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RÚSSIA - O governo da Venezuela afirmou que o Brasil vetou o ingresso do país caribenho no bloco do Brics e disse que o ato foi uma agressão. O Itamaraty, no entanto, sustenta que o grupo apenas definiu os critérios e princípios para novas adesões. Durante esta semana, foi definido em Kazan, na Rússia, os países que poderiam fazer parte do grupo como membro associado, mas a Venezuela ficou de fora.

“O povo venezuelano sente indignação e vergonha por esta agressão inexplicável e imoral da diplomacia brasileira (Itamaraty), mantendo o pior das políticas de Jair Bolsonaro contra a Revolução Bolivariana fundada pelo comandante Hugo Chávez”, afirmou, em nota, o ministério das Relações Exteriores venezuelano.

Após consenso entre os dez países membros do Brics, a Rússia ficou de convidar 13 países para participarem da organização na modalidade de membros associados. Na América Latina, Cuba e Bolívia foram as nações selecionadas. Nigéria, Turquia, Malásia e Indonésia também foram citadas como atendendo aos critérios definidos.

O Brasil tem se afastado diplomaticamente da Venezuela depois da eleição de 28 de julho deste ano que resultou na reeleição do presidente Nicolás Maduro. A eleição foi contestada pela oposição, por organismos internacionais e países, entre eles, o Brasil, pelo fato de os dados eleitorais por mesa de votação não terem sido apresentados.

Maduro tem interesse em ingressar no Brics e participou da 16ª cúpula realizada nesta semana na Rússia, tendo se reunido com o presidente Vladmir Putin. Ao ser questionado em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (24), Putin disse que respeita a posição do Brasil em relação à eleição venezuelana, apesar de não concordar.

“Espero sinceramente que o Brasil e a Venezuela resolvam as suas relações bilaterais durante a discussão bilateral. Conheço o presidente Lula como uma pessoa muito decente e honesta e tenho certeza de que ele abordará esta situação de uma posição objetiva. E pediu-me que transmitisse algumas palavras ao presidente da Venezuela durante a nossa conversa telefônica. Espero que a situação melhore”, disse Putin, acrescentando que a inclusão de novos países só ocorre por consenso dos membros plenos do grupo.

Critérios

O Itamaraty explicou que não defende a inclusão de um ou de outro país, mas que defendeu a criação de critérios e princípios que norteiam a escolha dos novos membros do Brics. Segundo o secretário de Ásia e Pacífico do Ministério de Relações Exteriores (MRE), embaixador Eduardo Paes Saboia, entre os critérios estão a defesa da reforma da ONU, a não aceitação de sanções econômicas unilaterais, além de se ter relações amigáveis com todos os países membros.

A coordenadora do grupo de pesquisa sobre Brics da PUC do Rio de Janeiro,  professora Maria Elena Rodríguez, avaliou que a posição do Brasil foi coerente uma vez que as relações entre os dois países não estão amigáveis neste momento. 

“Não temos relação amigável com a Venezuela neste momento. Não temos uma relação amigável com a Nicarágua, que é outro país que havia manifestado interesse em entrar no Brics. Esse é um ponto fundamental. Você não pode ter no bloco dois países com os quais você não tem uma boa relação”, avaliou.

Em agosto deste ano, Brasil e Nicarágua expulsaram os respectivos embaixadores após desentendimentos relacionados a atritos entre os governos. A pedido do Papa Francisco, o Brasil vinha tentando intermediar junto à Nicarágua a libertação de um bispo preso no país, o que não teria agradado o governo de Daniel Ortega.

 

AGÊNCIA BRASIL

VENEZUELA - O Natal, celebrado no dia 25 de dezembro, será adiantado para 1º de outubro na Venezuela, de acordo com anúncio feito pelo ditador Nicolás Maduro na noite de segunda-feira (2) em seu programa de televisão Con Maduro+.

“É setembro e já cheira a Natal. E por isso este ano, em homenagem a vocês, em agradecimento a vocês, vou decretar o adiantamento do Natal para 1º de outubro”, disse Maduro sobre a data que cairá numa terça-feira. “Para todos e todas, chegou o Natal, com paz, felicidade e segurança.”

Não é a primeira vez que Maduro adianta o feriado cristão. Em 2020, ele anunciou o início das celebrações natalinas em 15 de outubro e no ano seguinte antecipou para o dia 4 do mesmo mês, de acordo com o jornal espanhol El País.

A mudança da festividade acontece no mesmo dia em que o Ministério Público do país ordenou a detenção do candidato opositor, Edmundo González, por supostos crimes relacionados ao terrorismo e em meio a uma profunda crise política.

Durante o mesmo pronunciamento, o líder chavista lembrou do apagão recente que afetou 80% da Venezuela, causado por sabotagem externa, segundo Maduro. Ele destacou a continuidade do trabalho e a recuperação rápida do sistema elétrico, elogiando a união cívico-militar-policial.

Tanto a oposição quanto o ditador reivindicam a vitória na eleição de 28 de julho. Maduro, no poder desde 2013, é apoiado pela Tribunal Superior de Justiça (TSJ) e pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que não publicou a contagem completa dos votos -segundo eles, devido a um ataque cibernético.

A oposição compartilhou o que dizem representar 80% das contagens de votos, mostrando uma vitória retumbante para González. Alguns observadores internacionais e muitos países ocidentais disseram que as condições da eleição foram injustas e exigiram a apuração total dos votos.

 

FOLHAPRESS

VENEZUELA - Sequestrado na semana passada na Venezuela após participar de uma vigília contra o regime de Nicolás Maduro, Williams Dávila Barrios, ex-deputado e ex-governador do estado de Mérida, foi hospitalizado em estado grave, afirmou seu filho nesta quarta-feira (14).

Segundo o filho de Barrios, o político está sob custódia da Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional) no Hospital das Clínicas em Caracas. Ele apresenta um quadro de prostatite aguda (infecção na próstata) e risco de sepse (quando a infecção se alastra pela corrente sanguínea e contamina todo o corpo).

Barrios havia desaparecido no último dia 8. Segundo o seu partido, Ação Democrática, que integra a coalizão da oposição no país, um grupo de pessoas armadas e sem uniforme ou identificação policial ou militar o levou nas proximidades da praça de Los Palos Grandes, em Caracas.

Aos 73 anos, Barrios tinha passado por uma cirurgia no coração havia pouco tempo. A família não foi autorizada a visitá-lo no hospital.

Barrios é um dos quase 1.400 pessoas presas pelo regime por motivações políticas entre o dia seguinte à votação, 29 de julho, e esta terça-feira (13), nas contas da ONG Foro Penal. Os números fornecidos pelo regime são ainda maiores, de 2.200 prisões.

Entre os detidos ainda estão nomes como o da advogada María Oropeza, que transmitiu sua prisão ao vivo em seu perfil numa rede social no último dia 6. No vídeo, é possível ver agentes quebrando o portão e entrando no local onde ela estava.

A ditadura escalou a repressão contra a dissidência desde que anunciou a vitória de Maduro contra o candidato da oposição, Edmundo González, nas eleições presidenciais, no final do mês passado.

O resultado tem sido questionado dentro e fora da Venezuela, e a administração chavista se recusa a divulgar os documentos que seriam capazes de comprovar a lisura do processo, as atas eleitorais.

A justificativa inicial do regime para não levar os documentos a público era um suposto ataque hacker aos sistemas de informática do órgão eleitoral venezuelano, o CNE (Conselho Nacional Eleitoral). Mas mesmo depois da confirmação do resultado, a entidade não os divulgou.

Enquanto isso, a chapa opositora diz possuir 80% dessas atas (24.532 do total de 30.026), e liberou seu acesso a qualquer pessoa em uma plataforma online. Caracas afirma que as cópias são falsas, mas há organizações que atestam a veracidade delas.

Também nesta quarta, outro membro da oposição, Enrique Márquez, afirmou que pedirá que os diretores do órgão eleitoral da Venezuela, o CNE (Conselho Nacional Eleitoral), sejam investigados por terem denunciado o ataque hacker ao mesmo tempo em que proclamaram a reeleição de Maduro.

"Deveriam ter que dar as caras e explicar o suposto hackeamento", disse Márquez, que dirigiu o CNE de 2021 a 2023 e era considerado uma alternativa a González nas urnas se o nome do ex-diplomata fosse recusado pelo regime -o próprio González só concorreu porque a líder da oposição, María Corina Machado, foi impedida de disputar eleições por 15 anos.

Márquez também pediu mais transparência no atual processo de recontagem de votos. Maduro ordenou que o TSJ (Tribunal Supremo de Justiça) venezuelano, fosse o responsável por essa checagem, mas o colegiado é alinhado ao chavismo.

"Queremos 100% das urnas eleitorais [...] Que o CNE as abra, claro, com testemunhas nacionais e internacionais", declarou Márquez, acrescentando: "Ou será que as caixas também foram atacadas?".

 

 

POR FOLHAPRESS

VENEZUELA - María Corina Machado, líder da oposição Venezuela, afirmou que Edmundo González será empossado como novo presidente no dia 10 de janeiro de 2025.

A fala foi feita em tom de pressão à Nicolas Maduro, que foi anunciado como reeleito pelo órgão eleitoral. A declaração de Corina foi dada à agência de notícias EFE nesta segunda-feira (12).

''Sei que teremos um novo presidente'', disse. ''Edmundo González será o novo chefe de Estado e o novo comandante das Forças Armadas, e isso depende do que todos nós fizermos, dentro e fora do país, confio no povo da Venezuela'', acrescentou.

Corina chamou vitória de Maduro como a ''maior fraude da história''. A ex-deputada também reiterou o apelo à comunidade internacional e disse esperar que governos estrangeiros façam o ditador venezuelano ''compreender que o está fazendo é inaceitável''.

A oposição acredita em vitória de candidato com 67% dos votos. O partido opositor recolheu as atas de votação manualmente e elaborou uma contagem paralela, que teria indicado que González ganhou de Maduro com uma vantagem de 4 milhões de votos.

 

VENEZUELA EM CRISE

A situação política da Venezuela ficou ainda mais complicada desde a eleição realizada em 28 de julho. A oposição alega ter vencido a disputa, mas o Conselho Nacional Eleitoral declarou vitória de Maduro com 52% dos votos.

As atas de votação não foram apresentadas e a suspeição levou manifestantes às ruas. Eles protestam porque o órgão eleitoral é composto de aliados do ditador e existem a reclamação de resultado forjado.

As forças de segurança usaram a violência para responder às manifestações e dezenas de pessoas morreram. A informação é da ONG Provea. No sábado (10), o Conselho Nacional Eleitoral informou que o resultado será "inapelável".

O Brasil informou que não reconhecerá a contagem de votos sem a apresentação das atas. A divulgação do documento é cobrada por diversos países que pressionam o país.

 

 

POR FOLHAPRESS

VENEZUELA - Nicolás Maduro disse que ordenou um bloqueio de 10 dias no acesso à rede social X na Venezuela, acusando o proprietário Elon Musk de usar a rede social para promover ódio após a disputada eleição presidencial do país. Jornalistas da Associated Press em Caracas descobriram que, na noite de quinta-feira, 8, as postagens haviam parado de carregar no X em dois serviços privados e na estatal Movilnet.

“Elon Musk é o proprietário do X e violou todas as regras da própria rede social”, disse Maduro em um discurso após uma marcha de grupos pró-governo. Maduro alegou que Musk “incitou o ódio”. Ele também acusou a rede social de ser usada por seus opositores para criar agitação política.

Maduro disse que assinou uma resolução “com a proposta feita pela CONATEL, a Comissão Nacional de Telecomunicações, que decidiu remover a rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, de circulação na Venezuela por 10 dias para que eles possam apresentar seus documentos”.

Maduro não forneceu mais detalhes sobre o processo tomado contra o X. O escritório de imprensa do X não respondeu imediatamente a um e-mail da AP solicitando comentários. “X fora por 10 dias! Elon Musk fora!” disse.

O anúncio vem após Maduro e Musk trocarem acusações sobre a disputada eleição presidencial venezuelana de 28 de julho. As autoridades eleitorais declararam Maduro como vencedor, mas ainda não apresentaram as contagens de votos. Enquanto isso, a oposição afirma ter coletado registros de mais de 80% das 30 mil máquinas de votação eletrônicas em todo o país, mostrando que o vencedor foi o candidato deles, Edmundo González.

Musk usou a rede social para acusar o autoproclamado líder socialista de um “grande fraude eleitoral”. “Vergonha para o ditador Maduro”, disse Musk na segunda-feira, 5, em uma postagem. Desde a eleição, Maduro expressou a necessidade de “regular” as redes sociais na Venezuela.

Maduro também denunciou que a plataforma social foi usada por seus adversários para ameaçar as famílias de seus seguidores e aliados políticos, militares, policiais e para gerar um estado de ansiedade na Venezuela./AP

 

 

ESTADÃO

VENEZUELA - O ditador Nicolás Maduro, sob pressão dentro e fora da Venezuela desde que foi declarado reeleito em um contestado pleito do final de julho, apresentou um novo inimigo do chavismo na noite de segunda-feira (5).

"Vou romper relações com WhatsApp", afirmou o líder a centenas de apoiadores que o ouviam sob chuva em frente ao Palácio Miraflores, sede do governo. "Estão usando o WhatsApp para ameaçar a Venezuela. Então eu vou eliminá-lo do meu telefone para sempre."

Maduro disse que vai passar seus contatos a Telegram e WeChat, aplicativos de mensagens sediados nos Emirados Árabes Unidos e na China, respectivamente, e recomenda que seus apoiadores façam o mesmo.

"Diga não ao WhatsApp! Fora da Venezuela!", continua o ditador. Ele embasa seu pedido nas supostas ameaças que, afirma, criminosos fazem a líderes populares com celulares de Miami, Peru, Colômbia e Chile, por meio do aplicativo.

Maduro costuma associar qualquer crítica ao regime a interesses estrangeiros e, após o anúncio de sua reeleição, tem enfrentado questionamentos até mesmo de líderes de esquerda da região, como o presidente chileno, Gabriel Boric.

"É hora de definições. Ou você está com a violência ou com a paz; ou você está com os fascistas ou com a pátria; ou você está com o imperialismo ou com a Venezuela. () Vamos começar pelo WhatsApp. Estão ameaçando a família militar, os líderes da comunidade. Estão ameaçando todos que não apoiam o fascismo", afirmou ele.

No mesmo dia, Maduro criticou novamente o aplicativo no ConMaduro+, seu programa semanal no qual ele fala por três horas sobre assuntos diversos. Nesta segunda, grande parte da atração foi ocupada por questões relacionadas à internet -em dado momento, lia-se na tarja da televisão: "Crônica de um golpe ciberfascista."

"WhatsApp entregou a lista [de usuários] da Venezuela aos terroristas", afirmou o ditador, sem apresentar provas. "Estão atacando o governo, a família militar da Venezuela e a Polícia Nacional Bolivariana. Estão atacando a institucionalidade do país. Todos os cinco Poderes estão sob ataque do WhatsApp."

O líder, então, pede que uma câmera filme a tela de seu celular, na qual se vê ícones do Facebook, TikTok, X, Instagram e Threads, e desinstala o aplicativo de mensagens ao vivo. "Você se foi, WhatsApp. Se te vi, não me lembro. Sou livre do WhatsApp. Estou em paz", afirma, em meio a aplausos da plateia.

Nos últimos dias, Maduro aumentou o tom contra essas plataformas, o que levanta temores sobre a possibilidade de mais restrições na internet venezuelana.

Na semana passada, por exemplo, Maduro acusou Elon Musk, dono da rede social X, de estar por trás de um suposto ataque hacker que teria causado a demora na divulgação de resultados detalhados das eleições presidenciais, o que causou trocas de farpas entre os dois.

Segundo o regime, esse suposto ataque cibernético contra o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) é a razão pela qual as atas das urnas eletrônicas ainda não foram divulgadas -diversos países, incluindo o Brasil, a Colômbia e os Estados Unidos, pedem que a Venezuela disponibilize esses documentos para que a vitória de Maduro nas eleições possa ser atestada.

"Você quer briga? Vamos nessa, Elon Musk. Estou pronto. Sou filho de Bolívar e de [Hugo] Chávez. Não tenho medo de você. É só dizer onde", disse o líder. O bilionário, que havia declarado apoio à oposição e feito uma série de publicações sobre a Venezuela na rede social, respondeu em uma publicação que aceita e que o ditador "vai amarelar".

 

 

POR FOLHAPRESS

VENEZUELA - Milhares de venezuelanos saíram às ruas nesta segunda, gritando "Até o fim", para rejeitar os resultados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que declararam Nicolás Maduro como vencedor das eleições presidenciais de domingo.

Os protestos começaram em várias regiões do país, incluindo o estado de Falcón, onde manifestantes tentaram derrubar uma estátua do falecido líder socialista Hugo Chávez na Plaza Chávez de Las Eugénias. Em La Isabelica, Valência, no estado de Carabobo, centenas de pessoas, incluindo dezenas de motociclistas, saíram às ruas para protestar contra os resultados.

Na autoestrada que liga Caracas ao estado vizinho de La Guaira, pneus em chamas foram usados para bloquear o tráfego. No leste de Caracas, no bairro pobre de Petare, considerado o maior da América Latina, várias pessoas, algumas encapuzadas, saíram às ruas gritando palavras de ordem contra Nicolás Maduro e destruíram cartazes de sua campanha.

Centenas de manifestantes, a pé e em motocicletas, marcharam do centro de Petare até os armazéns do CNE em Mariche, gritando "vai cair, este governo vai cair" e "vamos até o fim". Em outro bairro pobre de Caracas, El Cementerio, manifestantes expulsaram funcionários da Guarda Nacional Bolivariana (PNB) do local, chamando-os de "covardes" por não defenderem o país.

Apesar da chuva, centenas de pessoas marcharam em Los Teques, 30 quilômetros ao sul de Caracas, da Avenida Independência até La Matica, em protesto contra os resultados eleitorais. Em Maracaibo, no estado de Zúlia, forças de segurança dispersaram manifestantes com gás lacrimogêneo, de acordo com vídeos nas redes sociais.

Em Arágua, a 100 quilômetros de Caracas, centenas de pessoas se concentraram perto da Base Aérea Libertador. À medida que as manifestações se espalhavam, moradores batiam panelas e vuvuzelas das janelas em apoio.

Os protestos ocorreram após o Procurador-Geral da Venezuela, Tareck William Saab, advertir que cidadãos acusados de violência ou de rejeitar os resultados anunciados pelo CNE poderiam ser presos. "Alertamos que atos de violência e incitamento público podem ser punidos com três a seis anos de prisão", afirmou em discurso transmitido pela televisão.

Saab também informou que o Ministério Público da Venezuela iniciou uma investigação contra os opositores María Corina Machado, Leopoldo López e Lester Toledo por suposto envolvimento em um ataque ao sistema de transmissão de dados do CNE, com o objetivo de alterar os resultados das eleições.

O CNE anunciou que Nicolás Maduro foi reeleito para um terceiro mandato consecutivo com 51,20% dos votos, obtendo 5,15 milhões de votos, contra 4,5 milhões (44,2%) do candidato da oposição, Edmundo Gonzalez Urrutia. A oposição, liderada por María Corina Machado, reivindica a vitória nas eleições com 70% dos votos para Edmundo González Urrutia e recusa-se a reconhecer os resultados proclamados pelo CNE.

 

 

por Notícias ao Minuto Brasil

VENEZUELA - Com uma Venezuela imersa em tensão e de olhos vidrados nos celulares para receber o resultado das eleições, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) afirmou na madrugada desta segunda-feira (29) que Nicolás Maduro foi reeleito para mais seis anos no poder.

Segundo o órgão, o líder do regime teria obtido 51,2% votos, enquanto, em segundo, o opositor Edmundo González, à sombra da líder María Corina Machado, teria apoio de 44,2% dos eleitores. A participação teria sido de 59% no país em que votar não é obrigatório. Estariam apuradas 80% das urnas, mas os resultados já seriam irreversíveis.

As porcentagens indicam que Maduro teria recebido pouco mais de 5,1 milhão de votos, enquanto González, 4,4 milhões.

Poucas horas antes da divulgação oficial, membros da coalizão opositora cantaram vitória. Disseram ter números suficientes das atas eleitorais fruto das urnas eletrônicas para comprovar que seu projeto havia sido confirmado nas urnas. "Hoje a Venezuela já sabe o que aconteceu. [Foi] o reflexo de uma campanha eleitoral maravilhosa, acompanhada por milhões", disse a ex-deputada Delsa Solorzano, do comando de campanha.

O resultado anunciado pela autoridade eleitoral frustra uma inédita campanha opositora que levou multidões às ruas, liderou pesquisas de intenção de voto e fez ressurgir em parcela da população a expectativa de que a era chavista se encaminhasse para o fim.

O espaço do comando de campanha opositora está em completo silêncio. A oposição trabalha em uma contagem paralela, que, acredita-se, será divulgada em breve. O órgão eleitoral afirmou ter vivido uma "agressão contra o sistema de transmissão de dados" que atrasou a divulgação dos dados.

A oposição por sua vez afirma que algumas atas eleitorais não foram transmitidas ao CNE e que suas testemunhas eleitorais tampouco puderam recebê-las, como prevê a legislação eleitoral.

O resultado também abre uma janela de incertezas. Ainda não se sabe de que maneiras a oposição irá levar adiante suas contestações. Esta foi ainda a primeira vez nos últimos 25 anos, desde que o militar Hugo Chávez (1954-2013) ascendeu ao poder, e notadamente desde que Maduro o substituiu no Palácio de Miraflores, há 11 anos, que a campanha opositora demonstrava tamanha capilaridade.

Há enorme expectativa no país sobre qual será o cenário no amanhecer dessa segunda-feira (29). Nos últimos dias a convivência em Caracas era pacífica. No último dia 25, aniversário da capital, Maduro e González levaram milhares às ruas em seus respectivos atos de fim de campanha. Mas já era anunciado que, qualquer fosse o resultado divulgado, o temor de confrontos tomaria conta do país.

Ex-líder sindical e trabalhador do metrô de Caracas, Maduro foi chanceler de Chávez, época em que costurou suas relações com líderes regionais, ainda que em seu período no poder tenha construído o que Milos Alcalay, ex-embaixador venezuelano no Brasil e na ONU, descreva como "dialética da confrontação", ao isolar-se diplomaticamente.

Durante sua mais de uma década no poder e após o ápice da entrada dos petrodólares no governo Chávez, que possibilitaram o alargamento da máquina pública e o despejo de programas sociais, Maduro liderou um país em derrocada econômica que no ápice da crise, 2018, chegou a registrar inflação anual de 130.000% segundo dados oficiais –segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional), o número foi de 1.370.000%.

 

 

POR FOLHAPRESS

VENEZUELA - O regime do ditador Nicolás Maduro, que governa o país, bloqueou o acesso a sites de notícias independentes, de acordo com uma ONG e o sindicato da imprensa.

O VE Sin Filtro afirma que as restrições foram impostas nas principais operadoras de internet estatais e privadas venezuelanas contra os sites Tal Cual, El Estímulo, Runrunes, Analítico e Mediaanálisis. O site da própria entidade, um braço da ONG Conexión Segura y Libre que documenta os bloqueios do regime, também teria sido afetado.

Ainda de acordo com a ONG, o bloqueio teria começado por volta das 12h locais (13h de Brasília) de segunda-feira (22). O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP) endossou as informações.

Segundo a imprensa local, a ordem partiu da Conatel (Comissão Nacional de Telecomunicações). Os sites estão bloqueados para IPs (espécie de registro de endereço de conexão à internet) na Venezuela. A Folha de S.Paulo conseguiu acessar todos os portais que estão bloqueados internamente.

A mídia venezuelana afirma ainda que, entre os sites com restrições, há pelo menos três que checam notícias falsas -Espaja.com, Cazadores de Fake News e Observatorio Venezolano de Fake News. Os dois primeiros foram bloqueados no início da campanha eleitoral.

Com as restrições impostas nesta segunda, passa de 60 o número de meios de comunicação bloqueados pelas principais operadoras do país até o momento, de acordo com o VE Sin Filtro -muitos deles já estavam bloqueados antes mesmo das eleições.

Em um relatório no início de julho deste ano, o chefe de direitos humanos da ONU, Volker Turk, afirmou estar preocupado com o aumento de bloqueios de sites no país. Na ocasião, eram pelo menos 50 portais com restrição, afirmou ele, seis a mais do que no período do relatório anterior.

"Incentivo as autoridades a suspender as restrições ao espaço cívico, protegê-lo e garantir processos eleitorais totalmente transparentes, inclusivos e participativos, em conformidade com os padrões internacionais", afirmou Turk. O documento foi publicado quase cinco meses depois da expulsão do escritório do comissário do país, em fevereiro.

Maduro tem endurecido suas ações contra a oposição nos últimos meses, à medida que as eleições presidenciais do próximo domingo (28) se aproximam. De acordo com institutos de pesquisa, o principal adversário do ditador, o diplomata Edmundo González, lidera as intenções de voto.

González saiu como candidato após a principal figura da oposição, María Corina Machado, ser impedida de concorrer e a primeira alternativa, Corina Yoris, também não conseguir inscrever sua candidatura.

A Plataforma Unitária Democrática -principal coalizão de oposição e à qual pertence González e Machado- criticou o bloqueio em mensagem no X. "Seguir censurando meios é uma medida de quem se sabe perdido e que busca restringir o acesso à informação diante do 28 de julho, mas os venezuelanos a esta altura já têm claro o seu voto."

 

 

POR FOLHAPRESS

VENEZUELA - A quase um mês da eleição presidencial na Venezuela, o ditador Nicolás Maduro assinou nesta quinta-feira (20) um documento em que se compromete a respeitar o resultado do pleito. O texto não foi endossado por Edmundo González, o principal candidato da oposição, que o descreveu como uma "imposição unilateral" e voltou a lançar dúvidas sobre a lisura do processo.

"O que quer que o juiz eleitoral diga, amém", disse Maduro após a assinatura. "Chega de sabotagem contra o nosso país, chega de conspirações. A Venezuela quer tranquilidade."

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O chefe do CNE (Conselho Nacional Eleitoral), Elvis Amoroso, considerado próximo ao chavismo, leu o acordo durante cerimônia. O texto menciona "a vontade absoluta de reconhecer os resultados emitidos pelo poder eleitoral" e uma competição em "clima de respeito, paz e participação democrática".

Oito dos dez candidatos assinaram o acordo. Maduro foi o último; os outros sete se definem como opositores, embora sejam acusados de serem colaboradores do regime.

 

 

POR FOLHAPRESS

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