SÃO CARLOS/SP - Três pessoas foram detidas pela Polícia Militar na Rua Deusdedit Freitas de Almeida, no Jardim Pacaembu, em São Carlos. A ocorrência ocorreu no último dia de fevereiro, 29.
Segundo Boletim de Ocorrência (BO), a polícia recebeu uma denúncia de que em uma casa havia uma arma de fogo debaixo de um colchão, o portão estava aberto e que chegasse de mansinho que pegava os meliantes no local.
Os Militares chegaram sem fazer barulho e foi dito e feito, três indivíduos estavam na casa e foram detidos. Em uma varredura na residência, foram localizadas várias drogas, quatro celulares, um simulacro de arma de fogo e R$ 751,00, em dinheiro.
O trio foi conduzido à Central de Polícia Judiciária, onde os dois maiores de idade foram autuados em flagrante por tráfico de drogas e recolhidos ao Centro de Triagem de São Carlos. Já o menor foi liberado para a família.
SÃO CARLOS/SP - As inscrições para os cursos profissionalizantes gratuitos do Qualifica SP “Meu Primeiro Emprego” foram prorrogadas até o dia 3 de março.
Para São Carlos estão disponíveis os cursos presenciais de Criação de Sites e Plataformas Digitais que será realizado no SENAI Antônio Adolpho Lobbe; Tecnologia e Eletricidade Automotiva, também com aulas no SENAI e Excel Aplicado à Área Administrativa, com aulas na ETEC Paulino Botelho.
Podem participar jovens de 16 a 24 anos com ensino fundamental completo que residem no Estado de São Paulo e que querem ingressar no mercado de trabalho. As inscrições podem ser feitas até 03/03 no site www.qualificasp.sp.gov.br. Não é necessário realizar processo seletivo.
As aulas têm previsão para começar ainda em março e os cursos serão realizados ao longo de quatro meses no formato presencial.
A comunicação com os inscritos é feita unicamente por e-mail, utilizando-se os dados pessoais de cada candidato informados no ato do cadastro no site. Todos os cursos foram pensados e desenvolvidos para atender às demandas atuais do mercado de trabalho.
Sucesso literário da escritora francesa Virginie Despentes, a montagem lotou os teatros do Rio de Janeiro e São Paulo e agora percorre as cidades de Santo André, São Carlos, São José do Rio Preto e Araraquara. No Sesc São Carlos acontece no dia 13 de março, quarta-feira, às 20h com venda de ingressos
SÃO CARLOS/SP - Uma das mais contundentes escritas sobre os códigos comportamentais e os padrões estruturais impostos à condição feminina inicia sua circulação de 2024. Teoria King Kong foi escrito em 2006 pela escritora Virginie Despentes e tornou-se um sucesso absoluto pelo impacto e ousadia de narrar, em primeira pessoa, experiências que tangenciam temas como gênero, estereótipos e emancipação. No Brasil, o livro foi lançado em 2016 pela N-1 e teve sua tradução assinada pela atriz, jornalista e escritora Marcia Bechara, que também assina a dramaturgia do espetáculo. Considerado um fenômeno de vendas, radical e extremamente corajoso, sua publicação foi relançada recentemente, durante a temporada da peça no Sesc Bom Retiro, na cidade de São Paulo, onde obteve excelente público e ótimas críticas da imprensa especializada.
No palco, as atrizes Carol Duarte, Ivy Souza e Verónica Valenttino atualizam o texto a partir de suas escrevivências e subjetividades, ora se colocando como as tradutoras da obra, ora incorporando a própria Virginie Despentes e dando voz às reflexões que abarcam o complexo conceito de mulheridades, exposto pela autora num jorro literário, virulento e desconcertante capaz de desacomodar formas de perceber, pensar e interagir com determinadas heranças que ainda orientam nosso comportamento. O espetáculo reúne em sua ficha técnica uma equipe de mulheres que despontam em várias áreas do Teatro, o que fortalece esse pacto feminino e feminista em torno da encenação.
Para a dramaturga Marcia Bechara, o maior desafio de transpor Teoria King Kong para os palcos em 2023 é, justamente, encontrar sua atualização, visto que isso acontece mais de uma década depois do lançamento na França: “Muita coisa mudou, da nossa compreensão interna do que seja o feminismo ou os feminismos e de como essas coisas se interpelam mutuamente na América Latina, na Europa e em vários outros contextos. Esse é o grande desafio, atualizar esse texto que é magnífico e magnânimo, para a realidade brasileira, para que ele converse com a gente também da maneira que o teatro sabe fazer. O teatro como essa grande ágora contemporânea, um espaço potente e propício para as discussões do nosso tempo", afirma a tradutora dramaturga de Teoria King Kong.
De acordo com a diretora Yara de Novaes, a aproximação de Márcia e das atrizes –– que também colaboram com a dramaturgia, facilitou o processo de construção do texto. “São elas (as atrizes) que estão trazendo para a dramaturgia essas pessoalidades, essas fricções”. Bechara optou por não trazer apenas falas na primeira pessoa, mas escolheu a figura de três tradutoras transcriadoras para que fossem as cicerones, as experimentadoras cênicas do livro da Virginie.”
“O teatro é uma matéria que é feita do corpo, a sua principal mídia é o corpo. E o corpo brasileiro está em cena com essas três atrizes. A presença delas em cena é extremamente revigorante desse novo Brasil que emerge depois desses desses seis anos de total loucura fascista e que tem muita coisa pra dizer, inclusive em relação ao mundo, para o mundo. A gente vê no Brasil uma atualização dos feminismos, das questões que a gente chama de identidades, mas que vão muito além disso, que são coletivas também”, afirma a dramaturga.
A escolha do elenco foi uma busca de entrar em diálogo de alguma forma em paridade com o texto, pesquisa que ocorreu na total sinergia entre Yara de Novaes e as produtoras e idealizadoras do projeto, Verônica Prates e Valencia Losada, da Quintal Produções. Quando a gente coloca essas três atrizes em cena, percebemos a possibilidade que temos de garantir a atualização do discurso e das problematizações lançadas pela autora. Para poder dialogar com a obra era preciso trazer pessoalidades e singularidades, e foi isso que elas trouxeram”, revelam.
“Para marcar a fogo a radicalidade contemporânea do texto, convidamos as atrizes Carol Duarte, Ivy Souza e Verónica Valenttino para compor o núcleo artístico do projeto. Atrizes múltiplas, plurais e com trajetórias pavimentadas em lugares muito singulares de classe, raça e gênero.
Os ensaios, que ocorreram em São Paulo durante os meses de maio a agosto de 2023 serviram de espaço para muitas experiências e diálogos transversais ao projeto: “Trouxemos para a sala de ensaio, nesse grande laboratório, algumas mulheres muito incríveis para trocarem com a gente, como a pensadora transfeminista Helena Vieira, a roteirista e dramaturga Silvia Gomez, a jornalista e comunicadora popular do Movimento das Mulheres Camponesas, Adriane Canan, essa equipe foi essencial para essa migração do livro para o palco”, conta Yara.
Sinopse
Teoria King Kong é um espetáculo com uma dramaturgia não-realista, onde três atrizes buscam, através de suas traduções e vivências, trazer para a realidade brasileira alguns temas abordados pela escritora francesa Virginie Despentes. O espetáculo apresenta ––numa espiral cheia de humor e acidez, reflexões para um possível pacto civilizatório. Protagonizam a montagem três das mais brilhantes atrizes da nossa geração, Carol Duarte, Ivy Souza e Verónica Valenttino.
Teoria King Kong
Autora//Virginie Despentes
Direção// Yara de Novaes
Dramaturgia// Marcia Bechara
Elenco // Carol Duarte, Ivy Souza e Verónica Valenttino
Direção de movimento e assistente de direção// Murillo Basso
Cenografa// Dina Salem Levy
Desenho de luz// Sarah Salgado
Figurinos// Marichilene Artisevskis
Trilha sonora// Natalia Mallo
Identidade visual: Evee Ávila
Fotos: Igor Marotti
Idealização e produção: Quintal Produções
Diretora de produção// Verônica Prates
Coordenadora de projetos// Valencia Losada
Produtora executiva// Camila Camuso
Assistência de produção// Ellen Miranda
Serviço: Sesc São Carlos
Data: dia 13 de março, quarta-feira.
Horário: 20h.
Ingressos: R$ 40,00 inteira / R$ 20,00 meia entrada / R$ 12,00 Credencial Plena. Lugares Limitados. 16 anos.
Local: Unidade São Carlos – Av. Comendador Alfredo Maffei, 700 – Jd. Gibertoni – São Carlos – SP
Mais informações pelo telefone: 3373-2333
A 19ª. edição do Festival Internacional de Música Instrumental ChorandoSemParar aconteceu em dezembro de 2023 em São Carlos e marcou a volta das apresentações na Praça XV. Milhares de pessoas passaram pelo Festival durante uma semana de atividades e cerca de 400 crianças participaram de atividades formativas em escolas públicas, inspiradas na temática da edição. Atualmente, a organização do festival faz um chamamento para doações (Pix Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.) para sanar as dívidas pendentes geradas por imprevistos que serão detalhados na prestação de contas online, no dia 27 de março
SÃO CARLOS/SP - Realizada em São Carlos pelo Projeto Contribuinte da Cultura e pelo Instituto Mário de Andrade (IMA), em parceria com a Prefeitura Municipal de São Carlos, com a USP São Carlos por meio do GCACEx e com o apoio da EPTV, Casale Equipamentos e Rádio UFSCar, a 19ª. edição do Festival Internacional de Música Instrumental ChorandoSemParar aconteceu de 11 a 17 de dezembro de 2023 e teve como tema central a celebração do centenário de nascimento do compositor e instrumentista Waldir Azevedo (1923-1980). Após três anos sendo realizado virtualmente e em outros espaços, essa edição marcou a volta das apresentações na Praça “Dr. Christiano Altenfelder Silva”, a Praça XV, e durante uma semana o Festival reuniu, gratuitamente, milhares de pessoas e atingiu cerca de 400 crianças em atividades formativas nas escolas.
A abertura do 19º. ChorandoSemParar aconteceu no dia 11 de dezembro, no Teatro Municipal de São Carlos, e durante toda a semana (12 a 15/12), foram realizadas atividades formativas e de arte-educação em escolas públicas da cidade, inspiradas na temática da edição. No fim de semana, as apresentações aconteceram na Praça XV, com as 12 horas ininterruptas de apresentações musicais no domingo (17), formato que inspirou o nome do Festival. As atrações encantaram o público que lotou a Praça XV durante todo dia: Orquestra Experimental da UFSCar, Armandinho Macedo e convidados, Messias Britto e convidados, Big Band do Projeto Guri, Duo Grego, Everton Pera Quarteto, Brazulê, Alexandre Ribeiro, Roberta Valente, Cléber Silveira, Zé Barbeiro, Big Boom Orchestra, Fábio Peron Trio, Oito Baixos, Enrique Menezes, Henrique Araújo, Um sou Eu, a violinista e rabequeira Wanessa Dourado com o grupo Fios de Choro e Em volta da Fogueira, entre outros.
Toda a programação do 19º. ChorandoSemParar homenageou o centenário de nascimento de Waldir Azevedo (1923-1980), compositor e instrumentista, autor de obras como "Brasileirinho", com menção especial ao também centenário de Osmar Álvares de Macedo (1923-1997), que criou, com seu parceiro Dodô, o Trio Elétrico da Bahia, e teve como convidado homenageado o guitarrista e bandolinista Armandinho Macedo, filho de Osmar e o jovem instrumentista e cavaquinista baiano, também homenageado, Messias Britto, destacado pela crítica especializada como um dos maiores talentos da música instrumental da atualidade.
Durante quase duas décadas, o Festival Internacional de Música Instrumental ChorandoSemParar se consolidou como um dos principais espaços de divulgação da música instrumental brasileira, se destacando pela qualidade técnica e artística do elenco de reconhecimento internacional e pela qualidade musical dos instrumentistas da cidade e região, que juntos tornam o encontro um evento de grande projeção e prestígio junto ao público, à mídia e à crítica especializada.
FECHAMENTO DE CONTAS - Segundo Fátima Camargo, presidente do IMA / Projeto Contribuinte da Cultura, para celebrar em grande estilo a 20ª. edição do Festival, que ocorrerá em dezembro de 2024, o público pode se preparar para uma edição histórica. “O ChorandoSemParar é um meio de acesso não só à música, mas também ao contexto histórico, social e artístico de diferentes épocas e países e às influências de diferentes culturas em nosso país. Já estamos preparando a edição de 2024, enquanto ainda fechamos a edição 2023. A realização do 19º. ChorandoSemParar foi uma vitória incrível diante das muitas adversidades enfrentadas e exigiu um forte empenho de toda a comunidade e, principalmente, da Prefeitura Municipal que subsidiou grande parte das despesas, mas ainda precisamos de apoio para fechar as contas de 2023 e partir para a tão especial comemoração do ChorandoSemParar 20 anos. Por isso, estamos fazendo um chamamento público pedindo doações, uma força-tarefa de fechamento de contas da 19ª edição por meio do financiamento coletivo “Vakinha” e contamos com a participação e ajuda de todos, compartilhando esse chamamento e doando qualquer valor pelo Pix Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.”.
A prestação de contas do 19º. ChorandoSemParar 2023 será realizada online em tempo real no dia 27 de março, às 19h30, pelas redes sociais do Instituto Mário de Andrade (IMA) e Projeto Contribuinte da Cultura. @contribuintedacultura (Instagram) e Projeto Contribuinte da Cultura (Facebook).
SÃO CARLOS/SP - O Sicoob Crediacisc reunirá cooperados e cooperados na Assembleia Geral Ordinária (AGO) que acontece dia 24 de março (domingo). O encontro deve ser iniciado às 9 horas, no auditório do SEST-SENAT, no Parque Novo Mundo.
Com uma pauta extensa, que inclui prestação de contas do exercício de 2023, decisão sobre a destinação das sobras, eleições de membros dos Conselhos de Administração e Fiscal, entre outros temas, a AGO deve bater o recorde de participação.
"Tivemos um ano de 2023 bastante intenso, com ampliação de atendimento, serviços e resultados muito bons, incluindo uma distribuição de sobras no final de 2023", relembra a presidente do Conselho de Administração, Lídia Maria Mendes Lima. A cooperativa pagou em dezembro de 2023, como juros sobre capital próprio, R$ 530 mil aos cooperados. “E ainda assim vamos levar para a assembleia mais de R$ 1,5 milhão de sobras para decidir a destinação”, detalha Lídia.
Para a presidente, a assembleia geral deste ano será um momento de celebração dos resultados colhidos na atual gestão. "Estamos encerrando um ciclo e queremos iniciar um novo com muita energia e novidades", destaca Lídia.
AGO - Por falta de espaço físico na sede do Sicoob Crediacisc, a AGO será presencial no auditório do SEST-SENAT, rua Vera Lúcia Maiello César, 395, Parque Novo Mundo. Embora a primeira chamada seja às 7h30, os cooperados devem estar presentes a partir das 9 horas. Todos os demonstrativos contábeis já estão disponíveis na cooperativa ou no site www.crediacisc.com.br. Também estão disponíveis, o edital completo da AGO, o Estatuto Social da cooperativa, o Regulamento Eleitoral e o Comunicado Eleitoral de 2024.
Fundada em 2005, o Sicoob Crediacisc completou 18 anos em 2023 e consolidou sua presença em São Carlos como a única cooperativa de crédito fundada no município e formada por diretoria exclusivamente local. "Também iniciamos a expansão para as cidades de Dourado e Ribeirão Bonito como forma de levar o cooperativismo de crédito para onde não existe", frisou Lídia.
SÃO CARLOS/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) realizou no último dia 27 de fevereiro a cerimônia de conclusão dos Programas de Residência Médica, turma 2022/2023. Os médicos residentes receberam a certificação de conclusão que lhes conferiu o título de Especialistas em Clínica Médica e de Medicina de Família e Comunidade.
Além dos residentes, o evento contou com a participação da Reitora da UFSCar, Ana Beatriz de Oliveira; da Pró-Reitora de Extensão, Ducinei Garcia; da Chefe do Setor de Gestão do Ensino do Hospital Universitário (HU), Letícia Pancieri; da Chefe do Departamento de Medicina (DMed) da UFSCar, Aline Guerra Aquilante; e do Coordenador da Comissão de Residência Médica da UFSCar, Guillermo Andrey Ariza Traslaviña; além dos coordenadores dos Programas de Residência em Clínica Médica e Medicina de Família e Comunidade, Silvana Chachá e Willian Luna.
"Estou muito feliz em estar aqui hoje celebrando a conquista de vocês. Ouvir a fala dos docentes sobre os momentos de construção da Residência Médica na UFSCar é muito gratificante. Gostaria de reforçar a importância do Programa de Residência Médica não somente enquanto programa de formação, mas também por contribuir com a consolidação do HU e com a sua excelência", disse a Reitora durante a solenidade.
O Programa de Residência Médica da UFSCar foi planejado para o treinamento em serviço nos três níveis de atenção à saúde, no qual o médico em treinamento adquire vivências e habilidades para cuidar de pacientes clínicos, conquistando independência e responsabilidade de forma progressiva.
Na Clínica Médica, a maior parte das atividades é realizada no HU e alguns estágios ocorrem em serviços parceiros como a Santa Casa de São Carlos. Já a Medicina de Família e Comunidade tem inserção plena na Rede de Atenção Primária à Saúde de São Carlos, nas Unidades de Saúde da Família, além dos estágios especializados em cenários de média e alta complexidade. Sempre sob supervisão qualificada e integral, garantindo o cuidado seguro e eficaz ao paciente, bem como o adequado desenvolvimento técnico e humano, em ambiente pautado por diretrizes éticas e científicas. A duração do curso é de dois anos e foram ofertadas bolsas de residência concedidas pelo Ministério da Educação (MEC).
A especialidade médica é dedicada ao diagnóstico, tratamento e reabilitação de adultos. O médico especialista nessa área atua em um amplo e abrangente espectro de cuidados no processo saúde-doença, sendo reconhecido como especialista em diagnóstico, tratamento de doenças crônicas e em promoção da saúde e prevenção de doenças, não estando limitado a um tipo específico de problema médico ou sistema.
Os processos seletivos para ingresso são anuais por meio do concurso nacional chamado Exame Nacional de Residência (Enare) promovido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Os interessados devem acompanhar as informações no site da Pró-Reitoria de Extensão (ProEx) para conhecimento sobre o cronograma e abertura de edital.
Causa de cenário trágico no Brasil, preconceito contra a comunidade LGBTQIAPN+ leva ao sofrimento, isolamento social e até suicídio
SÃO CARLOS/SP - Você já se perguntou por que a sexualidade do outro incomoda tanto? "Pessoas homofóbicas nem sempre sabem que são homofóbicas. E nem sempre é fácil identificar que cometemos atos de homofobia. É preciso, inicialmente, considerar que vivemos em um país homofóbico. E, por conta disso, há várias práticas e comportamentos amalgamados em nossa sociedade, interiorizados em nós e reproduzidos". Quem esclarece é Thiago Loureiro, Coordenador de Diversidade e Gênero da Secretaria Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (SAADE) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Homofobia é o assunto da vez na campanha "Discriminação não cabe na UFSCar. Aprenda, ensine: Violência é crime", lançada no mês de outubro de 2023 pela Universidade e que já abordou temas como racismo, assédio, capacitismo, transfobia e machismo. Os conteúdos estão sendo veiculados no Portal da UFSCar (www.ufscar.br), e nas redes oficiais da UFSCar no Facebook e Instagram (@ufscaroficial), além de contar com a participação da Rádio UFSCar (@radioufscar).
De acordo com Loureiro, a homofobia é uma das formas de LGBTfobia que recai sobre pessoas homossexuais, ou seja, a discriminação em razão de orientação sexual contra gays (homens que sentem atração afetivo-sexual por homens), lésbicas (mulheres que sentem atração afetivo-sexual por mulheres) e sobre pessoas bissexuais e pansexuais (aquelas para as quais o recorte de gênero não limita a atração afetivo-sexual). Com o passar dos anos, sobretudo a partir do avanço dos movimentos sociais organizados, houve o entendimento da necessidade de inclusão de nomenclaturas que abrangessem as demais orientações sexuais e identidades de gênero, por isso comumente a adoção do termo LGBTfobia.
"É importante esclarecer: ser homossexual não é uma opção, do mesmo modo que ser heterossexual também não é uma opção. Uma pessoa opta pelo tipo de roupa que prefere vestir, um campo ou área do conhecimento que deseja estudar, escolhe usar cabelos curtos ou longos. Mas não escolhe ser homossexual, pois esse é um aspecto, entre outros, inerente à sua sexualidade - na orientação de seus afetos e desejos", afirma Loureiro.
Para ele, ilustrar a homofobia no Brasil através de números pode ser um tanto controverso, por dois motivos. "Inicialmente, não há um levantamento preciso dos dados pelo Estado, fato que, por si, constitui uma violação contra essa população. O que existe é um empenho de entidades da sociedade civil e de organizações ligadas à causa em levantar informações e assim esboçar um panorama da violência contra a população LGBTQIAPN+ no País".
Além disso, para ele, quando se pensa em homofobia, é preciso refletir para além dos números ou das formas "visíveis" de violência, pois existem dimensões mais veladas ou sutis como a agressão moral e verbal, isto é, a violência psicológica. "No nosso cotidiano, vários comportamentos e situações podem não parecer, mas também são caracterizados como homofobia. Nos períodos da infância e da adolescência, por exemplo, tão importantes no processo de socialização e de constituição de nossas identidades, expressões pejorativas como bichinha, florzinha, mariquinha, maria sapatão, mulher macho, entre tantas outras, são extremamente nocivas, tanto para quem é alvo, como para quem presencia, ensejando a reprodução. A homofobia é aprendida. Aprendemos a ser homofóbica(o)s, assim como aprendemos a ser racistas, do mesmo modo que aprendemos a ser classistas, questões que no caso brasileiro, não estão dissociadas de uma herança sócio-histórico-cultural carregada de símbolos, referências e linguagens".
"Vale ressaltar", salienta Loureiro, "que discursos de ódio também matam pessoas LGBTQIAPN+. No atual momento global testemunhamos o recrudescimento do autoritarismo nas agendas políticas e, por conseguinte, de discursos e práticas que visam diminuir, quando não, aniquilar a diversidade. No caso brasileiro, valores associados à defesa de uma pretensa família tradicional, à heterossexualidade compulsória e a uma visão de mundo religiosa-fundamentalista, muitas vezes catalisadas por fake news, têm refletido o êxito de um pânico moral que coloca em risco, precisamente, a comunidade LGBTQIAPN+. As falas seguintes, proferidas por um agente político e ex-líder de Estado são emblemáticas: Ter filho gay é falta de porrada; Somos um País cristão. Não existe essa historinha de Estado laico, não. O Estado é cristão. Vamos fazer o Brasil para as maiorias. As minorias têm que se curvar às maiorias. As minorias se adéquam ou simplesmente desaparecem".
Loureiro elenca outros exemplos de atos ou situações cotidianas que podem não parecer, mas também são homofobia:
- Quando a pessoa homo ou bissexual é a única da família que possui a vida amorosa silenciada, não se fala a respeito;
- Quando nem convidam a/o companheira(o) da pessoa para festas ou eventos como aniversários, casamentos etc.;
- Quando não cogitam a possibilidade de uma pessoa homo ou bissexual construir uma família ou não reconhecem que ela já tem uma;
- Quando falam "que desperdício" ou perguntam "cadê as/os namoradinha(o)s" quando já sabem bem;
- Quando fingem que não sabem ou ignoram a sexualidade da pessoa;
- Quando insinuam que a orientação sexual da pessoa é falta de religião, que é pecado;
- Quando dizem que "respeitam" a sexualidade da pessoa, mas que não aceitam a forma que "escolheu" viver;
- Quando apresentam a/o companheira(o) da pessoa como amiga ou amigo;
- Quando riem de um comentário ou de uma piada sobre a aparência ou comportamento afeminado ou masculinizado de alguém, ainda que a pessoa não esteja presente;
- Quando dizem "não me importa se for casal gay ou hétero, eu só não gosto de ver demonstrações de afeto" - sabemos que se importa, sim!
Casos e números
Outubro de 2023: um casal de namoradas em um shopping center na cidade de Teresina (PI), em que foram abordadas por um homem dizendo que elas deveriam se afastar e "evitar beijinhos", já que no local havia crianças. "Este é um caso de homofobia que carrega consigo implicações difíceis de dimensionar. Isso não ocorre com um casal heterossexual", comenta Loureiro, que lembra outro exemplo recente, ocorrido em dezembro de 2023 - o assassinato de Ana Caroline Souza Campêlo, jovem lésbica de 21 anos, morta com requintes de crueldade em Maranhãozinho (MA). A jovem, nascida em Centro do Guilherme (MA) tinha se mudado há poucos meses com a companheira para a cidade. Trabalhava na loja de conveniência de um posto de gasolina e foi vista pela última vez por uma vizinha, sendo abordada por um homem numa motocicleta. O seu corpo foi encontrado pela Polícia Militar em uma estrada vicinal, sem a pele do rosto, o couro cabeludo, os olhos e as orelhas.
Esses são apenas dois dos incontáveis casos que ilustram um cenário trágico, no qual o Brasil figura como um dos países mais violentos para as pessoas LGBTQIAPN+. "O número de pessoas LGBTQIAPN+ assassinadas no Brasil em 2022 mantém o País no topo mundial entre aqueles que realizam pesquisas sobre esse tipo de violência. Foram 242 homicídios - ou uma morte a cada 34 horas, além de 14 suicídios". O levantamento é do Grupo Gay da Bahia, realizado a partir de notícias publicadas nos meios de comunicação. Segundo o Dossiê - Mortes e Violências Contra LGBTQIAPN+ no Brasil, de 2021, entre a causa mortis envolvendo essa comunidade, destacaram-se o esfaqueamento, a morte por arma de fogo, o espancamento e a asfixia. De acordo com o Dossiê, tratar da LGBTfobia implica em análises complexas dos contextos em que as violências ocorrem, de modo que raramente é possível apontar uma causa única a essas mortes violentas. A própria situação de vulnerabilidade em que parte dessa população está inserida, sobretudo pessoas negras e periféricas, aumenta mais ainda as chances de violências as acometerem.
Segundo Loureiro, dados levantados por organizações como o Grupo Gay da Bahia, a Astra-Rio (Associação de Travestis e Transexuais do Rio de Janeiro), a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), a Rede Trans Brasil, entre outras, têm servido como parâmetro para estudos de observatórios internacionais, como o Transmurder Monitoring - Transgender Europe - que monitora experiências de pessoas trans e gênero-diversas com violência e criminalidade desde 2005.
Homofobia: crime que mata
E qual é a mensagem às pessoas no sentido de conscientização contra a homofobia? "Convido as pessoas a refletirem sobre o quanto elas reproduzem a homofobia, direta ou indiretamente", declara Loureiro. "Quando você ri de uma piada homofóbica, você está reproduzindo a homofobia".
"Olhares de reprovação, comentários inadequados, piadas equivocadas, julgamentos. A injúria pode se consumar como um ato concreto de violência ou permanecer, virtualmente, no horizonte como uma ameaça. Nem sempre a injúria precisa ser proferida e realizada, mas ela sempre estará ali, presente. Há uma antecipação da violência como preocupação central e persistente nessas subjetividades dissidentes. Por essa razão, pessoas homossexuais aprendem a fazer uma gestão diária e individual do medo e da vergonha. Isso envolve muito sofrimento podendo afetar a saúde física e mental dessas pessoas, culminando, inclusive, em casos de ideação suicida e no suicídio. Sabe-se que a população LGBTQIAPN+ apresenta maiores índices de ideação suicida e de suicídios do que pessoas cisgêneras heterossexuais e há dados que fundamentam uma relação causal desse resultado com as violências LGBTfóbicas sofridas por essas pessoas (rejeição por família e amigos, isolamento social, desestruturação de rede de apoio)", analisa o Coordenador de Diversidade e Gênero da UFSCar.
"Em uma sociedade homofóbica, não basta não ser homofóbica(o), apenas. É preciso ser anti-homofóbica(o). Quando presenciar um ato de homofobia, qualquer que seja, não se cale. O teu silêncio a/o torna conivente", alerta Loureiro.
Homofobia é crime. Denuncie! Em caso de emergência, acione a Polícia Militar pelo Disque 190. Se o crime já aconteceu, procure uma autoridade policial para registrar a ocorrência.
Sobre a campanha "Discriminação não cabe na UFSCar"
A campanha "Discriminação não cabe na UFSCar. Aprenda, ensine: Violência é crime" é uma estratégia para realizar um movimento educativo com a comunidade, a fim de que todas as pessoas possam perceber o quanto são violentas em suas atitudes cotidianas, mudando seu comportamento. Ela também tem o papel de mostrar que qualquer ato de violência é passível de investigação e punição perante a lei.
"Somos uma comunidade humana e plural. Combater todos os tipos de violência é importante para garantir o convívio pacífico e, mais que isso, permitir com que as diferentes visões de mundo se encontrem e permitam, com isso, a construção de um conhecimento plural, diverso, elaborado a partir de diferentes pontos de vista, experiências e culturas. Não é possível viver em uma sociedade de paz sem combater todos os tipos de violência", afirma o Secretário Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (SAADE), Vinícius Nascimento.
"Cada pessoa da comunidade UFSCar precisa se enxergar como um instrumento dessa transformação. A mudança exige o trabalho diário, a partir do diálogo franco e do forte engajamento de todas e todos", conclui Ana Beatriz de Oliveira, Reitora da Universidade.
SÃO CARLOS/SP - O Serviço Autônomo de Água e Esgoto de São Carlos (SAAE) informa que em função da queda de energia logo após os ventos e a chuva na noite des quinta-feira, 29/02, foi totalmente paralisada a captação de água no Espraiado desde ontem por volta das 21h30. O Espraiado, vale lembrar, é uma das maiores unidades de captação de água da cidade e ficou toda a noite e madrugada adentro sem bombeamento. Ou seja, deixou de produzir, durante todo esse período, 8,5 milhões de litros de água.
O SAAE esclarece, também, que equipes da autarquia estão fazendo reparos na rede elétrica de alguns reservatórios afetados pelo vai e vem da energia na Vila Nery e Santa Felícia e que, por causa desse conjunto de situações, além do elevado consumo em decorrência das altas temperaturas, pode haver desabastecimento de água nestas duas grandes regiões de São Carlos.
Sextou povo de Deus.
SÃO CARLOS/SP - A Secretaria de Saúde, por meio da Equipe Municipal de Combate às Endemias do Departamento de Vigilância, realiza nesta sexta-feira (01/03), decretado o Dia D de Mobilização Estadual contra a Dengue, uma ação educativa na baixada do Mercado Municipal.
A Equipe Municipal de Combate às Endemias promoverá iniciativas especiais para intensificar a orientação à população e reforçar as ações de combate ao mosquito ao Aedes aegypti.
De acordo com Denise Scatolini, coordenadora da Equipe Municipal de Combate às Endemias, será realizado um pedágio, instalada uma tenda educativa "Aedes aegypti - Conhecer para Combater" com atividades lúdicas para as crianças e orientações sobre sintomas das arboviroses e medidas de controle dos criadouros do mosquito e panfletagem no comércio.
O pedágio será realizado nos semáforos da avenida São Carlos, localizados na região central das 9h às 11h e das 14h às 16h, a tenda ficará na Praça do Mercado Municipal das 9h às 16h e a panfletagem no comércio será realizada nos dois períodos. A SMS conta com o apoio da Secretaria de Transportes e Trânsito durante as atividades.
O Brasil bateu um milhão de casos prováveis de dengue em 2024. Somente o Estado de SP já atingiu mais de 104 mil casos confirmados de dengue nos primeiros meses de 2024. Em São Carlos já foram registradas 1.010 notificações para Dengue, com 135 casos positivos, sendo 113 autóctones e 22 importados.
Nesta sexta-feira (01/03) o Departamento de Vigilância em Saúde também atualizará os números das arboviroses no município.
SÃO CARLOS/SP - Foi realizada na quinta-feira (29/02) a entrega da ampliação e reforma do Centro Municipal de Educação Infantil (CEMEI) Olivia Carvalho, localizada no bairro Cidade Aracy, com a participação das autoridades, professores, pais e alunos da escola.
A escola foi inaugurada em 2015 e passou por uma grande reforma e ampliação, ganhando mais duas salas de aula para atender um número maior de alunos, 2 novos banheiros, obras de drenagem, troca do mobiliário, pintura e a construção do novo playground.
Com a ampliação o CEMEI “Olivia Carvalho”, tem capacidade de atender até 340 crianças da Fase 1 à Fase 6, ou seja, a partir de 4 meses de idade até 5 anos e 11 meses.
Segundo o diretor Lauro Freitas da unidade escolar, o projeto de ampliação era um sonho de toda a comunidade. “Com o crescimento da região e o reconhecimento da comunidade no atendimento que a escola propicia, fez a nossa demanda aumentar. A ampliação possibilita criar mais 80 vagas, atendendo nossa população com todo carinho e profissionalismo que nossa equipe procura oferecer no dia a dia, podemos atender agora 170 crianças em cada período, já temos mais de 300 vagas preenchidas de demanda consolidada e com a lista de espera vamos preencher todas as 340 vagas existentes”.
Segundo o secretário de Obras Públicas, João Muller, somente na ampliação das salas de aula, banheiros e infraestrutura de drenagem foram investidos mais de R$ 450.000,00 com recursos próprios, fonte 1 do tesouro municipal. “São Carlos reconhecidamente é uma cidade que investe muito na educação, não deixamos de investir em outras áreas, mas nos últimos 3 anos investimos muito na educação. Não ampliamos somente o número de vagas, mas também estamos proporcionando melhores condições de infraestrutura para os professores e para os alunos no aprendizado”.
O vice-prefeito Edson Ferraz enfatiza que o Cidade Aracy é o local do prefeito Airton, mas as reformas e ampliações estão chegando em todos os bairros da cidade. “O Cidade Aracy é o bairro do prefeito Airton Garcia, ele construiu e hoje moram aqui aproximadamente 70 mil pessoas, essa ampliação juntamente com as reformas que foram feitas vão dar mais condições para os profissionais e principalmente para os alunos que frequentam a escola, com novas salas de aula e o parquinho externo para o entretenimento, o lazer, o que também é muito importante”.
O vereador Dé Alvim, ficou feliz com mais uma demanda sua atendida pelo governo. “Fiquei contente com mais essa demanda atendida, ampliação das salas de aula, reforma, construção do parquinho externo, quem ganha é a comunidade do bairro e principalmente nossas crianças que agora estão em um espaço melhor”.
Roselei Françoso, secretário de Educação, parabenizou o diretor, os professores e o prefeito por mais essa conquista. “Essa escola atende uma população expressiva da cidade, agora mais 80 crianças, inclusive muitas já matriculadas e estudando, foi uma grande reforma e ampliação, entregamos os uniformes, material escolar, contratamos mais de 300 professores entre efetivo e temporário, eu só tenho que agradecer o prefeito por valorizar os professores, a escola, o aluno e a nossa comunidade escolar”.
Netto Donato, secretário de Governo, acredita que essas ações beneficiam a população, trazendo mais vagas e mais qualidade no ensino municipal. “Nós sabemos da necessidade de ampliação das escolas, dos parquinhos, uma escola toda estruturada para receber bem nossos alunos. Eu tenho certeza que as crianças, os pais, estão felizes, por ver a qualidade que nós temos na escola pública. Agradeço ao diretor Lauro e toda a sua equipe pela excelência no ensino do CEMEI Olivia Carvalho, finaliza Netto.
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