Com roteiro de Hugo Possolo e direção de Alvaro Assad, a nova montagem dos Parlapatões, traz quatro palhaços vivendo um longo e divertido dia. |
SÃO CARLOS/SP - O Sesc São Carlos recebe, no Teatro, o espetáculo “Os MeQueTreFe” do grupo Parlapatões, no dia 14 de janeiro, sexta, às 20h, com venda de ingressos com valores a partir de R$ 15,00. A inspiração de Os Mequetrefe foi a obra do inglês Edward Lear, ilustrador e poeta inglês, que criou o termo nonsense. Os Parlapatões convidaram o diretor Alvaro Assad, da carioca Cia. Etc e Tal e que dirigiu A Noite dos Palhaços Mudos (Cia. La Mínima) para dirigir o roteiro elaborado por Hugo Possolo, visando promover um intercâmbio artístico entre dois grupos que trabalham o cômico em vertentes diferentes, a mímica e a palhaçaria. Em Os Mequetrefe quatro palhaços que, não por acaso, se chamam Dias, vivem a jornada de um longo e divertido dia. Do despertar à hora de ir dormir, revelam como a desconstrução da lógica cotidiana pode abrir espaço para outras maneiras de encarar a vida. Vivendo situações bem comuns esses cidadãos nada comuns provocam uma série de confusões tão hilárias quanto poéticas. Da maneira como acordam, passando pelo jeito como se vestem para ir trabalhar, eles encaram essa aventura através do dia de maneira cômica. Depois de acordar, os Dias pegam o ônibus, que irá se transformar em tudo que pode levar gente, seja navio ou trem, para simplesmente irem ao trabalho, e assim manipulam objetos de cena de maneira lúdica, sempre carregados de um humor provocativo. Seja no trabalho, onde todos seus colegas são seres absolutamente estranhos, ou seja, no final do dia, quando a televisão despeja imagens violentas sobre todos, esses palhaços retiram de suas hipérboles sua comicidade e seu lirismo. As poesias e pinturas de Edward Lear, criador da expressão em seu Livro do Nonsense, bem como características visuais e verbais do Futurismo e do Dadaísmo, levou a pesquisa do grupo redimensionar os elementos da palhaçaria visando criar cenas em que a desconstrução da lógica, já presente da essência dos palhaços, pudesse ganhar dimensão lírica. Para o diretor Alvaro Assad Os Mequetrefe vai além de seu ponto de partida de reunindo palhaços em torno do nonsense, para ganhar outra potência, afinal busca na desconstrução da lógica uma visão com a qual o público se identifique. Nos dicionários Mequetrefe é definido um insulto a uma pessoa e seu significado pode ser utilizado de três maneiras distintas: intrometido, trapaceiro ou sem importância. Para Hugo Possolo “esses três sentidos estão presentes em tudo que vivenciam os Dias, esses quatro palhaços que no fundo somos nós, os cidadãos, nos deparando com os absurdos do dia a dia.” Os figurinos evitam a caracterização dos palhaços clássicos para se voltar aos arquétipos da loucura, onde cada Dias tem sua especificidade e utilizam detalhes tão inúteis quanto deslocados da realidade. Assim como a cenografia que se apresenta como parte da narrativa, onde os elementos cotidianos se transformam constante pela leitura absurda que os palhaços lhes aplicam. A trilha sonora de Raul Teixeira mescla as referências mais típicas da arte da palhaçaria com uma sonoridade exótica que desconstrói a narrativa para apontar novas trajetórias à aventura. A iluminação de Assad e Reynaldo Thomaz marca a diferença entre os ambientes reais e os fantásticos nos quais os palhaços penetram a cada nova etapa da aventura. Parlapatões Há vinte e quatro anos os Parlapatões trabalham voltados para a comédia, utilizando técnicas circenses e de teatro de rua. Seus espetáculos circularam em diversas capitais do Brasil e desatacaram-se nos principais festivais internacionais: FILO (Londrina), FIT (Belo Horizonte) e Porto Alegre em Cena. Seus grandes sucessos são: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., atingiu mais de 50 mil espectadores; Sardanapalo, dois anos em cartaz e destaque no Festival de Edimburgo, Escócia; e U Fabuliô, representante oficial do Brasil na Expo 98, em Lisboa. Em 98, receberam o Grande Prêmio da Crítica APCA pelo evento Vamos Comer O Piolim. Ao completarem dez anos de trabalho, lançaram o livro Riso em Cena, do jornalista Valmir Santos. Suas últimas montagens foram As Nuvens e/ou um Deu$ Chamado Dinheiro, que estreou em 2003 no FTC (Curitiba); Prego na Testa, texto de Eric Bogosian adaptado e dirigido por Aimar Labaki, em 2005 e Vaca de Nariz Sutil, adaptação do romance de Campos de Carvalho, em 2008. Em 2009, estrearam o espetáculo O Papa e a Bruxa, texto inédito de Dario Fo no Brasil. Em 2010 estrearam Parapapá! Circo Musical! espetáculo infantil realizado em parceria com a Banda Paralela. Em 2011, em comemoração aos 20 anos do grupo, estrearam Ridículos, Ainda e Sempre, do poeta russo Daniil Karms, com adaptação de Hugo Possolo e Antônio Abujamra. Em 2012, remontaram seu grande sucesso, o espetáculo Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., texto do americano Adam Long, mantendo na nova montagem a tradução de Barbara Heliodora e a direção de Emílio Di Biasi. Em 2013, realizam quatro novas montagens: Parlapatões Revistam Angeli com direção de Hugo Possolo, trilha sonora de Branco Mello e desenhos de Angeli estreou no Festival de Curitiba, Festival de Peças de Um Minuto versão portuguesa com temporada realizada em Lisboa, o monólogo Eu Cão Eu com texto de Hugo Possolo e direção de Rodolfo García Vaz e o primeiro Molière da companhia: O Burguês Fidalgo com texto de Jean Baptiste- Molière e direção de Hugo Possolo. Em 2014, em parceria com a Ricca Produções e Reinecke Produções, estrearam a comédia A Besta, de David Hirson, direção de Alexandre Reinecke. Em 2015, estreiam o espetáculo circense Sala de Espelhos, roteiro e direção de Hugo Possolo. No mesmo ano, estreiam Até que deus é um ventilador de teto, texto de Hugo Possolo e direção de Pedro Granato. Paralelo às estreias e temporadas paulistanas, o grupo circula com seu repertório de espetáculos por todo o Brasil e pelo exterior. Mantém o Espaço Parlapatões no centro paulistano, conhecidos pela revitalização junto a outros teatros que promoveram da Praça Roosevelt. Recentemente, abriram o Galpão Parlapatões, espaço de ensaios e centro de treinamento circense. Álvaro Assad Álvaro Assad é diretor, ator e um cômico com especialidade gestual. Pesquisa e desenvolve sua técnica artística há 23 anos, tendo trabalhado e se aperfeiçoado na técnica gestual em 1991 com Luís de Lima (mímico português parceiro do mestre francês Marcel Marceau). Formado pela CAL - Casa das Artes de Laranjeiras, em 1994, junto com o falecido diretor vanguardista Marcio Vianna. Fundou, em 1993, o grupo carioca Centro Teatral e Etc e Tal, do qual é, gestor, diretor, ator e preparador mímico. Assina direção e roteiro de todos os espetáculos do Etc e Tal, dentre eles No Buraco, Fulano & Sicrano e O Maior Menor Espetáculo da Terra. Faz parte do Conselho Consultivo do CBTIJ - Assitej - Brasil e é também curador do Festival Anjos do Picadeiro, do Rio de Janeiro e do Festclown, de Brasília. Foi agraciado com prêmios de melhor ator e/ou diretor por sua atuação em Fulano & Sicrano em diversos festivais nacionais e indicado como ator no Prêmio Maria Clara Machado do ano de 2001 por sua atuação em Victor James. Em 2007 foi agraciado pelo Prêmio Newcomershow em Leipzig na Alemanha, no Festival de Variete Krystallpalast, apresentando o espetáculo No Buraco. No ano de 2008 foi indicado ao Prêmio Shell de Teatro de SP pela direção de A Noite dos Palhaços Mudos e ao Prêmio Femsa Coca-Cola pelo mesmo espetáculo, nas categorias Melhor Direção e Melhor Adaptação. Indicado também ao Prêmio Bravo Prime pelo mesmo espetáculo. Laureado com o I Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro na categoria de Melhor Espetáculo. Em 2012, dirigiu e roteirizou o espetáculo A Fantástica Baleia Engolidora de Circos, da Cia. Frita e no mesmo ano assinou a Direção Mímica do espetáculo Mistero Buffo da Cia. LaMínima. Em 2014 foi agraciado com o Prêmio Especial Zilka Salaberry pelos 20 Anos de Teatro e Pesquisa Mímica com sua companhia Etc e Tal. |
Serviço
Data: Dia 14 de janeiro, sexta-feira.
Horário: 20h.
Ingressos: R$ 30,00 (inteira); R$ (15,00 meia); R$ (15,00 credencial plena). Lugares limitados
Local: Unidade São Carlos – Av. Comendador Alfredo Maffei, 700 – Jd. Gibertoni – São Carlos – SP
Mais informações pelo telefone: 3373-2333 ou em www.sescsp.org.br/saocarlos
Até o dia 13 de fevereiro, a unidade São Carlos oferecerá diversas
atividades gratuitas, realizadas em ambientes internos e on-line
SÃO CARLOS/SP - Após uma edição realizada quase integralmente no formato on-line em 2021, por conta das orientações sanitárias em decorrência da pandemia de Covid-19, as unidades do Sesc abrem as suas portas para novamente receber o público em seu projeto especial de férias: o Sesc Verão 2022.
Em sua 27ª edição, uma das mais tradicionais campanhas do Sesc São Paulo dedicadas ao incentivo da prática regular de atividade física, teve início no dia 04 de janeiro (terça-feira), estendendo-se até 13 de fevereiro de 2022.
Com o tema “Lazer Levado a Sério”, o Sesc Verão busca incentivar o público a encontrar espaço no cotidiano para a experimentação de atividades divertidas, saudáveis e com sentido social, cultural e físico, em espaços democráticos e seguros. Desta maneira, a campanha traz como mensagem central a importância do lazer no cotidiano das pessoas, além de reforçar o lugar do Sesc como um espaço de exercício do direito ao lazer, de forma ampla, plural, com respeito, cuidado e segurança, para pessoas de todos os perfis.
Para o diretor regional do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda, "A edição deste ano do Sesc Verão promove o reencontro do público com o Sesc e o lazer, com todo o cuidado que o momento ainda pede. Assim, levar a sério as práticas de lazer, significa ter a certeza de sua importância para a qualidade de vida e o desenvolvimento dos cidadãos.”
As 45 unidades do Sesc São Paulo oferecerão ao público centenas de atividades promovidas com prevalência das presenciais, incorporando na programação também o formato on-line, ampliando as possibilidades de participação. É importante ressaltar que a programação do 27º Sesc Verão foi definida de forma com que as atividades sejam realizadas de maneira segura, acolhedora e que promovam o bem-estar integral dos participantes presenciais, conforme faseamento do plano São Paulo e respeitando todos protocolos e regras sanitários de cada município.
Destaques programação – São Carlos
aula aberta
Corrida e caminhada na cidade
Com educadores do Sesc
Caminhar ou correr em locais circundados pela natureza altera o funcionamento geral do organismo, trazendo a sensação de calma.
Estudos apontam que a agitação da vida urbana está entre as causas de problemas psicológicos que afetam as pessoas que vivem em grandes centros urbanos. Caminhar na natureza, experimentar suas sensações, pode varrer a sobrecarga ocasionada pelo estresse nos afastando de inúmeras doenças.
14/1, sexta, às 18h30 - Parque Linear do Córrego do Gregório (Frente Sesc)
21/1, sexta, às 18h30 - Praça Outubro Rosa (Comendador Alfredo Maffei, 4001)
28/1, sexta, às 18h30 - Parque do Kartódromo
Grátis - Inscrições no horário e local da atividade
Para maiores de 16 anos.
vivência
Tardes Esportivas
Com educadores do Sesc
Um tempo de encontro entre as crianças para realizarem atividades físico esportivas através de jogos e desafios.
Dias 16 e 30/1, domingos, das 16h às 17h30
Grátis - Inscrições no local e horário da atividade. Lugares limitados.
Livre
torneios e campeonatos
Festival de Triatlo
Prova que envolve as modalidades de natação, ciclismo e corrida – Triatlo, que é um esporte olímpico ´surgido em San Diego (EUA) como treinamento de férias para os atletas da modalidade de atletismo e acabou virando uma divertida competição.
Prova
Natação: 200m
Ciclismo: 10,2km
Corrida: 3,4km
Dia 13/2, domingo, às 7h
Grátis. Inscrições na Central de Atendimento. Vagas limitadas.
Obs: menores de 18 anos podem participar mediante apresentação do termo de autorização preenchido pelo responsável.
ESPECIAL - YOGA
Grátis. Retirada de senhas a partir das 9h30 no local da atividade. Vagas limitadas.
Para maiores de 12 anos
vivência
Kundaliní Yoga
Com Cinthia Merthen Piccin, terapeuta e instrutora de Yoga
Através de respirações, posturas, mantras e meditações amadurecemos a mente e sua atitude para lidarmos com as polaridades da vida, desenvolvendo a mente neutra e a capacidade para inteligência, resiliência e integridade.
Dia 9/1, domingo, às 10h
vivência
Meditação em etapas
Com Amanda Azzolini, terapeuta, fisioterapeuta e instrutora de Yoga
Reflexão e entendimento da meditação a partir do programa desenvolvido pela mediadora "Meditação do Zero", que ensina a identificar e reconhecer sinais que acionam nosso estado de Alerta Vermelho, provocando agitação e tensão. Os encontros darão suporte à condução para um Estado de Quietude e controle sobre as próprias emoções como canal para o relaxamento e a meditação.
Dia 16/1, domingo, às 10h
vivência
Vinyasa - Yoga para corredores
Com Maira Gonçalves Lopes, atleta de corrida de montanhas e instrutora de Yoga
O autoconhecimento possibilita a construção de uma condição de segurança fisiológica e emocional para o atleta corredor, que sempre lida com aspectos como vitória, derrota, capacidades, deficiências e medos, todos eles, fatores que podem ser obstáculos para um bom desempenho esportivo. A partir das posturas físicas (asanas) somos capazes de reduzir padrões repetitivos de movimentos e exercitar a concentração na ação (dharana).
Dia 23/1, domingo, às 10h
vivência
Yoga e o despertar da Consciência
Com Gian Soorya Kaur
Prática do Kundalini. Ciência que trata sobre a arte de lidar com a expansão da consciência por meio da energia que sobe pelo canal da espinha vertebral, ativando os centros de energia, os chakras. A aula é composta por asanas, mantras, meditações e relaxamento. Reune o prana, energia vital e apana, energia de eliminação, gerando assim uma pressão que incentiva a subida da kundalini.
Gian Soorya Kaur é professora de viver consciente com Kundalini, permacultora e facilitadora de CNV - comunicação não violenta.
Dia 30/1, domingo, às 10h
Concerto Meditativo
Com Semente Cristal
Os mantras são considerados chaves para conduzir a psiquê a um estado de relaxamento. A vivência contará com a apresentação musical e orientações da professora de Kundalini Yoga, Gian Soorya Kaur e tem como proposta, realizar treino na mente dos/das participantes, para que alcancem estados mentais de calma e tranquilidade.
Dia 30/1, domingo, às 11h
Sesc Verão 2022
De 04 de janeiro a 13 de fevereiro
Local: Unidade São Carlos – Av. Comendador Alfredo Maffei, 700 – Jd. Gibertoni – São Carlos – SP
Mais informações em www.sescsp.org.br/sescverao
O compositor, produtor e multi-instrumentista, Thiago Carreri faz apresentação no dia 17 de dezembro, sexta-feira, às 20h no teatro do Sesc. Venda de ingressos!
SÃO CARLOS/SP - Com quatro discos autorais: “Já Volto”(2010), “Correria”(2012), “Dorita”(2016) e “Transição” (2019). Inspira-se no músico Toninho Horta e pesquisando a obra do mestre imprimiu no disco Transição esta referência.
O disco gravado no selo Blaxtream foi um marco na vida de Thiago e possibilitou unir profissionais como Márcio Bahia (bateria), Breno Mendonça (sax), Bruno Barbosa (baixo), Marcelo Toledo (sax e flauta) e Rubinho Antunes (trompete).
Carreri já dividiu palco com Heraldo do Monte, Arismar do Espírito Santo, Márcio Bahia, Eduardo Machado, Bob Wyatt, Juarez Moreira, Chico Oliveira entre outros.
Hoje, segue sua pesquisa dentro da Harmonia a partir de compositores da música brasileira, como Edson Alves, Heraldo do Monte, Toninho Horta, Helio Delmiro, Ricardo Silveira e César Mendes.
Neste show Thiago apresenta composições autorais com grande influência da música mineira. Passeia por estilos como baião, samba, bossa num trabalho de interpretação que une a brasilidade e o jazz de forma sensível e única.
Ouça o disco Transição - https://www.blaxtream.com/thiagocarreri
Quem doar alimentos no drive-thru receberá uma
publicação das Edições Sesc
SÃO CARLOS/SP - No dia 11 de dezembro, sábado, das 10h às 14h, acontece o DRIVE-THRU - AÇÃO URGENTE CONTRA FOME, em frente ao Sesc São Carlos, na Avenida Comendador Alfredo Maffei, 700. O evento é realizado pelo Sesc e Senac, com apoio do Sincomercio, Prefeitura Municipal, RÁDIO SANCA e EPTV.
Esta é mais uma forma de participar da CAMPANHA AÇÃO URGENTE CONTRA FOME que se mantem no estado de São Paulo em todas as Unidades do Sesc e Senac, e só em São Carlos já arrecadou quase duas toneladas de alimentos que chegaram a centenas de famílias em situação de vulnerabilidade por meio das instituições sociais parceiras do programa Mesa Brasil Sesc.
Durante a realização do Drive-thru quem passar pelo local e doar alimentos não perecíveis, receberá gratuitamente uma publicação das Edições Sesc.
Um show que nasce do reencontro presencial da cantora Mônica Salmaso com a plateia. Dia 26 de novembro, sexta às 20h. Ingressos à venda
SÃO CARLOS/SP - Nesta volta aos palcos, o trio traz um repertório inteiro em voz, violão, flauta, saxofone e percussão que celebra uma parceria musical de longa data, desde participações de Mônica Salmaso junto ao Quarteto Maogani, do qual Paulo Aragão faz parte, no início de sua carreira, a projetos mais recentes dos dois, com o músico e produtor Teco Cardoso, como o cd e a turnê Corpo de Baile, o show em homenagem ao com compositor Wilson Baptista e as apresentações virtuais do projeto “Ô de Casas”.
No repertório, canções de diversos compositores, entre eles, Baden Powell, Chico Buarque, Dori Caymmi, Edu Lobo e Wilson Batista.
Mônica Salmaso
Nascida em 27 de fevereiro de 1971, na cidade de São Paulo (SP), Mônica Salmaso Pinheiro é uma das grandes cantoras do Brasil.
Entrou em cena em 1989, gravou discos somente a partir de 1995 e reverenciada pelos seguidores de MPB. Intérprete de grande rigor técnico, com o canto límpido e luminoso. Vem construindo na música brasileira, uma obra muito rica e importante. Em estúdio e/ou no palco, a artista já deu voz às obras de Baden Powell (1937 – 2000) com Vinicius de Moraes (1913 – 1980), Chico Buarque, Dorival Caymmi (1914 – 2008), Guinga com Paulo César Pinheiro, Milton Nascimento e Wilson Baptista (1913 – 1968).
Para a entrada na Unidade será necessária a apresentação de certificado de vacinação contra a COVID-19 com ao menos uma dose, em formato físico ou digital, juntamente com um documento com foto (RG ou CNH).
Ingressos a venda a partir de:
23/11, terça, às 14h (online)
24/11, quarta, às 14h (Bilheteria Sesc São Carlos)
Lugares limitados. 12 anos.
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DA BILHETERIA
SESC SÃO CARLOS
24, 25 e 26/11, quarta a sexta, das 14h às 19h
Dia 12 de novembro, sexta-feira às 20h a Banda Catarina no Sofá faz o show “Nossas Senhoras no Sesc com venda de ingressos e lugares limitados.
SÃO CARLOS/SP - O show “Nossas Senhoras" é um projeto de som experimental unido a várias vertentes artísticas trazendo ao palco um trabalho autoral inédito da Banda Catarina no Sofá, no qual música é base para transformar poesia em uma experiência imagética e sensorial para o público. Os projetos musicais que tiveram deram bagagem diversificada que resultou nesse reencontro, possibilitando um novo trabalho cheio de nuances rítmicas.
O propósito da banda é, com a arte, abordar temas relevantes, contribuir e resistir, sempre pensando na igualdade coletiva. Este trabalho musical que envolve expressão corporal, poesia, teatro, todas vertentes experimentadas e vivenciadas com profissionais de cada área, fala sobre Mulher e foi baseado e inspirado em relatos reais de mulheres, aprofundado na prática, na recordação e na memória e é composto por 7 músicas.
O espetáculo intitulado “Nossas Senhoras”, com direção e concepção visual de Felipe Casati, transita na música, teatro, dança e poesia sobre situações reais em que as mulheres vivem no dia a dia durante toda sua vida. Teodora, Carmen, Elza, Jaqueline, Herculano, Francisca e Maria compõem o disco e o show com suas histórias através da música, uma experiência diferente para o público e uma investigação constante para os integrantes da banda
A banda
Catarina no Sofá é uma banda do interior de São Paulo, mais precisamente da cidade de Descalvado/SP, e por ser do interior traz características do que é ser da terra, interiorana, e que busca na memória força para musicar o que é ser e transgredir aquilo que se carrega como tradição. A banda, com influência do rock e do jazz dentre tantas outras, traz a brasilidade do que é pertencer ao local de origem e mistura tudo isso com o que é ser artista; formada por: Danilo Hansem (bateria, percussão e vocais), Eduardo Machado (guitarra, violão e vocais), Mateus Feliciano (guitarra, violão e vocais), Ninne Monzani (vocal e percussão) e Tiago Pazotto (contrabaixo e vocais), diferentes músicos em uma caldeirada de experimentação sonora, o que resulta em um trabalho múltiplo e inovador. Com pouca idade de banda, mas muita em experiência musical de seus componentes, em sua primeira performance, traz como tema um incômodo de todos os “catarin@s”: nossas senhoras, aquelas senhoras que estão perto de nós e que carregam vivências a serem compartilhadas.
Ficha técnica do show:
Ninne Monzani – Canto e Meneio
Eduardo Machado - Guitarra, Violão, Coro e Jaiz
Mateus Feliciano - Guitarra, Coro e Drop
Tiago Pazotto – Baixo, Coro e Sensatez
Danilo Hansem – Bateria, Percussão, Coro e Batuques
Direção: Felipe Casati
Visualidade (cenário e figurinos): Felipe Casati
Técnico de Som: Marcos Pinho
Arranjos: Catarina no Sofá e Ché Costa
Produção: Mateus Feliciano e Felipe Casati
Registro Audiovisual: Jhone Filmes
Fotos: Jhone Filmes e Vandré Lima Fotografia
Sobre apresentação do comprovante de vacina
Em todas as unidades do Sesc no estado de São Paulo é necessário apresentar o comprovante de vacinação contra a Covid-19 (pelo menos a 1ª dose) e documento com foto. O público pode apresentar o comprovante de vacinação físico ou digital, recebido no ato da vacinação ou o comprovante digital, disponibilizado pelas plataformas VaciVida e ConecteSUS ou pelo aplicativo e-saúdeSP. Para mais informações, acesse: www.sescsp.org.br/voltagradual. O distanciamento físico, a utilização de máscara cobrindo boca e nariz, assim como a medição de temperatura dos visitantes na entrada da unidade, seguem sendo obrigatórios.
Sobre o Sesc São Paulo
Com 75 anos de atuação, o Sesc – Serviço Social do Comércio conta com uma rede de 44 unidades operacionais no estado de São Paulo e desenvolve ações com o objetivo de promover bem-estar e qualidade de vida aos trabalhadores do comércio, serviços, turismo e para toda a sociedade. Mantido pelos empresários do setor, o Sesc é uma entidade privada que atua nas dimensões físico-
esportiva, meio ambiente, saúde, odontologia, turismo social, artes, alimentação e segurança alimentar, inclusão, diversidade e cidadania. As iniciativas da instituição partem das perspectivas cultural e educativa voltadas para todas as faixas etárias, com o objetivo de contribuir para experiências mais duradouras e significativas. São atendidas nas unidades do estado de São Paulo cerca de 30 milhões de pessoas por ano. Hoje, aproximadamente 50 organizações nacionais e internacionais do campo das artes, esportes, cultura, saúde, meio ambiente, turismo, serviço social e direitos humanos contam com representantes do Sesc São Paulo em suas instâncias consultivas e deliberativas.
Mais informações em www.sescsp.org.br/pt/sobre-o-sesc.
Serviço do show Catarina no Sofá:
Data: 12 de novembro, sexta-feira.
Horário: 20h.
Ingressos: R$ 40,00 (inteira); R$ 20,00 (meia); R$ 20,00 (credencial plena).
Lugares limitados. 12 anos.
Local: Unidade São Carlos – Av. Comendador Alfredo Maffei, 700 – Jd. Gibertoni – São Carlos – SP
Mais informações pelo telefone: 3373-2333
Os dois shows acontecem na sexta e no sábado com ingressos à venda a partir de 2/11, às 14h (online) e 3/11, às 14h (no Sesc São Carlos), com lugares limitados e faixa etária recomendada 12 anos.
A ocupação dos teatros segue reduzida a 50% da capacidade.
O funcionamento com volume de público reduzido segue sendo respeitado, desta vez com 50% da capacidade de público. Os protocolos de segurança frente à Covid-19 são mantidos, e para frequentar as unidades e assistir a qualquer programação é preciso apresentar comprovante de vacinação, de pelo menos a primeira dose, e um documento com foto, além do uso de máscaras.
SÃO CARLOS/SP - A cantora e compositora baiana se apresenta na reabertura do teatro neste início de novembro. Luedji é um nome de destaque da música brasileira. Tem dois discos e um EP lançados e contemplados em premiações como o Prêmio Afro 2017, Prêmio Bravo 2018 e WME Awards 2020, além de ser nomeada ao Grammy Latino 2021.
Também integrou os projetos Acorda Amor e Ayabass, e fez outras diversas colaborações musicais. Participou de dois renomados programas de música internacionais: Tiny Desk Concert e COLORS, e realizou turnês internacionais no Canadá, EUA e Europa.
Para este show traz seu novo álbum “Bom Mesmo é Estar Debaixo Dágua”, as canções transitam entre o jazz e os ritmos africanos
BOM MESMO É ESTAR DEBAIXO D’ÁGUA
"Bom Mesmo É Estar Debaixo D`água" intitula o novo álbum da cantora e compositora baiana Luedji Luna." Após três anos do lançamento do seu primeiro disco, o aclamado "Um Corpo no Mundo", o segundo trabalho inaugura um novo momento na carreira e na vida da cantora: a maternidade.
Além do disco, o projeto consistiu na gravação de um filme, dirigido pela diretora Joyce Prado, vencedora do prêmio WME (Women's Music Event) na categoria "melhor diretora de clipe" e cofundadora da APAN (Associação do Produtores do Audiovisual Negro). Uma das principais parceiras de trabalho da cantora, é ela quem também assina a direção do clipe do hit "Banho de Folhas", que hoje contabiliza mais de 5 milhões de views no YouTube.
O novo álbum traz a reflexão sobre a afetividade de mulheres negras a partir do olhar da cantora sobre suas experiências afetivas, atravessadas por sua condição de mulher e negra. O disco também reflete sobre os impactos da sociedade, machista e lgbtfóbica na constituição da subjetividade desses corpos. Sobre a temática, a cantora explica:
"Como essas opressões atravessam a subjetividade das mulheres pretas? Como a sociedade enxerga as mulheres pretas no campo da afetividade? Como as mulheres pretas expressam essa afetividade?"
O projeto se fundamenta na ideia de responder a essas e outras questões e surge da necessidade de construir um outro imaginário acerca do tema, a partir de outra narrativa em que a mulher preta tenha autonomia para expressar seus sentimentos e desejos. Nesse sentido, o álbum surge para contrapor, criar um outro referencial poético: "na minha canção a mulher negra é musa!"
Trazendo como referência a água, elemento ligado às emoções e a Oxum, orixá africano ligado ao amor e a maternidade, "Bom Mesmo É Estar Debaixo D`água" é um disco fluído, com canções que dialogam entre si e que apresentam múltiplas vozes pretas e femininas acerca do tema.
Trabalhos da cantora
https://open.spotify.com/track/5nBrdTO6k3DJZJdB6IRp1c?si=N34BHePaR06JbwbOYQQa6A&utm_source=copy-link
Serviço:
Data: Dias 5 e 6 de novembro.
Horário: 20h.
Ingressos: R$ 40,00 (inteira); R$ (20,00 meia); R$ (20,00 credencial plena).
venda a partir de 2/11, às 14h (no site sescsp.org.br) e 3/11, às 14h (bilheteria Sesc São Carlos), com lugares limitados e faixa etária recomendada 12 anos.
Local: Unidade São Carlos – Av. Comendador Alfredo Maffei, 700 – Jd. Gibertoni – São Carlos – SP
Mais informações pelo telefone: 3373-2333
Sobre apresentação do comprovante de vacina
Em todas as unidades do Sesc no estado de São Paulo é necessário apresentar o comprovante de vacinação contra a Covid-19 (pelo menos a 1ª dose) e documento com foto. O público pode apresentar o comprovante de vacinação físico, recebido no ato da vacinação, ou o comprovante digital, disponibilizado pelas plataformas VaciVida e ConecteSUS ou pelo aplicativo e-saúdeSP. Para mais informações, acesse: www.sescsp.org.br/voltagradual. O distanciamento físico, a utilização de máscara cobrindo boca e nariz, assim como a medição de temperatura dos visitantes na entrada da unidade, seguem sendo obrigatórios.
Sesc São Carlos nas redes sociais
https://www.youtube.com/sescsaocarlos
https://www.facebook.com/sescscarlos/
Evento será realizado com ações virtuais e presenciais, respeitando os protocolos de segurança das autoridades sanitárias locais; Iniciativa visa incentivar a prática de atividades físico-esportivas e de lazer
SÃO CARLOS/SP - A Semana MOVE - um dos principais movimentos globais de combate ao sedentarismo – será realizada em 2021 com ações virtuais e presenciais, sempre respeitando os protocolos de segurança das autoridades sanitárias locais, entre os dias 18 e 26 de setembro.
A 9ª edição do evento, uma iniciativa da ISCA - International Sports and Culture Association com coordenação do Sesc São Paulo na América Latina, visa inspirar as pessoas para a prática regular de atividades físico-esportivas e de lazer, além de ampliar o acesso às diversas modalidades e práticas corporais.
A Semana MOVE contará, em 2021, com a participação de 8 países do continente americano - Brasil, Costa Rica, Colômbia, Cuba, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela. Além do Sesc SP, o evento reunirá novamente uma fortalecida rede de parceiros - empresas, instituições e pessoas, chamadas “Movedores”, que se mobilizam para atuar em suas comunidades e sensibilizar a população sobre a importância e os benefícios de uma vida ativa e saudável.
SÃO CARLOS/SP - A Rádio Sanca informou ontem, 14, a Secretaria de Serviços Públicos, através do secretário Mariel Pozzi Olmo, a necessidade de manutenção na ciclovia da Av. Comendador Alfredo Maffei, denominada "Cabo PM Genivaldo Dias de Oliveira" (Frente ao Sesc).
A sexta edição do evento será totalmente on-line, com onze espetáculos transmitidos ao vivo a partir de unidades do Sesc; serão quatro estreias mundiais, três inéditas virtualmente, além de uma ampla programação formativa
SÃO PAULO/SP - Qual a importância de um festival de circo em meio ao isolamento que estamos vivendo? Como a tecnologia pode ser usada para unir artistas e público, neste momento? É com o objetivo de trazer essas e outras perguntas para os palcos e para o debate que o Circos – Festival Internacional Sesc de Circo chega à sua sexta edição, entre 28 de agosto e 4 de setembro de 2021, de forma totalmente on-line, com criações inéditas, além de uma série de atividades formativas para todos os públicos.
“Apesar do distanciamento, a arte segue sendo um respiro e proporcionando encontros nas mais variadas plataformas on-line, chegando a diversas pessoas a partir do campo criativo, potente e inventivo que é o digital, com suas presencialidades possíveis.”, afirma Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo. E complementa: “Frente aos novos desafios, o Sesc segue cumprindo sua missão de fomentar a difusão cultural e artística, e também as interlocuções, os encontros, as vivências e reflexões.”
A programação tem onze espetáculos, sendo que quatro deles são estreias mundiais e outros três apresentados pela primeira vez de forma virtual. São mais de duas dezenas de atrações ao vivo, entre espetáculos transmitidos a partir de unidades do Sesc – SP e outras mais de 50 atividades gravadas, além de inúmeras ações formativas e encontros entre profissionais de várias partes do mundo. Todas as exibições acontecem a partir do youtube.com/SescSP em dias e horários disponíveis a partir de 19 de agosto no site circos.sescsp.org.br.
Entre os espetáculos, são quatro estreias mundiais: Circo Misterium, da cia. Barracão Teatro, em uma apresentação de palhaços que discute a finitude e a eterna continuidade da vida; CircomUns, do Circo e Teatro Palombar, que investiga a imagem de pessoas anônimas relacionando-as a uma ‘estética periférica’; La Trattoria, do grupo Los Circo Los, com a história da inauguração de um restaurante; e Retumbantes, com Livia Nestrovski, Lívia Mattos, Tomás Oliveira e Rafé, espetáculo-show que promove o encontro do circo com a música e as artes visuais.
Além disso, alguns espetáculos, como A Caravana do Tempo, do Unidos do Swing, Bloom – Caminhos e Encontros, da Cia La Mala, e Ela - Em todos os lugares, da Troupe Guezá, são apresentados pela primeira vez de forma virtual.
Se numa ponta há ineditismo em montagens estreadas neste Circos de 2021, há também Exceções à Gravidade, obra apresentada há quase 40 anos no mundo inteiro pelo americano Avner Eisenberg - aclamado como um dos mais importantes palhaços de todos os tempos. Sempre arrancando gargalhadas do público, Eisenberg diverte a plateia em números de malabares, ilusionismo e palhaçaria, questiona o que é perder e ganhar com números engraçados, como engolir uma quantidade inacreditável de guardanapos ou equilibrar uma pena muito comprida em seu nariz.
Integram a programação ainda: Prot{agô}nistas - O Movimento Negro no Picadeiro, do coletivo Prot{agô}nistas - tema de documentário exibido durante a programação; Cachimônia, da Cia Artinerant’s, que agora fecha a trilogia iniciada com os espetáculos Vizinhos (2014) e Balbúrdia (2017), que estarão disponíveis on demand durante o Festival; e Circo Charanga, o mais recente espetáculo da Cia. LaMínima.
E por falar em LaMínima, durante o CIRCOS 2021, será lançado o curso EAD de Palhaçaria dentro da plataforma digital do Sesc para ensino a distância (https://ead.sesc.digital/). O tema do curso é a criação dramatúrgica em palhaçaria, ministrado por uma companhia de circo e teatro que há quase 30 anos pesquisa o repertório clássico do palhaço.
A edição 2021 do CIRCOS conta ainda com encontros entre programadores brasileiros e internacionais para um intercâmbio de técnicas, conhecimentos e produções. A abertura (virtual) será no dia 30 de agosto, às 12h, pelo diretor do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda e pelo Secretário Municipal de Cultura, Alê Youssef.
As estreias
Uma das estreias deste ano do CIRCOS reúne duas artistas de trajetórias diferentes e o mesmo nome. Retumbantes traz Livia Nestrovski e Lívia Mattos, além de Tomás Oliveira e Rafé, em um espetáculo-show, em que o som é a forma de lidar com o mundo. As canções que servem de trilha e complemento aos números circenses - que incluem acrobacia, malabarismo, equilibrismo, ilusionismos, entre outras técnicas - são todas tocadas ao vivo pelos artistas em cena. São composições instrumentais e canções, trabalhos autorais do grupo e criações de nomes como Hermeto Pascoal e Capiba, tocadas com voz, instrumentos tradicionais, como a sanfona, e excêntricos, caso do serrote, do piano de garrafa e do contrabanjo (espécie de contrabaixo).
Os quatro artistas buscam a sua forma de ser e estar no mundo, em ressonância paradoxal entre os seus anseios e a incoerência da existência. Um homem que perdeu a cabeça, gêmeas siamesas de genealogias diversas e um beatboxer malabarista, têm a música como linguagem de interlocução entre eles e também com o seu entorno.
Numa apresentação de circo, o palhaço Zabobrim se engasga com suas bolinhas de pingue-pongue e cai desfalecido. Este é o ponto de partida de Circo Misterium, do Barracão Teatro. Nesse enredo, o grupo fala sobre a vida, em um sentido mais existencial do que religioso, tratando sobre a finitude, sempre de um jeito leve, a partir de técnicas de palhaçaria.
O espetáculo mostra o Zabobrim tentando encontrar respostas com a ajuda de divindades (seres imortais) de crenças diversas – de matrizes judaico-cristã, africana, islâmica, espírita, budista e de povos originários das Américas, que são representados no espetáculo por artistas do circo, com diferentes habilidades. A direção é de Luiz Carlos Vasconcelos, o palhaço Xuxu.
Do Circo e Teatro Palombar, o inédito CircomUns traz nove artistas ao picadeiro virtual em apresentações que falam do território urbano e retratam os trabalhadores comuns que fazem a cidade acontecer e que passam despercebidas na maioria das vezes. O grupo valoriza o trabalho coletivo continuado, a multiplicidade de linguagens e a criação de uma poética periférica, retratando paisagens do bairro de onde o grupo vem, Cidade Tiradentes, extremo leste de São Paulo.
O protagonismo de cada uma dessas figuras - estudantes, motoboys, artistas de rua, eletricistas e executivos - aparece em números individuais, como mágica, palhaçaria, roda cyr (círculo de metal usado em giros e acrobacias), cubo, manjota (hastes para equilíbrio sobre as mãos) e arame. A trilha sonora traz sons da cidade e ritmos urbanos, como o hip-hop, além de intervenções musicais tocadas ao vivo pelo elenco, com uso de saxofone, trompete e sanfona.
O que é o sucesso? São perguntas que estão em La Trattoria, da cia Los Circos Los. A sinopse trata da tão aguardada e sonhada inauguração do “La Trattoria", um requintado restaurante.
Em cena, números de palhaçaria, acrobacia e equilíbrio, costurados com comicidade físicas, gags (o efeito cômico obtido por surpresa ou improviso) e quedas. A cia Los Circo Los vem compondo seu repertório com números, cenas e espetáculos em que estão presentes a comicidade física, as acrobacias, o malabarismo e equilíbrio, em dramaturgias singulares.
Estreias virtuais
Três espetáculos poderão ser vistos virtualmente pela primeira vez. Abrindo a programação do Festival este ano, em um clima de animação que remonta tanto às antigas caravanas circenses de séculos atrás quanto ao carnaval de rua de New Orleans (EUA) - mas com o ritmo brasileiro - Unidos do Swing apresenta A Caravana do Tempo. Gravado diretamente da parte externa do Sesc Itaquera, o espetáculo tem o acompanhamento musical do jazz temperado com ritmos brasileiros.
O grupo, que tem a característica de brincar com a arquitetura dos espaços, subverte movimentos cotidianos por meio de números de circo, unindo as linguagens da música, da dança e do circo numa proposta estética acústica, performática e interativa. Os arranjos musicais originais vão do swing jazz ao maracatu, do blues ao baião, da música brasileira de carnaval ao ritmo das brass bands. O espetáculo inclui a participação de 12 músicos e 13 artistas circenses, com números de malabares, monociclo, bambolê, duplas acrobáticas, pernaltas acrobáticas e Mastro Chinês.
A Cia La Mala apresenta, também no dia da abertura de Circos, seu mais recente espetáculo, Bloom - Caminhos e Encontros. O motor criativo desta obra é o encontro, o florescimento, a percepção da diferença dos indivíduos e dos corpos e de que pessoas diferentes reunidas potencializam tudo - o conhecimento, as dores e as alegrias. A companhia, composta pelos artistas Carlos Cosmai e Marina Bombachini, resolveu ampliar sua parceria e chamar outros artistas para compor. Em cena, os acrobatas - munidos de suas ancestralidades, histórias, gestos e movimentos - amplificam com técnicas circenses as referências aos ciclos da natureza e das estações do ano, em que o florescer (bloom) da primavera concentra toda a potência do encontro em forma de cor, sonoridade e movimento.
Um espetáculo que nasceu da vontade de falar sobre temas comuns a todas as mulheres. Assim foi criado Ela - Em todos os lugares, apresentado pela Troupe Guezá. Fundado há 20 anos, o grupo se constitui de artistas circenses com múltiplas habilidades e interessados nas práticas e pesquisas corporais.
A versão que se verá no CIRCOS 2021 traz à cena três mulheres com seus tipos reais e diversos e que, enaltecendo a virtuosidade e leveza, buscam a representação poética do ser feminino. O coletivo se debruça neste universo tanto no trabalho físico – com acrobacias solo e aéreas pensadas para mulheres – quanto na temática, em que a narrativa apresenta figuras fortes que buscam em seus corpos e vivências a superação. É uma adaptação do espetáculo de sala Ela, de 2019.
Mais espetáculos on-line
Fazendo uso da mistura do circo, música e dança, e com base na comicidade, o Prot{agô}nistas apresenta um espetáculo com 25 artistas negros em cena. A ideia é mostrar uma diversidade de linguagens para manter o público atento, com números circenses a serviço da narrativa e embalado pela música. Trata-se de um convite à celebração, em uma dramaturgia que chama a plateia a contemplar a beleza negra na estética, discurso, humor e poesia.
O espetáculo, do coletivo homônimo do espetáculo, tem sequência com cenas e números circenses de faixa, palhaçaria, tecido, malabares, trapézio, contorcionismo e equilíbrio. Seu contexto vai além da celebração e transita pelo humor e poesia, com muita técnica e orgulho do futuro a partir do reconhecimento das ancestralidades presentes.
Antes da apresentação, haverá a exibição de um documentário produzido pelo grupo durante a pandemia. O foco não é o espetáculo em si, e sim o aquilombamento, o afeto, o cuidado e a troca de conhecimento entre os integrantes. A narrativa é construída mesclando depoimentos e imagens, com cenas de arquivo e outras inéditas.
Três palhaços erguem uma pequena lona no meio da rua e apresentam um espetáculo de variedades. Este é o enredo de Circo Charanga, da Cia La Mínima. Com direção de Luiz Carlos Vasconcelos, o palhaço Xuxu, o espetáculo é uma homenagem à tradição dos circos de lona, com números clássicos circenses.
Foram revisitados esquetes escolhidos e contados especialmente por artistas que são referência na palhaçaria brasileira, como Biribinha, Tubinho e Dedé Santana. Das técnicas e números, estão lá a manipulação de chapéus e acrobacias, o piano de garrafa e o trio de sopros, formando a charanga que batiza o espetáculo.
Com quase 30 anos de estrada, o grupo estará à frente de um EAD de palhaçaria lançado durante o CIRCOS 2021, dentro da plataforma digital do Sesc para ensino a distância (https://ead.sesc.digital/). O curso, em seis aulas, vai tratar da criação dramatúrgica em palhaçaria, abordando diversos temas pertinentes a este universo, como a comicidade física, a música excêntrica, os espetáculos de rua, a construção da dramaturgia e a pantomima (teatro gestual).
CachimÔnia é a parte final de uma trilogia, composta ainda por Vizinhos (2014) e Balbúrdia (2017) - que estarão disponíveis durante o CIRCOS 2021. Com elementos cênicos que remetem às artes plásticas, como se estivessem dentro de uma pintura, a dupla traz números acrobáticos, de equilíbrio e até de ilusionismo.
Dirigida por Lu Lopes e Tato Villanueva, a obra final da trilogia do Artinerant’s revela que tudo pode ter sido um sonho. CachimÔnia mostra uma noite de um casal no campo, em um universo onírico e repleto de delírios, em que as vontades e emoções viram cenário de cenas surrealistas, com mesas que giram sozinhas, cabras que dão vinho no lugar de leite, objetos voadores e pessoas que se transformam em animais.
Cursos e oficinas
Uma das antigas expressões artísticas do mundo, o circo atravessa os séculos se reinventando e incorporando técnicas e linguagens como a música, o teatro e a dança. Para alcançar o espectador em 2021 - um ano marcado por fruições online, assim como 2020 - o Circos traz uma programação virtual para quem gosta de acompanhar esse universo e quer entender melhor como ele funciona (por meio das atividades formativas).
Para além das apresentações, conversas sobre questões ligadas ao circo estarão presentes durante a programação. Os debates serão transmitidos nas redes Sesc e terão diversos temas para discutir o papel do circo nos dias de hoje, como a participação de artistas com diferentes tipos de corpos até a produção circense em tempos de distanciamento social, passando pelo fazer rir em tempos em que uma pandemia deixa um rastro de morte e sequelas pelo planeta. Entre os debatedores, estão nomes como Christian Dunker (psicanalista e autor), Ronaldo Aguiar (palhaço e diretor da ONG Doutores da Alegria), Ermínia Silva (pesquisadora e quarta geração de circenses no Brasil), Bete Dorgam (palhaça, diretora e professora universitária), Lu Menin (diretora e artista circense) e Raimo Benedetti (videoartista e pesquisador), Tiago Munhoz (palhaço de rua), entre outros.
Ainda faz parte do CIRCOS 2021 uma série de cursos e oficinas a distância para crianças e adolescentes e para todos os tipos de público - parte pode ser acompanhada nas redes sociais do Sesc-SP, parte precisa de inscrições para participação. Também serão oferecidos oficinas e cursos para ensinar desde números circenses até técnicas de áudio e vídeo para melhorar a transmissão de apresentações, passando por maquiagem artística e exercícios de preparação corporal.
Uma sala de encontro entre programadores, artistas e produtores reunirá debates sobre os desafios do circo no futuro e a promoção de festivais em meio à pandemia de Covid-19, sendo também um espaço aberto para encontros, conversas e troca de ideias.
Outro destaque deste ano é o lançamento de um periódico reflexivo sobre a linguagem circense, com textos de pesquisadores da área, como Júlia Henning (artista, gestora cultural e fundadora da Cia Instrumento de Ver), Cibele Appes (cineartivista), Bel Mucci (artista circense, socióloga, professora de artes aéreas circenses e pesquisadora) e Mafalda Pequenino (atriz e diretora de circo e teatro, coordenadora dos Pernaltas do Orun, do grupo afro Ilú Obá de Min).
Está prevista, ainda, uma residência de palhaços, para instigar o processo criativo colaborativo. Participam Tato Villanueva e Letícia Vetrano (palhaços argentinos e diretores), Bruno Saggese (Palhaço Mimo), Dani Maimoni (Palhaça Danisguela), Tiago Marques (Palhaço Ritalino), Ariadne Antico (Palhaça Birita) e Dani Majzoub (Palhaça Olívia).
Programação para assistir quando quiser
Durante o Festival, obras audiovisuais estarão disponíveis on demand. São documentários, séries e outras obras sobre o atual momento do circo no Brasil e no mundo, além de investigar temas importantes como a negritude.
Alguns grupos que estão na programação do Circos 2021, também vão ser tema de outros materiais exibidos nas redes do Sesc. Como o coletivo Prot{agô}nistas, que produziu um documentário artístico durante a pandemia sobre o lugar do artista negro e sua representatividade na cena cultural paulista. E da exibição de Vizinhos e Balbúrdia, do grupo Artinerant’s, que junto com CachimÔnia (uma das estreias deste ano), completam a trilogia que trata de forma divertida os encontros de um casal.
Será possível acompanhar também, por exemplo, “Palhaças do Mundo”, seriado documental que mapeia poeticamente o universo de mulheres palhaças espalhadas pelo globo, com direção de Manuela Castelo Branco. A série será lançada no SescTV, com 12 episódios que trazem entrevistas com Fran Marinho, Drica Santos, Nola Rae, Enne Marques, Nara Menezes, entre outras palhaças que vão contar um pouco sobre a criação de personagens, suas inspirações e até suas pesquisas sobre o mundo circense.
“Guarany - A história do circo dos pretos”, com direção de Mariana Gabriel, conta a história do Circo Theatro Guarany para resgatar a memória de negritude, racismo, questões de gênero, memória, terceira idade e até a arquitetura da antiga capital paulista dos anos 1940 e 1950. A diretora é bisneta de João (dono do circo do título) e traz à luz a história de sua família, em especial de sua mãe Deise Alves dos Reis Gabriel e da avó Maria Eliza, intérprete do Palhaço Xamego (uma mulher que se vestia de palhaço para trabalhar no circo do pai).
Haverá ainda a exibição de uma série de vídeos com apresentações circenses criadas especialmente para o meio audiovisual, feitas durante a pandemia. A série reúne mais de uma dezena de vídeos produzidos por profissionais de diversas partes do Brasil e do mundo, em trabalhos curtos, registrados nos mais diversos ambientes. Entre os artistas e grupos que que terão seus trabalhos exibidos estão Alice Rende, Daniel Seabra, Margarida Monteny, Kiriaki Baili e Luca Poit, e os grupos, Cia Duna, Cia Barnabô, Cia. do Relativo e Trupe Baião de Dois.
Os vídeos complementam a programação, mostrando a diversidade, a relevância e a amplitude das atividades circenses nos dias de hoje.
Circos – Festival Internacional Sesc de Circo
De 28 de agosto a 4 de setembro
Informações em circos.sescsp.org.br
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