SÃO CARLOS/SP - Empregados(as) da Ebserh entraram em greve por tempo indeterminado desde quarta-feira, em todo o Brasil, inclusive em São Carlos. O movimento paredista foi decretado em cerca de 45 hospitais universitários de 20 estados. A greve acontece depois que os trabalhadores passaram mais de três anos tentando negociar o seu Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Os serviços essenciais à população serão mantidos.
Na mesa de negociação, os(as) trabalhadores(as) da Ebserh apresentaram uma pauta que inclui a manutenção das cláusulas sociais do ACT vigente e uma reposição inflacionária linear de 22,30%, referente aos três anos de congelamento salarial. Além do reajuste linear, a categoria busca um aumento de R$ 600,00 aos assistentes administrativos, uma vez que eles recebem os menores salários pagos pela Ebserh e muitos não recebem insalubridade.
Em resposta a demanda da categoria, inicialmente a Ebserh ofereceu reajuste zero. Na última rodada de negociação, eles chegaram a um percentual de 20% para os assistentes administrativo e técnicos e de 13% para os cargos assistenciais, sem retroatividade. A proposta teve como principal objetivo dividir a categoria ao oferecer percentuais diferentes de reposição inflacionária dos salários, mas acabou surtindo um efeito contrário. A empresa também insiste em reduzir o adicional de insalubridade do salário-base para o salário mínimo, o que irá diminuir o salário de todos os trabalhadores.
Está prevista uma reunião em Brasília, de mediação convocada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), nessa quinta-feira, 29.