SÃO CARLOS/SP - O prefeito Airton Garcia, acompanhado da secretária de Educação, professora Wanda Hoffman, iniciou pela Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Dalila Galli, localizada no bairro Jockey Clube, a entrega dos kits escolares.
A Secretaria de Educação adquiriu 18.200 kits, sendo 9.200 para a educação infantil no valor de R$ 460.460,00; 6 mil para o Ensino Fundamental I (1º ao 5º Ano) no valor de R$ 448.440,00; 1.000 kits foram comprados para o ensino fundamental II (6º ao 9º Ano) no valor de R$ 53.000,00. Já para os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) foram adquiridos 2 mil kits com investimento de R$ 119.980,00.
Cada kit é composto por 11 itens. Os itens são variáveis e de acordo com a idade dos alunos, mas a maioria é composto por caderno brochurão, caderno de desenho e cartografia, régua, lápis de cor (12 cores), lápis preto, apontador com depósito, borracha PVC branca, cola branca, giz de cera com 12 cores, tinta guache (12 cores) e tesoura sem ponta.
SÃO CARLOS/SP - Os envelopes contendo os documentos referentes à habilitação e proposta da Concorrência Pública Nº 01/2022, Processo Nº 8479/2020, do tipo menor valor de custo por quilômetro (percorrido), objetivando a outorga, em caráter de exclusividade, da concessão para a exploração do sistema de transporte coletivo no município deverão ser entregues impreterivelmente até essa quinta-feira (07/04), 9h, na Prefeitura de São Carlos, sendo posteriormente abertos pela Comissão Permanente de Licitações em sessão pública.
O valor estimado desta licitação é de R$ 493.448.590,50, tendo em vista que o prazo de vigência da concessão é de 10 anos, podendo ser prorrogável por mais 10, e a receita anual estimada na operação do sistema de transporte coletivo do município é da ordem de R$ 49.344.859,05.
A frota operacional deve ter 91 veículos, sendo 59 veículos tipo ônibus básico, 22 veículos do tipo midiônibus (ônibus maior que o micro-ônibus), 3 veículos tipo miniônibus (adaptados) para atendimento do serviço porta a porta. A frota ainda deve ser formada por 7 veículos reserva, sendo 5 veículos tipo ônibus básico e 2 midiônibus. A vida útil dos veículos deve respeitar o limite máximo de 10 anos de idade por veículo. Já a idade média da frota deverá ser de 5 anos. A empresa vencedora do certame deve investir no sistema de bilhetagem eletrônica, GPS e aplicativo, monitoramento por câmeras e wi-fi.
Em 2019 eram transportados 692.426 passageiros por mês, porém nos 3 anos anteriores (2016 a 2018) a média de usuários foi de 901.658/mês. Nos anos de 2020 e 2021, devido aos impactos da pandemia da COVID-19, principalmente devido as medidas de restrição de circulação, ocorreu uma queda na média de passageiros/mês transportados de aproximadamente 50% do quantitativo de 2019. Com a redução das medidas restritivas o número de passageiros aumentou, passando em novembro de 2021 para 507.998 passageiros mensalmente.
O edital completo pode ser acessado no ícone Licitações no site da Prefeitura de São Carlos no www.saocarlos.sp.gov.br.
SÃO CARLOS/SP - Os vereadores André Rebello (UNIÃO) e Bruno Zancheta (PL), protocolaram documentos cobrando a implantação de uma linha noturna que atendesse os alunos e docentes na região do Instituto Federal de Educação, Ciência, e Tecnologia de São Paulo (IFSP) de São Carlos que fica localizado no Bairro Samambaia.
Os parlamentares salientaram: “Fomos procurados por diversos munícipes e principalmente que frequentam o IFSP, se queixando da ausência de uma linha do transporte coletivo no período noturno, uma vez que esses alunos necessitam desse transporte para chegar até a unidade escolar e para retornar às suas residências e enfrentavam dificuldades”.
BRASÍLIA/DF - Depois de muitas idas e vindas, o grupo conhecido como terceira via na disputa eleitoral decidiu lançar um único candidato à sucessão do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em reunião realizada ontem, em Brasília, dirigentes do MDB, PSDB, União Brasil e Cidadania fecharam uma aliança e anunciaram que vão divulgar o nome de quem representará o grupo na disputa ao Palácio do Planalto no dia 18 de maio.
Até agora, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) é a mais cotada para encabeçar a chapa única. O maior problema ocorre nas fileiras do PSDB porque o ex-governador de São Paulo João Doria, vencedor das prévias do partido, está emparedado pela movimentação do correligionário Eduardo Leite. Ex-governador do Rio Grande do Sul, Leite tenta avançar algumas casas no jogo e até admite ser vice em dobradinha com Tebet.
Os dois conversaram ontem no Senado, onde posaram para fotos. Após o encontro, disseram que só uma candidatura única é capaz de furar a polarização entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, favorito nas pesquisas de intenção de voto.
“O meu partido fez prévias, tem o seu pré-candidato estabelecido. Nós respeitamos isso, ninguém está deslegitimando as prévias, mas não se trata aqui apenas de atender a formalidades e, sim, de ajudar o País a encontrar um caminho”, afirmou Leite.
Tebet mudou um pouco o discurso. Antes de se reunir com o gaúcho, dizia que o vencedor das prévias do PSDB era Doria. “O Eduardo está dizendo que respeita as prévias, mas vem como um soldado. E por trás dele vêm outros soldados”, disse ela. “Estou esperançosa”.
Embora o nome de Tebet seja cotado para encabeçar a chapa, 13 líderes de diretórios do MDB, principalmente no Nordeste, querem apoiar Lula no 1.º turno. “Qualquer candidatura, para sobreviver, precisará ser competitiva, senão rebaixa os palanques estaduais e se torna desnecessária. O MDB já conhece esse filme”, disse o senador Renan Calheiros (MDB-AL), um dos líderes do movimento pró-Lula no partido.
Negociações
Em um dia marcado por articulações políticas, Doria e o presidenciável do PDT, Ciro Gomes – que também estavam em Brasília –, tiveram uma série de conversas reservadas, em busca de parcerias. Ciro almoçou com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e com seu irmão, o senador Cid Gomes (PDT-CE). Pediu apoio, mas o presidente do PSD, Gilberto Kassab, ainda diz que lançará candidato próprio. Nem o PSD nem o PDT fazem parte do grupo da terceira via, que se autointitula “centro democrático”.
Nenhum dos pré-candidatos participou da reunião de cúpula dos partidos. Em comunicado emitido após o acordo, MDB, PSDB, União Brasil e Cidadania destacaram que o objetivo da aliança é apresentar um candidato como alternativa aos polos que atualmente dominam a disputa. “Conclamamos outras forças políticas democráticas para que possam se incorporar a esse projeto em defesa do Brasil e de todos os brasileiros”, diz o comunicado. O texto é assinado pelo presidente do União Brasil, Luciano Bivar; do MDB, Baleia Rossi; do PSDB, Bruno Araújo; e do Cidadania, Roberto Freire.
O União Brasil informou que apresentará um pré-candidato a ser submetido à análise do grupo no próximo dia 14. O ex-juiz Sérgio Moro se filiou recentemente ao União, após sair do Podemos. Presidido pelo deputado Luciano Bivar, o União diz, no entanto, que o projeto para Moro será em São Paulo, provavelmente disputando uma vaga na Câmara. As divergências de Moro com dirigentes de seu novo partido – principalmente com ACM Neto, que é candidato ao governo da Bahia – ficaram nítidas na semana passada, quando ele afirmou que não será candidato a deputado federal.
O próprio Bivar tem interesse em integrar a chapa presidencial, mas seu nome sempre é citado como vice. Ontem, ele negou que a inclusão de um indicado pelo partido nas próximas conversas sobre candidatura única dificultará a construção de um consenso. “O maior mentor de criar esse consenso fomos nós.”
Critérios
Bivar afirmou ainda que a escolha do candidato do grupo levará em conta vários critérios, e não apenas as pesquisas de intenção de voto. “Pesquisas são fotografias de momento. Precisa ver a capilaridade, o Fundo Partidário, a receptividade, a rejeição. Tudo isso vai ser considerado, prevalecendo um sistema de bom senso político”, disse ele.
Doria passou o dia em reuniões com deputados e senadores na sede do PSDB, em Brasília, e hoje viajará para a Bahia. Desembarcará em Rio das Contas, terra natal de seu pai, para tentar construir uma nova imagem na campanha, menos elitista e mais popular. As últimas pesquisas indicam que o ex-governador está estacionado num patamar muito baixo, na casa de 2%. É com esse argumento que adversários no PSDB, como o deputado Aécio Neves (MG) e o ex-senador José Aníbal (SP), querem tirá-lo do páreo.
Leite e Tebet também têm índices inexpressivos de intenção de voto, mas, de acordo com seus apoiadores, têm maior potencial de crescimento porque seus porcentuais de rejeição são baixos.
BRASÍLIA/DF - O presidente Jair Bolsonaro anunciou na quarta-feira (6) o fim da bandeira de escassez hídrica, em vigor desde setembro do ano passado, e que gerava uma taxa extra na conta de energia elétrica de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Com o fim da bandeira, não haverá mais cobrança de taxa extra na conta de luz. A medida entra em vigor a partir do dia 16 de abril, informou o presidente.
"Bandeira verde para todos os consumidores de energia a partir de 16/04. A conta de luz terá redução de cerca de 20%", postou Bolsonaro nas redes sociais. Em seguida, o Ministério de Minas e Energia (MME) publicou uma nota oficial com o mesmo teor das postagens do presidente sobre o assunto.
A tarifa extra foi aprovada em meio à crise hidrológica que afetou o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas do país em 2021. As usinas são a principal fonte geradora de energia elétrica no país. De acordo com o governo federal, foi a pior seca em 91 anos.
"Em 2021, o Brasil enfrentou a pior seca já registrada na história. Para garantir a segurança no fornecimento de energia elétrica, o país utilizou todos os recursos disponíveis e o governo federal teve que tomar medidas excepcionais. Com o esforço dos órgãos do setor, o país conseguiu superar esse desafio, os reservatórios estão muito mais cheios que no ano passado e o risco de falta de energia foi totalmente afastado", diz a nota do MME, também reproduzida pelo presidente da República.
IÊMEN - O presidente do Iêmen anunciou nesta quinta-feira (7) a formação de um novo conselho para governar o país, envolvido em um conflito com os rebeldes houthis.
"Delego meus poderes de modo irreversível ao conselho de comando presidencial", disse Abd Rabbo Mansour Hadi em uma mensagem exibida na televisão na madrugada de quinta-feira, último dia de negociações de paz organizadas em Riad, Arábia Saudita.
O novo conselho tem oito membros e será dirigido por Rashad al Alimi, ex-ministro do Interior e conselheiro do até agora presidente.
O governo de Hadi, reconhecido internacionalmente e apoiado por uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita, luta contra os rebeldes houthis desde 2014, quando os insurgentes tomaram o controle da capital Sanaa.
As esperanças de solução para o conflito, que provocou uma das piores crises humanitárias do mundo, aumentaram com o início, no sábado passado, de uma trégua após um acordo negociado pela ONU.
O cessar-fogo aconteceu de maneira paralela às negociações em Riad que, no entanto, não contaram com a presença dos houthis. Os insurgentes se negaram a entrar no que chamaram de "território inimigo".
Os analistas duvidavam do resultado das negociações sem a presença dos rebeldes, mas o anúncio desta quinta-feira sugere que o lado pró-governo estará unido em futuras conversações.
SÃO CARLOS/SP - A Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia da Câmara Municipal, realizou nesta tarde uma visita a CEMEI Juliana Maria Ciarrochi Peres localizada no Bairro Jockey Clube, após queixas de pais e munícipes.
A Comissão é presidida pelo Vereador Azuaite Martins de França (CIDADANIA), tem como secretário o Vereador Bruno Zancheta (PL) e o Vereador André Rebello (UNIÃO).
Os membros da comissão destacaram: “Na última semana diversos munícipes se queixaram de uma situação isolada que aconteceu dentro desta unidade escolar, onde uma aluna de dois anos de idade fraturou a clavícula. Viemos hoje até aqui para entender melhor o que aconteceu e levar essa situação à Secretaria Municipal de Educação”.
SÃO CARLOS/SP - O prefeito Airton Garcia, acompanhado do vereador Robertinho Mori e do chefe de gabinete da Prefeitura, José Pires (Carneirinho), visitou na manhã de terça-feira (05/04) a Creche da Divina Providência, instituição conveniada com a Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Educação.
Airton Garcia conheceu todas as instalações do local que esse ano está atendendo 106 crianças de 6 meses até 3 anos e 11 meses de idade. A instituição recebe do município per capita, ou seja, por cada criança atendida. Os alimentos para o preparo da merenda escolar também são repassados para a creche pela Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento.
Por meio de emendas parlamentares destinadas pelo vereador Robertinho Mori, a Creche da Divina Providência já adquiriu novos brinquedos, caminhas de empilhar, eletrodomésticos e fez manutenção no prédio, incluindo o berçário. No total, o vereador repassou R$ 152 mil.
Na ocasião, o prefeito Airton Garcia também se reuniu com o Padre Marcos Coró da Paróquia Santa Isabel e com o padre Everton Luís Luchesi, reitor do Santuário Nossa Senhora Aparecida da Babilônia. O assunto foi a programação do Santuário da Babilônia para os próximos meses.
SÃO PAULO/SP - Depois de seis mandatos consecutivos no Congresso e de presidir a Câmara duas vezes, o deputado federal licenciado Rodrigo Maia (PSDB), 51, desistiu de concorrer novamente ao Legislativo e abriu caminho para sua irmã gêmea, Daniela Maia (PSDB), que deixou a presidência da RioTur.
Maia chegou a se licenciar do governo paulista na semana passada para cumprir o prazo a Justiça Eleitoral, mas na segunda feira, 4, reassumiu o cargo de secretário de Projetos e Ações Estratégicas.
Em entrevista ao Estadão no seu gabinete no Palácio dos Bandeirantes, o ex-presidente da Câmara, que vai assumir a presidência da federação formada por PSDB e Cidadania no Rio de Janeiro, contou que segue como coordenador do plano de governo de João Doria e vai se dedicar a política fluminense nos finais de semana.
Após ser apontado como presidenciável no início dos debates sobre a sucessão de 2022 e visto como principal interlocutor entre os poderes nas crises provocadas por Jair Bolsonaro, Rodrigo Maia mergulhou de cabeça no projeto do governador Rodrigo Garcia e decidiu ficar fora das brigas internas de sua nova legenda no plano nacional.
O ex-presidente da Câmara prega que o PSDB se assuma como um partido de centro-direita e rejeita o rótulo de terceira via. “O eleitor de centro pode decidir a eleição, mas não é majoritário. O PSDB é o principal partido de contraponto ao PT, para não usar o termo centro-direita, que alguns tucanos não gostam. Reclamam comigo quando eu uso”, afirmou.
Maia disse, ainda, que se Lula e Bolsonaro forem para o segundo turno, votaria no petista. A seguir, leia os principais trechos da entrevista.
Por que o sr. desistiu de tentar o 7° mandato como deputado federal?
Eu fui tudo na Câmara dos Deputados e quero agora uma experiência fora do Legislativo. Tive a experiência com Doria e agora com o Rodrigo (Garcia), que é de fato o meu grande amigo, e vejo a possibilidade de ajudar no governo dele esse ano. E com a provável reeleição nos próximos quatro anos também. Ser deputado a carreira inteira não é ruim, mas quem chegou à presidência da Câmara já ocupou quase todas as posições na Casa. O político tem que estar sempre aprendendo. Talvez esse seja um dos problemas da política brasileira: as pessoas acabam se acomodando no papel de parlamentar. Quero cumprir um ciclo no executivo e me reciclar. Quero aprender mais sobre gestão e orçamento público para que no futuro eu possa ter outros desafios na política ou até no setor privado.
O sr. segue também como coordenador do plano de governo de João Doria. Acredita que vai haver de fato sinergia entre a campanha dele e a do Rodrigo Garcia à reeleição em São Paulo?
Na campanha do João eu coordeno o plano de governo. Quero me restringir a isso. Entrei no PSDB, mas existem muitos conflitos no PSDB dos quais eu não quero participar. O que me dá prazer na política hoje é aprender. Sou cristão novo no PSDB. Já em relação ao Rodrigo Garcia, é uma eleição diferente. Ele é meu amigo. Na eleição nacional vou me ater aos temas técnicos para construir um plano transformador da vida das pessoas.
O sr. vai estar na campanha do Rodrigo também?
Vou ajudar o Rodrigo no que ele precisar.
Como avalia o cenário no PSDB?
Como deputado e um filiado que acabou de entrar no PSDB, acho esse conflito muito estranho, mas não quero participar disso. Esse conflito vem de antes da minha entrada no partido. Teve prévias e foram questionar. Foi uma votação com 44 mil pessoas. Isso deve ser tratado por quem está no partido há mais tempo. Doria se viabilizou como candidato. Desde o governo Fernando Henrique Cardoso, o PSDB tem um problema de aceitar que está à direita do Lula. O PSDB precisa aceitar isso. É assim que a sociedade nos vê. A gente fez pesquisas por muitos anos. Se a sociedade entende que o Lula é esquerda, então o adversário tem que estar no outro polo. Precisamos resgatar o nosso eleitor e mostrar que nesse campo existe um caminho a ser ocupado.
Como o sr. avalia os encontros de tucanos como FHC, Aloysio Nunes e outros com Lula?
Como todos foram para a oposição ao Bolsonaro, que é considerado uma direita não democrática, isso confundiu a cabeça do eleitor. Se você olhar o cruzamento de pesquisas na avaliação positiva do governador João Doria, vai ver que o Lula tem 40% das intenções de voto. No cenário de São Paulo, o candidato hoje que tem os votos com perfil tucano é o Fernando Haddad, e não o Rodrigo Garcia ainda. Naturalmente o Haddad vai para a oposição e nós vamos ocupar aquele espaço da boa avaliação que o governo tem hoje. Nacionalmente, o nosso eleitor tem hoje mais restrição ao Bolsonaro do que vontade de apoiar uma candidatura fora da polarização. Um terço dos votos do Lula está no antibolsonarismo. O Churchill tem uma passagem muito interessante. Um jovem deputado chegou para ele no início da legislatura, olhou para o lado dos opositores e disse: ‘Primeiro-ministro, lá na frente eles serão nossos inimigos’. Churchill respondeu: ‘Não, lá na frente eles serão nossos adversários. Nossos inimigos estão aqui atrás’. É um pouco do que acontece hoje no PSDB e no nosso campo. Se conseguirmos ocupar um espaço, será tirando a vaga do Bolsonaro.
Qual deve ser o discurso para o PSDB entrar nesse jogo?
Não deve ser atacar o presidente Lula. Eu disse isso ao governador João Doria. Temos que dizer aos eleitores que se decepcionaram com Bolsonaro que temos uma alternativa que não seja a volta ao passado e o PT. A esquerda acha que se reduz desigualdade intervindo no Estado. Nós acreditamos que vamos redistribuir renda estimulando o setor privado.
O antipetismo deixou de ser então o grande eleitor que foi em 2018?
O antipetismo é a mola mestra do presidente do Bolsonaro, mas ninguém deu uma alternativa que o ocupe o lugar dele na centro-direita democrática. Temos que derrotar o Bolsonaro com uma candidatura que defenda aquilo que motivou o eleitor em 2018: um Estado moderno, eficiente, bom prestador de serviço e que segurança jurídica para o setor privado investir.
Qual a sua leitura sobre esse debate no PSDB sobre uma possível revogação das prévias pela convenção do partido e qual o valor dessa carta que o Bruno Araújo, presidente do partido, escreveu validando o resultado da consulta interna?
O governador Doria venceu um modelo de prévias que em tese era favorável ao governador Eduardo Leite. Ele (Doria) mesmo assim se dispôs s disputar. Não foi um voto para cada eleitor, mas com pesos diferentes para os líderes políticos. O melhor modelo era ser um voto para cada filiado ao PSDB. O processo escolheu de forma democrática o Doria e foi legitimado pelos adversários. Isso certamente tem muito mais valor que uma convenção. Mas não tenho nenhum interesse em participar desse debate, até porque isso pode enfraquecer o partido. O PSDB é o principal partido de contraponto ao PT, para não usar o termo centro direita, que alguns tucanos não gostam. Reclamam comigo quando eu uso. A gente devia ajudar o governador Doria a se viabilizar. Se lá em julho isso não acontecer, ele vai certamente construir uma solução. O nosso campo, que tem uma linha mais pró-mercado, está fora do debate. O debate está sendo feito entre valores conservadores – e muitas vezes reacionários – e por outro lado liberais demais com o PT e seus aliados.
Por que o sr. não encaminhou o processo de impeachment contra o Bolsonaro quando era presidente da Câmara?
Porque não havia apoio político. Uma vitória de Bolsonaro poderia fortalecer demais o presidente e organizar uma narrativa contra as instituições democráticas.
Avalia que a campanha do Rodrigo em São Paulo deve ser casada com a do Doria para presidente?
O governador Rodrigo precisa primeiro mostrar a sua história e sua experiência com 5 governadores e defender o Governo de São Paulo, que teve grandes acertos. Ele tem que ser o governador do Estado de São Paulo. Não tenho dúvida que ele chega ao 2° com pelos menos 25% dos votos.
Por que João Doria tem uma rejeição incompatível com a aprovação do governo?
Todos os políticos que se colocam no centro terão uma rejeição alta. Se você projetar a rejeição do Eduardo Leite e da Simone Tebet sobre o que eles têm hoje de imagem positiva e negativa, e o alto desconhecimento, eles chegarão a uma rejeição parecida a do governador Doria. Ele fez o enfrentamento a máquina bolsonarista, o que gera uma rejeição grande. Eles operam unidos. Não é à toa que o Tarcísio cresce rapidamente.
O sr não gosta do termo terceira via?
Não tem terceira via. O Tony Blair se dizia terceira via, mas não era. Eram os trabalhistas contra os conservadores. Depois de um ciclo longo com os conservadores no poder o partido trabalhista estava mofado. Tony Blair modernizou o partido e criou o termo terceira via apenas para sair isolamento da esquerda e caminhar para o eleitor de centro, que existe. O eleitor de centro pode decidir a eleição, mas não é majoritário no processo eleitoral em nenhuma democracia do mundo. Se você olhar as eleições no Brasil vai ver que sempre sobram os dois. Em 2002 Roseana (Sarney) foi alternativa e caiu. Depois veio o Lula disputar contra o Serra, que era o candidato do governo. Em 2018 o Bolsonaro ocupou o lugar do PSDB na polarização contra o PT. A polarização comandou o processo político brasileiro desde 1994.
ALEMANHA - As exportações de trigo da União Europeia devem aumentar, enquanto as importações de milho podem despencar em 2022/23, à medida que os mercados de grãos se ajustam à guerra na Ucrânia, disse a Comissão Europeia ontem (5) em sua primeira perspectiva para a próxima safra.
A comissão estimou que os embarques de trigo soft da União Europeia saltarão para 40 milhões de toneladas na temporada 2022/23, que começa em julho, ante 33 milhões projetados para o 2021/22.
Em nota, a comissão disse que o forte aumento nas exportações de trigo reflete “a demanda mundial com menor oferta da Ucrânia”.
A estimativa de embarques de trigo para 2021/22 também foi revisada em 1 milhão de toneladas, ante 32 milhões apontados no mês anterior.
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