SÃO PAULO/SP - A decisão da Ford em abandonar a produção de carros no Brasil está provocando uma desvalorização forte nos dois principais modelos da montadora, o EcoSport e o Ka. No primeiro modelo a defasagem nos preços de dezembro a fevereiro chega a 9,35%, enquanto as versões hatch e sedan do Ka desvalorizaram 8,52% e 3,37%, respectivamente.
É o que aponta um levantamento feito pela Kelley Blue Book, empresa especializada em avaliações na indústria automotiva.
Já a Mobiauto, startup que auxilia na compra e venda de carros, apontou que entre os 30 modelos mais vendidos entre as montadores em fevereiro, o Ka era o único representante da Ford e foi listado na posição 30°, com 1.488 unidades negociadas.
O Ford Ranger ocupou a 34ª colocação, vendendo 1.305 unidades zero km – foram 1.926 unidades em janeiro.
O EcoSport caiu para a 53ª posição, vendendo apenas 526 unidades, enquanto o Ka Sedan aparece na posição 64°, com 280 unidades vendidas.
*Por: ISTOÉ DINHEIRO
ALEMANHA - Sebastian Vettel ganhou uma perspectiva completamente nova em sua carreira ao ser contratado pela Aston Martin a partir da temporada 2021 da Fórmula 1. O tetracampeão, mesmo figurando entre os cinco maiores de todos os tempos nas principais estatísticas da categoria — como títulos, vitórias, poles e pódios —, vivenciou um período de baixa na Ferrari, sobretudo nos últimos anos, a ponto até de ter sido comunicado pelo então chefe Mattia Binotto, por telefone, que não seguiria em Maranello para a temporada deste ano. Depois de alguma indefinição e de rumores sobre uma possível aposentadoria, Vettel fechou com a equipe de Lawrence Stroll e agora tem uma nova motivação na Fórmula 1: buscar o quinto título.
Vettel foi o grande protagonista da Fórmula 1 no começo da década passada, levando a Red Bull aos anos de ouro com quatro títulos consecutivos entre 2010 e 2013. Contudo, o domínio da Mercedes na era híbrida de motores, a partir de 2014, impediu que Sebastian conquistasse mais títulos.
O alemão, hoje com 33 anos, foi contratado a peso de ouro pela Ferrari a partir de 2015, conquistou vitórias e viveu bons momentos, chegou a ser um adversário direto de Lewis Hamilton em parte das campanhas nas temporadas de 2017 e 2018, mas faltou carro e algo a mais para o tetracampeão lutar contra o britânico até o fim pela taça. A partir de 2019, quando Charles Leclerc chegou a Maranello para substituir Kimi Räikkönen, Vettel perdeu espaço e se viu sem lugar para 2021.
Graças a Lawrence Stroll, Vettel deixou de lado as perspectivas de saída da categoria e agora tem a oportunidade de fazer parte de uma das equipes mais ascendentes do grid. Ano passado, com o nome de Racing Point, a escuderia baseada em Silverstone conquistou quatro pódios, sendo dois com Lance Stroll e outros dois com Sergio Pérez, responsável pela única vitória da equipe, no GP de Sakhir. Curiosamente, o mexicano foi dispensado meses antes do triunfo no Bahrein justamente para dar lugar a Vettel, mas ‘Checo’ também encontrou uma nova perspectiva ao ser contratado pela Red Bull.
Em entrevista na última quarta-feira (3), na esteira do lançamento do Aston Martin AMR21, Vettel falou sobre o ano frustrante que teve em 2020, em que, apesar do pódio conquistado com o terceiro lugar no GP da Turquia, foi marcado pela sua pior temporada desde que estreou na Fórmula 1. Ao mesmo tempo, Seb deixou claro que aposta em um campeonato bem mais forte, agora vestindo o macacão verde e rosa da Aston Martin no seu novo ciclo no Mundial.
“Não é segredo que, no ano passado, não estava mais tão feliz. Sei que não estava de acordo com os meus padrões, que estive muito abaixo do que sou, mas estou muito em paz com isso. Não fiquei feliz com o ano passado em termos de performance — em parte, em razão da minha performance —, mas aceitei. Estou muito ansioso para este ano”, declarou.
Questionado sobre as suas pretensões de conquistar um quinto título mundial, Vettel foi enfático. “Não vejo porque não posso estar mais lá. Não estou muito velho e ainda tenho muito tempo pela frente. As coisas aqui são diferentes da Ferrari porque a equipe está crescendo”, disse o piloto, feliz com o empenho dos seus novos colegas de trabalho. “E não se trata do visual chique, das cadeiras elegantes do escritório, mas do trabalho que é feito nos bastidores. E, pelo que eu vi, as pessoas aqui são muito capazes e talentosas”, comentou.
O ponto importante apontado por Vettel para que a Aston Martin possa ser uma equipe capaz de conduzi-lo novamente ao topo do esporte é a robustez financeira proporcionada pelo empresário canadense. O que, na Fórmula 1, sempre faz a diferença. “É a primeira vez nos últimos anos que eles têm oxigênio para respirar. E graças ao aumento no orçamento da equipe”, finalizou o dono de 53 vitórias, 57 poles, 121 pódios e quatro títulos mundiais ao longo de 257 GPs e 14 temporadas disputadas na Fórmula 1.
*Por: Grande Prêmio
MUNDO - A Porsche revelou ao mundo a nova geração do Porsche 911 GT3. Prevista para chegar ao Brasil no segundo semestre de 2021, o modelo familiarizado com as pistas ganhou sua única versão atual aspirada. Todas as outras versões atuais do 911 são equipadas com motores turbo.
O superesportivo é oferecido com duas opções de câmbio: manual de seis marchas ou o automático de sete marchas de dupla embreagem PDK e que costuma ser padrão nos veículos da marca, mas neste caso ganha uma calibragem ainda mais esportiva.
Com motor seis cilindros boxer 4.0 litros, o novo 911 GT3 alcança uma potência de impressionantes 510 cv (10 cv a mais do que a geração anterior) e torque de 47,9 kgfm. Com isso, o modelo pode chegar de 0 a 100 km/h em 3,4 segundos (sem PDK são 3,7s) e à velocidade máxima é de 320 km/h (com PDK são 318 km/h).
O peso do modelo varia entre 1.418 kg, com câmbio manual, e 1.435 kg na versão automática. O curioso é que o 911 tem uma massa semelhante ao dos carros populares de hoje em dia, contribuindo para que a relação peso/potência seja a melhor possível e trabalhe a favor da performance do carro, seja na rua ou na pista.
Na parte externa, o GT3 ganhou alguns novos itens: asa traseira regulável em até quatro posições, spoiler dianteiro que também pode ser ajustado, suspensão dianteira independente, do tipo duplo A (igual a do 911 RSR), sistema de rodas direcionais, amortecedores e pontos de fixação para a seção inferior dos braços de suspensão.
Esses itens contribuem para melhorar a experiência de pilotagem do motorista. Ainda do lado de fora, o GT3 conta com faróis de LED Matrix com fundo escurecido e lanternas traseiras com a assinatura da marca. As entradas de ar no capô ajudam a aumentar a pressão aerodinâmica do carro, com foco total em performance.
A estrutura do 911 é em grande parte de fibra de carbono e isso ajuda a aliviar o máximo de peso possível. O revestimento dos bancos, volante, porta-objetos e demais estofamentos são em alcântara, passando mais requinte para o modelo.
Ainda dentro do veículo, o GT3 vem equipado com painel de instrumentos com uma dupla de telas de 7 polegadas. Quando colocado na função “Race e Track”, os monitores exibem outras informações específicas, como cronômetro, temperatura dos pneus, monitor de pressão, pressão de óleo etc. Dados que, para quem está na pista, interessam de verdade.
Para comprovar a velocidade do novo 911 GT3, a Porsche colocou uma unidade na pista de Nurburgring, na Alemanha, e ela foi o primeiro carro de produção como motor aspirado a quebrar a marca de 7 minutos em uma volta completa – o traçado de Nordschleife, trajeto antigo, tem quase 21 km. Foram 6min59s9 no circuito.
Se você se interessou por este 911 GT3 e tiver com uma boa grana guardada, saiba que na Europa o esportivo tem preço de entrada de € 167.518 (mais de R$ 1 milhão em conversão direta, sem as taxas).
No site da Porsche, no Brasil, o GT3 ainda não aparece para ser configurado, mas é questão de tempo até que o modelo esteja disponível para encomendas por aqui. Tudo indica que apenas a versão com câmbio PDK será trazida, a partir do segundo semestre de 2021.
*Por ICARROS.com.br
MUNDO - A receita da Fórmula 1 sofreu um recuo de US$ 877 milhões - o equivalente a R$ 4,9 bilhões - no ano passado, diminuindo 43% em consequência da pandemia de covid-19, noticiou a proprietária Liberty Media nesta sexta-feira (26).
O rendimento foi de US$ 1,1 bilhão, menos do que os US$ 2 bilhões anteriores, em um ano que contou com 17 corridas, a maioria sem espectadores, e no qual eventos destacados, como Mônaco e Cingapura, foram cancelados.
O ano anterior teve 21 provas. Para 2020, 22 haviam sido planejadas, e em 2021, 23 estão no programa.
O esporte relatou uma perda operacional anual de US$ 386 milhões, sendo que o lucro anterior foi de US$ 17 milhões, e as dez equipes compartilharam US$ 711 milhões – US$ 301 milhões a menos do que no ano anterior e uma queda de 30%.
As principais fontes de renda da F1 são taxas de promoção de corridas, acordos de transmissão, anúncios e patrocínios.
"Devido ao número reduzido de corridas, à duração da temporada e à quase ausência de público, não surpreendeu que a renda primária tenha declinado", disse o novo executivo-chefe, Stefano Domenicali.
Mas ele disse que seu antecessor, Chase Carey, deixou fundamentos robustos para um crescimento futuro e que o esporte está bem posicionado com os parceiros comerciais.
A próxima temporada começa no Barein em 28 de março.
*Por Alan Baldwin / REUTERS
ITÁLIA - A Ferrari anunciou que retornará à elite das corridas de resistência com um hipercarro em 2023, oportunidade na qual buscará uma vitória nas 24 Horas de Le Mans pela primeira vez em 50 anos.
Great news from Maranello: @FerrariRaces has confirmed that it will enter the @FIAWEC's new Hypercar category from 2023.
— WEC (@FIAWEC) February 24, 2021
Read more: https://t.co/MQ3BAYcNxW#WEC #LeMans24 pic.twitter.com/xUcHtm0FcV
A escuderia italiana correu na principal categoria de Le Mans pela última vez em 1973, e suas rivais entre as grandes montadoras incluirão Toyota, Peugeot, Porsche e Audi.
A categoria hipercarro substitui a LMP1 nas corridas de resistência.
A Ferrari venceu em Le Mans nove vezes, mas nenhuma depois de 1965, quando disputou uma batalha lendária com a Ford no circuito de Sarthe, no oeste da França. Mais recentemente, a marca teve sucesso na modalidade GT, vencendo a categoria GTE Pro em 2019.
“Com o novo programa do hipercarro de Le Mans, a Ferrari volta a afirmar seu compromisso e determinação esportivos de ser uma protagonista nos grandes eventos globais de automobilismo”, disse o presidente da Ferrari, John Elkann, em um comunicado.
Os nomes do carro e dos pilotos da escuderia italiana ainda não foram anunciados.
A Ferrari vem buscando outras atividades para as quais redirecionar seu pessoal agora que o teto de orçamento da Fórmula 1 entra em vigor, o que fez com que a equipe mais antiga e bem-sucedida da modalidade tivesse que cortar gastos.
Parte do pessoal técnico já foi transferido para trabalhar com a equipe Haas F1, que usa motores Ferrari e tem uma parceria próxima com Maranello.
A Ferrari também tem uma academia de pilotos próspera, e as corridas de resistência são outra arena para eles adquirirem experiência.
*Por Alan Baldwin / REUTERS
LONDRES - A Red Bull ofereceu nesta terça-feira (23) um vislumbre do carro que o piloto Max Verstappen torce para levá-lo a um primeiro título de Fórmula 1 e encerrar o reinado do heptacampeão Lewis Hamilton, da Mercedes. A equipe publicou na internet imagens de estúdio do carro cor mate RB16B, consideravelmente semelhante ao modelo do ano passado, mas com a marca Honda no lugar daquela da antiga patrocinadora Aston Martin.
Agora a Aston Martin tem sua própria equipe, já que rebatizou a Racing Point sob o comando do bilionário canadense Lawrence Stroll.
"Mais do mesmo... mas diferente", comentou a Red Bull no Twitter. "Na superfície, as primeiras imagens do carro novo indicam que não muita coisa mudou ao longo do inverno", acrescentou a escuderia em seu site. "Longe disso, debaixo da pele, o RB16B conta com muitas mudanças que mantêm a condição da F1 como campo de batalha sério dos cientistas".
⏯ And now for the B-Side ? Meet the RB16B #ChargeOn ? pic.twitter.com/2XrH3G4AP0
— Red Bull Racing (@redbullracing) February 23, 2021
A Red Bull venceu duas corridas com Verstappen no ano passado e terminou em um segundo lugar distante da Mercedes, que nos últimos sete anos levou os dois títulos e terá tudo para aumentar esses números para oito em 2021.
Mas Verstappen venceu o Grande Prêmio de Abu Dhabi, o último de 2020, largando na pole position.
A equipe de motor Honda contratou o experiente mexicano Sergio Pérez no lugar do piloto tailandês Alexander Albon para reforçar a busca do primeiro título desde 2013 e melhorar suas opções estratégicas.
*Por Alan Baldwin / REUTERS
LONDRES - A Jaguar, linha de luxo da Jaguar Land Rover, será totalmente elétrica até 2025, e a montadora lançará modelos elétricos de sua linha inteira até 2030, anunciou a empresa nesta segunda-feira ao se unir a uma corrida global para desenvolver veículos de emissão zero.
A JLR, uma propriedade da indiana Tata Motors, disse que a marca Land Rover lançará seis modelos exclusivamente elétricos ao longo dos próximos cinco anos, o primeiro deles em 2024.
Conhecida pelo E-Type, modelo emblemático e de alto desempenho dos anos 1960 e 1970, a Jaguar enfrenta o mesmo desafio de muitas outras montadoras: fazer a transição para os carros elétricos mantendo a sensação e a potência de um modelo de motor a combustão de luxo.
A JLR disse que manterá suas três fábricas britânicas abertas enquanto eletrifica sua linha.
"É hora de reimaginar o próximo capítulo das duas marcas", disse seu presidente-executivo, Thierry Bolloré.
*Por Nick Carey / REUTERS
ITÁLIA - A Ferrari tem aquele que pode ser considerado o pior motor da Fórmula 1 atual. A equipe regrediu e precisa de uma solução urgente. Isso parece ter levado a cúpula em Maranello a ousar: de acordo com a revista britânica Autosport, o plano é competir em 2022 com conceitos radicais na unidade de potência.
De acordo com a Autosport, a argumentação interna é de que tal risco vale a pena. Os conceitos considerados, ainda guardados sob sete chaves, são vistos como capazes de mudar os rumos da Fórmula 1 em caso de sucesso. Em outras palavras: ao invés de copiar soluções já adotadas por rivais, o objetivo é tratar um caminho próprio.
Isso, entretanto, não significa que a Ferrari vai ignorar por completo o trabalho de rivais. Compressor e turbo devem ser finalmente separados dentro da unidade de potência, algo que funcionou tanto para Mercedes quanto para Honda. A Ferrari tomou caminho oposto e não colheu os frutos esperados, por exemplo.
A Ferrari corre atrás de soluções por conta do 2020 terrível. A equipe foi pega ainda no fim de 2019 cometendo irregularidades, com fluxo de combustível acima do permitido do motor. A necessidade de se readequar se provou custosa, com perda repentina de velocidade nas retas. Como o regulamento de 2021 é essencialmente o mesmo, ainda não há muito que possa ser feito em Maranello para evitar outro ano difícil. É aí que entra o foco em revoluções em 2022.
Os motores ainda serão os V6 Turbo, que só devem deixar a F1 em 2026. Isso também favorece a Ferrari: caso as soluções de 2022 sejam de fato benéficas, serão quatro anos colhendo frutos.
Além das mudanças técnicas, a Ferrari também encara o futuro com piloto novo. Sebastian Vettel deixou a escuderia, abrindo caminho para a contratação de Carlos Sainz Jr. O espanhol forma dupla jovem com Charles Leclerc, que parte para o terceiro ano em Maranello.
*Por: Grande Prêmio
SÃO PAULO/SP - Na esteira da saída da emissora que transmitiu o Mundial de Fórmula 1 ininterruptamente desde 1981, a Band fechou acordo com o Liberty Media e será a casa da principal categoria do esporte a motor pelo menos até 2022. A informação foi confirmada pelo GRANDE PRÊMIO nesta sexta-feira (5). O anúncio do acordo é questão de tempo.
A Band vai transmitir o Mundial de Fórmula 1 nas temporadas 2021 e 2022. Na esteira da desistência do Grupo Globo em manter na sua grade a principal categoria do automobilismo depois de longas negociações com o Liberty Media, a emissora sediada no Morumbi, em São Paulo, adquiriu os direitos de transmissão do Mundial pelos próximos dois anos. A informação foi dada primeiramente pelo jornalista Flávio Ricco nesta sexta-feira (5) e, em seguida, pelo site Máquina do Esporte, assinado pelo jornalista Erich Beting, e confirmada pelo GRANDE PRÊMIO. É questão de tempo para que o acordo seja oficializado pelas duas partes.
Trata-se de um retorno da Band às transmissões do Mundial. Em 1980, a emissora paulista foi a primeira a transmitir ao vivo e na íntegra uma temporada completa da Fórmula 1. A partir de 1981, e de forma ininterrupta, a Globo tornou-se a detentora dos direitos de transmissão do campeonato. O último acordo vigorou até o fim de 2020 e não foi renovado.
Na noite da última quinta-feira, a Globo informou ao GRANDE PRÊMIO, em comunicado, que não chegou a um acordo com o Liberty Media e, portanto, não vai transmitir a F1 pela primeira vez em 40 anos.
“A Globo manteve negociações constantes com a FOM/Liberty Media sobre a renovação dos direitos da Fórmula 1, sempre considerando a nova realidade mundial dos direitos esportivos. Infelizmente não houve acordo. A Globo continuará a fazer a cobertura da categoria em suas plataformas para manter o fã do esporte informado sobre tudo o que acontece no mundo do automobilismo”, informou a emissora carioca.
Trata-se da segunda desistência da Globo em transmitir a Fórmula 1. A primeira havia sido oficialmente comunicada em agosto e tinha os mesmos motes de agora: as altas cifras cobradas pela FOM/Liberty Media, que chegavam a US$ 22 milhões (cerca de R$ 120 milhões na cotação de hoje).
A partir de então, deu-se uma corrida pelo ouro da Fórmula 1. Foram tempos em que até a TV Cultura mostrou interesse em passar a categoria. A Disney, que transmite o campeonato na América Latina toda, quis abraçar a causa, mas tinha ciência de que, sozinha, não conseguiria e que o Liberty Media buscava uma emissora em TV aberta.
Em meados de dezembro, a Disney anunciou que havia encerrado as negociações por entender que não era financeiramente viável. A emissora que detém os canais ESPN e FOX Sports tentava uma parceria com o SBT.
Com os meses de indefinição, a Globo voltou à mesa de negociações em novembro para manter o campeonato em sua programação na temporada 2021 a pedido de Chase Carey, que ocupava o posto de chefão da Fórmula 1 até o fim do ano passado antes de dar espaço ao italiano Stefano Domenicali.
Carey foi o responsável por todo o imbróglio que ajudou a tirar a Globo, em um primeiro momento, da transmissão da categoria e dar força para a Rio Motorsports. Quando notou que não sairia autódromo nem dinheiro garantindo o acordo para os direitos de TV, entrou em contato pessoalmente com a prefeitura de São Paulo para reatar a parceria com Interlagos e pedir que a Globo considerasse uma nova proposta.
A Globo, então, fez uma oferta menor que os US$ 20 milhões (R$ 108,4 milhões na cotação de hoje) então propostos inicialmente, soube o GRANDE PRÊMIO. Liberty Media/FOM fizeram uma contraproposta. As negociações ficaram paralisadas por um tempo em virtude da virada de ano e foram retomadas em janeiro. A 50 dias do início previsto da temporada no Bahrein, veio a notícia da desistência da emissora.
Em novembro, a Globo perdeu os direitos da Stock Car para a Bandeirantes, que adicionou a principal categoria do automobilismo brasileiro no seu portfólio, cada vez mais encorpado depois que a emissora do Morumbi voltou a exibir o Show de Esporte, programa recheado de transmissões esportivas ao vivo e que fez da Band referência nos anos 1980 e 1990, tendo Luciano do Valle no comando à época.
Para sua nova incursão no automobilismo, que reúne também as transmissões da Indy, a Band adicionou aos seus quadros o jornalista Reginaldo Leme, companheiro de transmissão de Galvão Bueno em 40 anos na Globo.
A F1, internamente, tinha compreensão de que só a Globo teria condições estruturais e financeiras de exibir as corridas em TV aberta. O Brasil é o maior mercado do mundo em termos de audiência.
Além da Band, a Fórmula 1 vai oferecer como opção ao fã brasileiro a F1 TV Pro, serviço via streaming que, na sua versão completa, vai estar disponível ao público do país pela primeira vez a partir desta temporada.
*Por: GRANDE PRÊMIO
RIO DE JANEIRO/RJ - A Globo anunciou que não conseguiu chegar em um acordo com as empresas donas dos direitos de exibição da Fórmula e, após 40 anos, a temporada 2021 não será transmitida na emissora. Embora outra TV aberta brasileira esteja na disputa, os torcedores lamentaram nas redes sociais o fim do relacionamento que fez história com a categoria no país.
No Twitter, o assunto foi um dos comentados entre a noite desta quinta-feira e a manhã desta sexta. Alguns torcedores criticaram a emissora e valorizaram que a F1 esteja deixando o canal. Um deles comentou que a Globo vinha deixando de exibir algumas corridas. Além disso, o público vinha reclamando de problemas na apresentação da atração. Entenda os bastidores da negociação.
Por outro lado, grande parte das mais de 13 mil publicações lamentavam a "derrota" que o canal carioca sofreu nas negociações com a Liberty Media e FOM - empresas responsáveis pelos direitos de transmissão. A principal categoria do automobilismo começou a ser exibida no Brasil pela Globo em 1981 e se notabilizou com o repórter Reginaldo Leme e com a voz de Galvão.
- A Globo manteve negociações constantes com a FOM/Liberty Media sobre a renovação dos direitos da Fórmula 1, sempre considerando a nova realidade mundial dos direitos esportivos. Infelizmente não houve acordo. A Globo continuará a fazer a cobertura da categoria em suas plataformas para manter o fã do esporte informado sobre tudo o que acontece no mundo do automobilismo.
Sem Libertadores, Campeonato Carioca e Stock Car - que agora será exibido na Band -, a emissora segue reformulando sua grade esportiva e renegociando valores de todos os campeonatos. Além dos programas, funcionários carimbados têm deixado a Globo.
Entre críticas e lamentos, confira a reação dos torcedores nas redes:
? ÚLTIMA HORA ?
— Grande Prêmio (de ?) (@grandepremio) February 5, 2021
A @geglobo está fora da @F1 de vez. A emissora se pronunciou agora à noite https://t.co/vGXZhOCw0g #F1noGP #F1
O fã de fórmula 1 indo dormir hoje pic.twitter.com/QTfMaLjEz0
— Milena ? (@milenaclicia) February 5, 2021
*Por: LANCE!
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