Iniciativas, em parceria com a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência de SP, são voltadas às tecnologias assistivas
SÃO CARLOS/SP - Neste segundo semestre de 2024, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) passou a integrar dois novos Centros de Ciência para o Desenvolvimento (CCDs) voltados às tecnologias assistivas, financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Os CCDs têm a missão de buscar soluções para desafios previamente definidos pelas secretarias estaduais de São Paulo e, na última chamada, três projetos aprovados preveem a parceria com a Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, para pesquisa e desenvolvimento de tecnologias assistivas e acessibilidade.
Um dos CCDs que conta com a participação da UFSCar é o Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Tecnologia Assistiva (CMDTA), com sede na Faculdade de Ciências (FC) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), no campus de Bauru. A proposta reúne cientistas de nove campi diferentes da Unesp, junto a docentes da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal do ABC (UFABC), além da UFSCar. A iniciativa está estruturada em quatro linhas de pesquisa principais: novas tecnologias e materiais para tecnologias assistivas; novas tecnologias e materiais para dispositivos médicos, órteses e próteses; inteligência artificial e comunicação alternativa; e materiais pedagógicos digitais.
"Tínhamos muitos grupos trabalhando com tecnologia assistiva isoladamente no estado de São Paulo e este Centro vai permitir mais conversa entre nós, um trabalho mais forte e uma maior penetração, em termos de pesquisa, tanto no Brasil quanto no exterior. O Centro surgiu justamente da ideia de conectar pessoas que trabalham nessa área", afirma o professor Carlos Roberto Grandini, docente da FC-Unesp e pesquisador responsável pelo CMDTA.
A participação da UFSCar será encabeçada pelo Núcleo de Tecnologia Assistiva (NTA) do Campus Sorocaba que contribuirá, principalmente, com a pesquisa e desenvolvimento de materiais pedagógicos digitais, uma vez que já possui mais de vinte recursos didáticos em seu portfólio de produtos. A maioria desses recursos atende demandas identificadas colaborativamente com professores e alunos com deficiência visual de escolas da rede pública de ensino e foi produzida através de modelagem e impressão 3D.
"Atualmente, além de recursos para auxiliar o ensino de ciências em escolas da região de Sorocaba, os pesquisadores do NTA estão desenvolvendo produtos para auxiliar a realização de atividades de vida diária, como um dispositivo para deposição de creme dental para pessoas com deficiência visual, mesa retrátil para cadeiras de rodas e recursos sensoriais para pessoas com transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH)", conta o professor Cleyton Ferrarini, do Departamento de Engenharia de Produção do Campus Sorocaba (DEP-So), que coordena o NTA.
Marcos da Costa, Secretário de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, registra que "a articulação de parcerias entre os setores público e privado, visando o benefício direto da população com deficiência, é um elemento essencial de nossa atuação. Nesse sentido, destaca-se a importância do trabalho conjunto com universidades, tanto para colaborar na elaboração de políticas públicas, quanto para impulsionar pesquisas que resultem no desenvolvimento de soluções e iniciativas acessíveis a todos. Dessa forma, promovemos uma inclusão abrangente das pessoas com deficiência, utilizando as mais avançadas tecnologias assistivas disponíveis".
Acessibilidade em Libras
O segundo CCD que terá a participação de pesquisadores da UFSCar é o Centro de Ciência para o Desenvolvimento - Tecnologia Assistiva e Acessibilidade em Libras (CCD-TAAL), também uma articulação de caráter multidisciplinar, envolvendo pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde estará sediado, USP, UFSCar e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
O CCD-TAAL busca avançar no desenvolvimento de soluções que reduzam as barreiras de comunicação entre a comunidade surda e a ouvinte. O Centro se propõe a enfrentar esse desafio focando no desenvolvimento de abordagens para a tradução automática da Língua Brasileira de Sinais (Libras) para Português e vice-versa, explorando técnicas de aprendizado de máquina baseadas em redes neurais profundas. O projeto utilizará, portanto, da inteligência artificial para tornar a Libras mais acessível.
"A UFSCar é a única universidade no estado de São Paulo a oferecer um curso de graduação em Tradução e Interpretação de Libras e Língua Portuguesa. Em nove anos de curso, desenvolvemos, além da formação de profissionais, pesquisa no campo da tradução, no Laboratório de Tradução Audiovisual da Língua de Sinais, o Latravilis, o que permite a contribuição com uma experiência ligada aos estudos da tradução envolvendo o par linguístico Libras e Língua Portuguesa", destaca Vinícius Nascimento, professor do Departamento de Psicologia (DPsi) e responsável pela Secretaria Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (SAADE) da UFSCar.
Ele conta que, com a participação no CCD, a UFSCar foi contemplada com bolsas de iniciação científica e de mestrado, além de equipamentos para o Latravilis. A partir desses recursos, será possível contribuir, de forma efetiva, com o processo de tradução inicial dos textos experimentais. "Os estudantes também poderão participar da coleta de dados no Laboratório de Captação de Movimentos da Unicamp, produzindo a Libras para ser codificada e transformada em um avatar. Uma das frentes é, além disso tudo, discutir a viabilidade desse instrumento, bem como avaliá-lo junto às pessoas surdas em escolas e associações", detalha.
A participação da UFSCar nesse CCD confirma o crescimento do campo dos estudos da tradução e interpretação de língua de sinais, da educação bilíngue para surdos e dos estudos linguísticos da Libras na Instituição. "A nossa participação será essencial para o desenvolvimento do estudo, tanto do ponto de vista tradutório quanto avaliativo", conclui Nascimento.
Estudo convida mulheres que praticam ou praticaram a modalidade para preencherem questionário online
SÃO CARLOS/SP - Você pratica ou já praticou pole dance? Uma pesquisa na área da Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está convidando mulheres que praticam pole dance para participação online, através de questionários.
Entre os objetivos, o estudo busca avaliar o impacto que a prática do pole dance tem na autopercepção de mulheres em estúdios de dança brasileiros bem como analisar como o contato com outras mulheres durante as aulas influencia na autopercepção das praticantes. Além disso, o estudo quer compreender os efeitos que a prática de pole dance na relação da mulher com o próprio corpo.
"O pole dance é uma modalidade esportiva que conta com uma barra vertical para realização de movimentos acrobáticos ou de dança", define a estudante do curso de graduação da UFSCar, Ana Júlia Moreira Santos, responsável pela pesquisa. "O objetivo é avaliar o impacto do pole dance na vida das mulheres que o praticam em diferentes aspectos, desde socialização, autoimagem e motivação para prática de esportes".
O estudo "Percepções de pole dance entre mulheres brasileiras" é orientado pela professora Elizabeth Barham, do Departamento de Psicologia (DPsi), e tem apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Participação
Podem participar da pesquisa mulheres com mais de 18 anos praticantes de pole dance ou que já tenham praticado em algum momento, mesmo que somente uma aula. A participação é online, através de um questionário inicial, disponível no link https://bit.ly/estudopoledance
Dúvidas podem ser esclarecidas diretamente com a pesquisadora Ana Júlia Moreira pelo telefone (79) 99142-5374 (também WhatsApp) ou pelo e-mail anajuliamoreirasantos@
Evento recebeu mais de 5 mil estudantes dos ensinos Fundamental e Médio
SÃO CARLOS/SP - Em 2024, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) retomou a realização do evento Universidade Aberta em seus quatro campi - São Carlos, Araras, Sorocaba e Lagoa do Sino. O evento tem como objetivo apresentar a Universidade e os seus cursos para a comunidade externa, em especial, aos estudantes dos 8º e 9º anos do Ensino Fundamental, do Ensino Médio e de cursinhos pré-vestibulares de escolas públicas e privadas. A intenção também é aumentar o interesse desses jovens pelo conhecimento, pela ciência, pelas profissões e pela continuidade de seus estudos.
Na programação, foram montados estandes de apresentação dos cursos, e realizadas palestras, experimentos e visitas a bibliotecas e laboratórios de ensino e pesquisa.
Considerando os quatro campi, foram aproximadamente 5.500 estudantes visitando as dependências da UFSCar e conhecendo as oportunidades que a Universidade oferece. Apenas o Campus São Carlos, onde o evento foi realizado nos dias 12 e 13 de novembro, recebeu 4 mil alunos, de 74 escolas (35 públicas e 39 particulares), de 20 cidades diferentes.
"O Universidade Aberta tem uma abrangência enorme em todo o Estado de São Paulo e é um momento fundamental para mostrarmos aos jovens que a UFSCar oferta cursos de alta qualidade e gratuitos - o que muita gente ainda não sabe", afirma Rubens Durães, da Coordenadoria de Ingresso na Graduação (CIG) e responsável pela iniciativa em São Carlos.
Além de conhecer os cursos e a infraestrutura institucional, os visitantes recebem informações de como ingressar na Universidade e sobre o Programa de Assistência Estudantil, bolsas, auxílios e moradia, que visam à permanência dos estudantes de baixa renda na Universidade. "Também é possível tirar dúvidas e conhecer as experiências de professores e universitários que podem inspirar os jovens a apostar no Ensino Superior", completa Durães.
Neste ano, o Campus Sorocaba realizou o Universidade Aberta no dia 27 de novembro e recebeu cerca de 250 estudantes de escolas das cidades de Sorocaba, Votorantim, Piedade e São Miguel Arcanjo. Além de conhecerem os cursos, a biblioteca e os laboratórios, os visitantes puderam participar de experimentos científicos, de exposição de plantas e ganharam brindes. Essa edição foi realizada em escala piloto e formato remodelado, com convite a escolas selecionadas. "O evento no Campus Sorocaba, em novo formato, foi ótimo e conseguimos atender seis escolas públicas da região. A iniciativa é fundamental para aproximarmos a UFSCar da comunidade local, evidenciando que somos uma universidade pública, que não cobra mensalidades e que tem alta qualidade. Neste ano, a participação de bolsistas do Programa Graduação 10 na organização contribuiu muito para a qualidade das atividades propostas", afirma Ana Lúcia Brandl, Diretora do Centro de Ciências e Tecnologias para a Sustentabilidade (CCTS) e uma das coordenadoras do Universidade Aberta em Sorocaba.
Já em Lagoa do Sino, onde o evento recebe o nome de "Porteiras Abertas" - em referência à fazenda na qual o campus da UFSCar está instalado -, foram mais de mil visitantes, entre os dias 23 e 24 de outubro, conhecendo os cursos de graduação, os centros acadêmicos, o cursinho popular, os coletivos e a atlética, e participando de demonstrações práticas em laboratórios e de uma trilha ecológica pela fazenda. "O Porteiras Abertas é importante também para mostrar aos jovens que a universidade vai além do ensino formal de qualidade e oferece a possibilidade de desenvolvimento em outras áreas como o esporte, a música e as artes", aponta o professor Flavio Bianchini, da Coordenação Estágio, Pesquisa e Extensão do Campus Lagoa do Sino.
Retomada em Araras2024 marcou a retomada do Universidade Aberta no Campus Araras. No dia 26 de novembro, o Campus recebeu 220 estudantes que se surpreenderam com as estufas de produção de mudas, o laboratório de fauna e as diferentes atividades realizadas no Centro de Ciências Agrárias (CCA). "A população não sabe o que fazemos, o que produzimos, como e com o que trabalhamos, muitas vezes não tem expectativa em relação à universidade porque não sabe que há uma perto dela. O Universidade Aberta vem para ajudar a transformar essa realidade", afirma a professora Isabela Bozzini, do Departamento de Ciências da Natureza, Matemática e Educação (DCNME-Ar), que coordenou o evento ao lado da professora Camila Galindo, também do DCNME-Ar.
Para Ricardo Fujihara, Diretor do CCA, a realização do Universidade Aberta foi uma oportunidade incrível para os estudantes das escolas da região conhecerem os cursos, a infraestrutura, e as pesquisas realizadas no Campus Araras da UFSCar. "Os estudantes tiveram um bate-papo com os professores, aprenderam como é a forma de entrada na Universidade, além de conhecerem a biblioteca, os laboratórios e os nossos grupos de estudo. O evento contou com a presença da Vice-Prefeita eleita de Araras, Elaine Brambilla, e foi um momento importante para estreitar os laços com o município e destacar que a UFSCar é uma instituição de Ensino Superior pública, portanto, gratuita", destaca Fujihara.
Novas edições
A intenção é que o evento continue a ser realizado nos quatro campi pelos próximos anos. "A retomada em Araras e a realização do evento em Sorocaba em novo formato foram muito importantes, e a edição de 2024 servirá de referência para as próximas. Somos uma instituição multicampi e é fundamental que essas iniciativas aconteçam em todos eles, mostrando a abrangência da nossa Universidade e a qualidade de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão, trazendo os cursos de graduação cada vez mais para os projetos de vida dos nossos jovens", conclui Daniel Leiva, Pró-Reitor de Graduação da UFSCar.
SÃO CARLOS/SP - A Dinamo E-Racing, projeto da UFSCar que desenvolve carros elétricos de corrida, estará presente na abertura da temporada 2025 da Fórmula E com um estande exclusivo em São Paulo, no dia 7 de dezembro.
A Fórmula E é uma competição global semelhante à Fórmula 1, mas dedicada a veículos elétricos. O evento comemora 10 anos e apresenta o modelo Gen 3 EVO, capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 1,82 segundos - um recorde mundial para carros de competição. Durante as 10 horas de programação, os visitantes poderão aproveitar diversas atividades no fan-village, além de acompanhar treino, classificatória e corrida.
A Dinamo será a única equipe universitária com estande no evento, representando as equipes estudantis e a UFSCar. No estande, o carro elétrico da equipe estará em exibição, com distribuição de brindes exclusivos e atividades interativas para os visitantes. "Nosso objetivo é proporcionar uma experiência envolvente e inspiradora, que mostre o que uma equipe universitária dedicada é capaz de realizar, e incentivar o espírito inovador nos visitantes", afirmou Arthur Davi Dogani Hubinger, integrante da equipe.
O veículo totalmente elétrico da Dinamo E-Racing que será apresentado é resultado de meses de trabalho intenso, dedicação e inovação. Ele foi inteiramente projetado e construído pela equipe, com um motor com picos de 56 CV, peso aproximado de 250 kg e torque de 6,9 kgf.m - uma combinação de peso/potência que o coloca lado a lado com carros esportivos.
"Cada detalhe deste projeto reflete a paixão dos nossos membros pela engenharia e pelo automobilismo. Desde a concepção inicial, passando pelo desenvolvimento do chassi e dos sistemas elétricos, até os rigorosos testes de desempenho e segurança, nossa equipe multidisciplinar trabalhou incansavelmente para criar um carro eficiente e competitivo, respeitando as normas da Fórmula SAE. O resultado é um carro que representa não só um feito técnico, mas também um símbolo do potencial e da criatividade dos nossos estudantes", explicou.
A Dinamo E-Racing é formada por 34 integrantes dos mais diversos cursos da UFSCar. Predominam estudantes de Engenharia de Materiais, Engenharia Mecânica, Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação, mas também há alunos dos cursos de Linguística, Licenciatura em Física e Bacharelado em Computação.
"Estar presente na abertura da temporada da Fórmula E coloca a UFSCar no centro das atenções do automobilismo elétrico mundial. Este é um evento que celebra a inovação, a sustentabilidade e o avanço tecnológico - valores que estão no coração da nossa universidade. Para a UFSCar, esta é uma oportunidade única de mostrar ao mundo o trabalho de excelência desenvolvido por nossos estudantes. Participar da Fórmula E é também um reconhecimento do potencial da nossa comunidade acadêmica, abrindo portas para colaborações com empresas e atraindo novos talentos. É uma prova de que a UFSCar é um espaço onde se pensa e se constrói o futuro, unindo conhecimento teórico e prática aplicada", finalizou Hubinger.
Para mais informações sobre o evento e a Dinamo, acesse o Instagram.
IEAE-UFSCar promove evento para aproximar estudiosos de diferentes áreas e articular ações conjuntas
SÃO CARLOS/SP - No próximo dia 3 de dezembro, às 14h30, o Instituto de Estudos Avançados e Estratégicos (IEAE) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) promove a conferência "O sistema VIB (Valor Interno Bruto) - um modelo inovador para compreensão do bem-estar e felicidade visando a transformação social". O tema será apresentado por Jorge Oishi, docente aposentado do Departamento de Estatística da Universidade e pesquisador reconhecido por sua ampla experiência em pesquisas e Probabilidade e Estatística. O evento convida pesquisadores de todas as áreas do conhecimento para apresentação do projeto de Oishi que busca parcerias para desenvolvimento de pesquisas sociais, voltadas à transformação social a partir da realidade levantada junto à própria população. A conferência é gratuita e não é preciso fazer inscrição prévia.
O projeto de Jorge Oishi é pioneiro e tem como objetivo desenvolver uma série de estudos em São Carlos (SP) atuando em três frentes de trabalho - Valor Interno Bruto (VIB), satisfação da população com os serviços públicos e levantamento de problemas sociais reais para apresentar aos gestores. O projeto convida outros pesquisadores para desenvolverem estratégias interdisciplinares para levantar, identificar e tratar problemas sociais a partir das questões apresentadas pela sociedade.
Oishi é um pesquisador reconhecido por sua ampla experiência a partir da elaboração do Mapa da Felicidade do Estado de São Paulo, com mais de 6 mil entrevistas, do programa Testar para Cuidar, em São Carlos, que entrevistou cerca de 4 mil pessoas com o objetivo de identificar o nível de infecção da população no período da Covid-19, além de inúmeras pesquisas na área social realizadas em todo o país.
Adilson de Oliveira, diretor do IEAE, indica que a proposta de pesquisa do professor Oishi vai ao encontro dos objetivos do Instituto. "Como um dos nossos objetivos é a produção e disseminação de conhecimento inter e multidisciplinar, esse projeto se relaciona com o nosso propósito e será importante articular e aproximar todos os interessados em desenvolver esse trabalho", expõe Oliveira.
De acordo com Oishi, "a proposta de trabalho é pioneira no Brasil porque as pesquisas utilizarão amostras representativas da sociedade, incluindo todas as classes sociais, diferentemente de estudos que atuam apenas com alguns segmentos. "Esse projeto preenche uma lacuna importante de pesquisa social que reflita a realidade a partir do que a população apresenta, são levantamentos reais que podem embasar políticas públicas efetivas que favoreçam a real transformação social", reflete Jorge Oishi. Ele cita o exemplo do Butão, país do sul asiático que implantou o FIB - Felicidade Interna Bruta - como indicador de desenvolvimento e compromisso de construir uma economia adaptada à cultura do país, baseada em valores espirituais budistas. No caso do projeto VIB, proposto por Oishi, para iniciar em São Carlos (SP), a ideia é fazer um estudo social mais amplo, com amostra representativa da população do município e que tenha um período maior de acompanhamento das famílias participantes.
"Nosso objetivo é alcançar transformação social a partir da sociedade e da conscientização da pessoas para criarem um senso interno que as façam refletir sobre seus próprios atos", pontua o pesquisador, que já iniciou diálogos em várias esferas da sociedade, incluindo áreas da educação, comunicação, gestão administrativa e organizações como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Valor Interno Bruto
Durante o evento, Oishi vai apresentar as finalidades do projeto, especialmente o sistema VIB, que será aplicado em três etapas: a primeira envolve aproximação com as famílias que participarão do projeto por, pelo menos, um ano, abordando comportamentos éticos dos quais algum integrante do grupo familiar tenha sido vítima. A segunda etapa abordará a satisfação dessas famílias com os serviços públicos aos quais têm acesso e a terceira etapa levantará o grau de conhecimento dessas famílias sobre cidadania e direitos das pessoas.
Com o passar do tempo, as famílias poderão ser questionadas novamente sobre as temáticas das etapas, especialmente, a primeira, com o intuito de avaliar a percepção do comportamento ético externo e também do senso interno de cada integrante, indicando mudanças de posturas e relação social. Além disso, a partir da terceira etapa, a proposta do VIB é elaborar materiais sobre cidadania e direitos específicos para os graus de compreensão dos grupos familiares. Poderão ser materiais digitais, impressos, em vídeo, apenas áudio ou qualquer outro formato que se adapte às demandas de cada grupo. "A partir dos resultados dessas etapas, apresentaremos os levantamentos para os gestores públicos com o objetivo de embasar políticas públicas construídas a partir da realidade social do município que, consequentemente, terão impactos diretos nas necessidades da população", reflete Oishi.
O pesquisador expõe que "as questões sociais são complexas e precisam de um esforço interdisciplinar para buscar soluções para problemas reais". É nesse sentido que o projeto buscou parceria com o IEAE-UFSCar, para viabilizar parceria com pesquisadores de diferentes áreas que poderão desenvolver estudos com rigor ético e metodológico, abordando questões diversas e amplas com amostras sociais representativas. "É uma oportunidade diferenciada de estudo, com espaço para as mais variadas áreas do conhecimento, com know-how já consolidado em pesquisas sociais e que poderá ser replicado em diferentes municípios. Este projeto vai possibilitar a aproximação de fato da universidade à população local, preenchendo uma lacuna bastante sentida e importante para a sociedade", destaca Oishi.
SÃO CARLOS/SP - Na próxima semana, entre os dias 25 e 27 de novembro, a Unidade Saúde Escola (USE) da UFSCar promoverá a 1ª Semana de Segurança do Paciente, aberta a profissionais de saúde, pacientes e familiares, estudantes e demais interessados pela temática. A atividade é promovida pelo Núcleo de Segurança do Paciente (NSP), recentemente implantado na USE, e terá programação gratuita com orientação sobre higienização correta das mãos, segurança durante os atendimentos realizados na Unidade, apresentação do Plano de Segurança do Paciente 2024-205 do NSP-USE e sobre o Escritório de Gestão de Riscos e Notificações.
De acordo com Carla Polido, diretora técnica da USE e docente do Departamento de Medicina da UFSCar, a Segurança do Paciente é uma estratégia para evitar/minimizar eventos adversos associados ao cuidado de pacientes, e que não tenham relação com os agravos de saúde que levaram o indivíduo à rede de saúde. "Os incidentes associados ao cuidado de saúde, e em particular os eventos adversos (incidentes com danos ao paciente), representam uma elevada morbidade e mortalidade nos sistemas de saúde. Portanto, trata-se de uma iniciativa internacional e uma política pública brasileira desde 2013", pontua Polido. Ela complementa que o Programa de Segurança do Paciente (PSP) tem como objetivos organizar os conceitos e as definições sobre segurança do paciente e propor medidas para reduzir os riscos e diminuir os eventos adversos, e envolve principalmente as equipes técnicas das redes de saúde, mas também os pacientes e seus acompanhantes/familiares.
O objetivo geral do PSP é contribuir para a qualificação do cuidado em saúde, em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional, públicos ou privados. Na USE, o NSP busca identificar características das ações de atenção à saúde realizadas na Unidade, traçando estratégias específicas para cada situação. "É função do NSP-USE promover a articulação dos processos de trabalho e das informações que impactam em riscos ao paciente", explica.
Dentre as atividades do NSP da USE está a realização dessa 1ª Semana da Segurança do Paciente. No dia 25/11, será exposto um estande no saguão principal da Unidade com explicações sobre higiene adequada das mãos; e no dia 26/11, haverá uma apresentação no Auditório da USE, onde a professora Cristina Ortiz, do Departamento de Medicina da UFSCar, abordará a segurança do paciente, e a fisioterapeuta Karina Rabelo da Silva, junto com a enfermeira Manoela Grossi, ambas da USE, explicarão sobre o plano de segurança do paciente com vigência 2024-2025. Nos dias 26 e 27/11, será a apresentação sobre o Escritório de Gestão de Riscos e Notificações (EGRN), com o tema "Aprender a notificar um incidente".
A partir das atividades atividades programadas, "vamos ter a oportunidade de apresentar o PSP e interagir com a comunidade para aprimorar as propostas iniciais do Núcleo", conclui Carla Polido.
Em uma partida de 2h30, universitárias comemoraram o primeiro título da Copa AVS/Smec ao vencerem por 3 sets a 2
A 9ª Copa AVS/Smec tem uma campeã inédita: A UFSCar. Em uma partida recheada de emoção e adrenalina, a equipe comemorou o primeiro título ao vencer a AVS/Smec por 3 sets a 2 na noite de quarta-feira, 20, no ginásio municipal de esportes José Eduardo Gregoracci, no Jardim Santa Felícia.
Foram 2h30 de intensidade envolvendo todas as atletas, em parciais decididas no detalhe. Elas foram de 25/22, 23/25, 21/25, 25/19 e 15/13.
As universitárias saíram na frente ao vencer o set inicial, mas levaram a virada e a AVS/Smec venceu os dois sets seguintes. Porém, com muita determinação e na superação, uma nova virada e vitória inédita por 3 a 2.
Nas fases anteriores, a AVS/Smec atual campeã, estava invicta e era considerada a favorita a conquista de mais um título. Esta foi a primeira (e única) derrota da experiente e tradicional equipe são-carlense.
No emocionante jogo, a levantadora Júlia foi a MVP da partida, arbitrada por Demerval Mascarin e Alessandra Borges. Apontador: Narciso Borges.
AVS/Smec: Jezinha, Thassi, Patrícia, Maju, Karine, Jenifher, Bárbara, Dani, Márcia, Luciana, Mônica, Bia, Juliana e Cássia. Técnica: Sandra Mara.
UFSCar: Marina, Paloma, Lívia, Lisa, Natália, Mayra, Júlia, Mika, Heloísa e Ana Beatriz. Técnico: Lucas.
SÃO CARLOS/SP - Imagem produzida no projeto de doutorado do aluno Otávio Henrique Borges, sob orientação do professor Victor Carlos Pandolfelli, no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais (PPGCEM) da UFSCar, conquistou o prêmio de melhor imagem na categoria de microscopia eletrônica de varredura, na prestigiada competição promovida pela Divisão de Ciência Básica da American Ceramic Society.
A imagem premiada foi capturada no Laboratório de Caracterização Estrutural (LCE), utilizando o Microscópio Mira, da fabricante TESCAN. Ela revela a formação de espinélios ao longo dos planos {100} em uma matriz de periclasio eletrofundido, criando um padrão visual que impressionou pela semelhança com uma bola de tênis quicando em uma quadra de saibro. O concurso, além de seu apelo estético, tem o objetivo de atrair um público mais amplo e despertar o interesse de novos estudantes para a fascinante área dos materiais cerâmicos.
O concurso ocorreu durante o MS&T 2024, um dos maiores congressos da área de materiais, realizado em Pittsburgh, Estados Unidos, que reuniu mais de 2500 participantes de diversos países.
Sobre o projeto
As cerâmicas refratárias - materiais críticos para processos que operam em alta temperatura (superiores a 1.200°C) e, por isto, utilizadas ??em uma ampla gama de indústrias, incluindo aço, cimento, metais não-ferrosos e vidro, desempenham papel fundamental ao permitirem um controle adequado das variáveis de processamento de cada um desses materiais. Porém, as crescentes demandas por materiais eco-amigáveis e com desempenho aprimorado têm gerado a necessidade do desenvolvimento de matérias-primas altamente beneficiadas em detrimento das naturais, largamente utilizadas até hoje.
Neste contexto, vem sendo dada cada vez mais atenção às cerâmicas de composição complexa, nas quais a desordem atômica gera conjuntos de propriedades dificilmente obtidos com o uso de materiais tradicionais.
No projeto de pesquisa desenvolvido por Borges, ferramentas computacionais e técnicas avançadas de caracterização vêm sendo utilizadas para propor materiais eco-amigáveis de composição complexa que possam substituir os industrialmente utilizados agregados de magnésia-cromo eletrofundidos que, apesar do alto desempenho, são tóxicos.
Eventos de iniciação científica movimentaram os quatro campi da Universidade nos dias 12 e 13 de novembro
SÃO CARLOS/SP - Nos dias 12 e 13 de novembro, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) realizou em seus quatro campi o 30º Congresso de Iniciação Científica (CIC), o 15º Congresso de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (CIDTI) e o 3º Congresso de Iniciação Científica do Ensino Médio (CIC-EM), eventos anuais que têm como objetivo promover, discutir e divulgar os resultados dos projetos de pesquisas científicas e tecnológicas feitas por estudantes de graduação da UFSCar e por alunos do Ensino Médio da rede pública de Educação.
Neste ano, a programação dos três congressos ganhou reforço extra, com a realização conjunta do XI Congresso de Extensão (ConEx) e do XIV Seminário de Ensino de Graduação (SEGrad), cujo tema foi "Inteligência Artificial no Ensino de Graduação". O SEGrad é voltado ao corpo docente da Universidade e visa oferecer oportunidades para reflexão conjunta e troca de experiências entre professores dos cursos de graduação, bem como propor novas possibilidades de práticas pedagógicas no Ensino Superior. Já a proposta do ConEx é apresentar a produção extensionista da Universidade, articulada com o ensino e a pesquisa, e promover fóruns de debate sobre temáticas importantes para a extensão universitária.
A abertura dos eventos contou com a presença da Vice-Reitora da UFSCar, Maria de Jesus Dutra dos Reis; do Pró-Reitor Adjunto de Extensão, Alexandre Rodrigo Nishiwaki da Silva; do Coordenador dos Programas de Iniciação Científica e Tecnológica, Fillipe Vieira Rocha; e da Diretora da Divisão de Desenvolvimento Pedagógico, Aline de Fatima Cruz Rodrigues. Depois da abertura solene, foi realizada mesa de debates sobre "Ensino, Extensão e Pesquisa na UFSCar: um olhar para o futuro da indissociabilidade", com participação de Daniel Rodrigo Leiva, Pró-Reitor de Graduação; Ducinei Garcia, Pró-Reitora de Extensão; Luiz Eduardo Moschini, Pró-Reitor Adjunto de Pós-Graduação; e Moacir Rossi Forim, Coordenador de Infraestrutura para Pesquisa.
Durante os dois dias, os quatro campi da UFSCar movimentaram um público bastante numeroso. Considerando o CIC, CIDTI e CIC-EM foram 995 participantes inscritos como apresentadores de trabalhos nas modalidades oral e pôster e em todas as áreas do conhecimento. "Essa participação tão representativa revela a importância do incentivo à pesquisa na graduação e como a UFSCar tem enorme potencial na formação de jovens cientistas", destaca Leiva.
Gabriel de Oliveira é um deles. Estudante do curso de Biotecnologia no Campus Araras, ele desenvolve projeto de iniciação científica na área de Microbiologia Industrial. "Pesquiso o crescimento de microalgas em diferentes temperaturas. As vivências dentro do laboratório são muito ricas e o conhecimento científico pode ser aplicado em todas as esferas da vida", afirma ele.
Já Giovanna de Castro, estudante de Fisioterapia no Campus São Carlos, apresentou os resultados de sua pesquisa sobre fibromialgia e novos protocolos de tratamento.
"O contato com os pacientes foi muito importante para a minha formação profissional e, além disso, aprendi muito com o trabalho em equipe", destaca ela. No Campus Sorocaba, Glaucia Isabel de Andrade, formada em Ciências Biológicas e atualmente mestranda Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Uso de Recursos Renováveis (PPGPUR), compartilhou o conhecimento adquirido em seu projeto de iniciação científica sobre a formação de microplásticos no meio ambiente. "A pesquisa expandiu meus horizontes e a minha forma de enxergar o mundo", garante.
Para a professora Andreia Pereira Matos, do Centro de Ciências da Natureza (CCN) no Campus Lagoa do Sino, a iniciação científica é fundamental para todo estudante de graduação seja aquele interessado em seguir uma carreira científica ou em ingressar no mercado de trabalho. "Estar em um grupo de pesquisa vai permitir o desenvolvimento de habilidades que farão a diferença na vida profissional desses jovens ", defende ela.
O encerramento conjunto dos eventos teve a participação do professor Antonio Alvaro Soares Zuin, do Departamento de Educação (DEd), falando sobre a "Pedagogia do arquivo: produção e difusão do conhecimento na era da inteligência artificial".
SÃO CARLOS/SP - O projeto "Ebserh em Ação" reúne 44 hospitais federais distribuídos em todo o País. Trata-se de um esforço nacional para ampliar os atendimentos por meio de cirurgias, exames e procedimentos. A ação será realizada até 14 de dezembro com o "Dia E", momento em que todas as unidades farão um balanço da campanha.
A meta da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) é que as unidades hospitalares participantes aumentem em, no mínimo, 20% a realização de procedimentos, projetando-se mais de 3 mil cirurgias e 18 mil exames e procedimentos ao final da inciativa. O esforço conjunto também faz parte do Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas (PNRF), do Ministério da Saúde.
HU-UFSCar
No Hospital Universitário (HU) da UFSCar, as atividades relacionadas à campanha "Ebserh em Ação" tiveram início no último dia 2/11, com a realização de 72 exames: ultrassom geral (28 exames); doppler vascular (21 exames); eletrocardiograma (16 exames); e colonoscopia (sete exames). Na segunda-feira (4/11), foram realizados mais 56 exames de ultrassom geral.
A programação prosseguiu no dia 15/11, com as seguintes ações: ultrassom geral (28 exames); doppler vascular (21 exames); eletrocardiograma (20 exames); e espirometria (20 exames). Para o dia feriado do dia 20 de novembro, estão previstos: ultrassom geral (28 exames); doppler vascular (21 exames); e colonoscopia (sete exames).
Rede Ebserh
O HU-UFSCar faz parte da Rede Ebserh desde outubro de 2014. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de Saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
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