Encontro destacou os impactos das alterações em plantas e atividades agropecuárias e o papel dos oceanos na regulação do clima
SÃO CARLOS/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) inaugurou na última quinta-feira (25/3) a série de eventos "Ciência UFSCar", com o tema "Mudanças climáticas: impactos sobre oceanos e plantas". O debate ocorreu no escopo de uma série de efemérides do mês de março: o Dia Nacional de Conscientização sobre as Mudanças Climáticas (16/3), o Dia Mundial da Água (22/3) e a Hora do Planeta (27/3).
A iniciativa, mediada pela jornalista Mariana Pezzo, assessora para Comunicação Científica da UFSCar, tem o intuito de democratizar o acesso ao conhecimento e colocá-lo em diálogo com outros saberes e com as principais demandas, desafios e problemas da sociedade, por meio da participação de diferentes atores sociais.
O primeiro encontro teve a presença de Hugo Sarmento, docente do Departamento de Hidrobiologia (DHb) da UFSCar, e Carlos Henrique Britto de A. Prado, do Departamento de Botânica (DB), ambos envolvidos em grandes projetos de investigação sobre impactos das mudanças climáticas.
Inicialmente, os pesquisadores esclareceram o que se entende por mudanças climáticas, fenômeno acelerado pelas atividades humanas (como queima de combustíveis fósseis, atividades industriais e de transportes, descarte incorreto de resíduos sólidos e desmatamento) que provoca alterações no clima - envolvendo o aumento de gases de efeito estufa na atmosfera, alterações de temperatura, de intensidade de chuvas e outros - e consequentes riscos para o futuro de todo o Planeta.
Prado trouxe ao debate estimativas para 2050 de elevações significativas na concentração de dióxido de carbônico (CO2) na atmosfera e na temperatura. "São alterações drásticas que afetarão todo o ecossistema. A situação de alarme é importante, porque as pessoas começam a prestar mais atenção à temática, mas ele não pode ser paralisante; é preciso e necessário buscar conhecimento e alternativas para revertermos o cenário", frisou o docente.
O pesquisador enfatizou os impactos das mudanças climáticas sobre atividades agropecuárias e, mais especificamente, sobre plantas forrageiras (usadas na alimentação de animais). Ele relatou as ações e resultados do experimento MINI-FACE, financiado pelo Programa de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), do qual participou.
O experimento analisou justamente possíveis impactos das mudanças climáticas sobre plantas forrageiras e, nas palavras do docente, os resultados não trouxeram boas notícias. "Nós precisamos nos preparar para esse novo cenário. Para isso, temos conhecimento, tecnologia e pessoas competentes, inclusive para a recuperação de áreas já prejudicadas. Se começarmos a agir agora, em cinco anos sentiremos diferença na paisagem. Em 10, na climatologia. Em 50, podemos recuperar as áreas devastadas até o momento", enfatizou.
Já Sarmento explicou o papel dos oceanos na regulação do clima, afirmando que eles são o verdadeiro pulmão do planeta. O docente explicou como o microbioma oceânico - formado por uma imensa diversidade de microrganismos - tem papel fundamental na regulação do ciclo de carbono na Terra e é, concomitantemente, bastante impactado pelas mudanças climáticas. O aumento de CO2 na atmosfera e, consequentemente, no mar, afeta diretamente os organismos no oceano, que fica mais ácido, o que pode resultar inclusive na extinção de espécies. E, com a saúde do oceano prejudicada, a saúde do Planeta também sofre consequências danosas.
O docente apresentou o projeto internacional AtlantECO, que reúne 36 organizações de 13 países, com financiamento da União Europeia, e objetiva realizar estudos baseados no microbioma do Oceano Atlântico para investigação das mudanças climáticas e predição do futuro dos serviços ecossistêmicos marinhos. Uma de suas ações consiste em levar o conhecimento sobre os oceanos para as escolas, promovendo uma educação científica para que, desde jovens, os alunos entendam as peculiaridades do mundo do mar.
O "Ciência UFSCar" contou com cobertura ao vivo no Twitter @ciencia_ufscar, e o debate está disponível nos canais da UFSCar no YouTube (http://youtube.com/c/
SÃO CARLOS/SP - Com medidas mais rigorosas na nova etapa emergencial do Plano São Paulo, entre elas a que permite apenas o serviço de delivery, a Prefeitura de São Carlos, através da Secretaria de Transporte e Trânsito, estima que o movimento de motoboys, que já era grande na cidade, tenha um aumento significativo no decorrer da pandemia. Por isso, alerta que nesse momento a postura será apenas de orientação, mas caso não haja o retorno esperado pode colocar em prática uma fiscalização mais rígida.
“Não queremos, em hipótese alguma, prejudicar a atividade dessas pessoas que, sabemos, já estão em uma situação bem difícil por causa da diminuição das suas rendas. Mas, claro, temos, enquanto agentes públicos, que disciplinar esse movimento frequente e constante para preservar a vida delas e de todos também”, disse o secretário Coca Ferraz, lembrando que no ano passado foram 11 mortes com motos no trânsito da cidade.
Infrações - Entre as orientações básicas da Secretaria de Transporte e Trânsito para atuação principalmente dentro do perímetro urbano, estão aquelas que todo motociclista sabe mas, em alguns casos, pode até não respeitar e cumprir. Velocidade acima da permitida, excesso de barulho, trafegar na contramão para ganhar tempo durante as entregas, ultrapassagens pela direita, e outras mais. “No ano passado tivemos um número elevado de infrações envolvendo motos e a velocidade, na maioria dos casos, foi o motivo principal. Nesse momento de pandemia, é lógico que esse cuidado precisa ser redobrado porque acidentes que provocam internações podem causar um impacto indesejado no sistema hospitalar que já está em colapso”, afirmou a chefe de gabinete da Secretaria de Transporte e Trânsito, Ingridi Ienco Casella.
Não é demais lembrar, ainda, que assim como todos, os motociclistas também devem usar máscaras durante todo o trajeto até os locais onde são feitas as entregas pela modalidade delivery. E o não atendimento a essa determinação fundamental pode acarretar multa de R$ 500,00. A Secretaria esclarece, ainda, que é responsabilidade de cada motociclista zelar pelas condições adequadas das motos, sobretudo no que se refere a mecânica e iluminação. Outro alerta da Secretaria de Transporte e Trânsito é para que não haja aglomeração de motociclistas enquanto aguardam os pedidos para entrega.
SÃO CARLOS/SP - Atendendo um pedido do prefeito Airton Garcia, o vice-prefeito Edson Ferraz e a secretária de Cidadania e Assistência Social, Glaziela Solfa Marques, assinaram na tarde de sexta-feira (26/03), um termo de adesão junto ao Governo do Estado para a campanha “Vacina Contra a Fome”.
A campanha que tem como objetivo promover uma grande mobilização social para o combate da insegurança alimentar das famílias em situação de vulnerabilidade, visa arrecadar alimentos não perecíveis que serão distribuídos a partir de uma ação conjunta da Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social e Secretaria Municipal de Saúde.
“O termo de adesão nos dá a possibilidade de arrecadação de alimentos não perecíveis no momento da vacinação, ou seja, quando as pessoas forem até a Unidade de Saúde ou em um drive thru para se vacinar, elas podem voluntariamente fazer a doação de alimentos que depois serão distribuídas para as famílias em vulnerabilidade.”, explicou a secretária.
Durante a assinatura do documento, o vice-prefeito elogiou a ação solidária. “Mais uma vez o prefeito Airton Garcia e a secretária Glaziela estão pensando na ajuda às famílias em situação de vulnerabilidade da cidade. Com certeza essa campanha fará uma grande diferença, já que muitas pessoas perderam renda por causa da pandemia e precisam dessa ajuda para o sustento da família”, parabenizou Edson Ferraz.
Antes da pandemia a Secretaria de Cidadania e Assistência Social repassava 350 a 400 cestas básicas como benefício eventual dentro da política de assistência social, sempre após avaliação técnica e acompanhamento das famílias.
Com a pandemia a média mensal passou para 1.600 cestas básicas ao mês com atendimento da população em situação de maior vulnerabilidade, bem como de grupos que perderam emprego e capacidade de renda.
Álbum Ciranda de Junho agrada a crianças e adultos e já está disponível na Internet
SÃO CARLOS/SP - O professor Antonio Carlos Leme Junior, do Departamento de Artes e Comunicação (DAC) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) produziu, ao longo do ano passado, um álbum de canções infantis, o "Ciranda de Junho" (https://spoti.fi/3ejhlSv).
Lançado em 2020, o EP (álbum em formato mais curto) tem quatro canções e, embora seja voltado ao público infantil, também agrada aos adultos. Temas como animais, brincadeiras infantis e conversas sobre a passagem do tempo estão presentes nas canções, que trazem "um itinerário harmônico rico e até uma experimentação com acentuações métricas pouco usuais em músicas infantis", ressalta o professor.
As canções de "Ciranda de Junho" são fruto do trabalho de Jr, o Antonio (nome artístico do docente) como educador musical infantil na Escola de Música Heitor Villa-Lobos, em Americana (SP), onde atuou antes de ingressar na UFSCar. Assim, o processo criativo teve seu início no contato com as crianças em sala de aula. "Compus letra e música com o objetivo de serem praticadas em sala, inicialmente visando ao estudo de alguns aspectos da estrutura musical, com temáticas infantis nas letras e sonoridades musicalmente ricas em termos melódicos, rítmicos e harmônicos. Mas mais do que isso, sempre tiveram o intuito de servirem a uma experiência estética: algo belo, que fosse só nosso. As crianças adoravam o fato de que, como eram canções inéditas, a ‘estreia mundial’ estava ocorrendo ali, na aula delas e pelas vozes delas", relembra.
Para o professor, que ministra disciplinas no curso de Licenciatura em Música da UFSCar e cursa doutorado no Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPsi), também na Universidade, "a infância é algo revolucionário em termos de fluxo de pensamento. As categorias que regem a vida do adulto ainda não estão bem formadas, o que possibilita associações que, se feitas por um adulto, diríamos ser alguém muito 'criativo'. Isso é uma fonte preciosa de inspiração", complementa.
O processo de criação, segundo o músico, foi sempre determinado pelas linhas melódicas e, a partir delas, a busca de palavras que se encaixassem nessas linhas. "As acentuações da melodia sugerem palavras e frases, gerando o que chamamos de prosódia", explica. "Quando alguém diz que essa ou aquela música 'grudam', pode apostar: é por causa de uma prosódia legal. Por isso, é este meu ponto de partida. Só depois da letra e melodia estabelecidas é que recorro ao piano, para achar os acordes que sirvam à melodia, às vezes em conformidade e às vezes criando algum conflito.... é o contar de uma história, que se dá por meio de palavras, mas também - e sobretudo - de elementos sem sentido semântico, mas plenos de sentido musical: ritmos, melodias e as combinações de sons a que chamamos harmonia. Por essas e outras, o álbum tem sido bem recebido entre crianças e adultos, o que foi uma surpresa muito bem-vinda".
Contatos constantes e virtuais
O professor revela que as composições vêm sendo organizadas desde 2012: "Dar vida a estas canções possibilitou a reunião simbólica com todas as pessoas importantes com quem vivi nestes quase dez anos. É esta, para mim, a grande contribuição da música e da arte em geral nestes tempos em que o encontro literal com tantas coisas que amamos está impedido: propiciar este encontro metafórico, que para nós tem um aspecto fortemente curativo".
"Embora o processo tenha sido todo meu (composição, gravação, mixagem etc.), foi bem coletivo na medida em que minha família e amigos mais próximos fizeram a gentileza de ouvir cada mínima mudança, cada nova gravação até chegar no resultado final". Nesse trabalho, o autor destaca o papel do irmão, que ouviu inúmeras versões de cada música. Já a criação da capa do álbum ficou por conta da artista visual Stephanie de Oliveira (www.instagram.com/tuelha), formada em Imagem e Som pela UFSCar.
O álbum
A música que dá nome ao álbum, "Ciranda de Junho", apresenta um eu lírico feminino expondo toda sua empolgação com a festa de São João que está por vir (daí a referência ao mês), e para isso faz uso de vocabulário e elementos típicos do interior do Brasil. Ainda integram o álbum as canções "Pacatatucotianão", "Do Tempo Que Tem" e "Ukulelanto", cada uma com suas especificidades poéticas e musicais.
Nas canções, o professor buscou "falar de assuntos relevantes para a infância em si, e isso significa, frequentemente, algo muito diferente do que o adulto supõe. Parte desse universo foi abordado no álbum, mas uma parte ainda maior está reservada para os próximos".
O álbum "Ciranda de Junho" e outras produções do docente Antonio Carlos Leme Junior - o Jr, o Antonio - podem ser ouvidos nas principais plataformas de streaming como Spotify (https://spoti.fi/30U4K01), iTunes e AppleMusic, e também no Youtube (https://bit.ly/3s3cg4O). Mais informações podem ser acessadas no perfil do professor no Instagram (www.instagram.com/jr_o_
SÃO CARLOS/SP - Um crime bárbaro aconteceu na noite desta última sexta-feira na Rua das Alamedas Heliotrópicos, cruzamento com a Rua das Orquídeas, no bairro Cidade Jardim, em São Carlos.
Segundo consta, o homem foi assassinado com vários tiros em frente sua família. Willian Tadeu Richard Gasparini, estava em seu carro com suas filhas, uma de 01 ano e a outra de 4 anos, e também com sua esposa, quando o assassino apareceu e disparou contra o veículo. Willian, mesmo atingido saiu do carro correndo, mas foi atingido por mais tiros e caiu no asfalto.
Ainda segundo informações, o atirador teria ameaçado a esposa se ela contasse pra alguém o ocorrido. Após matar o comerciante e ameaçar a mulher o criminoso desapareceu.
O SAMU, Corpo de Bombeiro, Perícia, Polícia Militar e Polícia Civil estiveram no local para registrar a ocorrência.
O corpo da vítima foi encaminhado ao IML.
Acesso está restrito às pessoas que trabalham na Universidade, e com limitação também de acordo com faixas de horário
SÃO CARLOS/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) informa que, devido à situação cada vez mais crítica da pandemia de Covid-19 em todo o Brasil e, muito particularmente, nas regiões onde a UFSCar está instalada, em resposta a demandas e necessidades urgentes para diminuição dos riscos de contaminação no interior dos próprios campi e em cumprimento às determinações da Fase Emergencial do Plano São Paulo, serão aplicadas novas medidas restritivas para limitação da circulação nos quatro campi - Araras, São Carlos, Sorocaba e Lagoa do Sino - a partir da próxima segunda-feira (29/3).
A proposta aprovada na sexta-feira (26/3) pelo Conselho Universitário (ConsUni) define que a entrada nos campi está autorizada apenas à comunidade universitária (docentes, técnico-administrativos, estudantes e prestadores de serviços terceirizados). A comunidade terá este acesso liberado (mediante identificação) entre 6 e 20 horas. Fora deste horário (entre 20 e 6 horas, portanto), e aos finais de semana, a entrada será permitida apenas a residentes da moradia estudantil e pessoas da comunidade atuantes em atividades essenciais, que estejam previamente autorizados pelas áreas (a partir de listas que serão elaboradas por Diretores de Centro e Chefes de Departamentos nos próximos dias, por meio de procedimentos que estão sendo estabelecidos).
Também ficou estabelecido o funcionamento de apenas um acesso ao Campus São Carlos, que será a portaria da Área Sul.
As medidas seguem vigentes por tempo indeterminado, com reavaliação permanente com base no cenário pandêmico.
As novas restrições se fazem indispensáveis para assegurar a saúde e segurança da comunidade universitária, especialmente residentes no Campus São Carlos e trabalhadores em atividades essenciais, bem como de toda a população, diante da ainda grande circulação de pessoas e eventuais aglomerações nas áreas externas do Campus para práticas de lazer e atividade física.
Ciente da importância dessas atividades para a saúde física e mental de todas as pessoas, a Administração Superior da UFSCar lamenta a necessidade de sua interrupção, mas reitera serem estas as únicas medidas capazes de conter a transmissão da Covid-19 neste momento e, com isso, voltar a contar com a possibilidade de medidas para controle, mitigação e, esperamos que em um futuro não tão distante, fim da pandemia.
"Nosso compromisso é com a preservação da vida. Estamos no momento mais crítico da pandemia desde o seu início no Brasil, e é nosso dever enquanto universidade intensificar as ações para o seu enfrentamento, ações de fato eficazes, baseadas na Ciência, para garantir a segurança e a saúde da nossa comunidade e da população em geral, bem como dar o exemplo e ser fonte de inspiração para a sociedade como um todo", destaca a Reitora Ana Beatriz de Oliveira, que se dirigiu à comunidade universitária e à população como um todo também em vídeo disponível em https://bit.ly/2QJ5uDt.
A decisão inclui, também, a realização de campanha para orientar todas as pessoas sobre a obrigatoriedade e o correto uso de máscaras nas dependências da UFSCar, bem como informar a sociedade sobre as normas adotadas como medida necessária e eficaz para controlar a pandemia, além de sensibilizar o poder público para que ações semelhantes de isolamento social rígido sejam adotadas nos municípios onde a UFSCar está inserida, bem como em todo o País.
Prefeitura e OAB São Carlos também participaram do encontro
SÃO CARLOS/SP - Autoridades municipais, federais e hospitais públicos de São Carlos realizaram uma reunião online no final da tarde desta sexta-feira (26) para buscar uma solução para a falta de medicamentos e insumos utilizados no tratamento e manutenção da vida dos pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de São Carlos.
A Câmara de Vereadores provocou a reunião, depois que o presidente, Roselei Françoso (MDB), enviou ofício para o presidente da República, Jair Bolsonaro, e ao governador de São Paulo, João Dória, relatando a situação dramática do município. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Carlos, por meio da Comissão de Saúde, intermediou a reunião junto ao advogado são-carlense que atua no Governo Federal, Robson Crepaldi.
O encontro, promovido pela Secretaria Especial de Assuntos Federativos (SEAF) da Secretaria de Governo da Presidência da República, reuniu os vereadores Roselei e Lucão Fernandes, o secretário municipal de Saúde, Marcos Palermo, o diretor de convênios da Prefeitura, Eduardo Moreira, a diretora Regional de Saúde, Sônia Regina Ribeiro, os representantes do Hospital Universitário, Fábio Neves, e Santa Casa, Antonio Valério Morillas Junior, e os advogados da OAB São Carlos, Flávia Motta, Rodrigo Zambrano e Rubens Almeida.
A secretária da SEAF, Deborah Macedo Arôxa, disse que o objetivo de sua pasta é auxiliar o município a estreitar a relação com o Ministério da Saúde. “Já montamos um processo, o secretário executivo e a secretária Deborah irão assinar ainda hoje e vamos enviar ao Ministério da Saúde relatando essa situação apresentada pela Câmara”, explicou Daniel Rodrigues da SEAF.
“Somos referência na Saúde para 500 mil pessoas que vivem em cinco cidades da região”, disse Marcos Palermo, “e nessas outras cidades não existe UTI para Covid por isso a Santa Casa é tão importante”, afirmou. Já a diretora Regional da Saúde, Sônia Regina, explicou que ao Estado cabe articular com o Ministério da Saúde as necessidades do município. “Conseguimos empréstimos de três hospitais para que a Santa Casa não interrompesse o atendimento por mais três dias”, detalhou.
O provedor da Santa Casa agradeceu ao esforço das autoridades e fez um apelo para que a solução seja encontrada mais brevemente possível. “Fomos obrigados a suspender a admissão de novos pacientes para não colocar em risco o atendimento dos que estão internados”, destacou. O superintendente do Hospital Universitário, Fábio Neves, lembrou que os medicamentos em falta são fundamentais para manter os pacientes internados vivos. “Estamos numa situação de vida e morte gravíssima”, frisou.
“Agradeço a todos os representantes de Brasília nesta reunião. A união de esforços é fundamental neste momento”, registrou Lucão Fernandes, presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal. Já Roselei Françoso agradeceu a agilidade no agendamento da reunião. “Minha avaliação é que esse encontro foi muito importante porque conseguimos posicionar o governo federal sobre a grave situação da Santa Casa e do município como um todo. Tenho certeza que o Palácio do Planalto irá agilizar nossa demanda junto ao Ministério da Saúde”, destacou.
A SEAF destacou a importância de articulação junto ao Conselho Nacional de Secretarias Municipais (Conasems) e Congresso Nacional de Saúde (Conas) e se colocou à disposição da Prefeitura de São Carlos para intermediar o auxílio junto a outros Ministérios.
SÃO CARLOS/SP - A Câmara Municipal de São Carlos realiza nesta sexta-feira (26), às 19h, uma sessão solene online em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, na qual serão prestadas homenagens às profissionais da Saúde que atuam na linha de frente no combate à Covid-19. As homenageadas serão agraciadas com o Prêmio Jurandyra Fehr, instituído lei nº 19.925 , de 17 de novembro de 2020, de autoria do vereador Robertinho Mori.
Em razão das medidas restritivas para evitar a propagação da doença, a população não terá acesso ao plenário, mas poderá acompanhar a solenidade, que será transmitida ao vivo pelo Canal 8 da Net, online via Facebook e canal do Youtube, por meio da página oficial da Câmara Municipal.
A realização da solenidade anual alusiva ao Dia Internacional da Mulher no Legislativo são-carlense atende à Lei Municipal No. 14.429, de 28 de março de 2008.
Na oportunidade serão homenageadas as seguintes profissionais de saúde indicadas pelos vereadores:
Adriana de Arruda Prado (Chefe de Seção de Apoio e Atenção Especializada, da Secretaria Municipal de Saúde), Andrea Cogo (Médica da UPA da Vila Prado), Angela Aparecida de Godoi Madeira (Enfermeira do Hospital Universitário UFSCar e da UPA Santa Felícia), Crislaine Aparecida Antonio Mestre (Diretora da Vigilância Epidemiológica do Município), Denise Aparecida Braga (Enfermeira da Secretaria Municipal de Saúde), Eliane Mendonça da Silva (Enfermeira da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos), Flávia Trevisan Figueiredo (Enfermeira da UPA Santa Felícia), Isabel de Matos Santos Ribeiro (Enfermeira do Serviço de Atendimento Multidisciplinar Domiciliar SAD, de São Carlos), Janete Akamine (Gerente Assistencial Hospitalar da UNIMED São Carlos), Josineide Dantas de Farias (Enfermeira da UBS Vila Nery), Katia Spiller (Enfermeira da Vigilância Epidemiológica de São Carlos), Maiara Costa Spadacini (Enfermeira do Pronto Atendimento no São Francisco Saúde São Carlos), Neusa das Graças Pereira de Souza (Auxiliar de Enfermagem da UBS da Aracy), Siumeria de Cassia Carneiro Silva (Enfermeira da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos e também do SAMU), Tamara Rodrigues da Silva Destro (Fisioterapeuta da UTI-COVID da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos), Valéria Cristina Gabassa (Gerente de Atenção à Saúde do Hospital Universitário UFSCar) e Vanessa Soriano Barbuto (Chefe de Gabinete da Secretaria Municipal de Saúde).
SÃO CARLOS/SP - O Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar), vinculado à Rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), informa que está trabalhando na sua capacidade máxima operacional nos atendimentos à Covid-19.
O HU-UFSCar, em alinhamento com a Secretaria Municipal de Saúde, tem disponível para o atendimento de casos de Covid-19 10 leitos de UTI e 24 de enfermaria, e há dez dias habilitou mais quatro leitos de suporte ventilatório para pacientes com necessidade de terapia intensiva que aguardam transferência para um leito de UTI.
Além dos atendimentos de Covid-19, o HU recebe através da rede de saúde os encaminhamentos para seu Pronto Atendimento, Ambulatório e internação de demais doenças. Para esses casos, a unidade conta com 16 leitos disponíveis.
Quanto aos insumos, profissionais e equipamentos, o HU-UFSCar informa que, no momento, possui a quantidade necessária para o atendimento de todos os leitos nos moldes que foram pactuados com os gestores municipais e regionais.
Com o aumento expressivo do número de casos, principalmente daqueles com maior gravidade, o HU-UFSCar não tem medido esforços para realizar os atendimentos e, além de criar leitos destinados ao tratamento da Covid-19, tem realizado diversas ações para oferecer os melhores serviços possíveis nas áreas de assistência, ensino e pesquisa.
Dentre as ações implementadas, estão o remanejamento de seus profissionais, a contratação emergencial via processo seletivo da Ebserh, a adequação de estrutura física, o reforço na compra de insumos e de equipamentos de proteção individual, a ampliação do contrato de gases medicinais e a suspensão de cirurgias eletivas. O HU-UFSCar criou também um ambulatório específico para o acompanhamento dos pacientes de todo o Município após a alta hospitalar da Covid-19.
A unidade hospitalar reforça que, como hospital universitário, continua realizando todas as suas funções de ensino e pesquisa. Esclarece também que tem como prioridade assegurar um atendimento de qualidade a todos os pacientes e garantir a segurança de seus profissionais, que têm atuado incansavelmente no enfrentamento da pandemia.
Neste momento crítico, o HU-UFSCar reforça a toda a sociedade a necessidade e a importância do isolamento social e do cumprimento dos protocolos sanitários para prevenir o contágio, o que inclui a higienização constante das mãos e o uso correto das máscaras. Diante do cenário atual, reitera a necessidade de medidas mais restritivas de isolamento social como uma forma eficaz para conter o número de infectados e o consequente número de internações, de modo que possa assegurar o atendimento a todos os pacientes.
A representação pede decisão urgente para frear às contaminações na cidade
SÃO CARLOS/SP - Lockdown agora. Este é o teor da representação protocolada junto ao Ministério Público do Estado de São Paulo, na quinta-feira, 25, assinada pela deputada estadual Márcia Lia, a vereadora Raquel Auxiliadora, o PT e a Subsede da CUT São Carlos.
O documento destaca que a situação na cidade é de descontrole da pandemia, levando o sistema de saúde ao colapso. Na tarde de quinta-feira a Santa Casa deixou de receber pacientes com Covid-19 por falta de medicamentos para atender nas UTIs.
De acordo com Raquel, o prefeito municipal continua colocando a responsabilidade no governo do Estado, na região, e agora na população. “Cada dia de espera é uma eternidade para o enfrentamento da pandemia. A tomada de ação é urgente. Precisamos responsabilizar a gestão municipal pela omissão na tomada dessas medidas e pelo genocídio que acontecerá em nossa cidade nos próximos dias”.
O fundamento da representação é a necessidade de medidas urgentes diante da falta de medicamentos, como anestésicos, a completa lotação de leitos disponíveis para pacientes com a Covid-19 na cidade e a falta de iniciativas concretas do Executivo municipal como forma eficaz de reduzir o número de contaminações. Ainda, o documento relata a demissão de mais de 20 profissionais de saúde, na Santa Casa.
“Estamos acompanhando esse drama vivido pela população de São Carlos e, diante da impossibilidade de tratamento das pessoas doentes, vimos como medida emergencial e eficaz o lockdown total”, afirma a deputada Márcia Lia, ao citar o exemplo de Araraquara, que conseguiu reduzir a 7% as contaminações um mês após o fechamento total do comércio por uma semana.
São Carlos registrou, no último domingo, quatro mortes por Covid-19, sendo 20 óbitos na última semana. No dia 24, mais duas mortes foram confirmadas em decorrência do novo coronavírus. Só na Santa Casa, de acordo com o boletim da própria instituição, há 72 pacientes internados com Covid-19 e 710 pacientes confirmados que realizaram os testes no hospital.
“O grito de socorro das unidades de saúde e especificamente da nossa Santa Casa é claro e não há qualquer iniciativa do poder público. Esperamos sensibilizar o MP diante da morte de muitas pessoas na cidade. Sem a redução de casos, nosso sistema de saúde não consegue dar respostas e o número de infectados e mortos só vai aumentar. Por isso representamos ao MP, para salvar vidas, que é o que mais importa neste momento”, finaliza a vereadora Raquel Auxiliadora.
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