Na mínima do dia até o momento, moeda dos EUA chegou a R$ 5,1216 – menor cotação desde 29 de julho.
MUNDO - O dólar opera em forte queda nesta quinta-feira (3), abaixo de R$ 5,15, refletindo a fraqueza da moeda norte-americana no exterior em meio a expectativas de mais estímulo econômico nos Estados Unidos e otimismo em relação à distribuição de vacinas para a Covid-19. No Brasil, concentrava a atenção dos investidores a divulgação dos números do PIB (Produto Interno Bruto) do 3º trimestre.
Às 13h54, a moeda norte-americana recuava 2,18%, cotada a R$ 5,1271. Na mínima até o momento, chegou a R$ 5,1216 – menor cotação intradia desde 29 de julho (R$ 5,1160). Veja mais cotações.
Já o dólar turismo era negociado a R$ 5,3482.
O Ibovespa operava em alta, acima dos 113 mil pontos.
Na quarta-feira, o dólar comercial fechou em alta de 0,25%, a R$ 5,2413. Na parcial de dezembro, a moeda norte-americana acumula queda de 1,97%. No ano, o avanço ainda é de 30,71%
O Banco Central fará neste pregão leilão de swap tradicional para rolagem de até 16 mil contratos com vencimento em abril e agosto de 2021, destaca a Reuters.
Cenário local e externo
Segundo Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho, principalmente fatores externos pressionavam a moeda norte-americana frente ao real nesta quinta-feira.
"Há expectativa de taxas de juros baixas em todo o mundo, esperanças em relação a um pacote de ajuda (fiscal) nos EUA e otimismo em relação a vacinas... Isso acaba contribuindo para o bom humor dos mercados", afirmou à Reuters.
O líder da maioria na Câmara dos EUA, Steny Hoyer, expressou esperança de que um acordo de estímulo fiscal possa ser alcançado "nos próximos dias", e qualquer legislação provavelmente precisará ser complementada com mais ajuda no próximo ano.
As esperanças de mais apoio para empresas e cidadãos da maior economia do mundo se somavam ao otimismo em torno da distribuição de vacinas para a Covid-19, depois que o Reino Unido aprovou nesta semana o imunizante da Pfizer e da BioNTech. A vacina poderá começar a ser aplicada aos mais vulneráveis já na semana que vem.
Na agenda do dia, o IBGE divulgou mais cedo que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 7,7% no terceiro trimestre - retirando o país da recessão, mas sem recuperar as perdas da pandemia.
Os números do PIB vieram mais fracos do que o esperado. A expectativa do mercado era de um crescimento de 8,8% em relação ao trimestre anterior, segundo a mediana das estimativas levantadas pelo Valor Econômico.
A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia avaliou nesta quinta-feira que o crescimento econômico do terceiro trimestre, embora abaixo do esperado pelo mercado, confirma a retomada em V da atividade, quadro que dispensa a necessidade de auxílios do governo para o próximo ano.
Do lado mais estrutural, o foco dos mercados segue voltado para a sustentabilidade fiscal do Brasil e as incertezas sobre a aprovação de medidas de ajuste fiscal para garantir a saúde das contas públicas.
Na véspera, o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que uma "recuperação robusta e inclusiva" da economia brasileira depende do avanço de reformas estruturais" e da sustentabilidade da dívida pública.
No exterior, a atividade empresarial da zona do euro contraiu com força em novembro depois que governos em todo o bloco retomaram as medidas de lockdown para tentar conter uma segunda onda de infecções por coronavírus. O PMI Composto da IHS Markit despencou a 45,3 em novembro de 50,0 em outubro -- a marca de 50 separa crescimento de contração.
A economia do bloco vai contrair de novo neste trimestre, de acordo com pesquisa da Reuters, mas com esperanças de uma vacina e de suporte adicional do Banco Central Europeu, as estimativas de crescimento trimestral para o próximo ano foram melhoradas.
Por G1
Homem detido em Gramado, na Serra do RS, na manhã desta quinta-feira (3), é Márcio Geraldo Alves Ferreira, conhecido como Buda, integrante do PCC. Ele é um dos nove suspeitos de participação no ataque a uma agência do Banco do Brasil em Criciúma nesta semana.
GRAMADO/RS - Um dos presos pela Polícia Civil por assalto a uma agência bancária em Criciúma (SC) pertence ao Primeiro Comando da Capital (PCC), uma conhecida facção criminosa de São Paulo. Ele teria participado da tentativa de fuga de um dos chefes da facção, conhecido como Marcola. Ao todo, nove pessoas já foram presas pelo ataque a banco em Criciúma.
A polícia não informou o nome do suposto integrante de facção, nem qual seria a tentativa de resgate que ele participou, mas o G1 apurou ser Márcio Geraldo Alves Ferreira, conhecido como Buda.
Na última segunda-feira, (30), cerca de 30 pessoas encapuzadas assaltaram a agência do Banco do Brasil no Centro de Criciúma. A ação durou 1 hora e 45 minutos. Pessoas foram feitas reféns e cercadas por criminosos. Houve bloqueios e barreiras para conter a chegada da polícia (veja detalhes no vídeo abaixo).
Os criminosos fugiram, e parte do dinheiro ficou espalhada pelas ruas. O valor levado e abandonado não foi informado. Após a ação, 10 carros usados no assalto foram apreendidos em um milharal de uma propriedade privada em Nova Veneza, a noroeste de Criciúma.
Questionado durante coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (3) sobre possível envolvimento de um dos presos com o Primeiro Comando da Capital (PCC), conhecida organização criminosa de São Paulo, o delegado João Paulo Abreu, chefe do DEIC de Porto Alegre, destacou que ele está "intensamente relacionado a essa organização criminosa".
O homem foi detido na manhã desta quinta, em uma casa em Gramado, na serra gaúcha.
"Uma pessoa localizada dentro do imóvel, essa pessoa em tese, já comparando com a imagem que me foi trazida ontem [quarta], seria um faccionado da organização criminosa que atua lá em São Paulo. Inclusive já participou de uma tentativa de resgate do líder dessa organização criminosa que atua em São Paulo", destacou o delegado.
O secretário de Segurança Pública e vice-governador do RS, Ranolfo Vieira Jr. falou sobre o grande potencial do crime.
“O perfil [dos criminosos] está sendo feito. Não tem dúvida alguma do potencial da ação. Nove carros blindados, organização completa. Possibilidade muito presente de uma organização criminosa”
Prisões e galpão encontrado
Dois dos suspeitos foram localizados em Gramado, na Serra do Rio Grande do Sul, na manhã desta quinta-feira (3), segundo a Chefe da Polícia Civil, Nadine Anflor.
Outros sete foram presos entre a tarde de quarta (2) e a madrugada desta quinta, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) em cidades do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Os suspeitos são de São Paulo (8) e Minas Gerais (1).
Mais cedo nesta quinta-feira, um homem foi preso em uma casa localizada entre os municípios de Morrinhos do Sul (RS) e Três Cachoeiras (RS), às margens da BR-101.
Segundo o comandante geral da Brigada Militar, coronel Rodrigo Mohr Picon, na casa foram encontrados objetos com características semelhantes aos utilizados no assalto. "Uniformes, material pra uso de explosivos, tinta spray. Várias características que poderiam estar envolvidos nessa ação. Também havia vestígios de sangue na casa".
Dois paulistas, de 30 e 44 anos, foram presos na tarde de quarta, na BR-116, em São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
“Nosso serviço de inteligência chegou a informação de que um veículo que foi abordado, um HB20, tinha uma possível vinculação, direta ou indireta com a ação delituosa. Foi feita a interceptação em São Leopoldo e já condenamos com a Polícia Civil esse intercâmbio de informações e o desdobramento dessa ocorrência", destaca o superintendente da PRF, Luis Reichack.
Os dois tem antecedentes criminais, segundo a delegada Nadine. "Antecedentes de receptação, roubo. Não antecedentes diretamente de roubo a banco. O veículo hb20 era justamente o batedor. Foi o veículo utilizado para trazerem todos os demais veículos de Criciúma", diz.
Os homens decidiram permanecer em silêncio no interrogatório. Com eles foram apreendidos celulares e R$ 8 mil em dinheiro. "Se lavrou o flagrante pelos crimes de participação em organização criminosa e coautoria pelo roubo a banco em Criciúma", diz a delegada.
Na tarde de quarta-feira (2), uma mulher de 31 anos foi presa em São Paulo suspeita de participação no mega-assalto. Ela foi localizada, após uma denúncia, no Jardim Reimberg, Zona Sul da capital paulista. Com a mulher, os policiais encontraram malotes de dinheiro do Banco do Brasil, que serão periciados.
Na terça-feira (1°), um galpão usado pelos criminosos foi encontrado pela Polícia Militar na cidade vizinha de Içara, a cerca de 9 quilômetros de Criciúma.
Por Gabriela Clemente e Lilian Lima, G1 RS
Primeiros lotes da vacina serão limitados e governos terão que definir prioridades, como idosos e enfermos, alerta diretor da organização na Europa
MUNDO - O potencial das vacinas contra covid-19 é "fenomenal" e "pode virar o jogo", disse Hans Kluge, diretor regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, nesta quinta-feira (3).
Falando de Copenhague, ele disse que a expectativa é de que os imunizantes serão muito limitados nos primeiros estágios e que os países precisam decidir quem será priorizado, mas a OMS afirma que existe um "consenso crescente" de que os primeiros atendidos deveriam ser idosos, profissionais de saúde e pessoas com comorbidades.
O Reino Unido aprovou na quarta-feira a vacina contra Covid-19 da parceria Pfizer e BioNTech, passando na frente do resto do mundo na corrida para começar o programa de inoculação em massa mais importante da história.
Leia mais: Reino Unido deve receber primeiras doses de vacina hoje
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, comemorou a aprovação da autoridade médica de seu país como uma vitória global, mas reconheceu os desafios logísticos de se vacinar uma população de 67 milhões de habitantes.
Agências reguladoras dos Estados Unidos e da União Europeia estão analisando os mesmos dados dos testes da vacina da Pfizer, mas ainda não deram sua aprovação.
Na quarta-feira, a OMS disse que recebeu dados da Pfizer e da BioNTech sobre a vacina e que está avaliando-os para uma "possível listagem de uso emergencial", uma referência para países autorizarem o uso nacional.
Copyright © Thomson Reuters.
Por R7
Segundo o governador, 46 milhões de doses da CoronaVac já estarão disponíveis no Estado de São Paulo até o primeiro dia do ano que vem.
SÃO PAULO/SP - O governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta quinta-feira (3), em coletiva de imprensa, que o Estado começará a vacinação contra a covid-19 no próximo mês de janeiro.
Segundo Doria, 46 milhões de doses da CoronaVac — vacina contra a covid-19 produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac — já estarão disponíveis em São Paulo até o dia 1º de 2021.
Após a chegada da segunda remessa da vacina nesta quinta, como informou o governador, o Estado tem disponibilidade de 1,12 milhão de doses neste momento.
Diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas afirmou na coletiva que, com a chegada de hoje dos 600 litros para a produção de um milhão de doses da vacina, o Estado terá, pela primeira vez no país, a matéria-prima "que permitirá a produção da primeira vacina contra o coronavírus em solo nacional já a partir de segunda-feira da próxima semana".
Outra confirmação durante a coletiva foi a de que, a partir desta sexta-feira (4), se iniciará o aumento da fiscalização da fase amarela do Plano SP, com o adicional de 1.000 fiscais. Como informou o secretário de Saúde do Estado, Jean Gorinchteyn, os agentes irão às ruas estabelecimentos para evitar aglomerações, conferir o uso de máscaras e o respeito ao distanciamento social.
Durante a coletiva, João Doria ainda aproveitou para tecer críticas ao governo de Jair Bolsonaro, que indicou que a imunização contra a covid-19 iniciará em março.
“Se o Ministério da Saúde tiver juízo, competência e a visão de que a vacina é para todos os brasileiros, poderá oferecer a outros estados [antes do previsto”, disse Doria, que afirmou sentir indignação com o governo federal diante da previsão para março de 2021.
“É surpreendente essa indiferença, esse distanciamento [com a população], essa falta de compaixão com a vida dos brasileiros. Por que iniciar a imunização em março quando podemos fazer em janeiro?”, questionou o governador.
Por R7
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