“Esta ação vai contribuir com a estrutura do Projeto CEMEAR e possibilitará o avanço da prática de esportes pelas crianças aqui atendidas”.
SÃO CARLOS/SP - Com o intuito de fortalecer e incentivar o esporte na cidade de São Carlos, o vereador Elton Carvalho (Republicanos) entregou, na sexta-feira (08), 1 dojo (tatame) olímpico e 1 Kit Esportivo ao Projeto CEMEAR no Jardim Gonzaga.
O Kit Esportivo conseguido junto a Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo conta com uniformes para dois times, colete de treino para dois times, meiões, troféu, medalhas e bolas.
Estiveram presentes acompanhando a entrega do Kit e a inauguração do tatame o secretário municipal de Esportes e Cultura, Luiz Henrique Lopes, a secretária municipal de Educação, Wanda Aparecida Machado Hoffmann, diretor-presidente da FESC, Fernando Henrique da Silva Carvalho, chefe de gabinete da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Rafael Almeida e o chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Trabalho Emprego e Renda, Murilo Locatti.
“Gostaria de agradecer aos Professores Paulo, Érica e Ibrahim que desempenham um trabalho tão bonito e importante no Projeto CEMEAR. O esporte tem caráter social e educativo importantíssimo para o desenvolvimento dessas crianças”.
BRASÍLIA/DF - Os partidos políticos devem enviar à Justiça Eleitoral até 18 de abril a lista atualizada de filiados. O prazo é mais uma formalidade que deve ser cumprida pelas legendas que vão participar as eleições de outubro.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a atualização deve ser feita pelo Sistema de Filiação Partidária (Filia), no qual o partido inclui o nome do filiado, a data de filiação e o número do título de eleitor.
Para concorrer às eleições de outubro, os candidatos deveriam ter a filiação deferida pelas legendas até 2 de abril, seis meses antes do pleito.
O primeiro turno será realizado no dia 2 de outubro, quando os eleitores vão às urnas para eleger o presidente da República, governadores, senadores, deputados federais, estaduais e distritais. Eventual segundo turno para a disputa presidencial e aos governos estaduais será em 30 de outubro.
FRANÇA - O segundo turno das eleições presidenciais na França, marcado para o próximo dia 24 de abril, se desenha como uma espécie de reprise do pleito de 2017, quando Emmanuel Macron bateu a candidata da direita radical Marine Le Pen.
Desta vez, contudo, a vitória de Macron não parece que virá tão fácil.
As projeções para os resultados do primeiro turno, que aconteceu no último domingo (10/4), mostram como o voto útil reescreveu o mapa eleitoral.
Os eleitores se reuniram em três grandes campos: Macron, a direita radical e a esquerda radical. Nos últimos dias de campanha, muitas pessoas que estavam considerando outros candidatos decidiram apoiar um dos favoritos.
Houve, assim, uma grande transferência de votos de Éric Zemmour - da direita radical nacionalista - para Marine Le Pen. É possível que alguns dos eleitores conservadores do Partido Republicano conservador tenham feito o mesmo.
À esquerda, muitos dos eleitores se convenceram de que nem a socialista Anne Hidalgo nem o ecologista Yannick Jadot poderiam chegar ao segundo turno. Resolveram, então, dar o voto a Jean-Luc Mélenchon, ainda que não fosse seu candidato favorito, na tentativa de manter um nome da esquerda na disputa.
Entre os eleitores de centro, muitos franceses que em outras condições teriam escolhido Valérie Pécresse, de Os Republicanos, resolveram dar voto ao atual presidente. Por quê? Porque estavam genuinamente com medo de que Le Pen e/ou Mélenchon ganhassem muita força nas urnas.
Lembrem-se de que, no sistema eleitoral da França, apenas os dois primeiros colocados no primeiro turno se qualificam para o segundo, e uma pequena margem pode fazer grande diferença. A perspectiva de um segundo turno entre Le Pen e Mélenchon não era totalmente impossível.
O resultado das urnas significa duas coisas.
Uma delas é a devastação total enfrentada pelos dois partidos tradicionais que vinham se revezando no governo francês desde 1958 - a direita conservadora e a esquerda socialista. Este foi um processo iniciado por Macron há cinco anos, mas que agora se viu totalmente concluído.
Os candidatos de ambos os partidos - e certamente Anne Hidalgo dos socialistas - podem inclusive não ter atingido o limite mínimo de 5% que qualifica um partido para pedir reembolso dos custos da campanha. O valor será alto, de milhões de euros, mas pior é a humilhação pública. Podemos esperar sérios conflitos internos nas siglas.
Macron operou de tal forma que a divisão na política francesa é agora definitivamente a que ele buscava: entre seu próprio "centrismo realista" e "abertura ao mundo" e o "extremismo" de seus oponentes. O "extremismo nacionalista" de Le Pen e o "extremismo utópico" de Mélenchon.
Essa divisão o havia beneficiado até agora, permitindo-lhe agregar as chamadas forças "responsáveis" da esquerda e da direita, esmagando a oposição.
A segunda lição deste primeiro turno, entretanto, deve ser-lhe motivo de preocupação.
É que as chamadas forças "irresponsáveis" dos extremos - sua oposição - estão cada vez mais fortes.
Como o comentarista político veterano Alain Duhamel disse na noite de domingo, "os partidos anti-sistema agora têm a lealdade da maioria dos franceses".
Se você adicionar o voto de Marine Le Pen ao de Éric Zemmour e de Nicolas Dupont-Aignan, também da direita radical, verá que esse polo recebeu 33% dos votos - sete pontos percentuais a mais do que em 2017.
Se somarmos os votos da esquerda radical - para Mélenchon e para os trotskistas Philippe Poutou e Nathalie Arthaud - ao total de votos dados a todos os "partidos anti-sistema", esse número supera 50% dos votos válidos.
Muitas dessas pessoas acabarão votando em Macron no segundo turno, pela mesma razão que o fizeram em 2017 - porque, para eles, ver a direita radical no poder é inconcebível. Haverá outros, porém, que deverão se abster, votar em branco ou em Le Pen.
A verdade é que o voto anti-Le Pen e o voto anti-Macron estão convergindo; o primeiro diminuindo e o segundo, crescendo.
É por isso que, desta vez, o segundo turno não deve trazer a mesma vitória confortável para Macron.
SÃO CARLOS/SP - O prefeito Airton Garcia, juntamente com o secretário de Agricultura e Abastecimento, Fábio Cervini e com a secretária de Educação, Wanda Hoffmann, iniciou nesta segunda-feira (11/04), pela Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Afonso Fioca Vitali, localizada no CAIC do Cidade Aracy, a entrega de caixas de bombons em comemoração à Páscoa.
No total, foram adquiridas 20 mil caixas de bombos por meio do Processo Licitatório Nº 18903/2021, Pregão Eletrônico Nº 013/2022, pelo sistema de registro de preços, que durante essa semana serão entregues para todos os 18.200 alunos da rede municipal de ensino e para crianças atendidas por entidades filantrópicas do município.
Além das 20 mil caixas de bombons, a Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento, responsável pela merenda escolar da rede municipal de ensino, também vai fornecer 20 caixas de bombons zero açúcar para crianças diabéticas e 110 caixas de bombons sem lactose para crianças com restrição alimentar, intolerantes à lactose e à proteína do leite.
“É muito gratificante ver a alegria e principalmente a gratidão dos alunos ao receber a lembrança desta data tão significativa. Não tem preço que pague esta emoção, agradeço a Deus por mais um ano estar podendo viabilizar esta ação”, disse o prefeito Airton Garcia que fez questão de entregar uma caixa de bombom para cada aluno.
De acordo com o secretário de Agricultura e Abastecimento as caixas de bombons têm uma excelente aceitação pelas crianças, pais e professores. “Também optamos em manter as caixas de bombons no lugar de ovos de páscoa em virtude da variedade de chocolates e claro, pela economicidade aos cofres públicos”, explica Cervini.
O investimento foi de R$ 191.600,00. A caixa de bombom com 251g, foi adquirida por R$ 9,58 cada uma.
Também acompanharam a entrega dos chocolates o vereador Dé Alvim e o chefe de gabinete da Prefeitura, José Pires (Carneirinho).
SÃO CARLOS/SP - O presidente da Câmara Municipal de São Carlos, vereador Roselei Françoso (MDB), o vice-prefeito, Edson Ferraz (MDB), o secretário de Transporte e Trânsito da Prefeitura, Paulo Sérgio Luciano, e diretor da Secretaria, Sebastião Batista, estiveram no bairro Jockey Club para discutir melhorias para o trânsito local.
“Na região da EMEB Dalila Galli o tráfego de veículos está aumentando consideravelmente”, disse Roselei, que ouviu o relato de moradores e de profissionais que atuam na escola municipal.
Está em fase de conclusão um novo conjunto de apartamentos naquela região e, por isso, o aumento no trânsito já é percebido. “A expansão urbana e a construção de novas casas e apartamentos são necessários”, observou Edson Ferraz. “Porém é fundamental organizar nossas ruas para atender essa demanda”, frisou o vice-prefeito.
De acordo com o secretário de Transporte, um estudo de impacto no trânsito já está em andamento. “Teremos algumas propostas para melhorar o trânsito, como alargamento de vias e projeto binário”, explicou. Para ele, é importante ouvir moradores e trabalhadores do local.
“A cidade precisa crescer de forma ordenada e nós, enquanto vereadores, temos o dever de cobrar e ajudar a encontrar soluções que atendam da melhor forma a todos”, observou o presidente da Câmara.
Escola – Roselei e Edson Ferraz também estiveram na EMEB Dalila Galli. “A escola precisa de reforma nos banheiros e da ampliação do refeitório”, frisou o presidente da Câmara. “Vamos trabalhar para viabilizar essas melhorias”, disse Roselei, que mantém contato com a direção escolar e com o presidente do Conselho de Pais, João Cardoso.
O vereador Roselei também destinou R$ 30 mil para a EMEB Dalila Galli adquirir equipamentos de informática, computadores e instalar a rede lógica de internet. Os recursos foram destinados neste ano de 2022.
SÃO CARLOS/SP - O vereador Rodson Magno do Carmo juntamente com os professores da Fatec (Faculdade de Tecnologia) São Carlos, Omar Maluf e Alfredo Colenci Neto, estiveram na tarde da última sexta-feira (8), na cidade de Piracicaba, entregando ao Secretário da Casa Civil Cauê Macris, que representa o Governador do Estado Rodrigo Garcia, um ofício solicitando a liberação de recursos financeiros para a construção do prédio da Fatec São Carlos.
No ofício relatam que a instituição já possui um terreno dentro do Parque Tecnológico para abrigar o novo prédio.
A Fatec São Carlos foi implantada em janeiro de 2014 visando atender uma demanda de mais de uma década da cidade, cuja vocação de “Capital da Tecnologia” tem total sinergia com a missão das Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo: oferecer cursos superiores de graduação tecnológica, gratuitos e de alta qualidade.
A infraestrutura, entretanto, impede que esses objetivos sejam alcançados e bem como comprometem o pleno desenvolvimento das atividades já em curso.
Ainda estão alocados em um prédio cedido pela Secretaria de Educação, compartilhando o espaço com a E.E. Esterina Placo, a qual utiliza o prédio durante os períodos matutino e vespertino, restando para a Fatec apenas o uso durante o período noturno. Isso impede que seja oferecida qualquer atividade regular durante o dia e deixa bastante limitada a possibilidade de oferta de atividades extracurriculares, pesquisas e de extensão à comunidade nesta oportunidade.
EUA - O ex-juiz Sergio Moro enfrentou uma plateia crítica na sua participação em um evento de brasileiros nos Estados Unidos no sábado (9).
O público que antes o aplaudia agora saudou uma pergunta sobre eventual erro (o entrevistador chegou a usar a expressão “crime”) durante a operação Lava Jato. Hoje, Moro é político filiado ao União Brasil.
O questionamento foi sobre Moro ter indicado uma testemunha ao procurador Deltan Dallagnol quando era juiz da Lava Jato. Quem fez a pergunta foi o advogado Augusto de Arruda Botelho, crítico da operação, ex-analista da CNN Brasil e que se filiou ao PSB junto com Geraldo Alckmin.
Eis o trecho em que Moro é pressionado por Augusto Botelho (7min45s):
O motivo da pergunta foi diálogo por mensagens de celular revelado pelo site The Intercept Brasil em 2019 –a série de reportagens ficou conhecida como Vaza Jato. Depois de comunicar a Moro que a testemunha indicada por ele não quis falar por telefone, Deltan afirma que faria uma intimação com base em “notícia apócrifa”. O então juiz consentiu: “Melhor formalizar”.
“Não é uma conversa, com todo respeito, cotidiana entre advogados, juízes e partes”, declarou Botelho durante o evento. “No momento em que o senhor indica uma testemunha para o Deltan o senhor chamou isso de descuido”, disse.
“Isso aqui é uma falsidade ideológica [dizer que a testemunha foi citada de forma apócrifa em vez de por Moro]. O senhor não só não repreendeu o procurador como concordou. O que faz, com imenso respeito a senhor, quase que coautor do crime de falsidade ideológica. O senhor acha essa conversa normal?”, pergunta Botelho –e o público aplaude.
Na resposta, Moro disse que não tem certeza se essa troca de mensagens aconteceu –em 2019, ele declarou o seguinte sobre o caso: “Pode ter havido algum descuido formal, mas, enfim, isso não é nenhum ilícito”.
Ele também disse que não houve formalização da “denúncia anônima”.
“É uma fantasia que o você está construindo. Ninguém foi incriminado com base em prova fraudada na Lava Jato”, declarou o ex-juiz em sua resposta ao advogado.
Não houve aplausos a Moro nessa parte. Ele foi saudado por parte do público pouco antes, quando disse o seguinte: “O que existe é uma construção de uma narrativa fantasiosa para colocar criminosos em liberdade”.
As declarações foram na Brazil Conference, evento promovido anualmente desde 2015 por estudantes brasileiros da região de Boston, nos EUA, local conhecido por receber há décadas imigrantes ilegais latinos, sobretudo do Brasil.
Apesar de ser numa cidade norte-americana, a maioria dos painéis é com brasileiros falando em português no palco e plateia composta majoritariamente também por pessoas do Brasil, como se fosse numa conferência realizada em São Paulo ou no Rio de Janeiro.
Só foi em inglês o painel de Jorge Paulo Lemann, fluente nesse idioma. Quando jovem, ele estudou em Harvard (universidade que fica em Cambridge, cidade conurbada a Boston) e é conhecido por fazer doações para essa instituição de ensino. O empresário é um dos principais financiadores do evento anual de estudantes brasileiros da região, por meio da Fundação Lemann.
MACAU - Os países lusófonos pediram no domingo (10/04) investimento chinês no âmbito da recuperação económica pós-Covid-19, numa reunião extraordinária ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
O primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia da Silva, sustentou que, "num momento de contração económica mundial", o "maior desafio" passa "por vencer a pandemia" e que os esforços conjuntos, no âmbito do Fórum de Macau, podem ser "uma oportunidade para atrair investimento privado", nomeadamente na construção civil, com expressão nos números do emprego.
Nuno Gomes Nabiam, chefe do Governo guineense, aproveitou para convidar os investidores a visitarem o país, agora que se "retoma agenda económica e diplomática, após anos de estagnação e letargia", apelando ao apoio da China no "desenvolvimento de tecnologias produtivas", palavras secundadas pelo primeiro-ministro de Moçambique, Adriano Maleiane, que manifestou a vontade de reforço da união e dos mecanismos de cooperação dos países representados no Fórum Macau.
O primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Jorge Bom Jesus, sublinhou a importância do apoio, "desde logo de índole financeira", na definição dos "eixos centrais" de atuação futura do Fórum de Macau".
Já o ministro de Estado para a Coordenação Económica de Angola, Manuel Nunes Júnior, lembrou a importância do investimento chinês num país que está "a realizar importantes reformas democráticas e do Estado de Direito" e a desenvolver medidas económicas que passam, por exemplo, "por diminuir a dependências do petróleo".
"Uma nova página na história"
O líder do Governo timorense, Taur Matan Ruak, frisou os "efeitos devastadores da pandemia", mas expressou a convicção de que a "ajuda chinesa" e o compromisso do país "em explorar oportunidades" no projeto de Pequim de criar a região da Grande Baía podem ser uma resposta ao contexto económico internacional.
A Grande Baía é um projeto de Pequim para criar uma metrópole mundial que integra Hong Kong, Macau e nove cidades da província de Guangdong (Dongguan, Foshan, Cantão, Huizhou, Jiangmen, Shenzhen, Zhaoqing, Zhongshan e Zhuhai), com cerca de 70 milhões de habitantes e um PIB de cerca de 1,2 biliões de euros, semelhante ao da Austrália, da Indonésia e do México, países que integram o G20.
O Brasil, pela voz do vice-presidente, Hamilton Mourão, preferiu destacar "o potencial económico" dos países de língua portuguesa, "inseridos em distintos blocos comerciais", com milhões de consumidores, países costeiros, "de recursos marítimos e minerais", sendo necessário continuar a impulsionar o intercâmbio comercial e o fluxo de investimentos.
No final dos discursos dos representantes dos países lusófonos, por mensagens de vídeo, o ministro do Comércio da China, Wang Wentao, em videochamada, manifestou a convicção de que os países que integram o Fórum de Macau "vão escrever uma nova página na História".
O chefe do Governo de Macau, Ho Iat Seng, da mesma forma, argumentou que, após a reunião ministerial, estão criadas as condições para se fortalecer "a promoção da cooperação entre a China e os países de língua portuguesa na área da saúde, para a promoção conjunta da recuperação económica e para a elevação da coesão e da influência do Fórum de Macau".
No final, os representantes dos países no Fórum de Macau aprovaram duas resoluções conjuntas: uma em que se aponta para o reforço da cooperação e outra que aprova a entrada da Guiné Equatorial como membro, país que faz parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa desde 2014.
Lusa
ALEMANHA - Um "verdadeiro embargo" à energia de origem russa por parte de países ocidentais - como os da União Europeia - poderia parar a guerra na Ucrânia, disse Andrei Illarionov, ex-assessor econômico de Vladimir Putin.
Illarionov disse que a Rússia "não levou a sério" as ameaças de outros países de reduzir a compra de energia.
Apesar de tentar reduzir sua dependência de fontes russas, a Europa continua comprando petróleo e gás.
No ano passado, os preços em alta significaram que as receitas de petróleo e gás representaram 36% dos gastos do governo russo.
Grande parte dessa receita vem da União Europeia, que importa cerca de 40% de seu gás e 27% de seu petróleo da Rússia.
Esta semana, o representante da União Europeia Josep Borrell disse que "um bilhão de euros é o que pagamos a Putin todos os dias pela energia que ele nos fornece".
A Rússia é o terceiro maior produtor de petróleo do mundo, atrás apenas dos EUA e da Arábia Saudita.
Illarionov disse que se os países ocidentais "tentarem implementar um embargo real às exportações de petróleo e gás da Rússia... aposto que provavelmente dentro de um mês ou dois, as operações militares russas na Ucrânia provavelmente serão encerradas, serão interrompidas".
"É um dos instrumentos muito eficazes ainda em poder dos países ocidentais", acrescentou.
Embora o comércio de petróleo e gás tenha continuado durante o conflito, sanções diversas levaram a um cenário em que muitas outras atividades econômicas pararam, muitas empresas estrangeiras se retiraram e as exportações foram interrompidas.
Uma pesquisa recente do próprio banco central da Rússia prevê que a economia encolherá 8% este ano, enquanto o Instituto Internacional de Finanças diz que pode cair até 15%.
Illarionov sugeriu que o presidente Putin estava preparado para suportar um golpe na economia e que ele mostra onde estão suas prioridades.
"Suas ambições territoriais, suas ambições imperiais, são muito mais importantes do que qualquer outra coisa, incluindo o sustento da população russa e da situação financeira do país... até mesmo o estado financeiro de seu governo", disse ele.
Empregos sob ameaça
Na semana passada, em meio a tensões com a Europa sobre como o gás seria pago, Putin disse que os "indicadores-chave" da saúde da economia russa incluem a "criação de empregos, a redução da pobreza e da desigualdade, a melhoria da qualidade de vida das pessoas, a disponibilidade de bens e serviços".
Números do Banco Mundial apontam que quase 20 milhões de russos vivem na pobreza.
Nos últimos anos, Putin prometeu reduzir pela metade esse número.
Agora, Illarionov disse que "veremos provavelmente dobrar o número dessas pessoas, talvez até triplicar" à medida que a economia russa piora.
O Centro de Pesquisa Estratégica, think tank com sede em Moscou, estimou que dois milhões de empregos podem ser perdidos este ano, à medida que a taxa de desemprego aumenta após uma baixa recorde.
Essas preocupações são compartilhadas por Vladimir Milov, que é ex-vice-ministro da Energia da Rússia, mas agora faz parte do partido de oposição Rússia do Futuro, de Alexei Navalny.
"Muitas pessoas estão preocupadas em perder seus empregos, a maioria realmente não percebe a gravidade da situação econômica", disse.
A inflação, que já subiu para 15,7% por causa da guerra, significa que as pessoas podem parar de gastar dinheiro em coisas como academias e refeições em restaurantes e "isso é uma má notícia para muitas pequenas empresas", disse Milov.
Alguns alimentos básicos, como açúcar, cebola e repolho, tiveram alta de preço de mais de 40% desde o início deste ano.
Milov disse que qualquer queda perceptível nos padrões de vida ajudaria a causa de seu partido como oposição.
"Temos explicado às pessoas o tempo todo que a política de Putin levaria a Rússia a uma catástrofe, incluindo uma catástrofe social e econômica completa, incluindo uma deterioração dos padrões de vida que não vimos em décadas", disse ele.
"Devo dizer que isso tem um preço extremamente alto. Preferíamos não ver o que está acontecendo hoje."
No entanto, Milov, que fugiu para a Lituânia no ano passado, acredita que levará tempo para que a queda dos padrões de vida se traduza em mudanças políticas.
"A Rússia é um país com grande inércia na sociedade e muito medo instigado pelas autoridades. Especificamente, as pessoas realmente têm muito medo de protestar porque agora podem acabar na prisão por muito, muito tempo por fazer isso".
Ele acrescentou: "Mas eu diria que dentro de alguns meses de problemas econômicos reais e profundos, que não vimos em 30 anos, isso mudará o humor da sociedade. Mais pessoas começarão a reclamar em voz alta."
Andrei Illarionov, que agora vive nos Estados Unidos, disse que uma mudança de governo é inevitável "mais cedo ou mais tarde".
Ele disse que "é absolutamente impossível ter qualquer futuro positivo para a Rússia com o atual regime político".
Sob o presidente Putin, ele sugeriu, "não há como esse país ser integrado de volta às relações internacionais, na economia mundial".
UCRÂNIA - Os Estados Unidos estão empenhados em fornecer à Ucrânia "as armas que ela precisa" para se defender contra a Rússia, afirmou no domingo (10/04) o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, enquanto a Ucrânia busca mais ajuda militar do Ocidente.
Sullivan disse que o governo Joe Biden enviará mais armas para a Ucrânia para evitar que a Rússia amplie o controle de áreas do território ucraniano e promova ataques a civis, os quais Washington considera crimes de guerra.
"Vamos fornecer à Ucrânia as armas de que ela precisa para derrotar os russos e impedi-los de tomar mais cidades e vilas onde eles cometem esses crimes", disse Sullivan em uma entrevista à emissora ABC News. Moscou rejeita as acusações de que tenha cometido crimes de guerra na Ucrânia.
Em seguida, à emissora NBC News, Sullivan disse que os Estados Unidos estavam "trabalhando 24 horas por dia para entregar nossas próprias armas (...) e organizar e coordenar a entrega de armas de muitos outros países". "As armas estão chegando todos os dias", disse Sullivan, "inclusive hoje".
Os Estados Unidos afirmam ter enviado 1,7 bilhão de dólares (R$ 8 bilhões) em assistência militar à Ucrânia desde que a Rússia iniciou sua invasão, em 24 de fevereiro, disse a Casa Branca na semana passada.
As entregas de armas incluem mísseis antiaéreos Stinger e mísseis antitanque Javelin, bem como munições e coletes balísticos. Mas os líderes americanos e europeus estão sendo pressionados pelo presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, a fornecer armas e equipamentos mais pesados para combater a Rússia na região leste do país, onde se espera que os russos intensifiquem seus ataques.
Zelenski cético sobre promessa americana
Em entrevista à CBS News neste domingo, Zelenski manifestou ceticismo de que os Estados Unidos entregariam as armas que ele considera serem necessárias.
Se a Ucrânia poderá ou não vencer a invasão russa "depende de quão rápido seremos ajudados pelos Estados Unidos. Para ser honesto, se seremos ou não capazes de sobreviver depende disso", disse Zelenski. "Tenho 100% de confiança em nosso povo e em nossas Forças Armadas, mas infelizmente não tenho confiança de que receberemos tudo o que precisamos."
Na sexta-feira, autoridades ucranianas relataram que mais de 50 pessoas foram mortas em um ataque com mísseis em uma estação de trem na cidade de Kramatorsk, na região de Donetsk.
A invasão da Rússia forçou cerca de um quarto da população de 44 milhões a deixar suas casas, transformou cidades em escombros e matou ou feriu milhares de pessoas.
Moscou nega ter como alvo os civis no que chama de "operação especial" para desmilitarizar e "desnazificar" seu país vizinho. A Ucrânia e as nações ocidentais descartam essa alegação e a consideram um pretexto infundado para a guerra.
A Rússia nomeou no sábado um novo general para liderar suas forças na Ucrânia, Aleksandr Dvornikov, que tem experiência militar significativa na Síria. Considerando esse histórico, Sullivan disse esperar que Dvornikov autorize mais brutalidade contra a população civil ucraniana.
A deputada americana Liz Cheney, do Partido Republicano, afirmou à CNN que a administração Biden deveria fornecer à Ucrânia também armas ofensivas, como tanques e aviões, além de sistemas defensivos como mísseis antitanque e antiaéreos. "Acho que precisamos fazer tudo o que Zelenski diz precisar neste momento, dada a batalha inacreditável que eles vêm travando", disse.
Uma pesquisa divulgada neste domingo pela CBS News mostrou amplo apoio entre os americanos para o envio de mais armas para a Ucrânia. De acordo com o levantamento, realizado na semana passada à medida que as notícias dos ataques russos contra civis se multiplicavam, 72% dos entrevistados disseram ser a favor do envio de mais armas, e 78% apoiam sanções econômicas contra a Rússia.
bl (Reuters)
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