AFEGANISTÃO - O líder da Al Qaeda, Ayman al-Zawahiri, foi morto em um ataque dos Estados Unidos no Afeganistão no fim de semana, disse o presidente norte-americano, Joe Biden, nesta segunda-feira (1º), no maior golpe para o grupo militante desde que seu fundador, Osama bin Laden, foi morto em 2011.
Zawahiri, um cirurgião egípcio que tinha uma recompensa de US$ 25 milhões por sua cabeça, ajudou a coordenar os ataques de 11 de setembro de 2001 que mataram quase 3 mil pessoas nos EUA.
Autoridades norte-americanas, falando sob condição de anonimato, afirmaram que os EUA realizaram um ataque de drone em Cabul, a capital afegã, às 6h18 no horário local.
"Agora a justiça foi feita e esse líder terrorista não existe mais", disse Biden em declaração na Casa Branca. "Nós nunca recuamos."
A inteligência dos EUA determinou com "alta confiança" que o homem morto era Zawahiri, disse um alto funcionário do governo a repórteres. Nenhuma outra vítima ocorreu.
"Zawahiri continuava a representar uma ameaça ativa às pessoas, aos interesses e à segurança nacional dos EUA", disse o funcionário em uma teleconferência. "Sua morte é um golpe significativo para a Al Qaeda e degradará a capacidade de operação do grupo."
Houve rumores da morte de Zawahiri várias vezes nos últimos anos, e há muito tempo se diz que ele estava com problemas de saúde.
Sua morte levanta questões sobre se Zawahiri recebeu refúgio do Taliban após a tomada de Cabul em agosto de 2021.
O ataque de drone é o primeiro ataque conhecido dos EUA no Afeganistão desde que tropas e diplomatas dos EUA deixaram o país em agosto de 2021.
A operação pode reforçar a credibilidade das afirmações de Washington de que os Estados Unidos ainda podem enfrentar ameaças dentro do Afeganistão sem uma presença militar no país.
Em um comunicado, o porta-voz do Taliban Zabihullah Mujahid confirmou que um ataque ocorreu e o condenou veementemente, chamando-o de violação de "princípios internacionais".
O paradeiro de Zawahiri --com rumores apontando para a área tribal do Paquistão ou dentro do Afeganistão-- era desconhecido até o ataque.
Um vídeo divulgado em abril no qual ele elogiava uma muçulmana indiana por desafiar a proibição de usar um véu islâmico dissipou os rumores de que ele havia morrido.
Uma forte explosão ecoou por Cabul na manhã de domingo.
"Uma casa foi atingida por um foguete em Sherpoor. Não houve vítimas porque a casa estava vazia", disse Abdul Nafi Takor, porta-voz do Ministério do Interior, mais cedo.
Uma fonte do Taliban, pedindo anonimato, afirmou que houve relatos de pelo menos um drone sobrevoando Cabul naquela manhã.
Acredita-se que Zawahiri, com outros membros de alto escalão da Al Qaeda, tenha planejado o ataque de 12 de outubro de 2000 ao navio USS Cole no Iêmen, que matou 17 marinheiros norte-americanos e feriu mais de 30 outros, disse o site Rewards for Justice.
Ele foi indiciado nos EUA por participação nos atentados de 7 de agosto de 1998 contra as embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia que mataram 224 pessoas e feriram mais de 5.000.
Por Idrees Ali e Jeff Mason - Repórteres da Reuters
SÃO CARLOS/SP - A Câmara Municipal realizou na última sexta-feira (29), no Edifício Euclides da Cunha, a sessão solene de entrega dos títulos de comerciantes dos anos de 2020, 2021 e 2022, bem como, os comerciantes homenageados do mesmo período, eleitos pela Associação Comercial de São Carlos (ACISC), em reconhecimento aos relevantes serviços prestados ao desenvolvimento do município.
A solenidade foi presidida pelo vereador e presidente da Câmara Roselei Françoso, e contou com o vereador Marquinho Amaral como orador oficial. Estiveram presentes também, o presidente da OAB São Carlos, Renato Barros, a secretária da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Amariluz Garcia Ferreira, representando o prefeito, o presidente da ACISC, José Fernando Domingues, o vice-presidente do Sincomercio João Vagner Luzzi, e o vereador André Rebello.
Na solenidade, foram homenageados os Comerciantes do Ano Hamilton Carlos Campanini – Nanmi Gastronomia e Bar Ltda (edição de 2022), Daniele Fernanda Favoretto Valenti – CATE Valenti (edição de 2021) e Danilo Loretto – Sumirê (edição de 2020). Receberam o título de Comerciante Homenageado Jaime Celso Bruno – Jayme Modas (edição de 2022), Edison de Oliveira Cardoso – Kilomodas (edição de 2021) e Lucilene Gentil Moreira Pugliesi – Cacau Show (edição de 2020).
O título de Comerciante do Ano é atribuído a comerciantes que tiveram significativo sucesso empresarial nos anos recentes e o de Comerciante Homenageado do Ano premia varejistas com mais de 20 anos na atividade. A solenidade na Câmara foi oficializada pela Lei Municipal No.7435, de 1975.
SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) realizou nesta última semana melhorias na sinalização no bairro Jardim dos Coqueiros. As benfeitorias foram implantadas na entrada do bairro (instalação de uma rotatória) e nas proximidades da Escola Estadual “Professor Aduar Kemell Dibo”, atendendo ao pedido do vereador Bruno Zancheta (PL).
O parlamentar esteve recentemente in loco e constatou naquele momento que as sinalizações verticais e horizontais estavam apagadas, necessitando de uma intervenção do poder público. Ele protocolou requerimentos na Câmara Municipal e levou a demanda ao conhecimento do Poder Executivo, que acatou e executou sua demanda.
“Quero agradecer ao secretário de Transporte e Trânsito, Paulo Luciano e ao diretor do Departamento de Trânsito, Sebastião Santos, por atender um pedido da população encaminhado através do nosso mandato. Quem ganha com isso são os munícipes, que tem um trânsito mais seguro para pedestres e veículos”, declarou o vereador.
CURITIBA/PR - Convidado para ser candidato à Presidência da República no domingo (31) durante a convenção do partido, o senador Alvaro Dias (Podemos-PR) diz ter ficado perplexo, porque não havia sido consultado antes. "Não estava combinado", afirma.
O parlamentar pretende avaliar junto com o Podemos se a empreitada vale a pena, tendo em vista um cenário de consolidação da polarização entre esquerda e direita. "Se for analisar pesquisas, ninguém sai candidato. Ser for, seria à espera do inusitado, de um fato novo que altere o quadro. Seria apostar no improvável", declara.
Ele sustenta que, qualquer que seja a decisão, não haverá influência da mudança do domicíilio eleitoral do ex-juiz Sergio Moro (União-PR), que concorrerá à única vaga no Senado, à qual também almeja. "Não altera em nada."
O Podemos realizou sua convenção nacional no domingo (31) e formalizou o convite para Dias disputar a Presidência. O senador pediu um prazo para pensar.
O partido vinha se planejando para lançar Moro ao Planalto, mas o ex-magistrado mudou para o União Brasil no limite da janela partidária.
Fábio Zanini / FOLHA
SENEGAL - A coalizão de governo do presidente senegalês Macky Sall reivindicou a vitória nas eleições legislativas de domingo, enquanto a oposição rejeitou a afirmação como uma "maioria pré-fabricada".
"Vencemos em 30 departamentos dos 46 da nação e nos distritos eleitorais no exterior", afirmou Aminata Toure, líder da coalizão presidencial.
"Isto, de maneira indubitável, nos dá a maioria na Assembleia Nacional", acrescentou na noite de domingo.
"Conquistamos uma maioria na Assembleia Nacional para o presidente da nossa coalizão, Sall", destacou Toure, sem revelar o número de cadeiras obtidas ou se a coalizão conquistou a maioria absoluta ou relativa.
Toure admitiu, no entanto, que a coalizão de governo foi derrotada na capital Dacar.
A oposição rebateu de maneira imediata as afirmações de Toure.
Barthelemy Dias, líder da principal coalizão opositora, comandada pelo ex-candidato à presidência Ousmane Sonko, afirmou à emissora RFM que o governo usa "mentiras vulgares" e cita uma "maioria pré-fabricada".
"A coabitação é inevitável. Eles perderam esta eleição a nível nacional. Nós não vamos aceitar. Este abuso não vai acontecer", declarou Dias, que também é prefeito de Dacar. A oposição esperava que as eleições determinassem a coabitação, ou um governo dividido, e para impedir quaisquer aspirações de Sall para um terceiro mandato.
As eleições eram consideradas um teste para o governo, depois que a oposição venceu as eleições locais de março nas principais cidades do país, incluindo a capital Dacar.
A oposição acusa Sall, de 60 anos, de querer ultrapassar o limite de dois mandatos e concorrer novamente em 2024.
Ele foi eleito em 2012 para um primeiro mandato de sete anos e reeleito em 2019 para outros cinco.
Sall permanece vago sobre o assunto, mas qualquer perda de apoiadores nas legislativas poderia atrapalhar seus planos.
Sete milhões de senegaleses estavam registrados para votar e as eleições aconteceram sem incidentes.
O índice de participação ainda não foi divulgado oficialmente pelas autoridades.
A Comissão Eleitoral Nacional mobilizou 22.000 observadores em todo o país.
A votação em turno único decide o Parlamento de 165 assentos - atualmente controlado pelos partidários do presidente - pelos próximos cinco anos.
SÃO CARLOS/SP - “Um marco da reação da sociedade brasileira contra o golpismo e um alerta contra aqueles que buscam o retrocesso a um período nefasto e obscurantista que o país já sepultou”. Assim o vereador Azuaite Martins de França (Cidadania), presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal de São Carlos, qualificou a carta em defesa da democracia, lançada nesta semana pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), da qual foi um dos signatários iniciais.
O manifesto está mobilizando a sociedade civil num movimento que Azuaite compara às articulações das Diretas-Já nos anos 80, que contribuíram para o fim do regime militar e a redemocratização do país.
Entre as personalidades que primeiro assinaram o documento estiveram ex-ministros como Pedro Malan e Armínio Fraga e ministros aposentados do Supremo Tribunal Federal (STF) como Ayres Britto, Carlos Velloso, Celso de Mello, Ellen Gracie, Eros Grau, Marco Aurélio Mello e Sepúlveda Pertence e também o padre Júlio Lancelotti e artistas como Chico Buarque e Arnaldo Antunes, além de banqueiros, empresários e cidadãos da sociedade civil.
O documento da USP é uma reação aos ataques sem provas do presidente Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral brasileiro — pelo qual ele foi eleito nas últimas três décadas, sem contestações.
Azuaite observou que “o Brasil não ficará refém das ameaças de um governante incompetente, porque o Brasil é maior do que aqueles que tentam usurpar nossa democracia e o Estado de Direito”. Já em setembro do ano passado, num alerta contra as declarações golpistas do presidente da República, o vereador reuniu em São Carlos partidos políticos, sindicatos, associações e parlamentares na articulação de uma Frente em Defesa da Democracia, em oposição à "escalada do nazifascismo no país".
Com relação à Carta da Faculdade de Direito da USP, Azuaite ratificou seu teor, assinalando que as eleições brasileiras com o processo eletrônico de apuração têm servido de exemplo no mundo. "Tivemos várias alternâncias de poder com respeito aos resultados das urnas e transição republicana de governo. As urnas eletrônicas revelaram-se seguras e confiáveis, assim como a Justiça Eleitoral", ressaltou o texto.
Azuaite também concorda com a afirmação do manifesto de que é preciso que os brasileiros fiquem alertas na defesa da democracia e do respeito ao resultado das eleições. “O Brasil será um pária no contexto internacional caso se sujeite aos arroubos autoritários e não caminhe na normalidade democrática”, declarou.
Uma versão em inglês da carta foi lançada na última quinta-feira (28), já que os Estados Unidos, depois do Brasil, são o segundo país com o maior número de acessos, seguido por Portugal, Reino Unido e Alemanha. Para subescrever o documento acesse https://www.
NOVA YORK - A governadora do estado de Nova York, nos Estados Unidos, Kathy Hochul, declarou estado de emergência por conta da disseminação da varíola dos macacos.
"Estou declarando uma emergência estadual de desastre para fortalecer nossos esforços contínuos para enfrentar o surto de varíola dos macacos", escreveu no Twitter Hochul, na sexta-feira (29).
Segundo a governadora, um em cada quatro casos da doença no país estão em Nova York, que também registra um grande impacto nos grupos de risco.
Nesta semana, Brasil e Espanha registraram as primeiras mortes em decorrência da varíola dos macacos fora do continente africano.
Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde declarou estado de emergência global por conta do surto.
SÃO CARLOS/SP - O vereador Bruno Zancheta (PL), tem batalhado desde o início do seu mandato por melhorias na área da educação. Visitando as escolas, o parlamentar percebeu uma demanda que se tornou recorrente: a falta de nomenclaturas das unidades escolares, com a ausência de identificação através de placas e sinalizações.
Ele encaminhou documentos e teve reuniões na Secretaria de Educação, cobrando o poder público para que realizasse a implantação de tal medida. A Prefeitura atendeu ao pedido do vereador e iniciou a colocação das placas nas CEMEIS Benedita Stahl Sodré, no Jardim Beatriz, Homero Frei, no Santa Felícia, Helena Dornfeld, na Vila São José, Cecília Rodrigues, no Jardim São Carlos e Marli de Fátima Alves, no Bairro São Carlos VIII.
“A implantação da identificação nas escolas é um elemento visual que facilita o acesso à escola e organiza o fluxo de toda comunidade escolar, além é claro, de tornar a escola mais bonita e organizada e valorizar o trabalho de nossos Professores/servidores. Nossa luta é para que todas as escolas recebam esse novo letreiro”, argumentou Bruno Zancheta.
BRASÍLIA/DF - A Pesquisa Datafolha realizada na quarta (27) e quinta-feira (28), mostra que Jair Bolsonaro (PL), teve uma leve mudança em relação ao voto dos mais pobres, porém ainda continua atrás de Lula (PT).
De acordo com a pesquisa de junho, as intenções de voto em Bolsonaro estão entre os que ganham até 2 salários mínimos mensais passaram de 20% para 23%, dentro da margem de erro de 2,7 pontos percentuais. Já o petista oscilou negativamente, de 56% para 54%. Portanto, a diferença entre os dois passou de 36 para 31 pontos percentuais nessa faixa de renda.
Por outro lado, o mandatário viu cair sua vantagem sobre o petista entre os mais ricos, ainda que também esteja dentro das margens de erro. A distância entre os dois passou de 15 para 10 pontos percentuais no grupo com renda de 5 a 10 salários mínimos é de 12 para 8 pontos no grupo acima de 10 salários. O atual presidente ainda lidera nesses dois segmentos, com 44% e 41% dos votos, respectivamente.
52% do total do eleitorado brasileiro ganha até 2 salários mínimos, 32% ganha de 2 a 5 salários mínimos, 8% ganha de 5 a 10 salários mínimos e 3% recebe acima disso, segundo o próprio instituto de pesquisa, Datafolha.
Essa última pesquisa foi feita nesta semana com 2.556 eleitores acima dos 16 anos em 183 cidades. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-09088/2022.
Um dado muito importante em se observar é que esta análise sobre as faixas de renda foi considerada a pergunta estimulada, ou seja, em que os candidatos são nominalmente apresentados aos entrevistados.
A margem de erro total é de dois pontos percentuais, para mais ou menos.
PARIS - Em meio a críticas nacionais e internacionais, o presidente francês, Emmanuel Macron, recebeu na quinta-feira (28) o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, também conhecido como (MBS) para um jantar de trabalho em Paris.
Bin Salman, governante de fato da Arábia Saudita, está em sua primeira viagem oficial à Europa desde o assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi, em 2018, na embaixada do país em Istambul. Bin Salman é acusado pelos serviços secretos americanos de ter aprovado a operação que matou o jornalista.
O encontro com Macron é o mais recente sinal da reaproximação do Ocidente com o governante saudita, após quase quatro anos de isolamento internacional. Antes de viajar a Paris, bin Salman esteve na Grécia, onde se reuniu com autoridades.
A visita à Europa ocorre em um momento em que o Ocidente corteja o principal produtor de petróleo do mundo em meio à guerra na Ucrânia e às negociações nucleares vacilantes com o Irã.
A primeira-ministra francesa, Elisabeth Borne, disse que Macron questionaria o príncipe sobre questões de direitos humanos, mas também buscaria garantir o fornecimento de energia de outros lugares que não a Rússia.
"Obviamente, não se trata de deixar de lado nossos princípios. Não se trata de questionar nosso compromisso em favor dos direitos humanos. O presidente certamente terá a oportunidade de conversar sobre isso com Mohammed bin Salman", afirmou Borne.
"Em um contexto em que sabemos que a Rússia está cortando e ameaçando cortar ainda mais o fornecimento de gás, e onde temos tensões sobre os preços da energia, acho que os franceses não entenderiam se não falássemos com os países que são precisamente produtores de energia'', justificou ela.
Macron amplamento criticado
A noiva de Khashoggi, Hatice Cengiz, expressou indignação com a decisão de Macron.
"Estou escandalizada e indignada que Emmanuel Macron esteja recebendo, com todas as honras, o carrasco de meu noivo, Jamal Khashoggi", disse Hatice Cengiz.
"O aumento nos preços da energia por causa da guerra na Ucrânia não pode justificar isso. Em nome da suposta realpolitik, nós absolvemos a pessoa responsável pela política saudita em relação aos oponentes políticos", disse ela.
O grupo Democracy for the Arab World Now (DAWN), com sede em Washington, entrou com uma ação na França contra o líder saudita.
"Como parte das convenções da ONU contra tortura e desaparecimentos forçados, a França é obrigada a investigar um suspeito como Bin Salman se ele estiver em território francês", disse Sarah Leah Whitson, diretora executiva do DAWN.
Outra ONG, a TRIAL International, com sede na Suíça, apresentou uma queixa nesta quinta-feira.
Políticos franceses também manifestaram sua desaprovação com o encontro. "O corpo desmembrado do jornalista Khashoggi está no cardápio do jantar entre Macron e MBS?", escreveu no Twitter o político ambientalista francês Yannick Jadot, que disputou o primeiro turno das eleições presidenciais no início deste ano.
A viagem do príncipe herdeiro à Europa ocorre semanas após uma visita do presidente dos EUA, Joe Biden, à Arábia Saudita.
"A reabilitação do príncipe assassino será justificada na França como nos Estados Unidos por argumentos de realpolitik. Mas, na verdade, é a barganha que predomina, convenhamos", escreveu a secretária-geral da Anistia Internacional, Agnes Callamard, no Twitter.
Ao se encontrarem em Jeddah, Biden e bin Salman cumprimentaram-se de forma fria, apenas com um "choque de punhos".
Embora o governo americano afirme que o cumprimento, que remete a certo distanciamento, ocorreu por precauções contra a covid-19, jornalistas especulam que Biden teria evitado apertar a mão de Salman por seu histórico de desrespeito à imprensa e aos direitos humanos. Desta forma, uma foto dos dois se cumprimentando calorosamente não cairia bem ao americano.
Jornalista crítico ao reino saudita
Khashoggi era residente nos Estados Unidos, onde trabalhava como colaborador do jornal americano The Washington Post. Em 2 de outubro de 2018, ele compareceu ao consulado saudita em Istambul para preencher documentos a fim de se casar com sua noiva turca.
Segundo autoridades americanas e turcas, um esquadrão saudita que o aguardava no local o estrangulou e desmembrou seu corpo, que nunca foi recuperado. O jornalista era um crítico da concentração autoritária de poder por Mohammed bin Salman e escreveu vários artigos que denunciavam o príncipe.
Em fevereiro deste ano, o governo americano divulgou um relatório de inteligência sugerindo que Bin Salman, que exerce a função de chefe de governo no reino saudita, estaria por trás da morte do jornalista.
O documento, tornado público pelo governo do presidente Joe Biden, afirma ser altamente improvável que o assassinato de 2018 tenha ocorrido sem o aval do príncipe.
A ação se encaixaria em um padrão adotado por Bin Salman de "apoiar medidas violentas contra dissidentes no exterior", diz o texto. O príncipe saudita, contudo, nunca foi alvo de sanções americanas.
(AFP, AP, dpa, Reuters)
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