SÃO CARLOS/SP - A solidariedade falou mais alto em São Carlos. O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) superou todas as expectativas ao arrecadar 8 mil brinquedos na segunda edição da campanha “Doe um brinquedo e ganhe um sorriso”, realizada entre 27 de novembro e 18 de dezembro. Este número representa 3 mil brinquedos a mais em relação à primeira edição, que havia registrado 5 mil doações no ano passado.
A iniciativa contou com o apoio de parceiros como a Prefeitura, a Câmara Municipal, a FESC, a ProHAB, a Fundação Pró-Memória, a Associação de moradores do Parque Fehr, Eduardos Brinquedos e o Colégio Adventista. 400 brinquedos foram destinados diretamente à ONG Nave Sal da Terra, enquanto os demais 7.600 brinquedos foram entregues ao Fundo Social de Solidariedade para triagem e distribuição às famílias cadastradas.
Juliana Albuquerque Ferreira, chefe do Setor de Comunicação Institucional do SAAE, celebrou o sucesso da ação. “É uma satisfação enorme saber que esta segunda campanha foi um sucesso total. A quantidade foi superior porque o empenho de todos os envolvidos também foi. Gratidão aos servidores do SAAE e à população que colaborou de forma tão generosa”, declarou emocionada.
O Juiz de Direito, Paulo César Scanavez, acompanhou os trabalhos e fez questão de parabenizar a iniciativa desenvolvida pelo SAAE.
O presidente do SAAE, engenheiro Mariel Olmo, reforçou o espírito de união que marcou a ação. “Mais uma vez, servidores, parceiros e a comunidade de São Carlos mostraram que esforços compartilhados geram grandes resultados. Parabéns a todos os envolvidos, que tornaram o Natal de milhares de crianças mais feliz. Meu abraço fraternal e os votos de um Natal e um 2025 abençoados para todos.”
A campanha, além de números expressivos, reafirma o espírito solidário da cidade e o poder transformador de gestos simples, que espalham alegria e esperança a quem mais precisa.
SÃO CARLOS/SP - O Fundo Social de Solidariedade recebeu 107 cestas básicas provenientes da ação realizada pela Estapar, que administra o serviço de área azul da cidade. A empresa, com o apoio da Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito, efetuou, no último dia 6, o Dia do Estacionamento Solidário, com o valor arrecadado pelo uso das vagas de estacionamento rotativo sendo revertido em cestas básicas, que foram repassadas ao Fundo Social de Solidariedade de São Carlos.
O Dia do Estacionamento Solidário arrecadou R$10.307,75, recurso gerado com tíquetes no terminal de autoatendimento, via agentes da concessionária ou pelo aplicativo Zul+. Também foi disponibilizada a opção para o usuário colocar uma recarga no carro, via aplicativo, mesmo sem usar, para auxiliar na causa.
Segundo o diretor de Relações Institucionais da Estapar, Adelcio Antonini, a ação vai ao encontro das políticas sociais presentes no município. “Isso reforça nosso compromisso com a responsabilidade social e com as comunidades onde atuamos. Agradecemos o engajamento de toda a cidade e da equipe do Fundo Social de Solidariedade, que destinará o que foi arrecadado às entidades que fazem um trabalho fundamental no cuidado com os mais necessitados”, disse Adelcio.
A diretora do Departamento de Gerenciamento do Fundo Social de Solidariedade, Lessandra Almeida, recorda que estas iniciativas envolvendo o Fundo e a Estapar já ocorrem há alguns anos. “Essa parceria existe desde 2017 e é importante porque conseguimos atender várias famílias através das entidades assistidas. A participação do munícipe, colaborando com essa ação, faz com que o Fundo Social possa entregar as cestas para várias entidades, atendendo famílias necessitadas da nossa cidade”, comenta Lessandra.
O secretário municipal de Transporte e Trânsito, Cesinha Maragno, também celebrou o resultado. “Mais de 100 famílias serão beneficiadas com estas cestas básicas, principalmente agora no período do Natal. Esperamos que esta parceria continue por vários anos”, finaliza o secretário.
SÃO CARLOS/SP - O Diário Oficial de São Carlos publicou as novas tarifas do transporte público, a partir de 31/12. A tarifa normal, para pagamento em espécie, incluindo linhas que atendem os distritos de Água Vermelha e Santa Eudóxia, passa a ser de R$5,25. Domésticas que recebam salário mínimo do Estado de São Paulo, Aposentados e Pensionistas que recebam até 1 (um) salário mínimo federal por mês, pagam R$3,15 (40% de desconto), a faixa 1. Domésticas, Operários, Aposentados e Pensionistas que recebam até 2 (dois) salários mínimos federais por mês, pagam R$4,20 (20% de desconto), a chamada faixa 2. Estudantes pagam R$2,63 (50% de desconto). Idosos com mais de 60 (sessenta) anos de idade, continuam isentos.
“Em relação ao reajuste, foi uma medida que o prefeito Airton Garcia precisou tomar, tendo em vista que não havia reajuste desde o ano de 2021, por conta da pandemia. Precisou que esse reajuste fosse aplicado agora, para que não ocorresse desequilíbrio contratual. Assim o valor do subsídio diminui, podendo ser revertido em melhorias no transporte, para que o município possa investir na qualidade do transporte público, refletindo em toda a população”, explica o secretário de Governo, Lucas Leão.
O secretário de governo destacou ainda que não houve aumento real no valor da tarifa. Foi aplicado o IPCA, índice que aponta a inflação do período. “O valor ainda é mais baixo do que a tarifa de Araraquara, por exemplo. Nós só aplicamos o valor do IPCA sem aumento real no valor da tarifa”, afirma Lucas Leão.
Iniciativa integra ações de divulgação científica de rede de pesquisa para combate às plantas daninhas, composta por cinco universidades federais
SÃO CARLOS/SP - Com o objetivo de incentivar a curiosidade e o pensamento crítico nas crianças, o projeto de extensão "Pequenos Cientistas", do Colégio de Aplicação (CAU) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), promove atividades práticas e lúdicas com foco na educação científica.
Uma das ações realizadas com turmas do Ensino Fundamental foi a compostagem, um processo natural de decomposição de resíduos orgânicos - como restos de comida e folhas -, que se transformam em um material rico em nutrientes, utilizado como fertilizante. A prática foi desenvolvida nos espaços da Universidade e permitiu às crianças explorarem o ciclo de decomposição e os benefícios ambientais do reaproveitamento desses resíduos.
"Nosso objetivo é mostrar aos pequenos e às pequenas que a Ciência está presente em tudo ao seu redor. Atividades como a compostagem são formas de despertar a consciência ambiental e estimular o interesse por práticas sustentáveis desde cedo", explica Elisângela Ferreira Sentanin, docente do Ensino Básico, Técnico, Tecnológico (EBTT) do CAU.
A iniciativa vai além do aprendizado em sala de aula, pois também busca envolver as famílias e demonstrar como a Ciência pode transformar a realidade das pessoas. A prática educativa reforça o compromisso da Universidade em promover o diálogo entre o meio acadêmico e a comunidade.
A compostagem integra as ações de divulgação científica de um projeto conectado a uma rede nacional de pesquisa sobre plantas daninhas, coordenada por Márcio Weber Paixão, docente no Departamento de Química (DQ) da UFSCar. Essa rede reúne cinco universidades federais - além da UFSCar, as universidades federais de Santa Catarina (UFSC), Federal Fluminense (UFF), do Rio de Janeiro (UFRJ) e de Goiás (UFG) - para o desenvolvimento de novos produtos e processos de controle fitossanitário, com foco em biodefensivos.
Os biodefensivos são alternativas sustentáveis aos herbicidas comerciais, que, muitas vezes, apresentam alto impacto ambiental e na saúde humana. "A ideia é desenvolver compostos inovadores que utilizam resíduos renováveis, como biomassa de madeira e cana-de-açúcar, para combater plantas daninhas de maneira eficiente e ecológica. O objetivo é criar produtos seletivos, que protejam as culturas agrícolas sem prejudicar o meio ambiente", destaca Paixão.
Ao contribuir para práticas agrícolas mais sustentáveis, o projeto está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente ao ODS 2, que busca a erradicação da fome e o avanço de uma agricultura sustentável.
Mais informações sobre o projeto em rede estão disponíveis no Portal da UFSCar, em bit.ly/ufscar-daninhas.
Confira a reportagem em vídeo sobre o "Pequenos Cientistas" no canal do YouTube da UFSCar (youtube.com/watch?v=
SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Saúde, por meio dos departamentos de Vigilância em Saúde e de Gestão do Cuidado Ambulatorial, informa que irá recolher as vacinas das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de Saúde da Família (USFs) do município no final desta semana e armazená-las na Central Municipal de Rede Frio, voltando a imunizar regularmente a população na segunda-feira (06/01). Assim, aqueles que quiserem se vacinar ainda neste ano devem se deslocar a um dos locais de vacinação até às 13h da próxima sexta-feira (20/12).
A opção pelo armazenamento de todos os imunizantes em uma central é uma precaução para garantir que nenhuma vacina seja perdida ou danificada enquanto as unidades de atenção básica em saúde estiverem fechadas no recesso de final de ano. Afinal, as vacinas requerem refrigeração para manterem sua estabilidade e o período de chuvas costuma provocar quedas de energia, podendo desligar conservadores de vacinas que necessitam de funcionamento 24 horas por dia para assegurarem a temperatura ideal das vacinas.
Desta forma, para evitar que qualquer imunobiológico tenha a eficácia comprometida, a Vigilância Epidemiológica vai recolher as vacinas das unidades de saúde na sexta-feira (20/12), a partir das 13h. No dia 6 de janeiro em diante, as salas de vacinação voltam a atender normalmente de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16h30. Logo, a população que precise fazer uso de qualquer tipo de vacina deve procurar as UBSs ou USFs antes ou após o recesso.
Durante o final do ano, as equipes da Vigilância Epidemiológica estarão de sobreaviso para os cuidados necessários, monitorando constantemente a temperatura do conservador de vacina onde os imunizantes serão armazenados.
SÃO CARLOS/SP - Os esportistas que disputam os Jogos Abertos do Interior por São Carlos voltaram à quadra nesta terça-feira (17/12), com importantes resultados no tênis de mesa masculino. Já o futsal feminino foi derrotado e se despediu da competição. Todos os atletas têm o suporte da Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Esportes e Cultura.
No tênis de mesa masculino por equipe, a cidade continua fazendo uma campanha sólida e conquistou mais uma vitória. Após derrotar Mirassol por 3 a 0 na estreia, os são-carlenses venceram Bertioga pelo mesmo placar e se mantiveram com 100% de aproveitamento.
O futsal feminino, por sua vez, não conseguiu repetir o desempenho das últimas apresentações e perdeu para São José dos Campos por 9 a 1, dando adeus à disputa por medalha. O xadrez e o tênis de mesa individual também se apresentaram e continuam somando pontos visando a classificação para a próxima fase.
Todos os atletas que representam a cidade na competição são apoiados diretamente pela Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Esportes e Cultura, que oferece alimentação, estrutura de alojamento, transporte intra e intermunicipal, fisioterapia e lavanderia, entre outros serviços, à delegação são-carlense que está hospedada em São José do Rio Preto, cidade-sede desta edição do evento.
SÃO CARLOS/SP - Os atletas que representam a cidade de São Carlos conquistaram mais três medalhas no último final de semana nos Jogos Abertos do Interior. Todos são apoiados pela Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Esportes e Cultura, que tem fornecido todo o suporte durante a competição que neste ano acontece em São José do Rio Preto.
Das medalhas mais recentes, duas vieram no handebol. No masculino, a equipe são-carlense foi derrotada na final para São José dos Campos por 23 a 13 e ficou com a prata, ao passo que a feminina derrotou Diadema por 23 a 14 e garantiu o bronze. No karatê, a cidade também assegurou uma medalha de bronze e, no tênis masculino Sub-21, São Carlos foi batida por São José do Rio Preto por 2 sets a 0 e ficou com o quarto lugar.
Nesta terça-feira (17/12), o futsal feminino – que empatou sem gols contra Praia Grande na estreia – volta à quadra para enfrentar São José dos Campos, às 14h, no Ginásio de Esportes “19 de março”, ainda pela primeira fase. A cidade também compete no tênis de mesa, xadrez e taekwondo.
Todos os atletas, membros de comissões técnicas e dirigentes são apoiados pela Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Esportes e Cultura, que oferta alimentação, serviço de alojamento, fisioterapia, lavanderia e transporte intra e intermunicipal aos competidores que representam a cidade no torneio.
SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), vai realizar o Projeto Férias 2025 entre os dias 29 de janeiro e 6 de fevereiro, com atividades em diversos Centros Municipais de Educação Infantil (CEMEIs) e Escolas Municipais de Ensino Básico (EMEBs). As inscrições começam nesta terça-feira (17/12) e têm como público-alvo as crianças da Educação Infantil e do Ensino Fundamental (0 a 12 anos), bem como os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Realizado anualmente, o Projeto Férias oferece recreação com dinâmicas que pensem a ludicidade em seus aspectos principais, como o desenvolvimento de oficinas culturais, brincadeiras, rodas de conversa, exploração dos princípios da base nacional curricular e os direitos de aprendizagem da criança, entre outras atividades.
Todos os alunos matriculados na Rede Municipal de Ensino em 2024 podem participar, sendo que as inscrições são gratuitas e devem ser feitas online – basta optar por uma das unidades escolares disponíveis e aguardar a confirmação via e-mail –. O número de vagas pode variar de acordo com a capacidade da unidade escolar e, para o preenchimento das vagas, será respeitada a ordem de inscrição.
A secretária municipal de Educação, Paula Knoff, explica os benefícios do Projeto Férias tanto para as crianças quanto para os próprios responsáveis. “São diversas atividades de recreação programadas pelos gestores educacionais para atender os alunos e que pensam na valorização da educação e em oferecer acesso a ambientes diferenciados ao familiar, com desenvolvimento da ludicidade e socialização das crianças que vão aproveitar as férias no ensino público gratuitamente. Vamos oferecer atividades educativas, saudáveis para melhorar a qualidade de vida e o desenvolvimento da criança”, salienta a secretária.
A SME orienta que os pais ou responsáveis dos alunos de 0 a 3 anos poderão optar pelas atividades em período integral (7h40 às 16h20) ou parcial (7h40 às 12h – manhã ou 13h às 17h20 – tarde). Já para os alunos de 4 a 6 anos, as opções são exclusivas para período parcial (7h40 às 12h – manhã ou 13h às 17h20 – tarde), enquanto os estudantes do Ensino Fundamental serão atendidos das 13h às 17h20 e, para jovens e adultos, o atendimento ocorrerá das 18h45 às 22h (de segunda a quinta-feira) e das 18h45 às 21h45 (sexta-feira).
O Projeto Férias terá também o apoio da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento, que vai oferecer alimentação aos alunos, conforme já ocorre regularmente em todo o ano letivo.
Para a Educação Infantil, o Projeto Férias será realizado nos CEMEIs Aracy Pereira Lopes, Bento Prado de Almeida Ferraz Junior, Bruno Panhoca, Carmelita Rocha Ramalho, Carminda Nogueira de Castro Ferreira, Cônego Manuel Tobias, Dionísio da Silva, José de Brito Castro, Maria Consuelo Brandão Tolentino, Maria Lúcia Marrara, Maria Luiza Perez, Olívia Carvalho, Paulo Freire, Regina Melchiades, Ruth Bloen Souto, Vicente Rocha Keppe e Walter Blanco.
Para os alunos do Ensino Fundamental, as atividades acontecem nas EMEBs Angelina Dagnone de Melo, Carmine Botta, Dalila Galli, Afonso Fiocca Vitali e Prof. Ulysses Ferreira Picolo e no CEMEAR. Já para jovens e adultos, o atendimento ocorrerá no CEMEI Vicente Rocha Keppe.
As inscrições online devem ser feitas no período de 17 de dezembro a 10 de janeiro pelos links abaixo:
INSCRIÇÕES PARA CEMEI: https://forms.gle/sNfNEPWLcBfk2ZT9A
INSCRIÇÕES PARA EMEB: https://forms.gle/HYYGFpmb4pvC6yx99
INSCRIÇÕES PARA EJA: https://forms.gle/v4QqfQ9KxAb5dwRj7
Estudo inédito utiliza moléculas orgânicas derivadas de açúcares como ingredientes ativos para defensivos agrícolas mais sustentáveis
SÃO CARLOS/SP - Está sendo desenvolvido pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em conjunto com outras instituições, um trabalho voltado para a busca por novos insumos de combate ao cancro cítrico. A doença, que atinge as lavouras de citros - como limão e laranja - é combatida há décadas pela pulverização de cobre, metal tóxico e deletério para o meio ambiente.
A pesquisa foi iniciada por volta de 2009, sob coordenação da professora Maria Teresa Marques Novo Mansur, do Departamento de Genética e Evolução (DGE) da UFSCar, pela busca, por meio de análise proteômica [de proteínas] combinada à análise genética, de proteínas-alvo na bactéria que estivessem envolvidas com sua capacidade de causar a doença. Um dos alvos encontrados na superfície celular foi a proteína denominada XanB. O grupo demonstrou mais recentemente que moléculas orgânicas derivadas de carboidratos, inibidoras da proteína-alvo XanB, eram eficientes no controle da doença e poderiam ser ingredientes ativos para novos defensivos agrícolas.
O trabalho de Novo-Mansur - que é líder do grupo de pesquisa do Laboratório de Bioquímica e Biologia Molecular Aplicada (LBBMA) da UFSCar (www.lbbma.ufscar.br/pt-br) - é desenvolvido com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e colaboração do grupo do professor Carlos Henrique Tomich de Paula da Silva, da Universidade de São Paulo (USP), que realizou o planejamento das moléculas inibidoras por abordagem computacional, e do grupo do pesquisador Franklin Behlau, do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) de Araraquara, que colaborou nos testes in vivo.
O que é o cancro cítrico
O cancro cítrico é uma doença causada pela bactéria Xanthomonas citri subsp. citri, que afeta diversas espécies de citros; é caracterizada pelo aparecimento de lesões corticosas, que são erupções de aspecto áspero e elevado nas folhas, frutos e ramos das plantas. Essas lesões podem ser circundadas por halos amarelos, resultantes do decréscimo de clorofilas nas áreas infectadas, e os tecidos afetados podem expelir bactérias que se espalham facilmente pelo vento e pela chuva. As plantas contaminadas podem sofrer queda prematura de folhas e frutos, o que reduz a qualidade dos frutos e a produtividade, afetando o potencial econômico da citricultura.
De acordo com a pesquisadora da UFSCar, o prejuízo causado pelo cancro cítrico para a agricultura é amenizado por medidas de manejo e, principalmente, por meio da pulverização de soluções de cobre nos pomares infectados. "No entanto, esse controle gera custo superior a R$ 200 milhões por safra, além de causar impacto ambiental devido à toxicidade do metal. Além disso, já foram identificadas linhagens bacterianas resistentes ao cobre, o que diminui a eficiência desse controle", explica o André Vessoni Alexandrino, doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGBiotec) da UFSCar que foi orientado da professora Novo-Mansur na UFSCar nesse projeto.
Outras medidas de controle, segundo a pesquisadora, incluem a erradicação de plantas contaminadas e o uso de quebra-ventos para reduzir a disseminação da doença. Dada a ineficácia dessas medidas para a cura definitiva e os impactos ambientais, pesquisadores e agricultores buscam novas alternativas, como o desenvolvimento de cultivares mais resistentes, agentes que possam agir como controle biológico e compostos que possam controlar a doença de forma mais sustentável.
Avanços das pesquisas
"O principal diferencial da nossa pesquisa é que utilizamos uma abordagem inédita para a busca de uma alternativa de controle do cancro cítrico, a qual nos possibilitou chegar a moléculas que interferem de modo bastante específico na interação do patógeno com a planta e são de baixa ou nenhuma toxicidade ao ser humano, em contraposição ao cobre utilizado atualmente nas lavouras", destaca a professora da UFSCar. "Temos a expectativa de que essas moléculas, que são derivadas de carboidratos, possam se constituir em uma alternativa ecologicamente atrativa, sendo biodegradáveis e não interferindo com a microbiota do solo, causando assim menor impacto ambiental, e sejam também economicamente viáveis para utilização comercial no campo. A abordagem multidisciplinar utilizada, com metodologias complementares advindas de colaboradores de diferentes áreas do conhecimento, voltada para um objetivo comum, nos possibilitou não estacionar na ciência básica, que por si só já tem seu valor, mas ir além, gerar inovação tecnológica por meio de produtos de interesse para o agronegócio", avalia.
Os novos compostos estão sendo testados em maior escala no campo por parte de uma empresa start-up, que licenciou a patente do trabalho, depositada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O trabalho contou, na USP, com a contribuição de Mariana Pegrucci Barcelos, doutoranda orientada pelo professor Tomich, que realizou também com ele mestrado pelo projeto. Na UFSCar, além de André Alexandrino, houve também a participação de Beatriz Brambila, que recentemente defendeu o mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Genética Evolutiva e Biologia Molecular (PPGGEv-UFSCar), sob orientação da professora Novo-Mansur. Inibidores planejados pelo grupo do professor Tomich contra outra proteína-alvo da bactéria, também descoberta no grupo da UFSCar, estão sendo testados pela doutoranda Ana Carolina Franco Severo Martelli, sob orientação da professora Novo-Mansur pelo PPGGEv-UFSCar, e também estão apresentando resultados promissores, de acordo com a docente da Universidade.
Mais informações
O estudo da professora Maria Teresa M. Novo Mansur contou com o apoio da Fapesp, no período de 2009 a 2016, por meio de Projeto Jovem Pesquisador (processo 07/50910-2), e atualmente conta com o apoio de Projeto de Auxílio à Pesquisa, também da Fapesp (processo 2020/05529-3), ambos sob sua coordenação. O professor Carlos H. Tomich da Silva também conta com o apoio de Projeto de Auxílio à Pesquisa da Fapesp (processo 2023/01921-4), do qual é coordenador. O artigo que descreve a nova alternativa foi publicado na Revista Microbiology Spectrum, em https://journals.asm.org/doi/
SÃO CARLOS/SP - O Procon São Carlos finalizou mais uma operação que tem como objeto a fiscalização dos preços dos combustíveis na cidade. Ao todo 60 postos de combustíveis foram fiscalizados todos os meses durante o ano de 2024. Os dados coletados se referem ao preço dos combustíveis por litro, à vista, sem qualquer desconto promocional ou por método de pagamento utilizado. “A pesquisa tem por objetivo oferecer aos consumidores do município os preços praticados nos estabelecimentos, assim podendo os mesmos escolher quais parâmetros desejar, seja por proximidade de sua residência ou pelo menor preço ofertado no combustível que utilizar”, explica o diretor do Procon, Tiago Nonato de Souza.
Foi constatado que durante o ano de 2024, o etanol comum foi o que sofreu maior aumento de preço, passando de R$ 3,04 em janeiro para R$ 3,82 em dezembro, acumulando alta de 23,69%. Já nos demais combustíveis também ocorreram aumentos, porém em menor valor, sendo que na gasolina comum, o preço passou de R$ 5,33 para R$ 5,82, alta de 8,93% e no Diesel S-10 de R$ 5,82 para R$ 6,03, alta de 3,57%, durando o mesmo período analisado.
O diretor do Procon esclarece que no Brasil não há, em regra, controle de preços, tabelamento ou controle de margem de lucro. “A livre iniciativa e livre concorrência são princípios constitucionais, não sendo assim possível qualquer interferência neste quesito, nosso papel é orientar o consumidor e identificar abusos os ações que prejudiquem o livre mercado”, destacou.
Para conferir a pesquisa completa do Procon basta clicar no link: http://saocarlos.sp.gov.br/index.php/prefeitura/utilidade-publica/procon.html
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