BRASÍLIA/DF - A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, preparou um guia com orientações e direitos assegurados pelo Código de Defesa do Consumidor para orientar os brasileiros a aproveitarem as promoções da Black Friday de forma mais segura e consciente. O evento comercial deste ano ocorre em 29 de novembro.
Acesse aqui o Guia de Defesa do Consumidor para a Black Friday.
“[O guia] surge em um contexto de crescimento das compras online no Brasil e do aumento das reclamações durante grandes eventos de promoção, como ofertas falsas, preços inflacionados antes dos descontos e problemas na entrega de produtos”, explicou a Senacon.
Na edição de 2023, as plataformas de proteção ao consumidor receberam mais de 7 mil queixas de cidadãos frustrados com falsas promessas de descontos e de vantagens. O objetivo agora é oferecer as ferramentas necessárias para identificar promoções reais e evitar práticas abusivas.
A Senacon informou ainda que vai monitorar o mercado e atuar em parceria com órgãos de defesa do consumidor para coibir irregularidades e aplicar sanções a empresas que desrespeitarem os direitos dos consumidores.
A secretaria também incentiva o uso da plataforma Consumidor.gov.br para a resolução direta de conflitos entre consumidores e empresas cadastradas. “Mais de 80% das reclamações registradas no portal têm desfecho positivo”, diz o texto.
O guia destaca pontos que os consumidores devem observar antes, durante e depois da compra:
- Pesquisa prévia de preços: para evitar armadilhas, a Senacon recomenda monitorar os preços com antecedência. Ferramentas de comparação online podem ser grandes aliadas.
- Desconfie de ofertas muito abaixo do mercado: produtos com preços extremamente reduzidos podem esconder armadilhas, como golpes em sites fraudulentos.
- Verifique a reputação do vendedor: antes de comprar, o consumidor deve consultar a reputação da loja em sites de reclamações e verificar se o CNPJ do fornecedor está ativo. Pela plataforma RedeSim é possível consultar o CNPJ das empresas.
- Leia a descrição completa do produto: a ausência de informações claras pode configurar uma violação ao Código de Defesa do Consumidor, que garante o direito à informação adequada sobre características, riscos e restrições do produto.
- Direito de arrependimento: para compras feitas fora do estabelecimento físico, como pela internet ou por telefone, o consumidor tem até sete dias úteis para desistir, sem precisar de justificativa.
- Garantia contra práticas abusivas: o Código de Defesa do Consumidor protege de publicidade enganosa e cláusulas abusivas em contratos, como cobranças indevidas ou falta de suporte técnico após a venda.
- Cuidado com fretes e prazos de entrega: o guia alerta que o fornecedor é obrigado a informar, com clareza, os custos de frete e os prazos de entrega antes da finalização da compra.
ANDREIA VERDÉLIO - REPÓRTER DA AGÊNCIA BRASIL
Rede aposta nas receitas tipicamente italianas para diferenciar-se em qualidade e sabor
SÃO PAULO/SP - Segundo um estudo divulgado pela Mordor Intelligence, a produção mundial de sorvetes e gelatos deverá atingir 125,93 bilhões de dólares até 2029, crescendo a uma taxa anual de 3,7% durante o período (2023-2029). De acordo com a Associação Brasileira dos Sorvetes e outros Gelados Comestíveis (Abrasorvete), o segmento ultrapassou 300 mil colaboradores ativos em 7,3 mil empresas. O destaque da produção foi no segundo semestre de 2023, com 22,4% de aumento em relação ao segundo semestre do ano anterior. Ao todo, no ano passado foram produzidos 438 milhões de litros no país.
Entre os artesanais, o mercado também ganha força impulsionado pelo interesse dos consumidores por produtos premium, autênticos e saudáveis. Neste cenário, a Cuor di Crema, gelateria artesanal de método italiano, se destaca com sua proposta de gelato italiano tradicional, feito com ingredientes de alta qualidade e processos artesanais.
Em expansão orgânica, a rede já possui 10 lojas pelo país e tem apostado em novas unidades de Norte a Sul, com faturamento estimado em R$ 15 milhões até o fim do ano. Além disso, a Cuor di Crema tem investido fortemente em inovação e parcerias com marcas de chocolate, criando gelatos que atendem tanto aos paladares tradicionais quanto aos que buscam sabores inusitados. “Nosso objetivo é oferecer mais do que um simples gelato. Queremos proporcionar uma experiência autêntica, onde cada sabor conta uma história, seja ele de frutas frescas brasileiras ou de ingredientes tradicionais italianos”, afirma o CEO Antônio Augusto Ribeiro de Souza.
Para quem deseja empreender no setor de alimentação artesanal, as gelaterias são uma excelente opção. Na Cuor di Crema, o investimento inicial é de R$ 475 mil, com faturamento mensal em torno de R$ 80 mil e prazo de retorno de 22 a 36 meses. O franqueado ainda recebe o suporte completo por meio da holding Antaris Foods Brands Franchising, da qual a marca faz parte, que vai desde a escolha do ponto comercial até o treinamento de equipe e operação, garantindo que a excelência do gelato seja mantida em todas as lojas. “O mercado está cada vez mais exigente, e nós acreditamos que o futuro do food service está na combinação de qualidade e inovação”, conclui Augusto.
SÃO PAULO/SP - A Black Friday deste ano deve movimentar R$ 5,22 bilhões, segundo estimativa da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), o que representa um crescimento real de 0,4% em relação ao ano passado, já descontada a inflação. A expectativa é que o evento, que ocorre no dia 29 de novembro, registre o maior volume de vendas desde 2021 e o sétimo maior desde 2005.
A projeção apontou que os preços de 55% dos 160 itens mais buscados na internet nos últimos 40 dias tiveram queda. Ventiladores lideram as reduções, com queda de 15%, seguidos por tênis femininos (-13%) e hidratantes corporais (-11%). Também aparecem na lista produtos como relógios inteligentes (-9%) e camisetas femininas (-8%).
Por outro lado, alguns itens mantiveram os preços praticamente estáveis, como fritadeiras elétricas e notebooks. Já roupas masculinas tiveram aumentos. Confira a tabela completa das variações de desconto apuradas pela CNC:
A CNC considera que produtos com redução de pelo menos 5% no período são considerados de alto potencial de desconto. Aqueles com quedas inferiores entram na categoria de médio potencial, enquanto os que não tiveram alteração significativa são classificados como baixo potencial.
O levantamento ainda revelou que os setores de móveis e eletrodomésticos (R$ 1,23 bilhão) e utilidades domésticas e eletroeletrônicos (R$ 1,18 bilhão) devem liderar o faturamento, concentrando quase metade das vendas. Vestuário, calçados e acessórios (R$ 1 bilhão) e supermercados (R$ 960 milhões) também aparecem entre os mais promissores.
Segundo a entidade, o cenário econômico, no entanto, traz desafios. A alta do dólar, cotado a R$ 5,77, encarece os produtos importados, enquanto os juros médios de 52,3% ao ano tornam o crédito menos acessível. Isso impacta especialmente compras parceladas, comuns em itens de maior valor, como eletrodomésticos.
Apesar disso, o setor se mantém otimista. O volume de importações cresceu 22% em relação ao mesmo período de 2023. Entre agosto e outubro de 2024, a importação dos cem principais bens de consumo duráveis e semiduráveis totalizou US$ 205,49 milhões.
A Black Friday é uma data de liquidações que nasceu nos Estados Unidos, marcada pelo dia seguinte ao feriado de Ação de Graças. No Brasil, ela já é a quinta data mais importante para o setor, ficando atrás apenas de Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais.
Para a CNC, a facilidade de comparar preços online tem sido um fator crucial para o aumento expressivo do evento, especialmente no comércio virtual.
FOLHAPRESS
SÃO PAULO/SP - A taxa de inadimplência de aluguel em São Paulo subiu pelo segundo mês consecutivo em outubro, após registrar o menor índice do ano em agosto. O indicador chegou a 3,09%, 0,46 ponto porcentual acima do apurado em setembro (2,63%), de acordo com o Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica – principal plataforma de soluções tecnológicas e financeiras para os mercados condominial e imobiliário. O valor ainda está abaixo da média nacional, que foi de 3,31% em outubro.
A inadimplência locatícia de São Paulo em outubro se igualou ao patamar verificado em fevereiro, mas não atingiu o pico do índice no estado no ano, que se deu em abril com a marca de 3,22%. Entre as regiões do País, o Norte lidera o ranking de outubro com a maior taxa de inadimplência do período, com 6,02%, seguido de Nordeste (4,69%), Sudeste (3,09%), Sul (2,70%) e Centro-Oeste (2,59%).
Na comparação entre os estados, a maior taxa de inadimplência locatícia foi registrada na Paraíba: 13,86%. A lista segue com Amazonas (10,68%), Rondônia (9,19%), Maranhão (6,65%), Pará (5,40%) e Acre (5,18%). O ranking dos estados com as menores taxas é liderado por Santa Catarina (2,03%), seguido de Sergipe (2,06%), Distrito Federal (2,13%), Minas Gerais (2,54%), Mato Grosso do Sul (2,54%) e Rio Grande do Sul (2,56%).
Nos imóveis residenciais, a maior taxa de inadimplência foi na faixa de aluguel acima de R$ 13.000 (5,07%), enquanto a menor foi de imóveis de R$ 2.000 a R$ 3.000 (2,15%). Já em relação aos imóveis comerciais a faixa até R$ 1.000 trouxe a maior taxa (6,22%), e a menor foi na faixa de R$ 1.000 a R$ 2.000, de 3,45%. Em relação ao tipo de imóvel, a taxa de inadimplência de apartamentos subiu de 2,22%, em setembro, para 2,34%, em outubro; e a de casas, de 3,47% para 3,79%. Os imóveis comerciais tiveram 4,05% de inadimplência, 0,06 ponto percentual acima de setembro que fechou em 3,99%.
Principais dados do Índice de Inadimplência Superlógica:
“Em outubro, registramos um aumento na taxa de inadimplência locatícia em comparação ao mês de setembro em São Paulo. Como o aluguel é, em geral, o maior impactador sobre a renda do brasileiro que não tem imóvel próprio, a inadimplência da locação está diretamente relacionada aos fatores macroeconômicos da região, como taxa de emprego e PIB”, afirma Manoel Neto, Diretor de Negócios para Imobiliárias da Superlógica.
O Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica é um levantamento mensal de dados exclusivos e internos que apresenta o cenário de dívidas do mercado brasileiro de locação imobiliária. O índice leva em consideração o valor do boleto, o tipo de imóvel (apartamento, casa ou comercial) e a sua localização, além das datas de vencimento e pagamento, que mostram se há inadimplência ou não.
O estudo da Superlógica sobre a inadimplência no mês de outubro contou com dados de mais de 800 mil clientes locatários, em todo o Brasil, que possuem boletos que estão há mais de 60 dias sem pagamento ou que foram pagos com atraso de mais de 60 dias. Todos os dados são anonimizados, ou seja, não são passíveis de associação a um indivíduo, direta ou indiretamente.
“Acompanhar se os clientes estão pagando os boletos em dia é fundamental para que as imobiliárias e proprietários possam se planejar financeira e estrategicamente. Com o índice, é possível ter parâmetros para entender o tamanho do problema e a urgência em procurar novas ferramentas, sistemas e soluções”, conclui Manoel Neto.
Estudo produzido pela FecomercioSP e divulgado pelo Sincomercio São Carlos mostra impacto da digitalização da economia sobre o emprego
SÃO PAULO/SP - O mercado de trabalho de profissões ligadas à área de Tecnologia registrou
Com base nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho, o estudo da Entidade auferiu 30 ocupações que avançaram no mercado laboral. As profissões, ligadas a computação, Tecnologia da Informação (TI) e informática registraram as maiores variações, com destaque para engenheiro de sistemas operacionais em computação, que apresentou aumento de 741,2% na quantidade de vínculos de emprego. Também obtiveram crescimento expressivo as ocupações de tecnólogo em gestão de TI (450,7%) e pesquisador em ciências da computação e informática (579,3%).
Em 2012, o conjunto dessas 30 profissões tinham cerca de 445 mil vínculos. Já, em 2022, os empregos atingiram em torno de 868,1 mil, representando uma alta de 95% nos postos de trabalho ativos.
Considerando as oscilações em números absolutos, as funções ligadas à tecnologia que tiveram maior crescimento na quantidade de empregos foram: analista de desenvolvimento de sistemas (117.046); programador de sistemas de informação (72.332); técnico de apoio ao usuário de internet (36.372); analista de suporte computacional (32.536); e instalador-reparador de redes telefônicas e de comunicação de dados (24.838).
IMPACTOS NEGATIVOS
Por outro lado, o estudo da FecomercioSP também destaca que a digitalização da economia, ainda que não seja o fator único, trouxe impactos negativos para algumas profissões. Ao observar outras 30 ocupações, agora ligadas às atividades administrativas, de vendas, de cobrança, de serviços financeiros e de atendimento ao público e vigilância, constatou-se uma queda total de cerca de 1,3 milhão de postos em uma década.
Em números absolutos, as ocupações que sofreram as maiores perdas de vagas foram: auxiliar de escritório (-390.100); vendedor do comércio varejista (-278.117); e cobrador de transportes coletivos — exceto trem (-99.814). Já em termos relativos, as maiores variações negativas foram observadas nos cargos de monitor de teleatendimento (-88,4%); teleoperador (-86,4%); operador de cobrança bancária (-83,1%); conferente de serviços bancários (-76,1%); recepcionista de banco (-64,4%); e cobrador de transporte coletivo — exceto trem (61,9%).
TENDÊNCIA CONFIRMADA
Além dos dados da Rais, o levantamento teve como base os principais estudos internacionais que analisam e projetam o reflexo da inovação tecnológica no futuro do trabalho, como as pesquisas desenvolvidas pelo Fórum Econômico Mundial (FEM), em 2023; pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 2019; e pelo Instituto Global Mckinsey, em 2017.
A FecomercioSP observa que, apesar de ser preciso aprofundar as análises para entender as especificidades de cada ocupação, a tendência dos efeitos das transformações tecnológicas e de mercado, apontada por esses estudos internacionais, se confirma no Brasil. Segundo a Entidade, é evidente que os empregos em tecnologia crescem mais rápido do que os das funções tradicionais.
“A tecnologia pode (e vai) gerar muito mais transformações econômicas e sociais, bem como no mercado laboral. Mas isso vai depender também dos níveis de digitalização do mercado consumidor, do rol empresarial e da força de trabalho. Isso passa pela sustentabilidade financeira de cada um desses agentes, mas também de ambientes econômico, trabalhista, tributário, social e de regulação mais favoráveis à absorção da própria inovação”, afirma Jaime Vasconcellos, assessor da FecomercioSP.
RIO DE JANEIRO/RJ - O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, disse na segunda-feira (18) que a introdução da taxação de super-ricos na declaração final dos líderes do G20 será uma grande vitória do Brasil. Segundo ele, o país trabalhou sobre esse tema durante todo o ano.
"Estamos muito esperançosos de que a gente consiga, pela primeira vez, ter como resultado de uma cúpula do G20 uma resolução que aponte para a necessidade do que a gente chama de taxação dos super-ricos", disse Pimenta, em entrevista ao Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
O ministro afirmou que o Brasil já conseguiu deixar um legado em sua gestão à frente do G20: a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, lançada hoje, na abertura da cúpula do grupo.
"Uma das críticas que muitas vezes ocorre nesses fóruns internacionais é a falta de resultados concretos. A criação da Aliança já é um resultado. Ela já tem uma agenda, um financiamento e tem objetivos. Evidentemente, isso é uma marca muito importante da esperança e do legado do Brasil no G20", afirmou.
AGÊNCIA BRASIL
SÃO PAULO/SP - A Eletrobras e a TIM Brasil assinaram um amplo acordo comercial com iniciativas que vão da venda de energia elétrica a clientes corporativos até soluções tecnológicas de 5G e internet das coisas (IoT), mirando capturar oportunidades de negócios com a possível abertura do mercado livre de energia a milhões de consumidores até o fim da década.
A parceria, antecipada à Reuters, vai começar com a comercialização de energia elétrica à base B2B da operadora de telecomunicações, em movimento alinhado à estratégia da Eletrobras de crescer no ambiente de contratação livre (ACL) de energia, no qual passou a atuar com mais força nos últimos dois anos.
O negócio ocorre em um momento de ampliação do mercado livre de energia a um novo universo de consumidores de pequeno porte, permitindo que estabelecimentos como supermercados e farmácias possam negociar o insumo diretamente com fornecedores, sem obrigatoriedade de comprar da distribuidora de energia local.
Essa evolução do mercado vem forçando as elétricas, acostumadas a vender energia apenas a grandes indústrias e empresas, a transformarem suas forças de vendas e condições de contratação de energia para acessar novos mercados e lidar com demandas distintas.
É nesse contexto que geradoras de energia têm buscado se associar a empresas de serviços com grandes bases de clientes finais, como é o caso da joint venture criada entre Auren e Vivo e a parceria entre Comerc Energia, da Vibra, e Itaú.
Eletrobras e TIM destacaram que, só neste ano, 150 mil novos consumidores passaram a estar aptos a migrar ao mercado livre. Também citaram a previsão de que, até 2030, "mais de 80 milhões de consumidores" poderão acessar o ACL, em referência aos planos do governo de abrir o mercado a clientes residenciais.
As migrações de consumidores ao mercado livre bateram recordes neste ano, com quase 21 mil adesões entre janeiro e outubro, três vezes o registrado em todo o ano de 2023. Mas o potencial de crescimento para os próximos anos é ainda maior, uma vez que o ACL registra hoje menos de 60 mil consumidores, frente a quase 90 milhões do mercado cativo.
Com a maior rede móvel do país e a maior cobertura 5G, a TIM, controlada pela Telecom Italia, disse que disponibilizará para a Eletrobras seu "amplo canal de distribuição e diferentes soluções de atendimento ao cliente", enquanto a geradora entrará com sua "expertise" e "robustez no fornecimento de energia renovável em todo o país".
Alberto Griselli, CEO da TIM Brasil, afirmou que o acordo reforça o compromisso da operadora com práticas sustentáveis e tem o potencial de "democratizar" o acesso ao mercado livre de energia para seus clientes, além de contribuir para impulsionar o uso de fontes renováveis no Brasil.
Já o presidente da Eletrobras, Ivan Monteiro, destacou que a parceria está "sintonizada com o objetivo da Eletrobras de se tornar uma empresa completamente voltada para o cliente, protagonista na comercialização de energia no mercado livre", oferecendo um ecossistema de comercialização com soluções completas e "descarbonizadas".
OUTROS PROJETOS
O memorando assinado entre as duas empresas abre caminho para outros projetos que vão além da venda de energia elétrica, como a exploração de soluções tecnológicas no âmbito de conectividade 5G para os ativos de geração e transmissão de energia e soluções de IoT, como "smart metering" (medição inteligente de energia).
A Eletrobras vem buscando se posicionar no mercado livre, ainda relativamente novo para a companhia, que praticamente não atuava na área antes da privatização, em 2022. Nos últimos anos, a geradora estruturou sua comercializadora de energia, tanto para o mercado corporativo quanto para o "varejo" do setor elétrico e expandiu a carteira para mais de 600 clientes livres.
Essa é uma vertente importante para a Eletrobras em meio à descotização de suas usinas hidrelétricas, um processo negociado no âmbito da privatização que liberará grandes volumes de energia para que a companhia venda ao mercado nos próximos anos.
Por Letícia Fucuchima / REUTERS
EUA - A Enjou Chocolat, uma pequena empresa em Morristown, Nova Jersey, ainda está sentindo os efeitos da inflação ultimamente — desde o aumento dos preços do cacau até o aumento das despesas com mão de obra.
Como resultado, a loja de chocolates, que emprega pouco menos de duas dúzias de funcionários, aumentou recentemente os preços de muitas guloseimas pela terceira vez no ano passado. A medida foi recebida com fúria pelos clientes, disse Mark Chinsky, um sócio do negócio, à CNN.
Ele disse que um cliente, que vinha comprando sacos de meio quilo de chocolate laminado por anos a US$ 10,99, reagiu mal ao ser cobrado US$ 4 a mais dessa vez. “Eles disseram 'isso é apenas um roubo e você me perdeu como cliente', o que realmente doeu ouvir”, disse Chinsky. A inflação caiu consideravelmente em relação às máximas de 40 anos vistas em 2022, mas os americanos ainda têm um gosto amargo que desempenhou um papel em dar ao presidente eleito Donald Trump uma vitória decisiva sobre a vice-presidente Kamala Harris na eleição presidencial dos EUA deste ano. Assim como os consumidores comuns, as pequenas empresas também sentiram a ira da inflação ao longo dos anos — e continuam bravas com isso, de acordo com pesquisas mensais da National Federation of Independent Business. Isso ocorre porque as pequenas empresas geralmente têm margens de lucro mais estreitas em comparação com gigantes como Walmart e Amazon, então elas sentem a dor dos custos crescentes de forma mais aguda. Isso também significa que elas são frequentemente forçadas a repassar esses custos ao cliente. Ter que aumentar os preços não poderia vir em pior hora: a temporada de festas de fim de ano é um período crítico para muitas pequenas empresas dos Estados Unidos, mas está se aproximando em um momento em que os consumidores estão se sentindo mais encorajados do que nunca a resistir aos preços mais altos.
O Small Business Index mostra que 8 em cada 10 pequenas empresas de varejo dependem de vendas de fim de ano para atingir suas metas de lucro anual. De acordo com a última pesquisa da NFIB com cerca de 1.200 pequenas empresas, 26% delas, com ajuste sazonal, disseram em outubro que planejam aumentar os preços.
“Os clientes acham que estamos tentando aumentar os preços deles quando não estamos, e a questão é: haverá pessoas suficientes continuando a comprar pelos preços mais altos para compensar as poucas que agora se recusam a fazê-lo?”, disse Chinsky.
https://youtu.be/E4THeFreHjs?si=KsaWGvr_IBjmUSiQ A América está farta da inflação Não demorou muito para que a inflação atingisse o pico em quatro décadas, em junho de 2022, para que os americanos começassem a reagir ao aumento dos preços. O relatório Beige Book do Federal Reserve, uma coleção periódica de respostas de pesquisas de empresas de todo o país, detalhava rotineiramente clientes questionando aumentos de preços já naquele ano. O último Beige Book continuou a contar histórias de revolta do consumidor.
“Frutados pelos altos preços, eles estão trocando carne bovina por frango, de restaurantes com mesas para fast casual, de marcas famosas para marcas próprias”, disse o presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, em um discurso na terça-feira (12).
“Os formadores de preços estão aprendendo que sua capacidade de aumentar os preços agora é limitada pelas respostas dos consumidores.” Grandes lojas como Walmart e Target anunciaram grandes cortes de preços neste ano para atrair de volta os consumidores preocupados com a inflação. A Target disse no mês passado que reduziria os preços de mais de 2.000 itens para a temporada de festas de fim de ano. Se ao menos fosse tão simples para pequenas empresas. John Waldmann, presidente-executivo da Homebase, fornecedora de software de folha de pagamento para mais de 100.000 pequenas empresas, disse que o dilema da Enjou Chocolat é algo que ele ouve o tempo todo. “Pequenas empresas são realmente reticentes em aumentar os preços, então, quando o fazem, é porque precisam”, disse Waldmann.
“Elas ainda estão tendo inflação de todos os lados.” Desde que a inflação disparou em 2021, ela tem sido consistentemente apontada como a principal preocupação entre as pequenas empresas na pesquisa de sentimento mensal do NFIB. “(23%) dos proprietários relataram que a inflação era seu problema mais importante na operação de seus negócios (maiores custos de insumos e mão de obra), inalterado desde setembro e continuando sendo o principal problema”, disse a NFIB em seu último comunicado.
Sinais de esperança para a Main Street Embora os clientes tenham se tornado mais intolerantes aos preços mais altos, há otimismo de que eles ainda poderão abrir suas carteiras nesta temporada de festas.
O Conference Board disse em um relatório anual sobre gastos de fim de ano divulgado na terça-feira que o consumidor médio dos EUA planeja gastar US$ 1.063 em compras relacionadas ao feriado este ano, um aumento de 7,9% em relação a 2023 (embora, após o ajuste pela inflação, esse último valor tenha ficado abaixo dos níveis pré-pandemia). Consumidores mais velhos e de baixa renda indicaram que cortariam gastos com o feriado este ano, de acordo com a pesquisa. Mas será que os consumidores americanos irão migrar para lojas familiares que normalmente não podem arcar com grandes cortes de preços, diferentemente dos grandes varejistas? “Embora os consumidores estejam preocupados com algumas das pressões inflacionárias e seus orçamentos de fim de ano, ainda há um compromisso real de apoiar empresas locais”, disse Sarah Jordan, diretora de marketing da Constant Contact, que divulgou uma pesquisa recente mostrando que 78% dos mais de 3.000 consumidores entrevistados disseram que “planejam fazer compras de fim de ano em uma pequena empresa da qual nunca compraram antes”.
Também não há sinais de que o consumidor americano esteja cortando gastos: novos números do governo divulgados na sexta-feira (15) mostraram que os gastos no varejo avançaram 0,4% em outubro, um pouco acima do esperado, enquanto o número de setembro foi revisado acentuadamente para um aumento robusto de 0,8% em relação aos 0,4% relatados inicialmente.
“As pressões inflacionárias contínuas continuam a desafiar nossas ruas principais, mas os proprietários permanecem esperançosos à medida que se aproximam da temporada de férias”, disse Bill Dunkelberg, economista-chefe do NFIB, em um comunicado.
Bryan Mena / CNN
PORTO ALEGRE/RS - O Rio Grande do Sul atingiu 84,11% da área de arroz semeada na safra 2024/2025, segundo levantamento do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Até agora, foram plantados 797.702 hectares dos 948.356 hectares previstos para o Estado.
A Fronteira Oeste lidera o avanço, com 93,44% da área semeada (263.066 hectares). A Planície Costeira Externa segue de perto, com 91,27% (90.726 ha), enquanto a Planície Costeira Interna registra 86,11% (123.842 ha). Outras regiões como a Campanha (87,42%), a Zona Sul (82,91%) e a Central (53,46%) completam o panorama do progresso no Estado.
De acordo com o coordenador da região Central do Irga, Ênio Coelho, os impactos das enchentes de maio ainda afetam alguns produtores, especialmente no processo de reconstrução de áreas. "A intenção dada para os técnicos do Irga à época do início de safra poderá não ocorrer por completo, porque muitas áreas ainda precisam ser ajustadas e recuperadas", afirmou, em nota.
ESTADAO CONTEUDO
SÃO PAULO/SP - A inflação acelerou em outubro para quase todas as faixas de renda, na comparação com o mês de setembro. A exceção foi para as famílias de renda alta. Para os domicílios com renda muito baixa, a taxa de inflação avançou de 0,58%, em setembro, para 0,75%, em outubro, enquanto as famílias de renda mais alta passaram de 0,33% para 0,27% no mesmo período.
Os dados são do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, divulgado nesta terça-feira (12) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
A faixa de renda baixa é a que registrou a maior alta inflacionária no acumulado do ano (4,17%), enquanto o segmento de renda alta tem a taxa menos elevada (3,20%). Já no acumulado em 12 meses, as famílias de renda alta apresentam a menor taxa de inflação (4,44%), ao passo que a faixa de renda muito baixa aponta a taxa mais elevada (4,99%).
“Embora os grupos alimentos e bebidas e habitação tenham sido os principais pontos de descompressão inflacionária para todos os estratos de renda, o impacto de alta vindo destes dois segmentos foi proporcionalmente mais forte nas classes de rendas mais baixas, dado o maior percentual do gasto com esses bens e serviços no orçamento dessas famílias."
Mesmo com as deflações registradas em diversos alimentos in natura, como tubérculos (-2,5%), hortaliças (-1,4%) e frutas (-1,1%), os impactos da forte alta das carnes (5,8%), do frango (1,0%) e do leite (2,0%), além dos reajustes do óleo de soja (5,1%) e do café (4,0%), explicam a contribuição positiva desses grupos à inflação de outubro.
"Já o baixo nível dos reservatórios fez com que fosse adotada a bandeira vermelha patamar 2 nas tarifas de energia elétrica em outubro, gerando um reajuste de 4,7% e contribuindo para a pressão do grupo habitação”, diz a nota do Ipea.
Em contrapartida, houve melhora no desempenho do grupo transportes, refletida principalmente pelas quedas das tarifas de transporte público, como ônibus urbano (-3,5%), trem (-4,8%) e metrô (-4,6%), além da deflação de 0,17% dos combustíveis. Com isso, houve um alívio inflacionário para todas as classes em outubro.
As famílias de renda alta sentiram uma descompressão inflacionária ainda mais forte da inflação dada a queda de 11,5% das passagens aéreas e de 1,5% no transporte por aplicativo, anulando, inclusive, a pressão exercida pelo grupo despesas pessoais, refletindo, especialmente, os reajustes de 1,4% dos serviços de recreação e lazer.
AGÊNCIA BRASIL
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