, revelam que isso não está ocorrendo conforme o planejado. Mais de 100 marcas são mostradas como tendo “pausado totalmente” seus anúncios, enquanto dezenas de outras são listadas como “em risco”. Muitas pausaram a partir de 15 de novembro, quando Musk escreveu em um post no X que a teoria da conspiração de que os judeus apoiavam a imigração de minorias para substituir as populações brancas era “a verdade real”.

Leesha Anderson, vice-presidente de marketing digital e mídia social da agência de publicidade Outcast, disse que seus clientes pararam de gastar com o X depois que Musk assumiu o controle e encontraram alternativas em plataformas como LinkedIn e TikTok.

“No mercado dinâmico de hoje, as marcas têm uma infinidade de opções de plataformas à sua disposição para uma segmentação precisa do público”, disse ela. “Portanto, é imperativo que os administradores e proprietários de plataformas sociais exerçam discrição deliberada em todos os aspectos, sejam suas crenças pessoais ou posições políticas, pois essas escolhas serão inevitavelmente submetidas ao escrutínio público.”

As organizações que pausaram seus anúncios no X variam de campanhas políticas a cadeias de fast-food e gigantes da tecnologia, de acordo com os documentos. O Airbnb, por exemplo, suspendeu mais de US$ 1 milhão em publicidade, enquanto o Uber cortou anúncios no valor de mais de US$ 800 mil, suspendendo campanhas nos mercados americano e internacional. Ambas as empresas de tecnologia não quiseram comentar.

Outras grandes marcas, incluindo Jack in the Box, Coca-Cola e Netflix, suspenderam algumas de suas campanhas. Os anúncios suspensos da Netflix valiam quase US$ 3 milhões, de acordo com estimativas do X. A Jack in the Box, a Coca-Cola e a Netflix não responderam aos pedidos de comentários.

Várias subsidiárias da Microsoft também interromperam a publicidade - levando a uma perda potencial de mais de US$ 4 milhões em receita para o quarto trimestre da X, com base nos documentos - assim como as unidades da Amazon para livros e música e uma subsidiária do Google. O gigante das buscas e algumas outras marcas que interromperam os gastos, incluindo a NBC Universal, continuaram a publicar conteúdo na plataforma sem pagar à X para garantir que ele atinja um público amplo.

O Google e a Microsoft não quiseram comentar. A Amazon não retornou os pedidos de comentários.

 

Repercussão negativa

No programa da NBC “Meet the Press” no último domingo, o candidato presidencial republicano Chris Christie chamou o comentário de Musk de parte de uma recente manifestação de um “tipo ultrajante de ódio”.

“Seja Elon Musk, seja professores em nossos campi universitários ou estudantes que estão enganando, seja indivíduos que estão falando de forma antissemita nas ruas de nossas cidades”, disse ele.

Dois dias antes da apresentação de Christie, um super comitê político que o apoiava, chamado Tell It Like It Is, retirou sua publicidade da X, de acordo com os documentos. Um representante do grupo de arrecadação de fundos políticos não respondeu a um pedido de comentário.

Em uma reunião interna com os funcionários do X nesta semana, Linda Yaccarino demonstrou um humor desafiador. Ela não mencionou o endosso de Musk ao post antissemita e atribuiu os problemas da empresa a um relatório do grupo de vigilância de mídia de esquerda Media Matters, que mostrou que anúncios no X de empresas como IBM e Apple apareciam ao lado de posts que promoviam conteúdo nacionalista branco e nazista.

Na segunda-feira, depois que Musk chamou a Media Matters de “uma organização maligna”, a X processou o grupo e argumentou que seu relatório, publicado após a declaração de Musk, “manipulou os algoritmos que regem a experiência do usuário na X para contornar as proteções e criar imagens das postagens pagas dos maiores anunciantes da X ao lado de conteúdo racista e incendiário”. Linda culpou o relatório da Media Matters pela queda nas vendas de anúncios do X.

“Ceder a críticas ou pressões externas simplesmente não é a forma como a X irá operar”, escreveu ela em um e-mail para os funcionários da X na quarta-feira e que foi visto pelo The New York Times. “As pessoas da X são defensoras da liberdade de expressão. Somos solidários com aqueles que acreditam nesse direito fundamental e nos controles e equilíbrios críticos de uma democracia próspera.”

No início desta semana, Musk comemorou as empresas que continuaram a anunciar no X, incluindo a Liga Nacional de Futebol Americano (NFL, na sigla em inglês). Usando um emoji de coração, o bilionário proprietário do X disse que amava a NFL. (O New York Times parou de fazer marketing na plataforma no início de 2023, embora a publicação esportiva da empresa, The Athletic, tenha continuado a comprar anúncios, de acordo com um porta-voz).

Musk também observou que a empresa doaria “toda a receita de publicidade e assinaturas associadas à guerra em Gaza para hospitais em Israel e para a Cruz Vermelha/Crescente em Gaza”. O financiamento incluirá a receita de anúncios comprados por grupos de caridade, organizações de notícias e outros grupos que anunciaram conteúdo relacionado ao conflito.

Seguindo seu chefe, Linda Yaccarino acrescentou à publicação original do Sr. Musk um apelo. “Participe e ajude”, escreveu ela no X.

 

 

por Ryan Mac e Kate Conger / ESTADÃO

EUA - A Shein entrou com um pedido confidencial de abertura de capital nos Estados Unidos, informou o Wall Street Journal (WSJ) nesta segunda-feira, citando pessoas familiarizadas com o assunto.

A gigante do fast-fashion tem trabalhado com pelo menos três bancos de investimento para uma possível oferta inicial de ações (IPO), e estava em negociações com a Bolsa de Valores de Nova York e a Nasdaq, informou a Reuters em julho.

O Goldman Sachs, o JPMorgan Chase e o Morgan Stanley foram contratados como coordenadores da oferta, que poderia ocorrer em 2024, segundo reportagem do WSJ.

A Shein não comentou.

A empresa foi avaliada em mais de 60 bilhões de dólares em maio e deve se tornar a companhia mais valiosa fundada na China a abrir capital nos EUA desde a estreia da gigante da Didi Global em 2021 valendo 68 bilhões de dólares.

O modelo fast-fashion vem ganhando popularidade nos EUA com a parceria da Shein com o SPARC Group, uma joint venture entre a proprietária da Forever 21, Authentic Brands, e a operadora de shopping centers Simon Property, à medida que a varejista de moda online e seus rivais procuram expandir o alcance de mercado.

 

 

Reportagem de Pritam Biswas e Ananya Mariam Rajesh / REUTERS

EUA - Laboratórios veterinários de vários estados norte-americanos estão investigando uma doença respiratória misteriosa que está afetando cães e que já causou a morte de alguns animais idosos.

Oregon, Colorado e New Hampshire são os três estados onde já foram registrados casos da doença, mas os especialistas acreditam que ela pode estar se espalhando por todo o país.

Os sintomas da doença nos cães incluem tosse, espirros, corrimento nasal ou ocular e letargia. Em alguns casos, a pneumonia pode progredir rapidamente, deixando os cães muito doentes em apenas 24 ou 36 horas.

Os especialistas ainda não sabem se a doença é causada por uma bactéria ou por um vírus, mas acreditam que seja mais provável que seja viral, já que os sintomas não respondem a antibióticos.

No estado de Oregon, já foram identificados mais de 200 casos desde agosto, segundo o Departamento de Agricultura estadual. O departamento está pedindo aos donos de animais de estimação que entrem em contato com um veterinário se seu cão apresentar sintomas da doença.

O departamento também está trabalhando com pesquisadores do Laboratório Nacional de Serviços Veterinários do Departamento de Agricultura dos EUA para identificar a causa da doença.

O diretor do Laboratório de Diagnóstico Veterinário da Universidade de Oregon alerta que os donos de animais de estimação devem garantir que seus pets estejam com as vacinas em dia, incluindo aquelas que protegem contra doenças respiratórias. "Não entrem em pânico", disse ele.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

EUA - Os Correios dos Estados Unidos registraram um prejuízo de US$ 6,5 bilhões em seu ano fiscal recém-concluído. A empresa havia projetado que alcançaria o equilíbrio financeiro no ano fiscal encerrado em 30 de setembro, com a expectativa de obter lucros anuais a partir deste ano. As informações são de reportagem da CNN.

Os resultados decepcionaram porque a empresa teve um aumento na receita no início deste ano. O diretor-geral dos Correios, Louis DeJoy, atribuiu a perda à inflação, que elevou os custos de suas operações.

“Estamos apenas nos estágios iniciais de uma das maiores transformações organizacionais do país”, disse ele. “Já estamos oferecendo uma entrega mais consistente, confiável e pontual para as empresas e residências dos Estados Unidos.”

Os Correios relataram que a receita com remessas e pacotes, atualmente o maior segmento de seu negócio em receita, subiu 1%, para US$ 31,6 bilhões, mesmo com a queda de 2% no volume.

A correspondência de primeira classe também gerou 2% a mais de receita, alcançando US$ 24,5 bilhões, apesar da queda de 6% no volume. O maior impacto foi uma diminuição de US$ 920 milhões, ou 8%, na receita proveniente da mala direta de marketing, segundo a reportagem.

Os Correios relataram um lucro líquido de US$ 56 bilhões no ano fiscal anterior, mas isso se deve principalmente ao ganho não monetário de quase US$ 57 bilhões da legislação de 2022 que alterou a forma como contabilizava as despesas com saúde dos aposentados.

Desconsiderando esse ganho contábil único e o que o serviço chama de outros custos e ganhos “não controláveis”, a “perda controlável” nos Correios disparou para US$ 2,3 bilhões no ano fiscal recém-concluído, em comparação com uma perda controlável de US$ 473 milhões no ano fiscal anterior./Com informações de CNN

 

 

ESTADÃO

EUA - Os Estados Unidos e a China são os dois pesos pesados da economia mundial. Juntos, produzem mais de 40% dos bens e serviços do mundo. Quando Washington e Pequim travam, portanto, uma batalha econômica, como fizeram por cinco anos consecutivos, o resto do mundo também sofre.

E quando eles realizam uma rara reunião de cúpula de alto nível, como farão os presidentes Joe Biden e Xi Jinping nesta semana, isso pode ter consequências globais.

A economia mundial certamente poderia se beneficiar de uma distensão entre os EUA e a China. Desde 2020, ela vem sofrendo uma crise após a outra — a pandemia da covid-19, o aumento da inflação, o aumento das taxas de juros, os conflitos violentos na Ucrânia e agora em Gaza. Espera-se que a economia global cresça uns fracos 3% este ano e 2,9% em 2024, segundo o Fundo Monetário Internacional.

“Ter as duas maiores economias do mundo em conflito em um momento tão tenso”, disse Eswar Prasad, professor de política comercial da Universidade de Cornell, “exacerba o impacto negativo de vários choques geopolíticos que atingiram a economia mundial”.

Aumentaram as esperanças de que Washington e Pequim possam, pelo menos, arrefecer algumas de suas tensões econômicas no Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec, em inglês) no domingo em San Francisco. A reunião reunirá 21 países da orla do Pacífico, que representam coletivamente 40% da população mundial e quase metade do comércio global.

O principal evento será a reunião entre Biden e Xi na quarta-feira, paralelamente à cúpula, a primeira vez que os dois líderes se falarão em um ano, período em que os atritos entre as duas nações pioraram. A Casa Branca procurou reduzir as expectativas, dizendo que não espera avanços.

Ao mesmo tempo, Prasad sugeriu que o limite para declarar um resultado bem-sucedido é relativamente baixo. Impedir qualquer deterioração adicional no relacionamento econômico bilateral”, disse ele, “já seria uma vitória para ambos os lados”.

A relação econômica entre os EUA e a China vinha se deteriorando há anos antes de irromper em 2018, por provocação do Presidente Donald Trump, em uma guerra comercial total. O governo Trump acusou a China de ter violado os compromissos assumidos, ao ingressar na Organização Mundial do Comércio em 2001, de abrir seu vasto mercado para empresas americanas e outras empresas estrangeiras que quisessem vender seus produtos e serviços no país.

Em 2018, o governo Trump começou a impor tarifas sobre as importações chinesas para punir Pequim por suas ações na tentativa de suplantar a supremacia tecnológica dos EUA. Muitos especialistas concordaram com o governo de que Pequim havia se envolvido em espionagem cibernética e exigido indevidamente que empresas estrangeiras entregassem segredos comerciais como preço para obter acesso ao mercado chinês. Pequim revidou as sanções de Trump com suas próprias tarifas retaliatórias, tornando os produtos dos EUA mais caros para os compradores chineses.

Quando Biden assumiu o cargo em 2021, ele manteve grande parte da política comercial de confronto de Trump, incluindo as tarifas da China. A taxa de imposto dos EUA sobre as importações chinesas agora ultrapassa 19%, contra 3% no início de 2018, antes de Trump impor suas tarifas. Da mesma forma, os impostos de importação chineses sobre os produtos dos EUA chegaram a 21%, contra 8% antes do início da guerra comercial, de acordo com cálculos de Chad Bown, do Peterson Institute for International Economics.

Um dos princípios da política econômica de Biden tem sido reduzir a dependência econômica dos Estados Unidos em relação às fábricas chinesas, que ficaram sob pressão quando a covid-19 interrompeu as cadeias de suprimentos globais, e solidificar parcerias com outras nações asiáticas. Como parte dessa política, o governo Biden forjou no ano passado o Pacto Comercial Indo-Pacífico com 14 países.

De certa forma, as tensões comerciais entre os EUA e a China são ainda maiores sob Biden do que sob Trump. Pequim está furiosa com a decisão do governo Biden de impor — e depois ampliar — os controles de exportação projetados para impedir que a China adquira chips de computador avançados e os equipamentos para produzi-los.

Em agosto, Pequim contra-atacou com suas próprias restrições comerciais: ela começou a exigir que os exportadores chineses de metais usados em chips de computador e células solares obtivessem licenças do governo para enviar esses metais para o exterior.

Pequim também tomou medidas agressivas contra empresas estrangeiras na China. Orquestrando o que parece ser uma campanha de contraespionagem, suas autoridades invadiram este ano os escritórios chineses das empresas de consultoria norte-americanas Capvision e Mintz Group, interrogaram funcionários da consultoria Bain & Co. em Xangai e anunciaram uma revisão de segurança da fabricante de chips Micron.

Alguns analistas falam de uma “dissociação” das duas maiores economias do mundo após décadas em que elas dependiam profundamente uma da outra para o comércio. De fato, as importações de produtos chineses para os Estados Unidos caíram 24% até setembro em comparação com o mesmo período de 2022.

O rompimento entre Pequim e Washington forçou muitos outros países a uma situação delicada: decidir de que lado estão quando de fato querem fazer negócios com ambos os países.

O FMI afirma que essa “fragmentação” econômica é prejudicial para o mundo. A agência de empréstimos para 190 países estima que as barreiras comerciais mais altas subtrairão US$ 7,4 trilhões da produção econômica global depois que o mundo tiver se ajustado às barreiras comerciais mais altas.

E essas barreiras estão aumentando: No ano passado, segundo o FMI, os países impuseram quase 3.000 novas restrições ao comércio, em comparação com menos de 1.000 em 2019. A agência prevê que o comércio internacional crescerá apenas 0,9% este ano e 3,5% em 2024 — uma queda acentuada em relação à média anual de 4,9% de 2000-2019.

O governo Biden insiste que não está tentando minar a economia da China. Na sexta-feira, a secretária do Tesouro, Janet Yellen, reuniu-se com seu colega chinês, o vice-primeiro-ministro He Lifeng, em San Francisco, e procurou preparar o terreno para a cúpula Biden-Xi.

“Nosso desejo mútuo — tanto da China quanto dos Estados Unidos — é criar um campo de jogo nivelado e relações econômicas contínuas, significativas e mutuamente benéficas”, disse Yellen.

Xi também tem motivos para tentar restaurar a cooperação econômica com os Estados Unidos. A economia chinesa está sob forte pressão. Seu mercado imobiliário entrou em colapso, o desemprego entre os jovens é galopante e o ânimo dos consumidores está baixo. As invasões de empresas estrangeiras assustaram as empresas e os investidores internacionais.

Com sérios ventos contrários enfrentados pela economia chinesa e muitas empresas americanas fazendo as malas e deixando a China, Xi precisa convencer os investidores de que a China ainda é um lugar lucrativo para se fazer negócios”, disse Wendy Cutler, vice-presidente do Asia Society Institute e ex-negociadora comercial dos EUA. Isso não será fácil de vender”.

Para complicar a situação, as tensões entre Washington e Pequim vão muito além do aspecto econômico. Sob o comando de Xi, o Partido Comunista Chinês puniu a dissidência em Hong Kong e na região muçulmana autônoma de Xinjiang. Seu governo fez exigências territoriais agressivas na Ásia, envolvendo-se em confrontos mortais na fronteira com a Índia e intimidando as Filipinas e outros vizinhos em partes do Mar do Sul da China que reivindica como suas. Ele tem ameaçado cada vez mais Taiwan, que considera uma província chinesa renegada.

As tensões entre os EUA e a China podem se intensificar no próximo ano com as eleições presidenciais em Taiwan e nos Estados Unidos, onde as críticas a Pequim estão entre as poucas áreas que unem democratas e republicanos.

As políticas de Xi parecem estar custando caro para a China na batalha pela opinião mundial. Em uma pesquisa recente com pessoas de 24 países, o Pew Research Center informou que os Estados Unidos eram vistos de forma mais favorável do que a China em todas as nações, com exceção de duas (Quênia e Nigéria).

 

A China poderia mudar de rumo?

Em discurso no Centro para Estratégia e Estudos Internacionais, em Washington, o deputado Raja Krishnamoorthi, democrata de Illinois que faz parte de um comitê da Câmara que monitora a China, observou com otimismo que Xi já se inverteu antes — notadamente ao declarar um fim repentino às políticas draconianas de covid-19 que prejudicaram a economia da China no ano passado.

Temos que dar uma chance a essa possibilidade, mesmo ao mesmo tempo em que nos protegemos e protegemos nossos interesses”, disse Krishnamoorthi. “É isso que eu espero que saia dessa reunião.”/AP

 

 

por Paul Wiseman / ESTADÃO

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