Presidente dos EUA é alvo de críticas e corre o risco de ser afastado após incentivar a ação de seus apoiadores em Washington
MUNDO - O presidente dos EUA, Donald Trump, comentou nesta terça-feira (12) o pedido de impeachment feito pelo partido Democrata e a possibilidade de ser afastado do cargo dias antes de deixar o cargo.
Trump disse a jornalsitas momentos antes de viajar ao Texas que seu segundo pedido de impeachment é a "continuação da maior caça às bruxas da história da política".
O pedido de impeachment apresentado, na segunda-feira (11), alegava que Trump incitou uma "insurreição". Antes disso, os congressistas tentaram acionar a 25ª emenda da constituição, que paassaria o poder ao vice-presidente, Mike Pence, mas os republicanos na Câmara conseguiram barra a medida.
O bilionário é alvo de críticas após ter realizado um comício para seus apoiadores questionando o resultado das urnas em novembro. As falas do presidente acabaram incentivando os atos violentos que aconteceram no Capitólio, na última quarta-feira (6).
A invasão
Os apoiadores de Trump se organizaram pelas redes sociais e com o apoio do presidente para uma manifestação contra a certificação de Joe Biden como vencedor das eleições presidenciais.
A mobilização ocorre porque os eleitores do presidente defendem que houve fraude para beneficiar o candidato democrata. Isso porque alguns estados tradicionalmente republicanos votaram em Joe Biden.
Uma multidão se concentrou diante do Capitólio carregando bandeiras e cartazes, mas um grupo de dezenas de manifestantes conseguiu entrar no prédio na tentativa de invadir a sessão do Congresso.
A ação foi registrada e transmitida pela internet e a polícia conseguiu identificar e prender alguns participantes. Um deles foi fotografado com os pés sobre a mesa do escritório da presidente da Câmara, Nancy Pelosi, e após viralizar nas redes sociais foi identificado e preso.
Por R7
Juíza acatou argumentos da AGU de que o adiamento poderia causar prejuízos financeiros e prejudicar formação dos estudantes
BRASÍLIA/DF - A Justiça Federal de São Paulo negou o adiamento das provas e manteve as datas do Enem 2020 (Exame Nacional do Ensino Médio). Juíza acatou os argumentos da AGU (Advocacia Geral da União) de que nova alteração de datas causaria prejuízos financeiros e também prejudicaria a formação dos estudantes, uma vez que o exame é a principal porta de entrada para as universidades federais.
Pela decisão da Justiça Federal, as provas impressas devem ocorrer nos dias 17 e 14 de janeiro e a versão digital será realizada nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.
A juíza Marisa Cláudia Gonçalves Cucio afirmou, na decisão, que o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas), responsável pela aplicação do exame, oferece todas as medidas necessárias: "há informações suficientes sobre as medidas de biossegurança para a realização da edição 2020 do Enem."
Ela também reforçou em seu texto que medidas e cuidadas individuais deverão ser tomados: "sem deixar de confiar na responsabilidade do cuidado individual de cada participante".
As provas colocarão em circulação mais de 5 milhões de estudantes em todo o país. Segundo a decisão da Justiça Federal, nas regiões em que os números de casos de covid-19 esteja elevado e o risco de contágio seja alto, caberá às autoridades locais o cancelamento do exame e ao Inep a reaplicação das provas.
O Enem deveria ser aplicado originalmente no mês de novembro, mas após forte mobilização social devido à pandemia de coronavírus, as provas foram remarcadas para o mês de janeiro.
Na semana passada, a Defensoria Pública da União entrou na Justiça pedindo um novo adiamento do Enem diante do aumento de casos da covid em todo o país. A ação foi realizada em conjunto com entidades estudantis como a UNE (União Nacional dos Estudantes) e a Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas).
Antes da ação na Justiça, estudantes já se mobilizavam com a #adiaenem nas redes sociais pedindo a revisão do calendário de provas.
A AGU (Advocacia Geral da União) argumentou que uma nova mudança de data implicaria em prejuízos financeiros e também prejudicaria a formação dos estudantes.
De acordo com nota, os integrantes da AGU "entendem que todas as medidas de segurança sanitária estão sendo tomadas para a realização do exame neste ano." Uma força-tarefa foi montada para garantir a segurança jurídica do Enem. Até o dia 7 de fevereiro, data da última prova, pelo menos 75 procuradores federais irão monitorar os processos judiciais em regime de plantão, 24 horas por dia.
O presidente do Inep, Alexandre Lopes, informou que todas as medidas de segurança estão sendo tomadas para a realização do exame e que as medidas foram pensadas em um contexto de pandemia.
Por R7
Dados de estudo realizado no Brasil colocam imunizante próximo ao limite mínimo exigido pela Anvisa para liberação
SÃO PAULO/SP - A eficácia geral da CoronaVac é de 50,38%, informou nesta terça-feira (12) o Instituto Butantan. Isto significa que a vacina foi capaz de prevenir a infecção pelo coronavírus neste percentual entre voluntários imunizados durante os ensaios clínicos de fase 3 realizados no país.
A Anvisa e a OMS (Organização Mundial da Saúde) entendem que vacinas que apresentem eficácia de no mínimo 50% podem ser utilizadas em programas de imunização nesta pandemia diante da urgência em controlar o vírus e a incidência de quadros graves de covid-19.
Esse era um dado cobrado pela comunidade científica desde a semana passada, quando o Butantan divulgou apenas os chamados desfechos secundários, que mostravam uma eficácia de 78% a 100% na prevenção de quadros graves e moderados da doença.
A taxa de eficácia é uma probabilidade, calculada a partir da análise de pessoas que contraíram o coronavírus no grupo que recebeu a vacina em comparação com os que tomaram placebo.
O diretor médico de pesquisas clínicas do Instituto Butantan, Ricardo Palacios, explicou que o patamar menor do que outras vacinas se deu, em partes, porque os testes no Brasil foram realizados apenas em profissionais da saúde que lidavam diretamente com casos de covid-19.
"Isto não é a vida real exatamente, não é o que acontece na comunidade, o que acontece entre nós. É um teste artificial no qual selecionamentos aquela população em que a vacina poderia ser testada com a barra mais alta", disse em apresentação nesta tarde.
Segundo Palacios, a expectativa é que a vacina "irá se comportar infinitamente melhor em níveis comunitários, ou seja, em populações em condições normais".
Os resultados foram obtidos a partir da análise de dados de 9.252 voluntários. Destes, 4.653 tomaram a vacina e outros 4.599 receberam placebo.
No grupo da vacina, ocorreram 85 casos de covid-19 (11,74%). O grupo placebo registrou 167 pessoas com covid-19 (23,64%).
Dos que foram vacinados e tiveram covid-19, 78% deles apresentaram quadros leves. Não houve casos moderados ou graves. Ou seja, a eficácia contra covid-19 severa foi de 100%, embora este número ainda não tenha significância estatística, segundo o diretor do Butantan, Dimas Covas.
O secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, ressaltou a importância da vacina na prevenção de hospitalizações por covid-19.
"Dados que são extremamente importantes no impacto da nossa saúde pública impedindo que as pessoas adoeçam de forma grave, impedindo que as pessoas internem nas unidades hospitalares e [as] sobrecarreguem — como nós temos visto hoje pessoas desassistidas na maior parte do país por falta de leito. E ao mesmo tempo impedindo que as pessoas deixem de morrer por uma doença como essa."
A CoronaVac será usada, uma vez que seja aprovada pela Anvisa, no plano nacional de imunização contra covid-19, do SUS.
O Ministério da Saúde já se comprometeu com a compra de 46 milhões de doses até abril, além de uma opção de mais 52 milhões posteriormente, caso haja demanda.
O Butantan pediu autorização de uso emergencial da vacina junto à Anvisa para o uso das primeiras 6 milhões de doses. A conclusão dos técnicos deve ocorrer até domingo (17).
Por R7
'A Ford ganhou bastante dinheiro aqui no Brasil, recebeu incentivos, então poderia ter esperado aí, né? ', afirmou
BRASÍLIA/DF - O vice-presidente, Hamilton Mourão, voltou a criticar a decisão da Ford de fechar suas fábricas no Brasil. Nesta terça-feira (12) de manhã, em Brasília, disse que os argumentos da montadora "são meio fracos", uma vez que optou por seguir operando na Argentina.
“A Ford ganhou bastante dinheiro aqui no Brasil, recebeu incentivos, então poderia ter esperado aí, né? A gente entende que no mundo inteiro a empresa está passando por problemas, a indústria automobilística está passando por problemas, está havendo uma mudança. Mas eu acho que nosso mercado tem plenas condições de assimilar, a partir do momento que se retomar a economia de uma forma normal. Aí vai fabricar na Argentina? Acho que os argumentos que ela colocou são meio fracos", disparou o vice-presidente.
A montadora norte-americana Ford anunciou nesta segunda-feira (11) que vai fechar suas três fábricas no Brasil neste ano e assumir encargos de cerca de R$ 22,55 bilhões (US$ 4,1 bilhões), já que a pandemia de covid-19 ampliou o nível de ociosidade de sua capacidade de produção.
A produção cessará imediatamente nas fábricas da Ford em Camaçari (BA) e Taubaté (SP), com a produção de algumas peças ainda sendo mantida por alguns meses para sustentar os estoques para vendas de reposição. A planta da Troller em Horizonte (CE), continuará operando até o quarto trimestre.
Questionado sobre a possibilidade de se reverter o quadro em caso de aprovação da reforma tributária, Mourão destacou que, de fato, há o aspecto do "custo Brasil". E as mudanças na forma de cobrança dos impostos podem diminui-lo, mas voltou a frisar sua crítica à decisão da empresa de sair do Brasil e continuar fabricando carros no país vizinho.
"Tem essa questão do custo Brasil, mas ela tá fabricando num país que tem problemas, que é a Argentina. Apesar de ser uma economia dolarizada, de acordo com quem mais é entendido do assunto. Isso favorece a atividade de uma empresa dessa natureza."
Sobre as declarações do candidato apoiado pelo governo à presidência na Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o qual afirmou ontem que a reforma tributária não será prioridade caso seja eleito, Mourão disse que esse processo tem de ser conduzido pelo Executivo.
“Isso aí é uma declaração do deputado Arthur Lira. Acho que esse processo (sobre qual reforma priorizar) tem que ser conduzido a partir do Executivo. Aí o ministro Paulo Guedes, junto com o presidente, eles que traçam essas prioridades", disse.
A respeito do apoio do PT ao senador Rodrigo Pacheco (DEM) à presidência da Casa, candidato de Jair Bolsonaro, Mourão sorriu e ironizou. "Na minha visão, o PT apoia na Câmara um candidato e no Senado outro. É um troço meio disfuncional", finalizou.
Por R7
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