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ARGENTINA - O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, anunciou no fim da última segunda-feira, 6, um acordo entre a equipe econômica do governo e representantes dos bancos para uma troca na dívida em pesos. Segundo ele explicou no Twitter, a operação abre espaço nos próximos vencimentos na dívida em pesos, para “garantir um programa que dê estabilidade ao sistema financeiro e tranquilidade aos poupadores”

Massa diz que há um esforço do governo para “ter um perfil de dívida com uma curva ordenada, que nos permita dar previsibilidade aos que confiam na Argentina”. Ele ainda criticou a operação de mudança no perfil da dívida realizada em 2019, sob a presidência do agora opositor Mauricio Macri, que para Massa “gerou uma grande frustração e uma grande dor para a Argentina que ainda hoje estamos padecendo”. Agora, o ministro considera que o novo acordo “desativa a ideia da bomba que alguns querem plantar, retira a incerteza nos vencimentos de 2023 e serve de base para que outros acordos melhorem o nível de acesso ao crédito para todos os cidadãos, o que significa mais investimento na economia”.

Em suas mensagens, Massa ainda defendeu “um sistema financeiro robustecido e previsível e um Estado com uma rota clara que combate a inflação com ordem fiscal, com contas claras e com acumulação de reservas”, para a retomada da confiança.

O anúncio ocorre também em meio a conversas do governo argentino com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Buenos Aires deseja garantir ajustes nas metas traçadas no pacote de ajuda já em andamento do FMI.

 

 

ISTOÉ DINHEIRO

BRASÍLIA/DF - Levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que o rendimento médio mensal das mulheres no mercado de trabalho brasileiro é 21% menor do que o dos homens – R$ 3.305 para elas e R$ 2.909 para eles. Os dados, divulgados na segunda-feira (6), têm como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no terceiro trimestre de 2022.

Mesmo nos setores de atividades em que as mulheres são maioria, em média, elas recebem menos. Nos serviços domésticos, as trabalhadoras ocupam cerca de 91% das vagas, e o salário é 20% mais baixo que o dos homens. Em educação, saúde e serviços sociais, mulheres representam 75% do total e têm rendimentos médios 32% abaixo dos recebidos pelos homens.

No setor de serviços domésticos, as mulheres com menos de um ano de estudo recebem R$ 819; com ensino fundamental incompleto, R$ 972; com ensino fundamental completo, R$ 1.092; com médio incompleto, R$ 926; com médio completo, R$ 1.087; com superior incompleto, R$ 1.120; e com superior completo, R$ 1.257.

No mesmo setor, os homens com menos de um ano de estudo, recebem R$ 1.061; com ensino fundamental incompleto, R$ 1226; com ensino fundamental completo, R$ 1.386; com médio incompleto, R$ 986; com médio completo, R$ 1.470; com superior incompleto, R$ 1.156; e com superior completo, R$ 1.771.

Nas áreas de educação, saúde, e serviços sociais, as mulheres com menos de um ano de estudo recebem R$ 1.565; com ensino fundamental incompleto, R$ 1.333; com fundamental completo, R$ 1.358; com médio incompleto, R$ 1.261; com médio completo, R$ 1.718; com superior incompleto, R$ 1.840; e com superior completo, R$ 4.063.

Com menos de um ano de estudo, os homens que trabalham nessas áreas recebem R$ 1.928; com ensino fundamental incompleto, R$ 1.750; com fundamental completo, R$ 1.551; com médio incompleto, R$ 1.554; com médio completo, R$ 2.076; com superior incompleto, R$ 2.302; e com superior completo, R$ 6.331.

“A desigualdade de gênero no mercado de trabalho reproduz e reafirma esse desequilíbrio já existente em todas as esferas da sociedade, sob a forma do machismo. A partir dos papéis atribuídos a homens e mulheres, negros e negras, desenham-se as desigualdades e as relações de poder, seja econômico, sexual ou político”, destaca a pesquisa do Dieese.

Famílias

O levantamento do Dieese mostra que a maioria dos domicílios no Brasil é chefiada por mulheres: dos 75 milhões de lares, 50,8% (38,1 milhões de famílias) tinham liderança feminina. Já as famílias com chefia masculina somaram 36,9 milhões (49,2%). As mulheres negras lideravam 21,5 milhões de lares (56,5%) e as não negras, 16,6 milhões (43,5%), no terceiro trimestre do ano passado.

Em termos de renda média do trabalho da família, os domicílios de casais com e sem filhos receberam os maiores valores (R$ 4.987 e R$ 4.898, respectivamente). Já as famílias formadas por mulher não negra com filhos têm renda de R$ 3.547; e por mulher negra com filhos, R$ 2.362. Já as famílias de homem não negro com filhos têm renda de R$ 4.860; e de homem negro com filhos, R$ 2.923.

“Os indicadores mostraram o que se vivencia na prática: um contingente de mulheres que ganha menos se insere de forma precária e leva mais tempo em busca de colocação no mercado de trabalho. Esse quadro faz com seja perpetuada a situação de vulnerabilidade não só da mulher chefe de família, mas de todos os familiares, com a transferência de milhares de crianças e jovens da escola para o mercado de trabalho, para que contribuam com a renda da família”, destaca a pesquisa do Dieese.

De acordo com a entidade, para mudar esse cenário será necessário reforçar políticas transversais de igualdade de gênero, garantir igualdade de oportunidades no mercado de trabalho, reduzir a desigualdade econômica e aumentar o número de mulheres em posição de liderança.

“É preciso que o país cresça e gere renda e emprego de qualidade, mas é necessário também enfrentar as desigualdades de gênero, raça e cor, e que as mulheres tenham mais voz na sociedade, via negociação coletiva e políticas públicas.”

 

 

Por Bruno Bocchini – Repórter da Agência Brasil

MUMBAI – A Índia, maior importador mundial de óleos vegetais, está considerando aumentar sua taxa de importação de óleo de palma para ajudar a apoiar os agricultores locais que sofrem com a queda nos preços domésticos da colza, disseram autoridades do governo e da indústria na segunda-feira.

O aumento do imposto sobre o óleo de palma pode elevar os preços locais, tornando o óleo tropical um pouco menos competitivo do que os rivais óleo de soja e girassol.

“Propusemos um aumento no imposto de importação do óleo de palma para apoiar os preços da colza”, disse um funcionário do governo, que não quis ser identificado.

“O fornecimento de colza da nova temporada está pressionando os preços, que caíram abaixo do MSP (preço mínimo de suporte)”, disse a fonte, referindo-se à taxa estabelecida pelo governo que funciona como uma referência para o mercado doméstico.

Se os preços das commodities caírem abaixo dos MSPs, o governo geralmente tenta ajudar a aumentar as taxas para proteger os agricultores.

Nos mercados à vista, os preços da colza estavam em torno de 5.000 rúpias indianas (61,21 dólares) por 100 kg, abaixo do preço fixado pelo governo de 5.450 rúpias por 100 kg.

Agricultores indianos plantam colza, a principal oleaginosa semeada no inverno, em outubro e novembro, com colheitas a partir de março. Os preços mais altos encorajaram os agricultores a expandir a área plantada com colza.

Depois de abolir o imposto básico de importação de óleo de palma bruto (CPO) no ano passado, a Índia continua com um imposto de 5,5% sobre as remessas de CPO. O país também cobra um imposto de importação de 12,5% sobre o óleo de palma refinado, branqueado e desodorizado.

“Como os preços mundiais caíram, a Índia está tentando aumentar o imposto”, disse a fonte. “A inflação geral dos alimentos pode ser uma preocupação para o governo, mas os preços dos óleos vegetais caíram.”

Os preços mais baixos da colza prejudicaram os agricultores do estado de Rajasthan, no oeste da Índia, e o governo gostaria de proteger os produtores antes das eleições estaduais, disseram autoridades comerciais e industriais.

Rajasthan é responsável por mais da metade da produção de colza.

“Há uma proposta para aumentar o imposto e um painel interministerial está estudando isso”, disse a segunda fonte, que também não quis ser identificada citando regras oficiais.

 

 

Por Rajendra Jadhav e Mayank Bhardwaj / REUTERS

ALEMANHA - A Alemanha quase compensou as suas importações totais de gás da Rússia graças ao aumento das importações da Noruega, Países Baixos e Bélgica, tudo isto depois de Moscovo ter cortado o fornecimento de gás no ano passado em relação ao apoio ocidental à Ucrânia.

Entre 2017 e Fevereiro de 2022, a Alemanha importou uma média de 77 terawatts-hora de gás natural por mês, menos as exportações, que foram para cobrir o consumo interno e encher instalações de armazenamento, de acordo com um documento interno da Agência Federal Alemã de Redes, visto pela DPA.

Pelo contrário, as importações líquidas entre Setembro de 2022 e finais de Janeiro de 2023 - ou seja, excluindo as entregas de gás russo - foram em média de 72,7 terawatts horas por mês, próximo do que o país alemão importava antes.

Além disso, a Alemanha recebeu cerca de 4 terawatts-hora de gás natural liquefeito (GNL) em Janeiro através de novos terminais de GNL nas costas alemãs.

Uma média de 26 terawatts horas de gás natural por mês chegou à Alemanha proveniente da Noruega entre 2017 e o final de Fevereiro de 2022, de acordo com o documento. Após os cortes russos, esta quantidade aumentou para 41 terawatts-hora.

Entretanto, as importações líquidas dos Países Baixos aumentaram de 2 para 25 terawatts horas, enquanto que os fluxos de gás da Bélgica aumentaram de cerca de 2 terawatts horas para cerca de 23 terawatts horas por mês em média a partir de Setembro.

Os números mostram também um declínio significativo nas exportações de gás natural alemão, por exemplo para a Suíça.

 

 

Fonte: (EUROPA PRESS)

por Sergio Silva / NEWS 360

Ferramenta de inteligência artificial pode impulsionar, facilitar e resolver questões do dia-a-dia das empresas


SÃO PAULO/SP - Lançado no final de 2022, o ChatGPT (Chat Generative Pre-Trained Transformer) está entre os assuntos mais comentados do momento. Segundo análise do Conselho de Economia Digital e Inovação (CEDI) da FecomercioSP, a ferramenta representa um novo marco no uso de inteligência artificial para as empresas, pois democratiza o acesso à tecnologia – entre nichos e tamanhos dos negócios –, além de ajudar o consumidor, que pode consultá-lo antes de adquirir um produto ou serviço.
 
O ChatGPT possui a versão gratuita (que é mais restrita) e a versão premium (ao custo de US$ 20 mensais). A ferramenta é capaz de responder perguntas, assim como criar textos e resolver questões propostas pelos usuários. Também pode contribuir para resolver tarefas rotineiras da empresa, reduzindo custos, uma vez que não é necessário contratar funcionários especializados. Assim, os colaboradores da empresa poderão ser direcionados para tarefas mais complexas, que exigem habilidades e conhecimentos específicos, aumentando a produtividade do negócio.
 
Além disso, pode ajudar na automação de tarefas repetitivas, como lidar com solicitações e consultas de clientes, produzir relatórios e realizar promoções em mídias sociais, criando materiais de marketing. A ferramenta tem capacidade de processar grandes quantidades de dados, permitindo que as empresas tomem melhores decisões baseadas em insights gerados por meio desses dados, inclusive traçar estratégias focadas na melhora da experiência do cliente. 
 
Ágil na elaboração de respostas, o ChatGPT pode inclusive ajudar no relacionamento com os clientes, ao criar mensagens positivas em datas especiais, por exemplo. Ou ainda, em responder avaliações públicas negativas deixadas por eles. Neste caso, a ferramenta pode criar uma resposta adequada até mesmo para um feedback negativo.
 
Outra vantagem é que o chatbot pode fornecer informações personalizadas, com base nas interações anteriores, tornando a experiência do usuário mais agradável e satisfatória. Também consegue fornecer recomendações de produtos e auxiliar o processo de compra do consumidor. “O cliente pode encontrar determinado produto respondendo algumas perguntas sobre características do que deseja, preço e disponibilidade. Frente ao cenário, o comércio eletrônico tem benefício direto com o uso da ferramenta”, exemplifica Kelly Carvalho, assessora técnica do CEDI.

Ela falou sobre o assunto em entrevista ao jornalista Milton Jung, do programa Mundo Corporativo, da rádio CBN.
 
A inteligência artificial ainda pode ser usada em processos internos das empresas, ajudando o empreendedor a obter uma análise de dados sobre suas vendas, de forma a criar insights para ações futuras de marca ou serviço.

O uso da ferramenta pode trazer diversos benefícios para as empresas, ainda mais se aliado aos demais canais de comunicação, como o atendimento humano quando necessário.  
 
“O ChatGPT pode ser adaptado ao perfil de cada cliente com recomendações e sugestões personalizadas, melhorando a jornada de compra e aumentando as chances de fidelização. Além disso, é capaz de lidar com grandes volumes de atendimento ao cliente, tornando-o uma solução escalável para o crescimento do negócio”, explica Kelly.
 
Para introduzir o ChatGPT no negócio é importante que o empreendedor determine os casos de uso em que a ferramenta pode ser útil para o seu negócio, como atendimento ao cliente, suporte técnico, vendas, entre outros. Se a empresa possui uma equipe de desenvolvimento interna, eles podem ser responsáveis por integrar o ChatGPT em seu site ou aplicativo, já que eles têm conhecimento em linguagens de programação e tecnologias. Se a empresa não possui uma equipe especializada, poderá contratar consultores ou agências de tecnologia para realizar a integração. Agora, se a empresa já utiliza uma plataforma de chatbot terceirizada, pode entrar em contato com o suporte da plataforma para obter ajuda na integração com o ChatGPT.

BRASÍLIA/DF - O saque-aniversário do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) pode acabar em março. O destino do benefício será decidido este mês em uma reunião do Conselho Curador do FGTS, órgão  vinculado ao Ministério do Trabalho e Previdência.

Até o momento, o saque-aniversário está rolando, mas este pode ser o último mês em que o saque é autorizado.

Com o benefício, o trabalhador pode sacar uma parte do FGTS uma vez por ano, no mês do aniversário. Porém, quem adota esta modalidade perde o direito de sacar o saldo total da conta se for demitido sem justa causa. O trabalhador precisa esperar 24 meses para trocar o período de saque.

Segundo o ministro do Trabalho, os trabalhadores que anteciparam o saque-aniversário com a Caixa por um empréstimo consignado ou que fizeram o pedido do saque-aniversário vão poder fazer o saque-rescisão a partir de março. Ou seja, se for demitido, o trabalhador poderá sacar o saldo, mesmo que tenha feito o saque-aniversário.

Mas o governo federal pretende acabar com o saque-aniversário. De acordo com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, o saque prejudica o propósito do FGTS, que foi criado para dar segurança financeira em caso de desemprego, ou ajudar na compra da casa própria e na aposentadoria.

A decisão sobre o fim do saque-aniversário do FGTS será tomada durante reunião do Conselho Curador do FGTS, que acontecerá ainda este mês.

 

Quem pode pedir saque-aniversário do FGTS?

Todos os trabalhadores que tem conta vinculada de FGTS, seja ela ativa ou inativa. É preciso fazer a opção de saque-aniversário junto à Caixa.

Quem não optou pelo saque-aniversário não o recebe. Sem o pedido específico, o trabalhador só poderá sacar o FGTS nas situações previstas em lei, como compra da casa própria, aposentadoria e demissão sem justa causa.

 

Qual o valor do saque-aniversário do FGTS?

O trabalhador poderá sacar uma parcela de 5% a 50% do saldo total do FGTS, dependendo do valor da quantia que ele tem. Também há a possibilidade de um saque adicional. O depósito varia de acordo com saldo que trabalhador tem na conta do fundo.

 

 

CATRACA LIVRE

ARGENTINA - A condição das lavouras de soja na Argentina piorou na última semana, informou a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, em relatório semanal. Segundo o documento, 2% da safra apresentava condição boa ou excelente, ante 3% na semana anterior. A parcela em condição normal passou de 37% para 31%, enquanto o porcentual em condição regular ou ruim aumentou de 60% para 67%. “Setores no centro da área agrícola relatam perda de área, aborto de vagens e finalização precoce do enchimento como consequência das altas temperaturas registradas durante esta semana”, disse a bolsa.

Quanto ao milho, a parcela da safra em condição boa ou excelente diminuiu de 9% para 6%. A bolsa disse que a parcela em condição normal passou de 40% para 38%. Já o porcentual em condição regular ou ruim aumentou de 51% para 56%. A colheita de milho precoce avança no centro da área agrícola, mas os rendimentos continuam abaixo das expectativas iniciais, disse a bolsa.

 

 

O post Argentina: condição da safra de soja e milho piora da semana apareceu primeiro em Dinheiro Rural.

BRASÍLIA/DF - Os portadores de cartões de crédito, débito e pré-pagos das bandeiras Visa e Mastercard poderão fazer compras por meio do WhatsApp. O Banco Central (BC) autorizou esse tipo de transação no Programa Facebook Pay, como é chamado o sistema de pagamentos por meio do aplicativo de mensagens.

Em março de 2021, as duas operadoras, Visa e Mastercard, tinham sido autorizadas a fazer transferências de recursos, depósitos e operações pré-pagas por meio do WhatsApp. Desde então, o BC estava analisando a liberação de compras pelo Facebook Pay.

“Dessa forma, não há mais impedimentos regulatórios para a realização de transações de compra com cartão de crédito, de débito e pré-pago por meio do WhatsApp (P2M). Essa nova funcionalidade se junta à realização de transferências de recursos entre usuários desse aplicativo, autorizada em março de 2021 (P2P)”, destacou o BC em nota.

Adesão

A autoridade monetária também esclareceu que a adesão de novas instituições (credenciadores ou emissores de pagamento) interessadas em participar do Facebook Pay continua aberta. Assim que aprovados, os novos participantes da ferramenta devem esperar um mês para começar a operar transações pelo WhatsApp. Segundo o BC, o prazo é necessário para preservar a concorrência no mercado de meios de pagamento.

“Em respeito aos princípios regulatórios relacionados aos aspectos concorrenciais e de não discriminação, o BC determinou que o início das transações de pagamento em produção por meio do aplicativo WhatsApp deve ser comunicado pelos instituidores a todos os participantes de seus arranjos de pagamento com antecedência mínima de 30 dias”, destacou o Banco Central em seu comunicado.

 

 

Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil

BRASÍLIA/DF – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez novas críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ao exigir uma explicação do patamar da taxa básica de juros (Selic), ele disse que logo pode haver uma crise de crédito no País.

”Qual é a explicação de ter um juros a 13,75% em um país em que a economia não está crescendo?”, questionou o chefe do Executivo, em entrevista à Rádio BandNews FM, gravada nesta quinta-feira, 2. Mais cedo, Lula disse que o PIB de 2022, divulgado nesta quinta-feira, mostra que a economia brasileira não cresceu “nada” no ano passado.

Lula disse não “ligar muito” para a autonomia ou não do Banco Central – que, no entanto, já chamou de “bobagem”. Ele disse que, independentemente da autonomia, a autoridade monetária tem de ter responsabilidade.

Ao se referir a Campos Neto, ele disse que é um “cidadão, que não foi eleito para nada” e que “acha que tem o poder de decidir as coisas” e ajudar o País. “Não, você não tem que pensar como ajudar o Brasil, tem que pensar como reduzir a taxa de juros”, comentou. “Ele tem que estar preocupado com inflação, emprego e crescimento da economia. Este País não pode ser refém de um único homem”, pontuou o presidente. Lula, contudo, disse que não tem interesse em brigar com o presidente do Banco Central.

Nas críticas ao presidente do BC, o chefe do Executivo disse ser um “absurdo” falarem que ele não pode criticar Campos Neto. “O que não posso é ser leviano e dizer coisas que não são verdadeiras”, emendando não ter explicação para a taxa de juros estar em 13,75% ao ano.

Ao defender à queda de juros, ele disse que, na verdade, “apanhou” da Faria Lima (que representa o setor financeiro de São Paulo), que ganha muito com juros altos. “Economia brasileira não cresceu no ano passado, apesar da fanfarrice do Guedes”, em referência ao ex-ministro da Economia Paulo Guedes.

 

 

 Sofia Aguiar, Bruno Luiz e Daniel Galvão / ESTADÃO

ALEMANHA - Ao reagir à invasão da Rússia na Ucrânia, Olaf Scholz anunciou 100 bilhões de euros para modernizar a Bundeswehr. Críticos dizem que pouco foi feito. Morosidade no emprego da verba resulta de burocracia e outros fatores. Há pouco mais de um ano, o chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, fez no Bundestag, o Parlamento alemão, um discurso que provavelmente definirá seu governo, anunciando uma Zeitenwende (mudança de era ou paradigma, ponto de inflexão). Na ocasião, em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia, o líder alemão prometeu um pacote de gastos em defesa de 100 bilhões de euros.

Em 3 de junho de 2021, a oposição de centro-direita uniu forças com os deputados governistas no Bundestag para aprovar uma mudança constitucional e permitir a dívida adicional – algo nunca visto na história da República Federal da Alemanha.

Desde então, porém, a coalizão de centro-esquerda de Scholz se tornou alvo de críticas da oposição conservadora, que alega que a Bundeswehr (Forças Armadas da Alemanha) não se beneficiou dessa iniciativa inédita. Críticos afirmam que, apesar dos enormes déficits, mais um ano foi perdido desde o anúncio da Zeitenwende, que ainda não teria saído do papel.

Em recente entrevista à emissora de rádio Deutschlandfunk, a presidente da comissão de Defesa do Bundestag, Marie-Agnes Strack-Zimmermann, do Partido Democrático Liberal (FDP) – legenda que integra o governo –, rebateu as críticas e ressaltou que, nos 16 anos em que os conservadores comandaram o Ministério da Defesa no governo de Angela Merkel, nada foi feito para modernizar a Bundeswehr.

Strack-Zimmermann afirmou também que somente no ano passado Berlim encomendou novos caças F-35 e helicópteros de transporte de carga pesada dos Estados Unidos e impulsionou a digitalização para modernizar as Forças Armadas.

O Ministério da Defesa alemão garante que já destinou 30 bilhões dos 100 bilhões de euros para compras de equipamentos. Houve críticas de aliados europeus e até dentro da Alemanha devido às grandes encomendas feitas aos Estados Unidos, embora a maior parte dos recursos do fundo deva ser aplicada na própria Alemanha, dona de uma forte indústria bélica.

Strack-Zimmermann disse também que 100 bilhões de euros não é um valor que pode ser facilmente gasto em um ano. Fabricar novos e sofisticados leva tempo, segundo a deputada. Os oito primeiros caças F-35 encomendados, por exemplo, só devem ser entregues em 2026, e os 27 restantes, até 2029. Já outros equipamentos, como os de comunicação digital, estarão disponíveis mais cedo.

 

Verba enfrenta “corrosão”

No momento, o tempo é o inimigo do fundo especial, devido à atual situação econômica, que está corroendo o montante de 100 bilhões de euros. Rafael Loss, especialista em defesa do think tank Conselho Europeu de Relações Exteriores (ECFR, na sigla em inglês), afirma que a estimativa inicial era que somente 8 bilhões de euros do fundo seriam destinados ao pagamento de juros do empréstimo contraído pelo governo. Agora, devido ao aumento das taxas de juros, serão necessários 13 bilhões para isso. Assim, restam, na verdade, 87 bilhões de euros disponíveis para serem gastos.

Além dos juros, há a inflação, as taxas de câmbio e o imposto sobre valor agregado, o que significa que, após a cobertura de todos os custos extras, restarão apenas entre 70 bilhões e 50 bilhões de euros disponíveis para serem realmente investidos em equipamentos.

“Quanto mais tempo esse dinheiro ficar parado em algum lugar, mais fatores como inflação e pagamentos de juros vão consumir esse montante”, alerta Loss.

Em certo ponto, Loss acredita que o governo alemão poderia ter agido mais rápido. “Em alguns aspectos, o ano passado foi um ano perdido para a Bundeswehr. Mas o novo ministro da Defesa [Boris Pistorius] parece estar pressionando para acelerar o cronograma de muitas coisas, como a substituição dos tanques Leopard”, avalia.

O social-democrata Pistorius assumiu o comando do ministério há pouco mais de um mês, depois da renúncia de sua antecessora, Christine Lambrecht, que deixou o cargo também devido ao descontentamento com sua liderança dentro das fileiras da Bundeswehr.

E o novo ministro tem feito pressão por mais dinheiro. Nesta semana, ele sugeriu que o fundo especial não é suficiente para cobrir as necessidades militares e pediu um aumento de 10 bilhões de euros no orçamento de seu ministério. Alguns de seus colegas, entre eles a colíder de seu partido Sakia Esken, não se entusiasmaram com a ideia.

 

Uma nova harmonia

A aparente urgência de Pistorius representa uma mudança para os militares alemães, que há anos sofrem com a ineficiência nos processos de aquisição de equipamentos. Em 2022, reclamação similar era feita por Hans Christoph Atzpodien, presidente da Associação Alemã da Indústria Bélica (BDSV), da qual fazem parte os maiores fornecedores de equipamentos militares pesados do país.

Atzpodien afirmou que o colosso burocrático que é o sistema de aquisição militar sofre de um “perfeccionismo” em seus regulamentos que, com frequência, faz com que as tropas não tenham acesso ao que necessitam. Como exemplo, ele citou as equipes dos tanques alemães que ainda não possuíam o mesmo equipamento de rádio que seus parceiros internacionais, apesar de os itens terem sido solicitados.

Esse impasse foi resolvido em dezembro do ano passado e, à DW, Atzpodien saudou o avanço, numa mudança de tom. “Estamos muito confiantes que os pedidos que estavam basicamente travados por processos burocráticos orçamentais serão encaminhados agora numa escala apropriada”, destacou.

 

Ecossistema complexo

Loss avalia que as complexidades para a aquisição de equipamentos continuam sendo um problema sem solução fácil. “É um ecossistema muito complexo entre o Parlamento com detentor do orçamento, o Ministério da Defesa, as agências de aquisição e as Forças Armadas”.

Segundo o especialista, após a Guerra Fria, a Bundeswehr se acomodou numa cultura na qual a velocidade não era prioridade. “Havia uma aversão enorme ao risco de cometer qualquer erro e de gastar talvez um pouco mais para acelerar o processo de compra”.

Além disso, Loss acredita que os interesses regionais de membros do Bundestag desempenham muitas vezes um papel nas decisões sobre aquisições, com, por exemplo, políticos da Baviera pressionando para o fechamento de contratos com empresas de aviação daquele estado. “Isso faz com que processos orçamentários sejam menos orientados às necessidades militares.”

Apesar do anúncio da Zeitenwende, a mudança de paradigma proposta por Scholz envolve uma guinada no mamute colossal que são as Forças Armadas da Alemanha, em sua cultura e sua burocracia. Mesmo um ano não é suficiente para tal.

 

 

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