SÃO CARLOS/SP - Internautas entraram em contato com nossa redação para falar sobre o descaso na saúde são-carlense, pois na manhã chuvosa desta quarta-feira, 14, pacientes sofrem em postos de saúde, mais especificamente na UBS localizada na rua João Lourenço do bairro Maria Stella Faga.
Segundo pacientes, chovia muito pela manhã e alguns estaria esperando a UBS abrir e chovia muito. Ao abrir por volta das 7h da manhã, os pacientes foram acolhidos para dentro do prédio, mas a fila já era grande.
Um pai nos informou que além da espera a informação oferecida aos munícipes são vagas e eles não sabem o que fazem. “Minha filha está com tosse seca, acho que não é covid-19, mas levei na UBS, chegando lá disseram pra levar na UBS da Vila São José, poxa estão negando atendimento aqui no Faga? Eu moro aqui perto e tenho que ir em outra unidade? Um médico não poderia ver o que ela tinha, e depois dizer o que devo fazer? Sem falar de perdi tempo aqui e chegando lá não tem mais senha” desabafou o pai.
“Tem uma servidora aqui no Maria Stella Faga, que nos tratou com uma falta de educação que nos deixou constrangidos perante a todos que estavam na unidade de saúde” completou o pai.
Uma mulher que precisava ser atendida por um médico ginecologista chegou 6h50 da manhã, que inclusive já tinha idosos na fila, e quando abriu a UBS do Faga, a mesma foi informada que não tinha vaga e que era pra voltar às 8h ou 8h30 pra ver se teria encaixe.
“Poxa eu preciso trabalhar, a prefeitura disse pra gente chegar cedo que teria atendimento e não tem, agora vou chegar atrasada no meu trabalho e sem ser atendida e sem atestado e tenho que me explicar ao meu patrão (sic)” disse a paciente.
Até quando a Capital da Tecnologia vai ficar nessa situação? Os funcionários de saúde e pacientes não poderiam ter um aplicativo para agendar ou se comunicar com a unidade de saúde para não perder tempo e a viagem? A cidade com três universidades não consegue desenvolver esse aplicativo? Temos que conviver com filas ainda? Prontuários de papel ainda?
SÃO PAULO/SP - O Ministério da Saúde já confirmou 4.458 casos - com dois óbitos registrados - de varíola dos macacos em todo o território nacional. O montante coloca o Brasil na terceira colocação entre as nações com mais infectados pela doença no mundo. Diante desses números, Euclides Matheucci, diretor científico e sócio-fundador do Grupo DNA, que abrange as marcas DNA Consult, DNA Club, DNA Pets e DNA School, chama atenção para o momento e alerta que é hora da população redobrar a atenção e cuidados, a fim de diminuir a contaminação.
Segundo o especialista, que também é Professor e Orientador do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o primeiro passo para frear o crescimento da doença é fazer com que o público tenha conhecimento sobre as principais informações referentes aos riscos, causas e tratamentos da enfermidade. “Embora tenha menor índice de transmissão em uma comparação com a Covid-19, o momento pede absoluta atenção e educação referente a varíola dos macacos”, avalia.
Tendo como principais sintomas a febre súbita, forte e intensa, dor de cabeça, náusea, exaustão, cansaço e fundamentalmente o aparecimento de gânglios (inchaços popularmente conhecidos como "ínguas"), que podem acontecer tanto na região do pescoço, na região axilar, como na região perigenital, além de feridas ou lesões pelo corpo, a varíola do macaco tem duração média entre duas e quatro semanas. No entanto, o intervalo de incubação do vírus até o início dos sinais e sintomas da monkeypox é tipicamente de 3 a 16 dias, podendo chegar até a 21 dias.
Tendo esses períodos em mente, Euclides também traz os cuidados necessários para evitar a contaminação deste vírus. “Evitar contato direto com pessoas contaminadas e com objetos pessoais de uma pessoa infectada são os meios essenciais de prevenção contra a doença”, explica o diretor científico do Grupo DNA, que destaca ainda a importância da higienização das mãos com água e sabão ou com álcool em gel antes de comer ou tocar no rosto.
Para isso, o profissional ressalta ainda a importância do diagnóstico da doença, que é feito a partir de uma análise laboratorial por meio de um teste molecular ou sequenciamento genético. “É extremamente importante todos terem em mente que os casos suspeitos já devem contar com os pacientes isolados antes mesmo da confirmação do resultado visto que, somente interrompendo a interação deste possível paciente, iremos barrar a propagação do vírus”, avalia.
Já referente ao tratamento, o especialista explica que a varíola dos macacos é uma doença atrelada ao chamado tratamento de suporte, quando não há um medicamento direcionado, mas exige alguns cuidados extras de acordo com as manifestações patológicas. “A hidratação e a higienização das lesões são passos fundamentais, porém é importante estar atento aos sintomas. Se o paciente estiver com dor de cabeça, tomar um remédio analgésico, se estiver com febre, tomar um antifebril e, fundamentalmente, nos casos de lesões mais significativas, algumas medicações podem ser consideradas após avaliação médica”, explica.
Por fim, outro passo importante visando o combate contra a varíola dos macacos está na vacinação. Atualmente, a Organização Pan-Americana de Saúde e a Organização Mundial da Saúde estão negociando a aquisição da vacina contra a doença e medicamentos antivirais para o tratamento do vírus. A expectativa é de que 50 mil doses sejam aplicadas ao Brasil nos próximos meses.
Sobre o Grupo DNA
O Grupo DNA é uma empresa de biotecnologia que trabalha com genética molecular, criada em 1996 na cidade de São Carlos-SP. A partir de resultados das análises genéticas oferecidas, é possível identificar a condição clínica do paciente e oferecer tratamentos específicos, além de contribuir para a prevenção de doenças. Para atuar, a empresa possui todas as certificações e habilitações da ANVISA, Vigilância Sanitária, Instituto Adolfo Lutz e certificação DICQ. Mais informações em www.dnaconsult.com.br
IBATÉ/SP - A Prefeitura de Ibaté, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, informa que no dia 16 de setembro, das 7h às 16h, estará disponibilizando o agendamento de consultas para diversas especialidades.
O agendamento deverá ser realizado exclusivamente por telefone no Ambulatório Médico Municipal de Especialidades “Doutor Ivo Morganti", através dos números (16) 3343-1102, (16) 3343-1158 e (16) 3343-1176, e nas demais unidades, de forma presencial.
“Importante lembrar que o agendamento no Ambulatório Médico Municipal, só será realizado por telefone, ou seja, não adianta comparecer pessoalmente, pois não serão efetuados os pedidos de consultas presencialmente. Ressalto, de forma presencial, apenas nas Unidades dos bairros”, enfatiza Elaine Sartorelli Breanza, secretária de Saúde.
A secretária alerta que pacientes com mais de 01 ano sem retornar com o especialista, é necessário um novo encaminhamento. "Aquelas pessoas que estão com um ano ou mais sem passar em consulta com o médico especialista, precisam de um novo encaminhamento, bem como aqueles que é a primeira consulta", explicou.
Os pacientes que efetuarem o agendamento de forma presencial, devem procurar a Unidade de Saúde mais próxima para agendar a consulta. No ato do agendamento, o usuário deve ter em mãos documento de identidade, CPF e o Cartão do SUS.
RELAÇÃO DOS BAIRROS E UNIDADES PARA AGENDAMENTO:
• Santa Terezinha, Vila Tamoio, Centro, Jardim Mariana, São Benedito, Encanto do Planalto, Jardim das Palmeiras II, Popular e Banco da Terra – Ambulatório Médico Municipal de Especialidades “Doutor Ivo Morganti”.
• Jardim Icaraí – PSF Icaraí.
• Jardim Mariana e Bandeirantes – PSF Mariana.
• Jardim América, Esfer e Jardim Cruzado – PSF Esfer.
• Jardim Popular – PSF Popular.
• Jardim Cruzado I – UBS Cruzado.
• Jardim Cruzado II – PSF Cruzado 1.
• Domingos Valério, Residencial Mariana, Jardim do Bosque, Jardim Menzani, Antônio Moreira (CDHU), Residencial Jequitibá I e II – UBS Santa Teresinha.
ALEMANHA - A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) aprovou nesta segunda-feira uma vacina da Pfizer/BioNTech dirigida especificamente às subvariantes BA.4 e BA.5 da ômicron.
"O Comitê de Medicamentos de Uso Humano (CHMP) da EMA recomendou autorizar uma vacina bivalente adaptada dirigida às subvariantes BA.4 e BA.5 da ômicron, além da cepa original do SARS-CoV-2", disse a EMA em nota.
Esta vacina é uma nova versão e "mais eficaz", segundo a EMA, da vacina Comirnaty, da Pfizer/BioNTech. É destinada às pessoas acima de 12 anos que já tenham sido imunizadas contra a covid-19, afirmou a agência europeia.
A EMA advertiu no início do mês que novas variantes do coronavírus poderiam aparecer neste inverno, mas afirmou que as vacinas protegerão a população contra as formas graves da doença.
Enquanto "novas ondas de infecções são previstas para a temporada de frio", esta recomendação "ampliará ainda mais as opções de vacinas contra a covid-19" na UE, comemorou a reguladora.
No início do mês, a EMA aprovou outras duas vacinas adaptadas pela Pfizer e sua concorrente Moderna para atacar a cepa covid-19 original e a subvariante anterior BA.1 da ômicron.
O parecer do CHMP sobre a "Comirnaty Original/Omicron BA.4-5" será enviado agora a Comissão Europeia para uma decisão final. A análise dos dados confirmou que a vacina "cumpre as normas de qualidade da UE", segundo a EMA.
Os Estados-membros da União Europeia utilizam as mesmas vacinas aprovadas há dois anos contra a cepa original, que oferecem alguma proteção contra a ômicron e suas subvariantes, menos nocivas, porém mais contagiosas. No entanto, o mundo espera vacinas mais específicas e eficazes, temendo uma nova onda neste inverno.
"A estratégia da UE consiste em dispor de uma ampla gama de vacinas adaptadas que se dirigem a diferentes variantes do SARS-CoV-2", explicou a reguladora, "para que os Estados-membros disponham de opções para planejar suas campanhas de vacinação".
Ômicron e suas subvariantes foram dominantes ao longo de 2022, tomando rapidamente o lugar das variantes anteriores Alfa e Delta.
SÃO CARLOS/SP - O internauta Raphael Fernandes nos enviou um vídeo (abaixo), reclamando do tempo de espera na UPA do Santa Felícia nesta terça-feira,13.
Segundo ele, pacientes sentados no chão esperando desde às 09h da manhã e ainda ele se informou por na unidade de que teria apenas um médico atendendo toda a população.
“Ivan Lucas, eu estou com conjuntivite e passei na triagem, faz tempo e não me chamam, teve pessoas que passaram na minha frente, mas tem um moço que sofreu acidente de moto (vídeo), e está ali desde manhã e sentado no chão” desabafou Raphael.
Entra gestão sai gestão, entra secretário sai secretário e a saúde de São Carlos é a mesma, quando é que o povo vai parar de sofrer?
Situações como essa não indigna somente o paciente, mas este jornalista que vos escreve!
SÃO CARLOS/SP - Um bebê de apenas 4 meses e 4 dias morreu na UPA da Vila Prado, na manhã de desta terça-feira, 13.
De acordo com informações, a família levou o bebê até a unidade de saúde, pois a criança estava engasgada com o próprio vômito. Os funcionários da UPA fizeram praticamente o impossível para reverter o quadro, mas infelizmente Pamela Regina da Rocha Oliveira Andrade, de apenas 4 meses não resistiu e morreu.
O caso foi registra na Central de Polícia Judiciária de São Carlos.
SÃO CARLOS/SP - O São Carlos no Toque e a Rádio Sanca fomos procurados no último dia 24 de agosto, para mostrar a situação que os médicos que trabalham para rede municipal de saúde de forma terceirizada pela OMESC (Organização Social de Medicina e Educação de São Carlos), não tinham recebido os salários referentes aos meses de Junho, Julho e Agosto. Nós mostramos e as promessas foram de que os salários seriam pagos com datas preestabelecidas, porém as datas estão sendo postergadas.
Insatisfeitos mais uma vez, pois precisam receber e honrar com seus compromissos, “o problema que a OMESC diz que a prefeitura não pagou e a prefeitura diz que já pagou, então não sabemos em quem acreditar” afirmou um médico.
Uma nota foi divulgada à imprensa e nela afirma que nesta terça-feira, 13 vai ocorrer a paralização dos médicos contratados pela OMESC, que atua nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de Saúde da Família (USFs).
Os médicos só voltarão a trabalhar se o pagamento for de forma integral dos valores devidos e ainda pedem respeito da empresa contratante e da Prefeitura Municipal.
A NOTA
“Nota à imprensa sobre a paralisação dos médicos em 13 de setembro. Em nome da classe médica terceirizada, prestadores de serviço para as Unidades Básicas de Saúde da cidade de São Carlos/SP, em respeito à população residente da mesma, viemos por meio desta comunicar a paralisação das atividades médicas nas UBS/PSF a partir do dia 13 de setembro de 2022 devido à falta de pagamento referente aos meses de Julho e Agosto. Reiteramos que os serviços só voltarão a serem prestados mediante pagamento integral dos valores devidos.
Pedimos compreensão da população e respeito das empresas contratantes com o trabalho prestado - Prefeitura Municipal de São Carlos e OMESC".
SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Saúde, por meio dos departamentos de Vigilância em Saúde e de Gestão do Cuidado Ambulatorial, informa que neste sábado (10), na Praça do Mercado Municipal (Praça Maria Aparecida Resitano), das 9h às 14h, será realizado um plantão de vacinação especial para atender adultos e crianças que ainda não receberam a imunização contra a COVID-19 e também crianças que precisam receber as gotinhas da vacina contra a Poliomielite.
A ação está sendo realizada para melhorar os índices de vacinação que mesmo com a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação 2022 que teve início em 8 de agosto e que termina na sexta-feira, 09, continuam baixos, principalmente, com relação a vacinação contra a pólio.
O esquema de vacinação contra a poliomielite inclui as três primeiras doses aos dois, quatro e seis meses, por injeção. E depois as doses de reforço em gotinhas para crianças de 1 ano a menores de 5 anos.
A paralisia infantil está erradicada há quase 30 anos no Brasil, mas para manter as crianças livres da doença é preciso atingir a meta de vacinação, que é de 95%.
Em 2019 a Organização Mundial da Saúde já colocava como uma das dez ameaças à saúde global, a hesitação vacinal. Umas das principais causas é a complacência. A falsa sensação de segurança para doenças que as pessoas nunca viram, não conhecem e acham que não precisam vacinar seus filhos e se vacinar. Pólio é um exemplo.
O Brasil não tem relatos de infecções desde 1989 e é considerado livre de circulação do poliovírus desde 1994, segundo certificação da OMS. Mas o vírus ainda circula no planeta e o risco é real.
Todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) e as Unidades de Saúde da Família (USF’s) de São Carlos realizam a vacinação contra a COVID-19, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.
BRASÍLIA/DF - Nesta semana, o Ministério da Saúde anunciou que vai prorrogar a campanha de vacinação contra a poliomielite até o dia 30 de setembro. A medida, segundo a pasta, visa aumentar a cobertura vacinal e a adesão da população à vacinação. Até a última terça-feira (6), o ministério computava que, durante a campanha, apenas 35% das crianças na faixa etária entre 1 e 5 anos de idade haviam sido imunizadas contra a poliomielite. A meta da campanha é alcançar uma cobertura igual ou maior que 95% neste público.
A baixa cobertura vacinal observada no Brasil contra a doença nos últimos anos tem preocupado especialistas, que alertam que esse cenário pode provocar a reintrodução do vírus no país. “Aqui no país, nós temos um risco de reintrodução [do vírus] com esse cenário de baixa cobertura vacinal”, falou Caroline Gava, assessora técnica do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Programa Nacional de Imunizações.
“As últimas campanhas exclusivas [para a pólio] foram em 2018 e em 2020, onde já não alcançamos boas metas de cobertura vacinal. E hoje ela está muito aquém do que a gente desejaria”, acrescentou ela. Caroline palestrou hoje (8) em uma mesa que discutiu a situação da poliomielite no Brasil durante a XXIV Jornada Nacional de Imunizações (SBIm 2022), evento que acontece até sábado (10) no Centro de Convenções Frei Caneca, na capital paulista.
A poliomielite, que causa paralisia infantil e pode ser fatal, chegou a ser uma das doenças mais temidas no mundo. Mas, com a vacinação, o Brasil deixou de apresentar casos da doença desde 1989, tendo recebido, em 1994, um certificado de eliminação da doença. No entanto, com a baixa cobertura vacinal e problemas relacionados à vigilância epidemiológica e condições sociais, o Brasil voltou a figurar como um país de grande potencial para a volta da doença.
“Em uma avaliação de risco feito nas Américas e no Caribe pela Opas [Organização Pan-Americana de Saúde], considerando variáveis como cobertura vacinal, vigilância epidemiológica e outros determinantes de saúde, o Brasil aparece em segundo lugar, como de altíssimo risco para a reintrodução da pólio, só antecedido pelo Haiti”, disse a infectologista Luiza Helena Falleiros Arlant, que também participou da mesa, mas à distância. Luiza Helena integra o Núcleo Assessor Permanente da Sociedade Latinoamericana de Infectologia Pediátrica (Slipe).
Durante sua palestra, Caroline apresentou um mapa do Brasil quase inteiramente pintado de vermelho. A cor vermelha indica o alto risco dos municípios do país para a reintrodução do vírus, levando em consideração não somente a cobertura vacinal, como também a vigilância epidemiológica e indicadores sociodemográficos. Nessa situação, encontravam-se 58,9% dos municípios brasileiros. O mapa, com dados referentes a 2021, apresenta três variações de cores além do vermelho: o laranja representa risco alto (situação de 25,6% dos municípios); o amarelo, risco médio (13,5%); e o verde, risco baixo (1,8%).
“Esse é um mapa que assusta. É um mapa da nossa realidade em relação ao risco para a poliomielite no país. Temos 84% dos municípios do país que registram risco alto ou risco muito alto para a reintrodução da pólio. Apenas 100 municípios, ao final de 2021, apresentaram risco baixo”, explicou Caroline.
A infectologista Luiza Helena também destacou a cor do mapa. “Nosso país está praticamente todo em vermelho, um vermelho muito intenso, com muito poucos lugares com risco médio. Não é a toa que vemos uma cobertura vacinal que, em 2021, não chegou a 70% no Brasil como um todo. O estado que se saiu melhor foi Santa Catarina, com 83%, mas longe de alcançar o proposto que é de 95% de cobertura vacinal. E há cifras de muita preocupação, como de apenas 44% no Amapá. Isso tudo é muito preocupante”, acrescentou ela.
Desde 2015, quando conseguiu obter uma cobertura vacinal de 98,3%, o Brasil não alcança mais a meta de vacinação para a doença [estabelecida em 95%]. Em 2020, ela somou apenas 76,2%. E, no ano passado, 69,9%.
Lembrando que, com o sarampo, a história não foi diferente. O Brasil chegou a receber o certificado de eliminação do sarampo em 2016. Mas em 2019, também com queda vacinal para a doença, o país perdeu esse reconhecimento após não conseguir controlar um surto, que se espalhou por diversos estados.
A poliomielite ou pólio é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, chamado poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas e provocar ou não paralisia. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos. A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus.
A doença não tem cura. “A poliomielite provoca uma paralisia irreversível nos membros inferiores. E quando grave, ela pode provocar também uma paralisia dos músculos respiratórios. Temos uma taxa de letalidade, que é a morte pela doença, bastante alta”, disse Caroline, em entrevista à Agência Brasil.
A única forma de prevenção possível para a doença é a vacinação. “Os pais devem sempre deve estar olhando a caderneta de vacinação [dos filhos], que é assinalada, indicando quando ele deve retornar à unidade de saúde”, falou Caroline. “Lembrando que a vacina pode ser dada em qualquer sala [do país], não precisa ser na sua unidade de referência. Então, se eu estiver viajando, mas estiver na hora ou no dia da vacinação, com a documentação da criança eu conseguirei vaciná-la em qualquer unidade de saúde. E se eu atrasei ou se eu perdi a data, posso voltar a qualquer momento na unidade de saúde para executar essa vacinação e deixar o calendário vacinal da minha criança em dia”, disse ela.
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