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SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável apresenta neste sábado (19/10), a partir das 10h15, no CEMEI Prof. Vicente de Paulo Rocha Keppe, localizado na Rua Miguel Pucci, nº 50, no Bairro Santa Felícia, a peça teatral “Brincadeira de fogo é fogo!”, um espetáculo de palhaçaria que visa conscientizar e prevenir incêndios florestais e urbanos. A iniciativa utiliza arte e cultura como ferramentas para sensibilizar crianças e adultos sobre os impactos dos incêndios na vida urbana e florestal. De maneira lúdica e divertida, a Trupe Topatú apresenta personagens como Prometeu, Xangô e a Lenda do Boitatá. O evento é público para todas as idades e gratuito.

A peça adverte os perigos de práticas como acender fogueiras, queimar lixo, jogar bitucas de cigarro e soltar balões, reforçando que com fogo não se brinca. Essa atividade de educação ambiental é um esforço para somar ações ao Projeto Operação Corta Fogo de São Carlos que é coordenado pela Promotoria de Justiça de São Carlos (Ministério Público Estadual) e conta com a participação de diversas entidades, instituições e órgãos governamentais, dentre os quais estão a Prefeitura de São Carlos (diversas secretarias), Corpo de Bombeiros, Defesa Civil,  Polícia Militar Ambiental, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), Polícia Civil, Polícia Científica, EMBRAPA, UFSCar, ABAG-RP, Diretoria Regional de Ensino de São Carlos e Concessionárias de rodovias.

O secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Júnior Zanquim, destaca que o projeto foi realizado em diversos locais durante o segundo semestre desse ano e convida todos para prestigiar a última apresentação desse ciclo no sábado. “Essa é mais uma ação do Departamento de Educação da Secretaria do Meio Ambiente, que está alinhada com as ações da Promotoria de Justiça para o combate às queimadas”.

Está é a décima apresentação da trupe, os espetáculos começaram no dia 04/08 na Praça XV, escolas estaduais e municipais também foram palcos para as apresentações.

BRASÍLIA/DF - O Ministério da Educação (MEC) anunciou, nesta terça-feira (15), que ofertará 1,25 milhão de vagas para curso de educação especial na perspectiva da educação inclusiva para formação de professores.

A partir da próxima segunda-feira (21), os docentes interessados poderão fazer a inscrição para as primeiras 250 mil vagas diretamente nos sites das 50 instituições de ensino superior que já aderiram ao curso. A lista das entidades ainda será divulgada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fundação que faz parte do MEC.

O curso online é voltado a educadores que atuam em sala de aula de educação básica, que engloba a educação infantil, o ensino fundamental de nove anos e o ensino médio para o aprimoramento do trabalho pedagógico nas escolas.

Ao fim do curso, o objetivo é que os educadores desenvolvam trabalhos pedagógicos para a melhoria da educação especial na perspectiva inclusiva para atender às necessidades educacionais especiais de alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.

O Censo Escolar 2023 aponta que 1,5 milhão de alunos da educação especial estavam matriculados em classes comuns na educação básica da rede pública.

 

Formação

O início das aulas do curso de educação inclusiva está previsto para março de 2025 e a formação terá carga horária total de 120 horas.

A Universidade Aberta do Brasil (UAB), do Ministério da Educação (MEC), será responsável pelo curso, em parceria com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e a Universidade Federal de Goiás (UFG).

Após a inscrição no site de uma das 50 instituições de ensino superior participantes, o curso será ofertado na modalidade à distância do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A plataforma de ensino virtual tem o objetivo de expandir e interiorizar a oferta de cursos no país.

A formação elaborada por especialistas será composta por quatro módulos:

  • ·  direitos humanos, diversidade e educação inclusiva;
  • ·  desenvolvimento humano, ensino e aprendizagem na perspectiva da educação inclusiva;
  • ·  currículo, tecnologias e práticas pedagógicas inclusivas;
  • ·  e práticas, recursos e materiais pedagógicos inclusivos na escola.

 

De acordo com o MEC, cada módulo terá leitura de material didático, atividades interativas mediadas pelos tutores, casos de ensino, relato de experiências com observação e reflexão sobre as estratégias usadas.

As avaliações dos participantes do curso observarão o desempenho na elaboração de textos, recursos e projetos.

 

 

DANIELLA ALMEIDA - REPÓRTER DA AGÊNCIA BRASIL

SÃO CARLOS/SP - A UFSCar foi contemplada com 34 novos Núcleos de Iniciação à Docência (NID) e 955 bolsas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), com vigência entre 2024 e 2026. Desde 2009, por meio do PIBID, a UFSCar estabelece parceria colaborativa com escolas de Educação Básica, em um trabalho de corresponsabilidade entre a Universidade e as redes de ensino, para a formação de novos professores.

"A imersão dos licenciandos no cotidiano das escolas, sob orientação de docentes da Universidade e de professores da Educação Básica, ocorre em um trabalho colaborativo de articulação entre teorias e práticas, com ênfase no desenvolvimento de pesquisas e práticas docentes contextualizadas que buscam problematizar aspectos culturais, metodológicos, políticos, éticos e sociais relacionados a saberes e conteúdos disciplinares e interdisciplinares", descreve Isadora Gregolin, professora do Departamento de Metodologia de Ensino (DME) e Coordenadora Institucional do PIBID-UFSCar. De acordo com ela, os estudantes de licenciatura participam de discussões teóricas, de pesquisas e do planejamento, implementação e avaliação de atividades didáticas, de forma contextualizada e articulada com a formação continuada dos professores envolvidos.

A UFSCar submeteu propostas para concorrer a todos os editais que a Capes lançou do PIBID desde 2009, sempre obtendo a aprovação de seus projetos. Nos últimos editais, todos os cursos de licenciatura dos campi de Araras, São Carlos e Sorocaba foram contemplados com bolsas de iniciação à docência e, para o edital vigente de 2024 a 2026, houve um aumento significativo no número de licenciandos bolsistas. A Universidade passou de aproximadamente 600 bolsas (2022-2024) para 955 bolsistas do PIBID (816 bolsas para estudantes; 102 bolsas para supervisores-professores de escolas públicas e 37 bolsas para coordenadores da UFSCar).

Gregolin conta que a concepção e escrita do atual projeto institucional do PIBID-UFSCar envolveu um grupo interdisciplinar de 50 docentes de cursos de licenciatura da Universidade, "o que certamente contribuiu para a elaboração de uma proposta robusta e bastante alinhada com concepções contemporâneas sobre a formação de professores", afirma ela. A maioria do grupo de docentes possui experiências anteriores na coordenação de área do PIBID ou do Programa Residência Pedagógica (extinto em 2024 pela Capes), o que também possibilitou incorporar discussões resultantes de projetos anteriormente implementados.

O atual projeto intitula-se "Parceria colaborativa na formação de professores/as para inclusão, equidade e diversidade: pesquisas e práticas docentes contextualizadas" e busca reafirmar o compromisso ético e social da docência para a garantia de inclusão, equidade e diversidade na educação. "Nesse sentido, o projeto da UFSCar desenvolverá ações formativas que valorizem as escolas como espaços de formação de professores e produção de conhecimentos, na perspectiva da indissociabilidade entre teorias e práticas, para a formação de profissionais éticos, críticos e comprometidos com a aprendizagem de estudantes", aponta a Coordenadora.

"O PIBID-UFSCar seguirá fortalecendo os cursos de Licenciatura, aproximando ainda mais a universidade e as escolas, em parcerias que são estratégicas para o sucesso das instituições e das pessoas que as constroem diariamente através de seu trabalho e seus estudos", conclui Daniel Leiva, Pró-Reitor de Graduação da UFSCar.

SÃO CARLOS/SP - Nos dias 18 de outubro e 22 de novembro, das 8h30 ao meio dia, serão realizadas oficinas do projeto de extensão "Graduação 10: Interprofissionalidade para uma nova formação", que tem como objetivo promover espaços críticos para incorporação da prática da interprofissionalidade nas ações formativas.

As atividades são voltadas a estudantes, docentes, técnico-administrativos, preceptores e demais parceiros intersetoriais da UFSCar e ocorrerão no Núcleo de Formação de Professores, na área Norte do Campus São Carlos. As inscrições devem ser realizadas neste formulário online.

A iniciativa é de um Grupo de Trabalho composto por membros do programa institucional "Educação Interprofissional e Prática Colaborativa da UFSCar - EIPC", vinculado à Pró-Reitoria de Graduação (ProGrad), do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), do Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH) e do Centro de Ciências Exatas de de Tecnologia (CCET).

Entrega aconteceu durante o Brazilian Meeting on Organic Synthesis (BMOS), realizado no final de setembro

 

SÃO CARLOS/SP - A professora Arlene G. Corrêa, do Departamento de Química (DQ) da UFSCar, recebeu o prêmio do Brazilian Meeting on Organic Synthesis (BMOS) por sua contribuição na área de Síntese Orgânica e no próprio BMOS. A entrega ocorreu durante o 19th BMOS, realizado entre 23 e 27 de setembro, em Bento Gonçalves (RS).

O prêmio BMOS é concedido a pesquisadores que tiveram uma contribuição significativa para o desenvolvimento da química orgânica sintética no Brasil. A escolha é feita por uma comissão, composta pelos últimos secretários gerais das três últimas edições do BMOS, tendo como critério a carreira científica do pesquisador ou da pesquisadora.

"Para mim foi uma grande honra receber essa premiação, pois é o reconhecimento do trabalho de toda a minha vida profissional. Para a UFSCar, comprova a importância e relevância das pesquisas que são realizadas no Departamento de Química (DQ), visando o desenvolvimento científico e tecnológico do país", afirmou a pesquisadora.

Arlene possui graduação, mestrado e doutorado em Química, todos pela UFSCar. Fez doutorado-sanduiche na Université Joseph Fourier de Grenoble, França; e pós-doutorado na Stanford University, CA-EUA. Atualmente, é professora titular do Departamento de Química. Tem experiência na área de Síntese Orgânica, atuando principalmente nos seguintes temas: síntese de produtos naturais bioativos, química combinatória, química verde e ecologia química. É filiada à Sociedade Brasileira de Química (SBQ) e American Chemical Society (ACS) e é fellow da Royal Society of Chemistry (RSC). Coordena o Centre of Excellence for Research in Sustainable Chemistry (CERSusChem) e o Sub-Projeto Materiais em Processos e Produtos Sustentáveis da Unidade Embrapii-UFSCar de Materiais Avançados.

Artigo traz definição de queda, fatores de risco, por que falamos tanto dela em pessoas idosas e ações para preveni-la

 

SÃO CARLOS/SP - As quedas em pessoas idosas são um problema sério, que afeta a saúde e a qualidade de vida desta população. Os números são alarmantes: cerca de 30 a 40% das pessoas idosas sofrem ao menos uma queda por ano. Além disso, indivíduos que sofreram uma queda apresentam de 60 a 70% risco de cair novamente. Mas quais são os fatores de risco e como prevenir esses eventos tão comuns?

Este foi o tema do artigo mensal da coluna "EnvelheCiência", de autoria de Juliana Hotta Ansai, docente no Departamento de Gerontologia (DGero) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A iniciativa, idealizada por Marcia Regina Cominetti, também docente no DGero, é uma parceria com o Instituto da Cultura Científica (ICC) da Instituição.

O intuito é divulgar informações - baseadas em evidências científicas - sobre o processo de envelhecimento, tornando assim o conhecimento e as descobertas importantes da área disponíveis para um público mais amplo.

Na publicação de outubro - "Quais as consequências das quedas para as pessoas idosas?", Ansai esclarece a definição de queda e possíveis ações para preveni-la - algo considerado, inclusive, um assunto de saúde pública, alertando para a importância da implementação de políticas em prol do bem-estar e da redução de fatores de risco.

O artigo está disponível para leitura no site do ICC (bit.ly/envelheciencia-quedas).

Mais informações sobre o projeto EnvelheCiência estão disponíveis em https://www.icc.ufscar.br/pt-br/projetos/sementes-da-cultura-cientifica/coluna-envelheciencia.

Atividade é realizada pela parceria entre o Hospital Universitário e a Unidade Embrapii-UFSCar

 

SÃO CARLOS/SP - No próximo dia 15 de outubro, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) sedia o Workshop de Inovações Tecnológicas na área da Saúde, uma parceria entre o Hospital Universitário (HU) da UFSCar e a unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) UFSCar-Materiais. O evento será realizado das 9h30 às 18 horas, em formato presencial, no auditório do edifício Sérgio Mascarenhas, na área Norte do Campus São Carlos da UFSCar. A atividade é gratuita e aberta a gestores, profissionais de saúde, empresários, pesquisadores, estudantes, docentes e demais interessados pela temática.

O principal objetivo do Workshop é fomentar o desenvolvimento de parcerias no campo da inovação em saúde envolvendo a Embrapii e Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh/MEC) e promovendo o desenvolvimento interdisciplinar em saúde.

Programação

O evento terá palestras e mesas-redondas para apresentação de diferentes aspectos da temática central do Workshop, além de espaço para compartilhamento de experiências e casos entre os palestrantes e os participantes.

A abertura das atividades será às 9h30h. Em seguida, às 10h30, a palestra "Fomento para o setor da saúde - conheça o modelo Embrapii" será apresentada por Fábio Cavalcante, coordenador de Relações com o Mercado, da Embrapii. Às 11h, o tema será "A pesquisa e a inovação tecnológica em saúde na rede Ebserh", conduzido por Felipe Roitberg, coordenador de Gestão da Pesquisa e Inovação Tecnológica em Saúde, da Ebserh. Para encerrar as atividades da manhã, às 11h30, Thiago Russo, gerente de Ensino e Pesquisa do HU, fala sobre "O HU-UFSCar e a pesquisa clínica".

Na parte da tarde, a programação tem início às 14h, com a mesa-redonda "Produtos para a saúde - inovação em saúde para melhoria dos cuidados". O tema será mediado por Thiago Russo e terá a participação de Andrea Guará, da empresa Wama Diagnóstica; Gustavo Vallo, da Manish; e Ronaldo Censi Faria, docente do Departamento de Química (DQ) da UFSCar.

A segunda mesa-redonda começa às 16 horas, com o tema "Dificuldades e oportunidades na fabricação de insumos farmacêuticos no Brasil". O debate será mediado por Arlene Corrêa, docente do DQ, e terá a participação de Glaucius Oliva, professor do Instituto de Física da USP-São Carlos; Jardel Alves Moreira, da Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A; e Norberto Peporine Lopes, coordenador do Polo de Ribeirão Preto do INOVA-USP.

A programação completa do evento pode ser acessada no Instagram da Embrapii-UFSCar (@embrapii_ufscar_materiais) e as inscrições devem ser feitas por este formulário (https://bit.ly/3zEUmOR).

Debate recebeu pesquisadores, estudantes e professores para falar sobre a formação docente na universidade para o futuro

 

SÃO CARLOS/SP - Recentemente, o Instituto de Estudos Avançados e Estratégicos (IEAE) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) realizou a 4ª conferência do ciclo "Universidade para o futuro" com o tema "O futuro da universidade: políticas e pesquisas na formação de professores". O evento recebeu pesquisadores, docentes, estudantes e representantes de diferentes setores da UFSCar para o debate sobre a importância do papel do professor para a sociedade, os desafios na formação docente, além de um resgaste histórico de pesquisas realizadas dentro desse contexto. 

O tema foi apresentado por Maria da Graça Nicoletti Mizukami, professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie e professora aposentada do Departamento de Metodologia de Ensino da UFSCar, e por Patrícia Albieri Almeida, pesquisadora da Fundação Carlos Chagas. A curadoria desta quarta edição do ciclo foi das professoras Rosa Maria Moraes Anunciato, do Departamento de Teoria e Práticas Pedagógicas (DTPP), e Aline Reali, docente sênior do DTPP e do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSCar.

Para Patricia Almeida "falar de formação docente é um problema social diante dos problemas que temos na educação. O professor é parte fundamental nesse processo, assim como sua formação. Isso é de responsabilidade da universidade". Ela reflete que a formação de professores sofre impactos com a descontinuidade de políticas públicas, contradição e algumas limitações, como a falta de recursos e a sequência constante de reformas propostas por cada representante político, gerando, ao mesmo tempo, avanços e retrocessos, tensões e desafios. "As universidades têm papel importante para que as políticas públicas de formação docente sejam fruto de debates,reflexões e pautas de discussão e posicionamento crítico", reforça a pesquisadora da Fundação Carlos Chagas.

Com 50 anos de pesquisa sobre o fazer docente e o desenvolvimento profissional da categoria, Maria da Graça Mizukami aponta que a "a docência é uma profissão, assim com as demais, e envolve vários aspectos que abarcam o conhecimento técnico apropriado nas universidades e o conhecimento produzido pelo próprio professor, conforme suas vivências, experiências e processos individuais de construção do conhecimento", relata a visitante. No campo da pesquisa em docência, Mizukami considera que há uma série de avanços do ponto de vista metodológico, incluindo pesquisa-intervenção e planejamento aberto de estudos. "A pesquisa individual está muito comprometida, principalmente pelo caráter interdisciplinar. Em relação aos dados, a tecnologia trouxe vantagens como, por exemplo, a linha do tempo do aluno e do professor a partir dos sistemas de Educação a Distância (EaD)", avalia Mizukami, que participou do projeto do IEAE-UFSCar, em 2015, na elaboração das ideias iniciais do Instituto.

Em relação à EaD, Patricia Almeida destaca que dados do Censo da Educação Superior de 2021 indicam um aumento de 123% nas matrículas na modalidade a distância e a queda de 30% nas matrículas nos cursos de licenciatura presenciais. "Ainda não se sabe muito sobre a formação a distância e há uma mudança no perfil das pessoas que buscam os cursos de licenciatura, comprovado pelos dados do Censo: maioria está na escola pública; primeira geração da família a ter acesso ao Ensino Superior; 51% são pessoas negras; e 61,2% têm renda familiar de até três salários mínimos", apresenta a palestrante. "O problema é que essas pessoas não tiveram uma educação básica de qualidade e vão para a formação superior a distância, ainda com lacunas. E elas, provavelmente, vão ingressar na educação pública. Nesse ponto, se reforça o contexto da universidade que recebe o aluno com lacunas no ensino básico. É preciso refletir sobre isso", complementa Almeida.

No entanto, a representante da Fundação Carlos Chagas reconhece que as redes públicas também têm condições, por vezes, precárias, mas defende que "tem muita coisa boa acontecendo nas licenciaturas pelo país. Há boas experiências formativas acontecendo no Brasil e precisamos reconhecer que os professores das universidades públicas, formando professores, têm se esforçado nesse cenário", conclui.

Adilson de Oliveira, diretor do IEAE-UFSCar destacou a importância do evento para criar novos conhecimentos e avançar na visão sobre a formação docente e reforçou o espaço que o Instituto oferece para pesquisadores, professores e estudantes interessados em compor um Grupo de Trabalho Temático dedicado ao tema.Maria de Jesus Dutra dos Reis, vice-reitora da UFSCar, também participou do evento e valorizou o papel do professor e a importância do evento. "[Professores] são importantes para ensinar e refletir a educação, são pessoas que ensinam pessoas e as tornam críticas diante da sociedade. Discutir essas temáticas nos apoiam a elaborar políticas e reflexões sobre a universidade", refletiu.

A conferência foi transmitida ao vivo e a íntegra está disponível no canal UFSCar Oficial no YouTube (https://bit.ly/3BANFOp/).

Parceria entre UFSCar, Unicamp e startup vai mapear a microbiota axilar e propor uso de produto natural

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa realizada pela parceria entre a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a Unicamp e a startup "Chic é ter saúde", desenvolve uma pesquisa na área de Biotecnologia para tratar a bromidrose, condição caracterizada pelo mau odor axilar. O projeto propõe o mapeamento da microbiota axilar e uso de produto natural para combater o problema, visto que os métodos atuais para tratar a bromidrose utilizam produtos agressivos à pele e que nem sempre resolvem o problema. O grupo convida voluntários para análise e testes gratuitos.

A pesquisa tem participação dos professores da UFSCar Maristela Adler, do Departamento de Medicina, e Anderson Ferreira da Cunha, do Departamento de Genética e Evolução, e está sendo realizada por Carla Peres de Paula, mestre e doutora em Biotecnologia pela UFSCar e pesquisadora da startup "Chic é ter saúde". O projeto tem financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapesp), por meio do programa de Pesquisa Inovativas em Pequenas Empresas (PIPE).

A bromidrose é uma condição que afeta, ao menos, 3% dos brasileiros e se configura como uma sudorese corporal acompanhada de suor desagradável, que, embora não seja grave, causa desagrado e prejuízo à qualidade de vida dos indivíduos. As causas da bromidrose são várias e podem ser de origem genética, maus hábitos de higiene, alimentação ou outras condições de saúde adjacentes. O diagnóstico dessa condição é difícil e, de acordo com os pesquisadores, a incidência do problema pode ser subestimada.

O objetivo geral da pesquisa é o desenvolvimento e teste de um produto natural para o tratamento de bromidrose e um serviço diagnóstico para essa condição a partir da análise da microbiota axilar. "A principal diferença entre o tratamento proposto e o atual é que ele atuaria para rebalancear a microbiota de forma natural e não abrasiva para a pele, diferente dos tratamentos atuais que são mais agressivos, e que podem gerar alergias e sensibilidades", explica Carla de Paula.

O estudo fará o mapeamento da microbiota axilar para elaborar um laudo que será a base para o diagnóstico molecular de bromidrose, e servirá como ferramenta chave para aconselhamento e tratamento personalizado e mais assertivo do consumidor brasileiro. Paralelamente, o estudo fará um teste de produto probiótico cuja finalidade é reestabelecer a microbiota da axila a partir de um método de tratamento/controle, baseado em um produto natural, que não prejudica a pele e não é invasivo. A expectativa é que o estudo possa contribuir para a elaboração de "um novo produto, mais natural, que auxilie pessoas do Brasil e do mundo afetadas pela bromidrose, e que não obtiveram melhora com os tratamentos atualmente disponíveis", expõe a pesquisadora.

Voluntários

Para realizar a pesquisa, são convidados 40 voluntários, entre 20 e 40 anos de idade - sendo 20 saudáveis e 20 com bromidrose - para participar do estudo. Os participantes devem preencher este formulário online (https://bit.ly/4ex2sIj) e as pessoas que se enquadrarem nos parâmetros necessários passarão em consulta na USE, com a professora Maristela Adler, que é dermatologista. A partir disso, os participantes farão a coleta do material axilar e utilizarão o produto probiótico durante 1 mês. A segunda etapa da pesquisa consiste em uma nova consulta e coleta, após um mês, para fins de comparação.

As pessoas interessadas em participar do estudo devem preencher o formulário até o dia 10 de novembro. Mais informações pelo telefone/whatsapp (16) 99383-4661. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da (UFSCar (CAAE: 28266620.8.0000.5504).

Pesquisadores da UFSCar e da USP apresentam diferentes aspectos sobre os temas em atividade aberta ao público

 

SÃO CARLOS/SP - Para encerrar a primeira edição do evento "Diálogos Avançados", com o tema "s Ciências diante do Antropoceno", duas mesas debatem a relação entre as formas de vida e as diversas fontes de energia e as profundas transformações ambientais e sociais geradas pela expansão urbana em escala global. As atividades serão no dia 17/10, com início às 14 horas, no Anfiteatro Jorge Caron, no Campus 1 da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, e são abertas a todo o público. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site dialogos-avancados.org. Haverá transmissão pelos canais UFSCar Oficial e Polo São Carlos do IEA-USP no YouTube.

Sonia Maria Barros de Oliveira, docente do Instituto de Geociências da USP, e Ernesto Pereira, professor do Departamento de Química da UFSCar, apresentam a mesa "Vida e energia", às 14 horas. A ideia é refletir sobre como a exploração e o consumo de energia, desde os combustíveis fósseis até às energias renováveis, impactam diretamente os ecossistemas e a vida em todas as suas formas. Sonia de Oliveira expõe que o uso de materiais e de energia pela humanidade tem crescido continuamente, mas o ritmo desse aumento, principalmente nos últimos 50 anos, tem sido menor do que o ritmo do crescimento econômico. "Isso é resultado de um aumento de eficiência no uso dos recursos, o que configura um ‘desacoplamento relativo’ entre a extração de energia/materiais e a geração de riqueza. Esses ganhos de eficiência, no entanto, não se traduzem em redução no uso dos recursos, cuja expansão tem como efeito o comprometimento de serviços ecossistêmicos essenciais como a estabilidade climática, a disponibilidade de água e ar limpos e  preservação da biodiversidade", destaca.

Nesse contexto, Ernesto Pereira, da UFSCar, avalia que é preciso "melhorar significativamente as tecnologias para diminuir os desperdícios, mudar a tecnologia onde houver muitos resíduos gerados (gases de efeito estufa e materiais radioativos) e minimizar o impacto ambiental. É possível melhorar os processos, especialmente se os modelos de produção e modelos de negócio forem substituídos por modelos que contemplem a eficiência, a baixa emissão de resíduos com o propósito maior de melhorar a vida das pessoas".

A mesa "Urbanização planetária: ecologias e desigualdades" será conduzida por Marcel Fantin, docente do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP, e por Maria Aparecida de Moraes Silva, professora do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFSCar. A atividade será às 16h15 e discutirá as profundas transformações ambientais e sociais geradas pela expansão urbana, especialmente no contexto do Antropoceno. Marcel Fantin, da USP, aponta que o crescimento exponencial das cidades e a urbanização global têm exercido uma pressão significativa sobre ecossistemas naturais e as consequências para o planeta incluem o aumento da temperatura global, fenômenos climáticos extremos, e a crescente vulnerabilidade das populações mais pobres, que tendem a ser as mais afetadas pela degradação ambiental. No entanto, o docente acredita que é possível manter a urbanização e o desenvolvimento de forma a respeitar o equilíbrio entre cidades e ecologias, mas alerta que isso exige uma mudança significativa nas políticas urbanas e no planejamento territorial. "Para alcançar uma convivência harmoniosa entre cidades e ecologias, é essencial adotar práticas urbanas mais inclusivas, que priorizem a preservação ambiental, a redução das desigualdades e a participação ativa da sociedade na tomada de decisões", define.

Do ponto de vista das mudanças sociais geradas pela expansão urbana, Maria Moraes, professora da UFSCar, reforça que essas transformações são responsáveis pela expulsão e expropriação de milhões de pessoas, cuja rota é, em geral, as cidades. "Assim, não é possível analisar os espaços urbano e rural como elementos separados, porém, entrelaçados", afirma. Além disso, a docente considera importante "entender os processos sociais que causam a continuidade da extração e fratura dos recursos naturais em favor de grupos econômicos nacionais e internacionais, com a participação do Estado por meio de arranjos sociopolíticos, jurídicos e econômicos".

Diálogos Avançados

Esta primeira edição do evento ocorrerá entre os dias 15 e 17 de outubro, na UFSCar e na USP. Ao longo do três dias, os participantes explorarão temas como mudanças climáticas, perda de biodiversidade, crise dos recursos naturais e as desigualdades socioeconômicas exacerbadas pelo impacto humano. A atividade se configura como um espaço de troca de conhecimentos e experiências, promovendo a integração entre pesquisadores, estudantes e a sociedade em geral. O evento pretende ampliar a compreensão sobre como as ciências podem responder às crises contemporâneas, oferecendo uma plataforma para a construção coletiva de estratégias que possam guiar a humanidade em tempos de mudanças profundas. A programação completa e o acesso às inscrições gratuitas estão no site https://dialogos-avancados.org.

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