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BRASÍLIA/DF - As mortes causadas pela pandemia de covid-19 deixaram 40.830 crianças e adolescentes órfãos de mãe no Brasil, segundo estudo publicado por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Para os autores da pesquisa, divulgada na segunda-feira (26) pela Fiocruz, houve atraso na adoção de medidas necessárias para o controle da doença, e isso provocou grande número de mortes evitáveis.

Os resultados obtidos pelos pesquisadores podem ser consultados em artigo publicado em inglês, em 19 de dezembro. As fontes de dados utilizadas foram o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), em 2020 e 2021, e o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) entre 2003 e 2020.

Coordenador do Observatório de Saúde na Infância, iniciativa da Fiocruz com a Faculdade de Medicina de Petrópolis do Centro Arthur de Sá Earp Neto (Unifase), Cristiano Boccolini alerta que essas crianças e adolescentes necessitam, com urgência, da adoção de políticas públicas intersetoriais de proteção.

"Considerando a crise sanitária e econômica instalada no país, com a volta da fome, o aumento da insegurança alimentar, o crescimento do desemprego, a intensificação da precarização do trabalho e a crescente fila para o ingresso nos programas sociais, é urgente a mobilização da sociedade para proteção da infância, com atenção prioritária a este grupo de 40.830 crianças e adolescentes que perderam suas mães em decorrência da covid-19 nos dois primeiros anos da pandemia", afirma o pesquisador, que é um dos autores da pesquisa.

A morte de um dos pais, e em particular da mãe, está ligada a desfechos adversos ao longo da vida e tem graves consequências para o bem-estar da família, acrescenta a pesquisadora do Laboratório de Informação e Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), Celia Landmann Szwarcwald. 

"As crianças órfãs são mais vulneráveis a problemas emocionais e comportamentais, o que exige programas de intervenção para atenuar as consequências psicológicas da orfandade."

O dado sobre órfãos é uma parte da análise dos pesquisadores sobre a mortalidade causada pela pandemia de covid-19 em toda a população. Outro ponto destacado pelo estudo é que a covid-19 foi responsável por mais que um terço de todas as mortes de mulheres relacionadas a complicações no parto.

Os pesquisadores calculam que, em 2020 e 2021, a covid-19 foi responsável por quase um quinto (19%) de todas as mortes registradas no Brasil. Durante o pico da pandemia, em março de 2021, o país chegou a contabilizar quase 4 mil óbitos pela doença por dia, número que supera a média diária de mortes por todas as causas em 2019, que foi de 3,7 mil.

Desigualdades

O estudo indica ainda que a mortalidade entre analfabetos chegou a ser de 38,8 mortes a cada 10 mil pessoas, enquanto a média da população brasileira foi de 14,8 mortes para cada 10 mil pessoas.

Para estimar o impacto da escolaridade na mortalidade por covid-19, os pesquisadores utilizaram dados de óbitos pela doença e a distribuição da população brasileira por nível de escolaridade da Pesquisa Nacional de Saúde. Os resultados mostram que entre adultos analfabetos a mortalidade por covid-19 foi três vezes maior que entre aqueles que concluíram o ensino superior.

A pesquisadora da Fiocruz Wanessa da Silva de Almeida lembra que a escolaridade e outras características socioeconômicas afetam o prognóstico da covid-19 e outras doenças. "A desigualdade socioeconômica acarreta iniquidades no acesso aos serviços de saúde e, consequentemente, dificuldades no diagnóstico oportuno e no tratamento dos casos."

Os autores do estudo destacam que o maior peso da mortalidade nos indivíduos de menor escolaridade reflete o impacto desigual da epidemia nas famílias brasileiras socialmente desfavorecidas, sendo ainda maior entre as crianças e adolescentes que se tornaram órfãs e perderam um dos provedores do sustento da família. 

 

 

Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil

CHINA - Vários cientistas da Organização Mundial de Saúde assinalaram que o aumento dos casos de COVID-19 na China lança dúvidas sobre o fim da emergência global.

Especialistas indicaram que pode ser demasiado cedo para declarar um fim global da emergência pandémica, informou o jornal Guardian.

"A questão é se se pode chamar-lhe pós-pandemia quando uma parte tão significativa do mundo está a entrar na sua segunda vaga", disse a viróloga Marion Koopmans, membro de um comité da OMS encarregado de aconselhar sobre o estado da emergência do coronavírus.

"É evidente que estamos numa fase muito diferente (da pandemia), mas na minha opinião, esta vaga pendente na China é um wild card", acrescentou ela.

A China impôs desde o início uma política rigorosa anti-COVID-19 que tem mantido baixos os números de infecção e morte em comparação com outros países. No entanto, o relaxamento das políticas nas últimas semanas, impulsionado pela pressão social dos manifestantes, alterou a situação, com as taxas de infecção a atingirem níveis elevados.

 

 

Fonte: (EUROPA PRESS)

por Pedro Santos / NEWS 360

PEQUIM/XANGAI - A China buscava vacinar as pessoas mais vulneráveis nesta quinta-feira, antecipando-se a ondas de infecções por Covid-19, com alguns analistas prevendo que o número de mortos suba depois que o país afrouxou os rígidos controles que manteve por três anos.

A pressão por imunização ocorre quando a Organização Mundial da Saúde também levantou preocupações de que a população de 1,4 bilhão da China não foi vacinada adequadamente e os Estados Unidos ofereceram ajuda para lidar com um aumento nas infecções.

Na semana passada, Pequim começou a desmantelar seus rígidos controles de 'Covid-zero', eliminando os requisitos de teste e facilitando as regras de quarentena que causaram estresse mental para dezenas de milhões e atingiram a segunda maior economia do mundo.

O afastamento da política de "Covid-zero" incentivada pelo presidente Xi Jinping ocorreu após protestos generalizados sem precedentes contra ela. Mas, o diretor de emergências da OMS, Mike Ryan, disse que as infecções estavam disparando na China bem antes da decisão do governo de eliminar gradualmente seu regime rigoroso.

"Há uma narrativa no momento de que a China suspendeu as restrições e, de repente, a doença está fora de controle", disse Ryan em Genebra.

"A doença estava se espalhando intensamente porque acredito que as medidas de controle em si não estavam impedindo a doença."

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, afirmou na quinta-feira, 14, que a China tem "vantagens institucionais" para combater a Covid.

"Certamente seremos capazes de superar o pico da epidemia", disse ele em uma coletiva de imprensa regular em resposta à afirmação do porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, de que os EUA estão prontos para ajudar se a China solicitar.

Há sinais crescentes de caos durante a mudança de rumo da China - com longas filas do lado de fora das clínicas, corridas por remédios e compras de pessoas em pânico em todo o país.

Um vídeo postado online na quarta-feira mostrou várias pessoas em roupas grossas de inverno ligadas a soros intravenosos enquanto se sentavam em bancos na rua em frente a uma clínica na província central de Hubei. A Reuters verificou a localização do vídeo.

O temor de Covid na China também levou pessoas em Hong Kong, Macau e em alguns bairros da Austrália a procurar remédios para febre e kits de teste para familiares e amigos no continente.

Por todos os seus esforços para conter o vírus desde que surgiu na cidade central de Wuhan no final de 2019, a China agora pode pagar um preço por proteger uma população que carece de “imunidade de rebanho” e tem baixas taxas de vacinação entre os idosos, disseram analistas.

“As autoridades permitiram que os casos em Pequim e outras cidades se espalhassem a ponto de que retomar as restrições, testes e rastreamento seria amplamente ineficaz para controlar os surtos”, disseram analistas do Eurasia Group em nota na quinta-feira.

"Mais de 1 milhão de pessoas podem morrer de Covid nos próximos meses."

Outros especialistas estimam o número potencial em mais de 2 milhões. A China registrou apenas 5.235 mortes relacionadas à Covid até agora, número extremamente baixo para os padrões globais.

A China, que disse que cerca de 90% de sua população está vacinada contra a Covid, decidiu agora lançar a segunda dose de reforço para grupos de alto risco e idosos com mais de 60 anos.

O porta-voz da Comissão Nacional de Saúde, Mi Feng, disse na quarta-feira que era necessário acelerar as vacinações, de acordo com comentários relatados pela mídia estatal.

 

 

Por Brenda Goh e Albee Zhang / REUTERS

CHINA - Investidores do mundo inteiro se sentiram aliviados nesta semana depois que a China afrouxou algumas restrições contra a pandemia após três anos de lockdowns rígidos. Reagindo a protestos sem precedentes, o Partido Comunista prometeu agora se concentrar na estabilização do crescimento e na otimização das medidas de controle da covid-19.

Entre as regras abandonadas, está a necessidade da apresentação de testes para usar o transporte público. A maioria das pessoas infectadas agora poderá cumprir o isolamento em casa, e não mais em centros de quarentena.

A mudança é um sinal de que a segunda maior economia do mundo está finalmente pronta para conviver com o coronavírus, em vez de manter sua política draconiana de "covid zero".

A decisão ocorre após as importações da China caírem 10,6% e as exportações registrarem uma baixa de 8,7% em novembro, níveis não vistos desde o início de 2020, quando o vírus surgiu pela primeira vez. Dados oficiais da semana passada também mostraram que a atividade industrial da China encolheu pelo segundo mês consecutivo em novembro, quando grandes áreas do país tiveram lockdowns e interrupções no transporte.

Reversão elogiada

Os líderes financeiros globais saudaram a reviravolta, afirmando que ela ajudará a restaurar a atividade comercial da China, fortalecer as cadeias de suprimentos e ajudar no crescimento global.

"O desempenho da China é importante [não apenas] para a China, também é importante para a economia mundial", disse a chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, após uma conferência na cidade de Huangshan, no leste da China.

A reversão da política de covid zero "ajudará a remover um conjunto de incertezas" em um mundo que se recupera dos impactos da pandemia, do conflito na Ucrânia e das mudanças climáticas, disse, por sua vez, a diretora-geral da Organização do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala.

Embora muitos analistas venham prevendo uma forte recuperação da economia da China no próximo ano, alguns alertam que as infecções por covid devem aumentar como resultado da mudança de política, principalmente na época do feriado do Ano Novo Lunar, em janeiro, quando grande parte da população de 1,4 bilhão de pessoas do país costuma viajar.

Taxa de infecção pode subir

Um novo aumento de infecções também pode desencadear escassez de mão de obra semelhante à que afetou os países ocidentais quando eles reabriram após os bloqueios.

"Haverá um caos", disse Jeffrey Goldstein, consultor especializado na China que ajuda marcas estrangeiras a fabricar produtos na Ásia. "A China está três anos atrasada, então o que vai acontecer agora na China é o que aconteceu no resto do mundo."

A Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis alertou que um grande número de infecções teria um "impacto adverso" no mercado de veículos no próximo ano.

A provável reabertura significa que a economia da China só começará a se recuperar no segundo semestre do ano que vem, avalia o economista Nie Wen, do fundo Hwabao Trust de Xangai, que cortou sua previsão de crescimento da China para o primeiro trimestre para 3,5%, contra de 4% a 5% anteriormente.

Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management, disse esperar "que as exportações permaneçam fracas nos próximos meses, à medida que a China passar por uma reabertura turbulenta", acrescentando que o país vai depender mais da demanda doméstica em 2023 devido a uma economia global mais fraca.

Os analistas do banco Morgan Stanley também esperam que o crescimento "fique abaixo da média" no curto prazo, com "uma recuperação mais significativa" na segunda metade do ano e um crescimento de 5% ao longo de 2023.

Os líderes chineses estabeleceram uma meta de crescimento econômico de cerca de 5,5%, após uma expansão de 3,9% no terceiro trimestre, que foi melhor do que o esperado.

Medo de infecção

Em um sinal de que muitos chineses não estão com pressa para que a vida volte ao normal, muitos assentos no metrô de Pequim, por exemplo, estavam vazios durante a hora do rush, e alguns restaurantes do centro estavam vazios na hora do almoço na última sexta-feira.

Muitos consumidores parecem estar com medo de complicações graves da covid devido à menor eficácia das vacinas chinesas em comparação com seus pares ocidentais.

As empresas chinesas e o setor público já estão fazendo preparativos para dividir os funcionários entre seus locais de trabalho em Pequim e outras cidades, prevendo que um grande número de trabalhadores acabe ficando doente.

Alerta de inflação para 2023

Alguns analistas projetam um possível aumento da inflação com a reabertura da China, que também pode piorar os aumentos de preços na economia global.

"Uma reabertura desordenada e um aumento da inflação à medida que a economia se recupera seriam os principais riscos para a China", alertou um relatório da Eastspring Investments nesta semana.

O relatório aponta que a recuperação da China estimularia os preços mais altos de energia em todo o mundo, que já foram um dos principais impulsionadores da inflação global em 2023, com o potencial de prolongar a crise do custo de vida em muitos países.

A China não foi afetada pelo aumento global dos preços desde a invasão russa da Ucrânia em fevereiro. Os preços subiram 3% em setembro, mas caíram 1,6% em novembro, bem atrás da inflação de quase dois dígitos registrada em muitos países ocidentais.

 

 

 

(Com Reuters, dpa e AP)

por Nik Martin / DW.com

Novo equipamento desenvolvido pelo IFSC/USP distingue SARS-CoV-2 de Dengue e Zika vírus

 

SÃO CARLOS/SP - Com a disseminação do COVID-19 ao longo do tempo através de suas mais diversas variantes, tem havido um intenso trabalho de pesquisa, em nível mundial, no desenvolvimentos de testes rápidos, baratos e eficientes para o diagnóstico do COVID-19, esforços esses onde o Brasil também está profundamente envolvido.

Muito recentemente, pesquisadores do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do Instituto de Física de São Carlos (GNano-IFSC/USP) desenvolveram um novo imunossensor qualitativo baseado na detecção capacitiva das proteínas Spike do coronavírus, responsável pela síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2), o agente causador do COVID-19.

Para o Prof. Valtencir Zucolotto, coordenador do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do Instituto de Física de São Carlos (GNano-IFSC/USP) “Este novo imunossensor foi desenvolvido a partir de eletrodos interdigitados que requerem um sistema de medição com um circuito elétrico simples, que pode ser miniaturizado, oferecendo uma alternativa para um diagnóstico rápido, eficiente e barato de COVID-19, destacando-se nele a particularidade de poder distinguir esse vírus de outros, por exemplo, a Zika e a Dengue, que apresentam sintomas semelhantes em estágios iniciais”.

Como é do conhecimento público, a detecção precoce do COVID-19 tem sido essencial para controlar a disseminação do vírus, sendo que vários sensores já foram, entretanto, desenvolvidos, mas mostraram-se limitados com o aparecimento das variantes de SARS-CoV-2 que sofreram mutações na proteína Spike.

Sumariamente, este novo imunossensor apresenta-se capaz de realizar testes simples, rápidos, específicos e de baixo custo com a particularidade de distinguir entre SARS-CoV-2, Dengue virus (DenV) e Zika virus (ZikV).

O estudo sobre o desenvolvimento desse equipamento  foi divulgado na revista científica “Microelectronic Engineering”, tendo como autores os pesquisadores Isabella Sampaio (autora principal), Nayla Kusimoto Takeuti, Beatriz Gusson, Thales Rafael Machado, e coordenado pelo Prof. Valtencir Zucolotto.

Para conferir o artigo científico publicado, acesse - https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/wp-content/uploads/2022/12/1-s2.0-S0167931722002064-main.pdf

Novo biossensor desenvolvido por pesquisadores da USP de São Carlos e de outras instituições detecta através de mudança de cor o vírus mesmo em início da contaminação

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pessoa vai à farmácia, compra um pequeno tubo, abre a tampa e coloca um pouco de saliva no interior. Passados cinco minutos ela fica sabendo se contraiu - ou não - a COVID-19 graças a uma mudança de cor no interior do tubo.

Este poderá ser o cenário em um futuro muito próximo no que diz respeito a um novo e inovador teste para a COVID-19, que pode ser estendido para outros vírus, graças à criação de um novo biossensor desenvolvido por uma equipe de cientistas do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e de várias outras instituições. Parte dos resultados desses estudos foi publicada na “ACS Applied Materials & Interfaces”.

Tendo como principal autora da publicação científica a pesquisadora Elsa Materón (IFSC/USP), este novo biossensor é constituído por nanopartículas de ouro recobertas com um anticorpo. Ao entrarem em contato com a proteína espícula (Spike) do vírus SARS-CoV-2, responsável pela COVID-19, a dispersão com as nanopartículas muda de cor. Isso ocorre mesmo para concentrações baixas do vírus, ou seja, mesmo para os estágios iniciais da COVID-19, quando a carga viral ainda é pequena.

A mudança de cor acontece porque as nanopartículas recobertas com anticorpos se aglomeram em torno do vírus no tubo, obviamente se a saliva contiver o vírus. Para altas cargas virais, a mudança é facilmente visível, de vermelho para roxo, em apenas cinco minutos. Para pacientes com carga viral baixa, ou seja, que estejam no início da contaminação, a mudança de cor poderá ser quase imperceptível, podendo suscitar dúvidas devido à dificuldade de verificação. Essa dificuldade foi resolvida pelos pesquisadores, simplesmente fotografando o tubo com o biossensor usando um telefone celular. As fotos são processadas com um aplicativo (app) específico que permite determinar a carga viral, sendo que essa determinação é feita com uso de inteligência artificial para correlacionar imagens à carga viral.

Para o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Osvaldo N. Oliveira Jr., que também assina o estudo: “Este método é inovador na medida em que permite diagnosticar a COVID-19 sem usar instrumentos (apenas um telefone celular). É possível facilmente estender o método para outros vírus, bastando alterar o anticorpo”, pontua o pesquisador.

Além de servir para o diagnóstico de COVID-19, o biossensor pode ser usado para verificar se há contaminação de águas com o vírus SARS-CoV-2. Nos testes publicados no artigo científico, comprovou-se a determinação da carga viral em águas colocadas diretamente no tubo contendo as nanopartículas (biossensor), sem necessidade de pré-tratamento. Assim, a tecnologia desenvolvida permite um monitoramento rápido de contaminação ambiental, sem necessitar instrumentos ou operadores especializados para as análises.

As pesquisas continuam com testes em voluntários em hospitais de Brasília, cujos resultados são excelentes. Numa bateria de testes, o diagnóstico com o biossensor de nanopartículas teve acerto de 100% em comparação ao padrão de PCR (teste molecular denominado polymerase chain reaction). Este trabalho foi feito no âmbito do projeto da Rede Nanoimunoteste, coordenada pelo Prof. Ricardo Bentes de Azevedo, da Universidade de Brasília (UnB), tendo recebido também os apoios da CAPES, CNPq e FAPESP.

Colaboraram neste estudo as  seguintes instituições de pesquisa:

Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP); Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP); Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Bioanalítica (INCTBio - Campinas); Instituto de Física “Gleb Wataghin” (UNICAMP); Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); Laboratório Nacional de Nanotecnologia para a Agricultura (EMBRAPA - Instrumentação); Instituto de Biologia (UNICAMP); Instituto Nacional do Câncer (RJ); Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília (UnB), e Departamento de Física da Universidade del Valle, na Colômbia.

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria de Saúde, por meio do Departamento de Gestão do Cuidado Ambulatorial (DGCA), informa que a partir desta quarta-feira (07/12), a Unidade Básica de Saúde (UBS) da Cidade Aracy também vai atender dos pacientes com quadro de Síndrome Gripal e aplicar o teste para diagnóstico da COVID-19, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16h.
O Posto do SAAE, localizado na rua Francisco Possa, Nº 1.450, no bairro Santa Felícia e a Unidade Básica de Saúde da Vila São José, também permanecem realizando o atendimento de pacientes com quadro de Síndrome Gripal e testes para diagnóstico da COVID-19 das 7h30 às 16h.

CHINA - Estudantes chineses organizaram um protesto contra um confinamento motivado pela pandemia de coronavírus em uma universidade do leste do país, enquanto as autoridades dão pequenos passos para flexibilizar a rígida estratégia anticovid.

Milhões de pessoas na China ainda precisam seguir restrições pela covid, mas algumas cidades já começaram a deixar para trás os testes em larga escala e as limitações de deslocamentos após uma série de protestos no país na semana passada.

Analistas da empresa japonesa Nomura calcularam na segunda-feira que 53 cidades, com quase um terço da população da China, prosseguem com restrições.

Apesar da ação das forças de segurança para mitigar os protestos, vídeos publicados nesta terça-feira nas redes sociais e geolocalizados pela AFP mostram estudantes reunidos na Universidade de Tecnologia de Nanjing na segunda-feira à noite.

Nas imagens, os jovens exigem o direito de deixar o campus. "O poder é dado a vocês pelos alunos, não por vocês mesmos", grita uma pessoa no vídeo.

Uma estudante do terceiro ano que pediu anonimato confirmou que o protesto aconteceu depois que a universidade anunciou o fechamento do campus por cinco dias após detectar apenas um caso de covid.

A jovem disse à AFP que os colegas estão descontentes com a comunicação da universidade e temem ficar bloqueados no campus durante o recesso de inverno (hemisfério norte, verão no Brasil).

Nas imagens, os estudantes discutem com representantes da universidade e pedem a demissão dos diretores do centro de ensino.

O protesto de Nanjing acontece alguns dias após as manifestações registradas em várias cidades da China para exigir o fim da política de 'covid zero'. Algumas pessoas chegaram a pedir a renúncia do presidente Xi Jinping.

As autoridades impediram as tentativas de protestos posteriores, mas parecem estar respondendo a algumas demandas dos manifestantes, com o anúncio de uma flexibilização das restrições.

Na terça-feira, 06, as autoridades de Pequim anunciaram que edifícios comerciais, incluindo os supermercados, não exigirão mais que os visitantes apresentem um teste de covid negativo.

Outras cidades, incluindo Xangai, adotaram iniciativas similares nos dias anteriores.

 

 

AFP

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria de Saúde, por meio do Departamento de Gestão do Cuidado Ambulatorial (DGCA), informa que a partir desta quinta-feira (01/12), a Unidade Básica de Saúde (UBS) da Vila São José também irá realizar atendimento dos pacientes com quadro de Síndrome Gripal e aplicar o teste para diagnóstico da COVID-19, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16h.
O Posto do SAAE, localizado na rua Francisco Possa, Nº 1.450, no bairro Santa Felícia, permanece realizando o atendimento de pacientes com quadro de Síndrome Gripal e testes para diagnóstico da COVID-19 das 7h30 às 16h durante a semana e aos sábados.

SÃO CARLOS/SP - O Comitê Emergencial de Combate ao Coronavírus de São Carlos se reuniu na tarde desta sexta-feira (25/11) com representantes das secretarias de Saúde, Segurança Pública, Serviços Públicos, Comunicação e do Departamento de Fiscalização. A pauta da reunião foi a decisão do Governo do Estado que retomou a obrigatoriedade do uso de máscara no transporte coletivo.
Os membros do Comitê decidiram seguir a medida adotada pelo Governo do Estado e o decreto com a nova regulamentação será publicado na edição do Diário Oficial do Município, edição deste sábado (26/11).
A partir da próxima segunda-feira (28/11) novamente será obrigatório o uso de máscaras no transporte coletivo de passageiros, no transporte coletivo escolar, bem como nos respectivos locais de acesso (embarque e desembarque). Em ambientes hospitalares, unidades de saúde, consultórios e demais locais destinados a prestação de serviços de saúde, públicos ou particulares, também se mantém a obrigatoriedade do uso de máscara de proteção facial, em consonância com as disposições constantes do Decreto Estadual nº 67.299, de 24 de novembro de 2022. O decreto recomenda, ainda, o uso de máscaras para os grupos populacionais mais vulneráveis, incluindo os mais idosos e pessoas com comorbidades.
“Nesses últimos dias nós tivemos um aumento muito grande dos casos de COVID-19 na cidade, e por recomendação dos técnicos da Secretaria de Saúde, entendemos a necessidade de retomar a obrigatoriedade do uso de máscaras no transporte coletivo e no escolar. Também recomendamos para que todos os são-carlenses voltem a utilizar a máscara em ambientes fechados e nos eventos com aglomeração de pessoas, além de permanecerem seguindo os protocolos sanitários. Completar o ciclo de vacinação é outra atitude importante para que a doença não avance”, explicou Netto Donato, secretário de Planejamento e Gestão.
De acordo com Denise Martins, diretora de Vigilância em Saúde, o período é preocupante. “Tivemos um aumento dos números de casos de COVID-19 no município. No mês de outubro tivemos 66 casos positivos de COVID, já no mês de novembro até o dia 24, foram registrados 1.302 casos positivos. Só da semana passada para essa o aumento foi superior a 187%”, alerta a diretora.
Denise Martins ressalta que é fundamental que a população esteja com o ciclo vacinal completo para assegurar maior proteção contra o coronavírus e reforça que a única forma de amenizar os efeitos do vírus é garantir a imunização com as doses que estão disponíveis em todas as unidades básicas e da saúda da família. “Alertamos para necessidade de todos tomarem as doses e os reforços das vacinas, não deixando de atualizar o esquema vacinal. A vacina continua sendo eficaz contra os casos graves”, afirma a diretora de Vigilância em Saúde.
Em São Carlos 10.171 pessoas ainda não tomaram a 2ª dose da vacina contra a COVID-19; 51.473 não receberam a 3ª dose e 37.694 a quarta dose. Hoje em São Carlos estão internadas 5 pessoas com a doença, sendo 3 em leito de enfermaria e 2 em UTI adulto.

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