RIO DE JANEIRO/RJ - Uma pesquisa feita por cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) mostrou que, apesar de o Brasil ser vasto em terras cultiváveis e ter um dos principais mercados agrícolas do mundo, incluindo o de produtos orgânicos, ainda há falhas no levantamento de dados referente ao cultivo de orgânicos no país. A pesquisa foi publicada no último dia 24 na revista científica Desenvolvimento e Meio Ambiente.
A pesquisa se baseou em dados do Censo Agropecuário de 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos (CNPO), realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e informações sobre consumo de pesquisas da Associação de Promoção dos Orgânicos (Organis) e do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Segundo os dados, entre 2003 e 2017, as vendas de produtos orgânicos no país aumentaram quatro vezes. No ano de 2020, tiveram expansão de 30%, com o movimento de R$ 5,8 bilhões. Há ainda 953 certificações de orgânicos para produtos importados, de um total de 23 países, segundo dados do Mapa. São alimentos provenientes de espécies características de outros países (como amaranto, quinoa, damasco, azeite de oliva). A pesquisa também revelou que houve aumento de 75% no cadastro de produtores de orgânicos no país em quatro anos (2017 a 2022).
De acordo com a pesquisa, 1,28% das áreas de cultivo é referente a propriedades com agricultura orgânica e, dessas, 30% estão no Sudeste do país. Estimativas apontam que esse tipo de cultivo ocupa 0,6% das áreas agrícolas do país, com predomínio da produção vegetal em 36.689 estabelecimentos. Os outros 17.612 estabelecimentos dedicam-se à produção animal, enquanto uma parcela menor de 10.389 estabelecimentos têm produção animal e produção vegetal orgânicas.
“A oferta ainda não está bem esclarecida. A pesquisa mostra que há tendência de aumento da demanda, mas que a produção não suprirá essa demanda. Isso não está muito bem claro e precisa ser melhor estudado. Não está claro também os produtos que são mais demandados”, disse a pesquisadora da UFRGS Andreia Lourenço.
Para a pesquisadora, para melhorar esse quadro, é preciso abrir mais instâncias de participação na sociedade para construir isso junto com o consumidores e com produtores, já que esses espaços de discussão são essenciais para a elaboração de políticas públicas adequadas para os diferentes contextos existentes no Brasil.
“E que elas possam aprimorar ações que levem em consideração justamente esses diferentes contextos também pensando nas ações para diferentes escalas. Uma coisa é pensarmos numa escala mais local, outra coisa é a gente pensar em escala mais regional ou territorial. Por isso é importante ter não só uma política nacional, mas políticas estaduais de agroecologia e produção orgânica”, afirmou Andreia.
Para Carla Guindani, da empresa Raízes do Campo, que atua no setor de orgânicos da agricultura familiar, é necessário que haja investimentos nesse setor, principalmente para o desenvolvimento de tecnologias para produção de sementes, o que é a base de todo esse processo, porque são essas famílias que de fato fazem a produção agroecológica no Brasil hoje. Ela destacou ainda a importância do acesso a bioinsumos, maquinários adequados e da certificação de alimentos orgânicos.
"Hoje há muito essa dúvida sobre comercializar e depois certificar porque é um processo caro e geralmente o agricultor não tem esse recurso. Poderia se criar uma metodologia e um incentivo de certificação sem a participação tão expressiva das certificadoras privadas que têm esse alto valor agregado", disse.
Segundo ela, a logística também impacta no preço dos produtos, porque não há eficiência para fazer a distribuição. Outro item é a comercialização da produção orgânica, já que o varejo precisa compreender o novo momento vivido com a crescente demanda pelo consumo desses produtos.
"O varejo precisa aumentar o espaço na gôndola para oferecer os produtos agroecológicos para o consumidor e entender que esse segmento tem um valor agregado e que o consumidor está buscando esse tipo de produto. O preço sempre é o fator limitante e a gente vai diminuir o preço quando houver o aumento de consumo. E, quando há tecnologias adequadas para produção, diminui o custo da produção, e esses alimentos chegam ao supermercado e ao consumidor com preço mais acessível."
Ela analisou ainda que a agroecologia é o único caminho que resta para a humanidade frear as mudanças climáticas. “Elas estão aí é são a prova da necessidade e da urgência de mudarmos os nossos hábitos de consumo e de relacionamento com o meio ambiente. O desmatamento, os monocultivos e o uso intensivos de agrotóxicos vêm cada vez mais provando ser um modelo inviável.”
Para Carla, a mudança de hábitos é necessária para criar um mecanismo e situações nas quais o relacionamento com o meio ambiente aconteça a partir da preservação e da regeneração. “E esse protagonismo está na agricultura familiar.”
Por Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil
SÃO PAULO/SP - O concurso 2.666 da Mega-Sena foi realizado na noite deste sábado (9), em São Paulo. Uma aposta de Mariana, em Minas Gerais, acertou as seis dezenas e ganhou sozinha o prêmio de R$ 30.781.665,32.
De acordo com a Caixa Econômica Federal, o vencedor fez uma aposta simples, de seis números, na Lotérica Marianense.
5 acertos - 70 apostas ganhadoras: R$ 43.157,02.
4 acertos - 4.455 apostas ganhadoras: R$ 968,73.
Por g1
EUA - A economia dos Estados Unidos criou 199 mil vagas em novembro, informou nesta sexta-feira, 8, o Departamento do Trabalho. O resultado ficou bem próximo da mediana das estimativas dos analistas do mercado financeiro coletadas pelo Projeções Broadcast, de 198 mil vagas.
A taxa de desemprego, por sua vez, caiu de 3,9% em outubro para 3,7% em novembro, quando analistas esperavam estabilidade.
O salário médio por hora teve ganho mensal de 0,35% em novembro, ante expectativa de alta de 0,30% dos analistas. Na comparação anual, o ganho foi de 4,0%, como esperado.
O Departamento do Trabalho ainda informa que a geração de vagas de setembro foi revisada para baixo em 35 mil, a 262 mil, enquanto em outubro ela foi mantida em 150 mil.
SÃO CARLOS/SP - O Sicoob Crediacisc viabilizou uma parceria com a Rodtur Viagens para promover viagens culturais para os seus cooperados e cooperadas. A iniciativa, que faz parte das comemorações pelos 18 anos da cooperativa de crédito, contará ainda com o amparo de outros serviços, como cartão de crédito internacional e seguros de viagens.
O destino da primeira viagem é Buenos Aires, Argentina, entre os dias 25 e 31 de janeiro. "A cooperativa abriu linha de crédito especial com parcelas a partir de R$ 220,00 com a intenção de facilitar ao máximo a viagem para os interessados", observa o diretor operacional do Sicoob Crediacisc, Adão Luís Garcia.
De acordo com a presidente do Conselho de Administração da cooperativa, Lídia Maria Mendes Lima, a intenção é proporcionar a realização de um sonho para muitas famílias. "Muitos dos nossos cooperados e cooperadas sonham em fazer uma viagem internacional, mas pensam que não é possível. Nós vamos ajudar a realizar esse sonho em 2024", declara Lídia.
A representante da Rodtur Viagens, Mariana Rosa Tobias, destacou que muitas famílias costumam procurar a agência para programar suas viagens com antecedência de até 3 anos. "Agora com a parceria da cooperativa de crédito a facilidade é ainda maior", destacou. Já Márcio Tobias, também da Rodtur, destacou que Buenos Aires costuma ser um dos primeiros destinos internacionais para muitas famílias. "Montamos um roteiro para conhecer todos os aspectos de Buenos Aires", observou.
Garcia destaca que os cooperados que não precisam de linha de crédito podem tratar diretamente com a empresa Rodtur, também cooperada da Sicoob Crediacisc. "Aqueles que precisam é só nos procurar na cooperativa", explica. As condições de financiamento estão sujeitas à análise cadastral. Para mais informações sobre a viagem basta acionar a Rodtur pelo 16 3412 7771 (WhatsApp).
Segurança garantida - O sistema Sicoob oferece uma série de seguros, entre eles, com a chegada do final de ano, o pacote Férias Protegidas, que engloba seguro residencial, de veículos e o seguro viagem. "O seguro viagem não é algo tão caro e oferece uma segurança grande para uma viagem tranquila", explica Juliana Mesquita, especialista em seguros do Sicoob Crediacisc.
BRASÍLIA/DF - Cerca de meio bilhão de reais ainda não foi sacado do abono salarial PIS/Pasep do calendário 2023 e ano-base 2021. Ao todo, ainda há R$ 535,7 milhões nas contas para serem sacados até o dia 28 de dezembro deste ano.
Segundo o levantamento do Ministério do Trabalho e Empregos, 540.892 trabalhadores que têm direito ao benefício ainda não resgataram o dinheiro.
O último lote de pagamento foi liberado em 17 de julho, mas quem ainda não sacou o dinheiro poderá fazê-lo até 28 de dezembro. Depois disso, será necessário aguardar o próximo calendário, que deve ser aprovado pelo Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador) no dia 13. A previsão é que ele tenha início em fevereiro de 2024.
A Caixa, responsável pelo PIS (Programa de Integração Social), para trabalhadores da iniciativa privada, pagou de fevereiro a julho 21,7 milhões de parcelas aos trabalhadores, no montante de R$ 21,6 bilhões.
Do total das parcelas disponibilizadas para pagamento, cerca de 87,5 mil ainda não foram recebidas pelos beneficiários, o que soma o valor aproximado de R$ 74,7 milhões.
Já o Banco do Brasil é responsável pelo Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público), pago a servidores públicos.
Ao todo, foram previstos R$ 24,7 bilhões para 23,9 milhões de beneficiários. O valor a ser pago aos trabalhadores varia de R$ 110 a R$ 1.320, conforme a quantidade de meses trabalhados pelo beneficiado durante o ano-base de 2021.
Quem tem direito
Tem direito ao abono salarial o trabalhador que atende aos seguintes critérios:
• estar cadastrado no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos, contados da data do primeiro vínculo;
• ter recebido de empregadores que contribuem para o PIS ou para o Pasep até dois salários mínimos (R$ 2.640) de remuneração mensal no período trabalhado;
• ter exercido atividade remunerada durante pelo menos 30 dias consecutivos ou não no ano-base de 2021, considerado para a apuração; e
• ter seus dados do ano-base de 2021 informados pelo empregador corretamente na Rais (Relação Anual de Informações Sociais) ou no eSocial.
Como consultar
É possível fazer a consulta por meio da Carteira de Trabalho Digital, que pode ser acessada em gov.br. Para consultar a Carteira de Trabalho Digital, será necessário que o trabalhador atualize o aplicativo, depois acesse a aba “Benefícios” e “Abono salarial”, para verificar o valor, o dia e o banco de recebimento.
Informações adicionais poderão ser solicitadas nos canais de atendimento do Ministério do Trabalho e Emprego e nas unidades das Superintendências Regionais do Trabalho, pelo telefone 158 ou pelo email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. (substituindo-se os dígitos UF pela sigla do estado de domicílio do trabalhador).
Nova oportunidade
O calendário de pagamento começou em fevereiro e terminou em julho. Ao todo, a previsão era beneficiar 24,5 milhões de pessoas que trabalharam com carteira assinada em 2021.
Mas quem ainda não sacou o dinheiro terá até o dia 28 de dezembro deste ano para fazê-lo. Após essa data, será necessário aguardar a convocação especial do Ministério do Trabalho e Emprego.
Aqueles trabalhadores que não sacarem o abono salarial têm assegurado o direito de solicitar a reemissão no próximo calendário de pagamento, em 2024.
Essa solicitação de abertura de recurso administrativo poderá ser efetuada nos canais de atendimento do Ministério do Trabalho e Emprego, nas unidades regionais do trabalho, pelo telefone 158 ou pelo email: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. (substituindo-se os dígitos UF pela sigla do estado de domicílio do trabalhador).
Do R7
SÃO PAULO/SP - O governo de São Paulo divulgou nesta quarta-feira (6) o calendário de pagamento do IPVA 2024, que tem prazos de vencimento estabelecidos para a partir de 11 de janeiro, dependendo do dígito final da placa de cada veículo.
Assim como no último ano, os pagamentos poderão ser realizados de uma vez só ou dividido em até cinco parcelas, com condições diferentes para cada uma das opções.
Os proprietários que optarem por pagar o IPVA à vista em janeiro terão 3% de desconto. O pagamento integral também poderá ser realizado em fevereiro, mas sem o desconto. Em caso de parcelamento, que pode será até maio, o valor cobrado não terá redução.
Para caminhões, contudo, os prazos são um pouco diferentes. O desconto de 3% também será aplicado para pagamentos integrais em janeiro. Em abril, a quitação à vista não receberá desconto. No caso dos parcelamentos, a primeira cobrança tem vencimento para março, já as seguintes, para os meses de maio em diante, até setembro.
Além das formas de pagamento liberadas nos anos anteriores, os contribuintes também poderão pagar o imposto via PIX.
+Placa final 1:
Cota única com desconto de 3% ou 1ª parcela: vencimento 11/01
2ª parcela ou cota única sem desconto: Vencimento em 11/2
3ª parcela: vencimento em 11/3
4ª parcela: vencimento em 11/04
5ª parcela: vencimento em 11/05
+ Placa final 2
Cota única com desconto de 3% ou 1ª parcela: vencimento 12/01
2ª parcela ou cota única sem desconto: vencimento em 12/2
3ª parcela: vencimento em 12/3
4ª parcela: vencimento em 12/04
5ª parcela: vencimento em 12/05
+ Placa final 3
Cota única com desconto de 3% ou 1ª parcela: vencimento 15/01
2ª parcela ou cota única sem desconto: vencimento em 15/2
3ª parcela: vencimento em 15/3
4ª parcela: vencimento em 15/04
5ª parcela: vencimento em 15/05
+ Placa final 4
Cota única com desconto de 3% ou 1ª parcela: vencimento 16/01
2ª parcela ou cota única sem desconto: vencimento em 16/02
3ª parcela: vencimento em 16/03
4ª parcela: vencimento em 16/04
5ª parcela: vencimento em 16/05
+ Placa final 5
Cota única com desconto de 3% ou 1ª parcela: vencimento 17/01
2ª parcela ou cota única sem desconto: vencimento em 17/2
3ª parcela: vencimento em 17/3
4ª parcela: vencimento em 17/04
5ª parcela: vencimento e
+ Placa final 6
Cota única com desconto de 3% ou 1ª parcela: vencimento 18/01
2ª parcela ou cota única sem desconto: vencimento em 18/2
3ª parcela: vencimento em 18/3
4ª parcela: vencimento em 18/04
5ª parcela: vencimento em 18/05
+ Placa final 7
Cota única com desconto de 3% ou 1ª parcela: vencimento 19/01
2ª parcela ou cota única sem desconto: vencimento em 19/2
3ª parcela: vencimento em 19/3
4ª parcela: vencimento em 19/04
5ª parcela: vencimento em 19/05
+ Placa final 8
Cota única com desconto de 3% ou 1ª parcela: vencimento 22/01
2ª parcela ou cota única sem desconto: vencimento em 22/2
3ª parcela: vencimento em 22/3
4ª parcela: vencimento em 22/04
5ª parcela: vencimento em
+ Placa final 9
Cota única com desconto de 3% ou 1ª parcela: vencimento: 23/01
2ª parcela ou cota única sem desconto: vencimento em 23/2
3ª parcela: vencimento em 23/3
4ª parcela: vencimento em 23/04
5ª parcela: vencimento em 23/05
+ Placa final 0
Cota única com desconto de 3% ou 1ª parcela: vencimento 24/01
2ª parcela ou cota única sem desconto: vencimento em 24/2
3ª parcela: vencimento em 24/3
4ª parcela: vencimento em 24/04
5ª parcela: vencimento em 24/05
por diegof / ISTOÉ
EUA - Executivos de grandes bancos americanos deram atualizações na terça-feira, 5, sobre como está o desempenho do quarto trimestre. Bank of America, Goldman Sachs e JPMorgan Chase deram destaque ao aos resultados na conferência anual de serviços financeiros do Goldman.
O CFO do Goldman, Denis Coleman, disse que o banco apresentava tendência de queda (embora tenha enfatizado que ainda possui participações de líder do mercado). Já a codiretora de consumo do JPMorgan, Marianne Lake, disse que as taxas bancárias mostrariam um “crescimento bastante saudável” em relação ao ano passado, que foi um trimestre baixo para o JPMorgan.
O CEO do Bank of America, Brian Moynihan, disse que o BofA subiria um dígito na comparação anual, o que é “provavelmente o melhor quarto trimestre que já tivemos”. Coleman disse que o Goldman permanecerá praticamente estável ano após ano, com um forte desempenho nas ações.
Fora do setor de investimentos do banco, Lake também alertou que os analistas podem não estar prevendo reservas suficientemente altas para perdas com empréstimos para o JPMorgan. Ela disse que as baixas contábeis dos consumidores começaram a aumentar, mas que principalmente o banco terá que reservar mais para perdas potenciais porque as pessoas estão com saldos de cartão de crédito mais elevados.
BRASÍLIA/DF - Ainda que em trajetória de queda pelo quinto mês consecutivo, o endividamento ainda alcança cerca de 76,6% das famílias brasileiras, que têm dívidas a vencer em cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e da casa. O percentual referente ao mês de novembro representa um recuo de 0,5% no número de endividados, em relação ao mês anterior.
Os dados fazem parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada na segunda-feira (4), pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A sensação de melhora nas condições econômicas do país, segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, pode estar por trás dessa queda. “O progresso do mercado de trabalho, mesmo em menor escala, com a maior contratação esperada neste período de fim de ano, vem favorecendo os orçamentos domésticos, indicando que menos pessoas estão recorrendo ao crédito, pois estão conseguindo arcar com as dívidas correntes”, comentou.
O índice de famílias inadimplentes ficou em 29% e foi outro índice que apresentou queda em novembro. A redução é na comparação ao mês anterior, quando ficou em 29,7% e também ao mesmo mês do ano passado, de 30,3). De acordo com o economista-chefe da CNC e responsável pela pesquisa, Felipe Tavares, é o menor patamar desde junho de 2022.
Embora permaneça acima do nível de novembro do ano passado, que registrou 10,9%, o número de pessoas que relataram falta de condições para pagar dívidas de meses anteriores caiu para 12,5%, enquanto em outubro era 13%. “A queda, embora ainda pequena, traz um importante indício de eficácia do programa Desenrola”, avalia o economista.
Dentro do número geral de endividados, que apresentou queda, a faixa de renda média, entre cinco e dez salários mínimos, fez movimento contrário e teve alta do volume de pessoas endividadas, voltando aos níveis observados em novembro de 2022. Ainda assim, boa parte desses consumidores (35%) se considera “pouco endividada”. O grupo registrou também a quarta elevação seguida de dívidas em atraso, chegando a 24,2%, o mais alto nível da série.
O maior percentual de dívidas em atraso (36,6%) ficou com os consumidores de baixa renda, com até três salários mínimos. Conforme o economista, esses consumidores são os que têm maior probabilidade de não conseguir arcar com essas dívidas, representando 17,2%. “Agravando a situação de inadimplência, esses consumidores têm uma alta dependência de dívidas, comprometendo 31,9% de sua renda”, completou.
O cartão de crédito ainda é o mais usado pelos endividados, e atingiu 87,7% do total de devedores, o que significou aumento significativo na comparação com o mesmo período do ano anterior, quando ficou em 86,4%.
Houve avanços também no crédito consignado, de 0,5 ponto percentual (p.p.), e no financiamento imobiliário, de 0,4 ponto percentual. As outras modalidades perderam representatividade na carteira de crédito dos consumidores.
A pesquisa mostrou ainda que embora a proporção de consumidores endividados em 1 ano tenha reduzido nos dois grupos de gênero, entre as mulheres o recuo foi mais expressivo, de 3,4 p.p., em relação aos homens, de 1,5p.p..
O total de mulheres endividadas permaneceu com a tendência de queda na comparação ao mês de outubro. Em comportamento diferente, o endividamento entre os homens teve pequeno aumento, de 0,4 p.p.. As mulheres são também as que mais relataram dificuldades de quitar todas as dívidas em dia. Elas alcançaram 30,1%, enquanto os homens chegaram a 28%.
Por Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil
PERU - Sofía Llocclla Pellaca desce a pé um morro sem iluminação em Lima. Ela não come carne durante a semana, cozinha a gás ou lenha e capta água da neblina - uma rotina de uma aliada involuntária na luta contra o aquecimento global.
De origem quéchua, aos 31 anos, é mãe solteira de uma adolescente e de uma criança pequena e vive nas altitudes desérticas da capital peruana, onde se concentra a maior parte dos 2,7 milhões de pobres da cidade - que representam um pouco mais de um quarto dos seus 10 milhões de habitantes.
O Peru, com uma indústria precária e informalidade de 73%, é um país predominantemente minerador e pesqueiro, com uma das menores pegadas de carbono per capita do continente: 1,7 tonelada de gases de efeito estufa, em comparação, por exemplo, com as 4,2 toneladas produzidas anualmente pelos argentinos ou as 15 toneladas por habitante nos Estados Unidos.
Ligar a luz, usar a máquina de lavar, tomar um banho quente, viajar de avião ou usar veículo a gasolina, comer carne bovina... Praticamente todas as atividades e o consumo liberam emissões.
No entanto, o petróleo e o carvão são de longe as principais fontes de CO2.
Em novembro, líderes mundiais se reunirão em Dubai, na Conferência das Partes sobre o Clima, a COP28, para discutir a substituição de fontes de energia fósseis por energias limpas.
Sofía vive em uma das áreas de pobreza cobertas pela névoa, ao sul de Lima - que não para de crescer devido à migração interna. Ela deixou a área rural há uma década e se instalou no morro em uma pequena casa inacabada, sem banheiro ou aquecimento.
Atualmente, ela possui uma televisão, um fogão quebrado e uma geladeira parcialmente vazia. Quando o gás acaba, ela cozinha as refeições da manhã e da noite com lenha. Muitas famílias almoçam com o que preparam coletivamente, em uma espécie de "panela comum".
Sofía nunca viajou de avião e quase não utiliza o transporte público. "Eu desço a pé, vou a pé e volto a pé", conta essa mulher, que trabalha como empregada doméstica por menos da metade do salário mínimo mensal de US$ 265 (cerca de R$ 1.300).
- Uma pegada ilusória -
Cerca de 63% das emissões de gases estufa no Peru são provenientes do desmatamento da Amazônia e da transformação do solo da floresta ou agrícola em assentamentos urbanos sem padrões ambientais, explica o ex-ministro do Meio Ambiente, Manuel Pulgar-Vidal.
No assentamento onde Sofía mora, não há iluminação pública ou saneamento básico. A água potável é trazida a cada 15 dias por caminhões-pipa. Os sistemas de captura de névoa, com painéis de altíssimos que coletam o orvalho, aliviam a escassez de água.
Ela e sua mãe, que mora algumas casas acima, obtêm energia elétrica por meio de uma ligação clandestina.
No entanto, é "confuso e ilusório" supor que o Peru, por ser um país em desenvolvimento, possa de desligar de suas responsabilidades frente à crise climática.
Ricos e pobres, "o mundo sairá gradativamente dos combustíveis fósseis. Isso é inevitável", enfatiza o ex-ministro.
O desafio começa nas periferias. É preciso garantir serviços básicos, um padrão de construção harmonioso com o "ecossistema circundante", melhorar os aterros sanitários e eletrificar o transporte, explica.
A maior preocupação de Sofía é a "mobilidade" de sua filha de 14 anos, Flor María, quando sai da escola. Ela gostaria de ter uma moto para levá-la.
Também acredita que "seria bom" ter um painel solar como o de sua irmã, porque a luz "vai e vem", acrescenta. Um painel pequeno custa cerca de US$ 115 (aproximadamente R$ 570).
No curto prazo, a América Latina não estabeleceu "estratégias claras e bem planejadas" para migrar para "energias renováveis não convencionais" porque está "presa na armadilha do petróleo, do carvão e do gás", recursos de que dispõe em abundância e com os quais se financiou por décadas, afirma o ex-ministro, que faz uma advertência adicional: serão taxadas ainda mais as importações daqueles países "que produzem ou que geram seus produtos com alta carga de carbono".
SÃO PAULO/SP - O concurso 2.663 da Mega-Sena foi realizado na noite de sábado (2), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 7 milhões.
5 acertos - 42 apostas ganhadoras: R$ 47.216,63;
4 acertos - 2.764 apostas ganhadoras: R$ 1.024,96.
O próximo sorteio da Mega-Sena será na terça-feira (5).
Por g1
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